Remember Me (SiYoo)

By faithlittlebat

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Yoohyeon perdeu uma parte de sua memória, apagando assim alguns anos de sua vida. Atualmente está namorando S... More

Avisos e personagens
Prólogo - A tempestade
Os perfis do twitter
Capítulo 1 - Borboletas azuis
O farol - Capítulo 1, Parte 2
Voltando pra casa - Capítulo 1, Parte Final
Respostas - Capítulo 2, Parte 2
O início do caos - Capítulo 2, parte 3
A noite toda. - Capítulo 2, Parte Final.
Mudanças - Capítulo 3
O acidente - Capítulo 3, parte 2.
Saudade - Capítulo 3, parte 3
Até o pôr do sol - Capítulo 3, Final.
Tempo e Karma - Capítulo 4
Nos encontramos na lua - Capítulo Final

Memórias - Capítulo 2

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By faithlittlebat

Duas atualizações no mesmo dia, pois é! Apenas um mimo pra vocês. Espero que aproveitem! :( É nesse capítulo que tudo começa a acontecer de fato. ^-^ Vejo vocês lá em baixo. Boa leitura. <3 Ah, os sonhos estarão sempre em em itálico, ok?! 

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Estou num festival? Tantas barracas. Barracas de comida, de jogos, artesanato. Era um parque de diversões, eu acho. Eu tinha tanta coisa para fazer. Já tinha jogado duas vezes na barraca de atirar bolas de tênis para acertar alguns alvos e tinha ganhado um prêmio. Foi muito divertido. Mas ao mesmo tempo, eu não enxergava direito os rostos das pessoas, eram embaçados e estranhos, parecia que estavam borrados até. Não de um jeito assustador, era como se eu precisasse de óculos. Então... eu ganhei um prêmio por ter acertado mais alvos.


O cordão de yin-yang.


- Uau, amor! Como você é boa nisso! - Ouvi uma voz diferente, que eu nunca havia ouvido antes e ainda sim me era familiar. Quando me virei para olhar... era ela, a mulher misteriosa e estava do meu lado. Sorridente.

Então eu apenas coloquei o Yang no pescoço dela e o Yin no meu. Ela me abraçou e beijou levemente meus lábios. Um selinho um tanto demorado e encaixado, manteve nossas testas coladas e disse num tom que só eu pudesse ouvir:

- Completamos uma a outra. Eu sempre serei o seu sol, e você minha lua.

Eu não sabia porquê, mas eu me sentia com o coração tão quentinho e feliz.

Mas eu infelizmente acordei. Eu não gostei de ter acordado daquele sonho, parecia algo muito importante, e ela estava lá. Todas as vezes que ela aparecia, eu me sentia diferente e meu coração esquentava. Quando eu acordava, era que vinha aquela sensação de vazio... eu queria poder ficar mais tempo com ela e não sabia explicar o por quê.


Acho que estava na hora do meu remédio. Não podia ter uma crise, eu não queria dar trabalho a Singnie. Eu me sinto um fardo quando estou em crise.

Começou aquela dor de cabeça horrível, merda... eu precisava do remédio. Toda vez que eu sonhava com ela, apesar de me sentir bem, quando eu acordava era que a tortura começava. Minha cabeça faltava explodir de dor, tanto que eu sentia até minhas têmporas latejando. Aquilo estranhamente forçava muito meu cérebro estupidamente debilitado por conta dessa amnésia ridícula.

Olhei pro lado e Singnie ainda dormia, estava com o braço em volta da minha cintura e me mantendo próxima a ela. Devagar fui me soltando dela, com todo cuidado pra não acordá-la. A cobri de novo e beijei sua bochecha com carinho. Fui até a cozinha, atrás de um copo d'água para poder tomar remédio.

Era quase uma hora da tarde quando eu levantei, eu tinha tomado o remédio da manhã antes de dormir, e agora precisava tomar o da tarde. Minhas mãos já estavam geladas e trêmulas. Eu não quero passar mal por conta dessa dor de cabeça horrível, não mesmo.

