꒰ 003 ─── TOBIRAMA

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── Eu já te disse o quanto você é uma gracinha? Devia sorrir mais ── Seu rosto ficou ainda mais vermelho, era engraçado ver Tobirama daquele jeito, geralmente ele estava sério ou com uma carranca que causava arrepios.

Embora Tobirama fosse um bruto, rude, indelicado, grosseiro, ríspido e tivesse uma postura rígida e séria o tempo todo, eu gostava dele desde que éramos crianças. Além de sua beleza, sua genialidade me encantou, somos amigos desde que eu me entendo por gente. Mas eu não queria ser só amiga dele, eu queria beijar ele até perder o ar. Embora eu nunca tivesse admitido em voz alta, eu gostava mais dele do que da primavera.

── Quando você vai voltar? ── Ele colocou a mão em cima da minha e passou a fazer carinho com o dedão. Seus olhos me fitavam aguardando a resposta.

── Eu não sei.

Tirei minhas mãos de seu rosto e comecei a andar em direção à saída do jardim. Ao notar que Tobirama não me seguia, me virei e ele ainda estava sentado.

── Você não vem? ── Perguntei. Ele se levantou e eu esperei ele chegar até mim.

A curta caminhada até o prédio do Hokage foi tranquila e silenciosa, vez ou outra alguém nos cumprimentava e a senhora dona da casa de chá nos deu uma cesta com dangos em agradecimento por termos salvado seu filho em uma missão.

Minha intenção era me despedir rapidamente de Hashirama, eu já estava um pouco atrasada, mas ele insistiu que ele e Tobirama me acompanhariam até os portões de Konoha. Na saída da aldeia, o Shodaime me abraçou forte, choramingou dizendo o quanto sentiria minha falta e por longos minutos eu acariciava seu cabelo enquanto o consolava. Por fim, Tobirama me abraçou resmungando que também sentiria minha falta e eu parti para casa.

...

Parando para descansar, me sentei na beira do abismo, apreciando a vista do grande campo de lavanda que se extendia até onde meus olhos não podiam mais ver, era possível sentir o aroma das plantas mesmo estando tão alto.

Passei minha mão pelo pescoço, dando falta de meu colar ali. Era um colar de prata que Hashirama havia me dado quando éramos crianças, o pingente era o símbolo do clã. Provavelmente, eu havia esquecido ele em algum lugar no apartamento em Konoha e infelizmente eu teria que lidar com a falta dele, pois eu raramente o tirava, já estava acostumada a usá-lo e eu me sentia quase nua sem ele.

Suspirei e segui viagem.

O sol estava abaixando, indicando que era cerca de duas da tarde e eu estava quase chegando em casa. Era mais do que óbvio que alguém me seguia, mas durante a viagem, passei a ignorar a presença de tal pessoa imaginando que talvez fosse só coincidência ou que logo iria embora.

Mas chegando perto da entrada do refúgio, decidi sumir entre a mata, era fácil se perder ali quando não conhecia o lugar e em poucos minutos encontrei meu perseguidor agachado tomando água de um riacho.

── Me seguindo, Tobirama? ── Disse por trás dele.

── Achei que não tinha me notado ── respondeu sem me olhar.

── Por que me seguiu até aqui? Já estava com saudades, é? ── Cruzei os braços.

Tobirama se levantou, ele estava sério como habitual e também cruzou os braços.

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⏰ Última atualização: Jan 15 ⏰

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