pipsmunoz
identificou-te na história
🖤
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Sentados no cais, nas duas cadeiras que ambos carregamos para o local, partilhávamos muitas histórias de vida um com o outro.
Os assuntos fluíam tão facilmente, não me cansava de o ouvir e estava realmente atenta. E o melhor, era sentir o mesmo da sua parte. Não sabia o que lhe passava na mente, porém, senti que estava feliz por ali estar.
- O teu primo mandou-me mensagem.
- Não acredito. - Suspirei frustrada, pronta para dar um sermão ao Christian. - O que é que te disse? Desculpa...
- Disse-me para cuidar de ti. - Incrédula, Ander mostrou-me a mensagem recebida.
- Ok...
- E agora disse que queria falar comigo, quando voltássemos para casa. - Respondeu-lhe então, olhando para mim.
- E vais falar com ele?
- Sim. Já passou muito tempo e a verdade é que já não tenho paciência para ele e para as crises existenciais por causa de nós. Se ele quer falar, então vamos falar.
- Acho que precisam de o fazer. Não por mim e por estarmos juntos. Mas por vocês.
Ele encolheu os ombros.
Depois, levantou-se e esticou a mão, para que fosse com ele. Estava uma tarde fria, o que me deixou um pouco irritada.
Gostava de mergulhar, de aproveitar mesmo os dias naquele lugar tão pacífico.
No entanto, havia mais para fazer.
O Ander segurou a minha mão e levou-me pelo trilho junto da sua casa. Era uma zona bastante densa, no entanto, estar dentro da natureza era uma das terapias mais relaxantes.
Ouvia-se o som dos pássaros por entre os galhos das árvores, trazendo uma melodia bem suave aos nossos ouvidos.
Encostei-me ao rapaz, encostando a cabeça ao seu braço enquanto passeávamos.
Acabei por tirar algumas fotos. Tanto a mim, como ao rapaz e algumas selfies nossas. Fiquei facilmente com inúmeras fotos na galeria. Com as nossas e ainda com as paisagens incríveis ao longo do trilho que seguíamos.
Quando regressamos a casa, o Ander acendeu a fogueira exterior e decidimos ficar á volta desta a conversar e a passar tempo.
Entretanto, ouvi o som do telemóvel.
- Eileen?
- Olá pai. Como estão as coisas por aí?
- A tua irmã não pára de perguntar por ti e hoje perguntou pela vossa mãe. - Suspirou um pouco triste. - É duro.
- Eu sei que sim... Amanhã já devo voltar para casa e converso com ela. Desculpa colocar-te as responsabilidades em cima, mas estava mesmo a precisar de fugir de tudo.
- Nao tens que te desculpar. Eu sei que não estás bem, Lee. E eu estou aqui para te ajudar no que for preciso.
Mantive-me em silêncio.
- E o rapazito, está a tratar-te bem?
- Sim, está a correr tudo bem. Não precisas de ficar preocupado. Obrigada pai.
Trocamos algumas palavras e depois desliguei a chamada, prestando atenção ao Ander, que já segurava um marshmallow.
Acabei por assar os meus também.
Parecia mesmo uma cena retirada de um filme de romance, o que tinha a sua piada.
.leerojas
exploring ✨
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A tua história
primeiro namorado, primeiro clichê
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Acabei por me rir com o que havia escrito.
Levantei a cabeça do telemóvel, reparando que o Ander estava junto ao cais.
Começou a atirar pedras para dentro de água, com uma expressão apática. Parecia pensativo e que estava muito longe dali.
Decidi levantar-me e aproximar-me dele. Antes de um movimento brusco para atirar a pedra, o rapaz assustou-se ligeiramente, quando sentiu os meus braços no seu tronco.
Encostei-me a ele, descansado a cabeça nas costas dele. O seu corpo estava bastante tenso, o que me começou a preocupar.
O Ander virou-se para mim, acariciando os meus cabelos despenteados, devido ao vento, e assim ficamos por breves minutos. Olhei para o seu rosto, levando-o a baixar a cabeça para me encarar também. Sorriu-me.
- Está tudo bem?
Balançou a cabeça, afirmando.
Levei uma das mãos ao seu rosto, apoiando-me na ponta dos meus pés para o beijar.
- Obrigada por me teres trazido aqui.
- Fazia falta a ambos. - Murmurou baixo, ainda com os lábios perto dos meus. - Podíamos ter o resto da conversa amorosa na cama... Parece-te uma boa ideia?
Brincou, levando a mão pelas minhas costas. O Ander levantou-me facilmente.
Enrolei as pernas á sua cintura.
Entre beijos e gargalhadas, o rapaz fez o caminho para casa, diretamente para o quarto, onde me soltou por fim.
Teve o cuidado de fechar as persianas e cortinados, visto que toda a casa era vidrada. A facilidade com que qualquer pessoa podia ver o que não devia, assustava-me um pouco. Porém, quando Ander não nos escondia, fazia questão de o fazer eu mesma.
- E então? - Sussurrou, voltando a puxar o meu corpo para junto do dele.
- E então... Eu vou tomar banho. - Disse-lhe, entre beijos. - E não me importava que alguém me viesse fazer companhia.
- Propostas indecentes, estou a gostar.
Balancei a cabeça, acabando por me rir.