Assim que tomei os comprimidos, eu coloquei o copo na pia e me apoiei no balcão da cozinha, estava me sentindo muito tonta. E foi quando eu ouvi um barulho vindo da sala. Quando olhei na direção da sala, eu tenho quase certeza que fiquei super pálida, senti um arrepio forte na espinha e minhas mãos trêmulas estavam geladas.
Era Gowon, sentada em meu sofá. Segurando alguma coisa que eu não pude ver direito o que era. E antes que eu pudesse abrir a boca para falar algo, ela já caminhava na minha direção com um sorriso no rosto. E a cozinha era bem próxima da sala. Tanto que em poucos passos ela já estava perto de mim.

- Você está pronta, Yoohyeon?

Eu a olhei completamente confusa e trêmula.

- Está tremendo igual um pinscher, aliás. - Ela deu uma risada baixa e eu finalmente pude ver o que ela tinha em mãos. Uma... esfera? Que estranho. - Bem, chegou a hora. Você a viu de novo depois do que houve. Precisamos começar.

- Começar o quê? - Perguntei confusa.

- Alinhar e recuperar suas memórias, Yoohyeon.

- Como... como você sabe que eu... a vi?

- Por que você sempre fica assim quando sonha com ela. Eu te observo há muito tempo, lembra? Você nem imagina o quanto esperei pra poder te ajudar. Eu precisei esperar a hora certa. E chegou. - Ela então estendeu a esfera na minha direção, ela era roxa e parecia ser feita de vidro. Era linda e tinha algo dentro dela, mas eu não conseguia ver direito, a esfera tinha algo que me impedia de ver o que havia dentro, mas eu sabia que tinha algo ali. - Quebre. Jogue no chão, e pegue o objeto. Vamos começar o jogo. Antes que Siyeon acorde.

Não entendia nada, eu só queria saber por que diabos ela queria que eu quebrasse uma coisa tão linda como aquela?

- Porque eu tenho... - Respirei fundo e continuei. - que quebrar isso?

- Só quebra logo, não temos muito tempo. Eu explico depois. - Ela disse e me entregou a pequena esfera.


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Eu a segurei firme e então mesmo confusa, fiz o que ela mandou...

Era o cordão! Yin e Yang, de novo. Como ela colocou ele ali dentro? Ótimo, agora vou ficar confusa pois de acordo com ela, não temos tempo.

Quando me abaixei pra pegar e o peguei, uma luz muito forte me obrigou a fechar meus olhos, e isso foi péssimo pra minha enxaqueca. 

- Droga, Gowon! É muito claro... eu não consigo ver nada! - Disse ainda de olhos fechados. 

- Calma, estou aqui com você. Logo passa. - Ouvi a voz dela bem próxima a mim.

O clarão durou apenas mais uns segundos e de repente... comecei a ouvir barulhos de pássaros cantando e senti uma brisa gostosa e suave, uma brisa de mar. Estava um tanto frio, minhas mãos estavam começando a gelar. Quando abri os olhos... eu estava lá, perto do farol. E eu quase caí da beirada dele... não acreditei no que meus olhos viam.

Eu? O que eu estava fazendo ali sentada no banco junto com a garota loira dos meus sonhos? Só que aquela era o meu eu mais jovem. Rapidamente me virei pra Gowon e eu então gritei desesperada:

- O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO? UM JOGO COMIGO, POR ACASO? ACHA ISSO DIVERTIDO? BRINCAR COM MINHA CABEÇA ASSIM? - 

Ela nada disse, apenas observava nós duas. Quer dizer... sei lá, eu do passado e a menina loira. Elas nem pareciam estar nos vendo, e olhe que estávamos um tanto perto e elas já teriam ouvido meu grito. Foi aí que eu comecei a estranhar. 

