19. In danger

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Depois que nós terminamos de comer nosso brunch seguimos para o lado de fora da mansão, seu Bentley Continental GT estava esperando por nós e não demoramos para entrar no carro. Chris acelerou para a saída da mansão, os seguranças da casa estavam todos espalhados pelo jardim e foram eles que liberaram nossa saída, abrindo o enorme portão para que Chris entrasse com o carro nas ruas de Las Vegas.

Por um momento passou pela minha cabeça que eu estar saindo sozinha com Chris poderia me trazer problemas com Noah, afinal ele já se mostrou ciumento em relação à isso. Mas isso não era nada demais, não é? Noah teria que entender de uma vez por todas que não é meu dono e que não tem motivos para ciúmes.

Chris rodou comigo pela cidade de carro me apresentando alguns pontos turísticos, os quais eu aproveitei para tirar algumas fotos no meu celular. Era engraçado que ele estava tentando ser algo como um guia turístico mas não sabia muito bem o nome das coisas que estava me mostrando. Após algum tempo pela cidade ele estacionou para que pudéssemos andar pelas ruas do centro comercial.

— E agora, como a cereja do bolo, vou te levar para tomar o melhor sorvete da vida. — Chris falou enquanto andávamos em direção à sorveteria em um estilo retrô.

O clima em Vegas estava realmente abafado e seco, o sol parecia queimar minha pele e um sorvete seria perfeito nesse momento, isso sem contar que já fazia muito tempo que eu não tomava sorvete.

Na sorveteria, pedi sorvete de amora enquanto Chris ficou com sorvete de menta. Nos sentamos em uma das mesas redondas da sorveteria, com Chris me olhando ansioso para que eu experimentasse logo o sorvete. Não contive uma risada pela cara que ele estava fazendo antes de pegar um pouco de sorvete e levar até a boca, saboreando-o.

— Isso aqui é realmente bom. — dei meu veredito.

— Bom? — ele ergueu a sobrancelha. — Isso aqui é perfeito,
Any, perfeito!

Eu ri com seu entusiasmo e com o jeito que ele fazia uma expressão diferente a cada colherada que dava no sorvete. Chris estava com os cantos da boca todo sujo de sorvete de menta, e a cena também me fez rir.

— Você toma sorvete igual uma criança. — brinquei e ele riu, assentindo com a cabeça. — Deixa eu te ajudar com isso. — peguei um guardanapo e limpei os cantos da sua boca.

— Espero que eu possa comer com vocês. — pulei de susto com a voz e olhei por cima do meu ombro apenas para confirmar que era quem eu estava cogitando.

Noah estava mesmo ali com sua mandíbula contraída, o que fazia ela ficar super marcada e também tinha seus braços cruzados na frente do corpo. Como ele sequer nos achou aqui?

— Como sabia que estávamos aqui? — questionei tentando continuar tranquila.

— Fiquei preocupado quando voltei para casa e você não estava lá então te rastreei. — ele respondeu como se fosse a coisa mais comum do mundo e eu arregalei os olhos com a confissão.

Me levantei de súbito e empurrei a cadeira em que eu estava antes para trás e apoiei minhas mãos na mesa.

— O que diabos você quer dizer com me rastreou? — fiz um esforço enorme para manter meu tom de voz baixo para não chamar atenção para nós. — Você tem noção do quão psicopata isso soa?

— Eu não me importo com o quão psicopata essa merda soa. — ele zombou e se aproximou mais de mim, o que fez Chris se levantar da cadeira imediatamente. — Agora vamos, vou te levar para casa.

— Não vou para casa agora, Chris está me mostrando a cidade. — disse firme.

— Eu posso te mostrar a cidade. — ele rosnou.

ULTRAVIOLENCE | NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora