19 - Você permite que eu descubra?

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—O que foi? -pergunta tímida- Você não me quis falar aonde vamos, posso mudar se não combinar, só me dê um segun.. -ela diz se virando para ir ao quarto mas Gilbert pega de forma delicada a sua mão para não machucar os seus pulsos ainda avermelhados fazendo ela se virar de volta-

—Não, não é isso! -explica sorrindo que nem um bobo- É só que você está linda, quer dizer, você é linda! É claro que você é linda, só estou dizendo que.. -fala embolado fazendo a garota rir e ele parar de falar envergonhado e respirar fundo- Desculpa, você está perfeita.

—Obrigada, você também está perfeito. Vamos? -pergunta sorrindo docemente pela primeira vez-

—Eu talvez tenha que amarrar isso nos seus olhos -diz como uma criança pidona enquanto Anne olha desconfiada para o pano que estava nas mãos do garoto- Você confia em mim?

—Confio -responde depois de pensar um pouco fazendo o garoto sorrir e amarrar o pano no rosto da ruiva-

Anne segurava a mão de Gilbert que a guiava pelas ruas de Viena até que ela começa a ouvir o garoto falando em alemão com alguém no que ela considerou ser um estabelecimento fechado pelo fato do vento não estar mais elevando o seu vestido o que havia a obrigado a levar a sua mão ao mesmo muitas vezes.

A ruiva ansiava pelo momento em que poderia ver onde estavam e quando Gilbert lhe deu essa liberdade, ela quase chorou com o que viu. 

Admont Abbey Library

Anne ficou a viagem inteira falando que morreria se pudesse conhecer a tão famosa e bela biblioteca e de fato o seu coração palpitava tão rápido que poderia morrer ali mesmo.

Segundo a garota, a biblioteca havia saído de um conto de fadas por causa de seu teto todo pintado e suas estantes e paredes brancas decoradas com ouro que refletia com a entrada da luz do Sol.

Ela se girou lentamente observando cada detalhe do local apenas para garantir que realmente estava ali até que os seus olhos se estacionaram em Gilbert que sorria com a cena da garota admirada ao mesmo tempo que segurava um buquê de girassóis.

—Você é louco Gilbert Blythe, você é louco -diz animada enquanto anda em direção ao menino e aponta para ele que ri-

—Eu admito que não era exatamente essa a reação que eu esperav... -fala antes da garota retirar o buquê de suas mãos e o abraçar o deixando estático no começo, mas depois fazendo ele retribuir o mesmo-

Blythe só queria a felicidade da garota e ao sentir os seus braços o envolvendo alegremente, soube que a primeira parte de sua missão surpresa havia sido cumprida, e a recompensa não poderia ser melhor.

Anne se afasta, mas Gilbert mantém as suas mãos na cintura da ruiva e encara os seus lábios com o coração acelerado como se tivesse encontrado a maior preciosidade do mundo e não soubesse o que fazer com ela.

—Eu achei que isso daqui estava fechado! -fala baixo e emocionada ainda com as suas mãos apoiadas nos ombros de Blythe-

—E está, só que eu tenho Jerry, Jerry tem Diana e Diana tem os seus contatos. -sorri e explica sem fôlego enquanto se perde no infinito limitado que Anne Shirley Cuthbert era e sente pela primeira vez que a sua vida já havia começado e estava passando diante de seus olhos, literalmente-

—Gilbert, eu estou sóbria? -pergunta sussurrando ao mesmo tempo que tenta fazer o ar entrar em seus pulmões ao perceber o quão próxima está do garoto e não ousa piscar em nenhum segundo apenas para apreciar cada detalhe não mapeado em sua cabeça do rosto de Blythe-

—Você permite que eu descubra?

Anne concorda com a cabeça achando que estaria concordando com um beijo, mas quando Gilbert se aproxima delicadamente de seus finos lábios, garantindo de tocar-los com os dedos antes de juntar-los com os seus, a ruiva descobre que não concordou com um beijo, e sim com a descoberta de um universo inteiro.

O que alguns chamavam de magia, Anne e Gilbert chamavam de beijo. Gilbert juntou os seus lábios com os da menina como se eles fossem a Teoria da Relatividade e ele Einstein, mas Anne estava mais focada em duvidar que duas matérias não ocupam o mesmo lugar no espaço.

Foi um beijo tão calmo quanto um sopro de vento na praia e os dois se separaram grudando as suas testas e fechando os seus olhos tentando aproveitar todos os pedaços do universo deles.

—Agora eu de fato acho que não estou nem um pouco sóbria -sussurra sorrindo fazendo o garoto soltar um riso enquanto separa as suas testas e observa os brilhantes olhos azuis dela-

—Eu ficaria o resto dos meus dias te observando, mas acho que você tem muitos livros para ver.

—Todos estão em alemão, não vou entender nenhum -explica sorrindo e mexendo os seus ombros como se não tivesse se importado-

—Não não senhorita! -fala colocando um de seus braços nos ombros de Shirley que anda juntamente a ele- Me fale qual que você quer que eu traduzo.

Mal sabia Blythe que ele se oferecendo para ler para ela era mais valioso do que qualquer outra coisa no mundo.

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BRINCADEIRA

Vocês lutaram esperando esse beijo em?! Não sei escrever beijo, mas espero que tenha pelo menos servido como consolo k

Agora vocês acreditam que eu sou soft né?!

Até logo kkk 🤍

PS: Mais um lugar pra gente visitar na nossa Road Trip
Olha só que lindo:

PS: Mais um lugar pra gente visitar na nossa Road Trip Olha só que lindo:

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Road Trip - Shirbert e Anne with an E Where stories live. Discover now