Capítulo 7 ◉ Apenas Partituras

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                                                                                           ♣♥♣

Após almoçarmos vamos para a gigantesca biblioteca da Universidade, sempre me encantei por lugares assim, me sentia extasiada. Todas as prateleiras estão cheias, há escadas para pegarmos os livros, tudo feito de uma madeira rústica e resistente, as mesas são retangulares e de um tipo de madeira tão vernizada que era capaz de vermos nosso próprio reflexo.

-Perfeito,né? -Sarah comenta e concordo com um aceno.

Nos sentamos em frente a uma mesa cheia de livros referente a mitologias, as quais escolhemos para estudar.

Nós decidimos começar pela parte dos mais famosos, como vampiros, lobisomens, metamorfos, sereias, etc.

É insano pensar como alguém pôde ter uma imaginação tão criativa e surrealista, para criar tal tipo de ser ou universo, são histórias de fazer qualquer um se surpreender e criar teorias mirabolantes.

A imortalidade é uma das coisas indistinguíveis, todos uma vez na vida já tiveram desejo por ela e diversas vezes acharam patéticos aqueles personagens fictícios que diziam ser horrível viver por tantos anos.

Sarah estala os dedos, me tirando de meus pensamentos.

-Terra, Mistery Spell, Crystal.

Eu dou um pequeno riso.

-Desculpe, estava pensando. - Respondo agitando a mão no ar.

Minha amiga continua a me encarar com seus olhos confusos, como se tentasse desmistificar meus pensamentos.

- Você sabe de alguma coisa do caso da Elisa?

Minhas pernas ficam bambas, poderia dizer que com certeza estava mais branca que uma folha sulfite.

-Soube que a polícia está investigando o caso, algumas pessoas dizem que há suspeita dela ter sido colocada sob pressão psicológica para fazer aquilo. - Encolheu os ombros.

- Então, sabemos da mesma coisa, não ouvi nada diferente disso. - Minto.

 - Você suspeita de algo, ou... alguém? - Apoia a cabeça sobre uma das mãos, batendo a tampa ponta da tampa de um marca texto contra a mesa.

- Não, eu não tenho a mínima ideia, - Engulo seco. - geralmente a polícia não libera muita informação para a mídia.

- Claro, mas não é possível que você não tenha alguma teoria. - O ruído é mínimo, porém sinto aos poucos as batidas do marca texto me desnortear.

Já faz algum tempo que não vejo Sarah, pelo tempo que ficamos afastadas não diria conhecê-la tão bem como antigamente, mas tenho a impressão que ela esteja tentando tirar alguma pista de mim, agindo de modo parecido como quando éramos crianças e brincavamos de detetive. Talvez eu não tenha disfarçado tão bem como havia pensado. Contar a ela que não segui seu conselho sobre manter distância de Drogo Bartholy, definitivamente não estava planejado.

- É, - Aberto meus lábios. - talvez seja alguém próximo, não sei, essas coisas são difíceis e não posso ir acusando alguém  sem provas.

- Mas quem falou em acusação? Que eu saiba, criar teoria não é crime. - Ela aperta a ponta da tampa do marca texto contra a folha, como se quisesse perfurar a camadas daquele livro.

Quando estou prestes a colocar um ponto final neste assunto, uma garota de mechas azuis se aproxima de nós.

- Ei.- Ela fixa seu olhar em mim, sendo indiferente com a presença de Sarah 

Translúcidas Circunstâncias * Is It Love?Drogo *Onde histórias criam vida. Descubra agora