- Espera... elas não podem nos ver? - Perguntei confusa e até esqueci o por que estava zangada. Aquilo não parecia uma brincadeira...

- E nem nos ouvir. - Ela colocou as mãos nos bolsos do moletom e então sorriu. - Esse foi o dia que você ganhou esse cordão e deu pra ela, Yoohyeon. Essa é uma de suas memórias perdidas. -

Olhei na direção de onde eu estava com a mulher, e então a vi com a cabeça deitada em meu ombro, e nós duas estávamos de mãos dadas, ela acariciava minha mão, estávamos em silêncio. Só ali... abraçadas e fazendo carinho uma na outra.

Comecei a caminhar naquela direção como se um imã estivesse me puxando pra lá, e então eu parei de frente a mulher, e a olhei. Quando estiquei a mão pra toca-la, minha mão havia atravessado ela. Acho que eu não podia toca-la.

- Ah. Esqueci de dizer... somos apenas platéia. Isso já aconteceu e não estamos aqui fisicamente. É como se fossemos telespectadores desse momento. Nós vemos e ouvimos tudo que está nessa memória, mas não podemos interagir com nada. Entende? Não somos "sólidas" nesse ambiente. - Gowon disse como se fosse a coisa mais simples a ser explicada. 

- Isso é real? - Perguntei enquanto fiquei parada de frente as duas.

- É. Esse é o seu passado. - Ela parou logo atrás de mim e ficou me observando. 

- Por que você me trouxe aqui? - 

- Por que você fez uma promessa. - 

Me virei pra ela e então ergui a sobrancelha. 

- Que promessa? - 

- Você vai ver... - 

Antes que eu pudesse fazer outra pergunta, o meu outro eu virou-se pra beijar a mulher, era um beijo carinhoso e breve. Ambas sorriram de um jeito tão sincero que meu coração esquentou e eu suspirei involuntariamente. 

- Yoohy? - A mulher disse enquanto olhava pra o meu outro eu nos olhos. 

- Sim, amor? - 

- Você lembra da primeira vez que viemos aqui? - Ela disse enquanto acariciava meu rosto, quer dizer... ah vocês já sabem. 

- Infelizmente não, gatinha. - Gatinha? Meu Deus, eu chamei ela de gatinha? 

Ela pareceu estar um tanto frustrada com minha resposta, tanto que notei sua expressão mudando. 

- Sinto muito, amor... - Abaixei a cabeça e então ela ergueu meu rosto e me olhou nos olhos.

- Tudo bem, Yoo. Mas nós éramos muito crianças e também tem o fato de eu ter hipermnésia, mesmo que eu quisesse, eu jamais esqueceria de nada. - Ela segurou minha mão e sorriu de uma maneira gentil. - Se quiser, posso te contar a história... já que você não lembra. - Ela começou a rir, e eu sorri. 

- Eu adoraria, amor! Talvez isso me ajudasse a lembrar dessa data tão especial. - Ela me deu um tapinha no braço, e eu disse um "ai" e esfreguei a mão no braço e ambas começamos a rir.

- Então... nós duas éramos crianças. Tinhamos quatro anos. Foi no festival que todo ano acontece aqui, lembra? Nós viemos com nossos pais, e você tinha ganhado um coelho azul e amarelo de pelúcia naquele lugar lá de atirar as bolas nos alvos. Você ficou muito chateada por que você não queria aquele coelho, você queria na verdade um videogame antigo que tinha lá e na época tava bombando... mas você tinha que jogar várias vezes e seu pai não tinha dinheiro pra pagar todas as vezes que você precisava ir e você tinha errado algumas bolas. Eu lembro que você pegou o coelho e disse pro seu pai que ia brincar no parquinho... ele disse que estava tudo bem e que ele iria comer alguma coisa e que voltaria em uma hora... deixaria você brincar no parquinho e depois viria te buscar, por que sua mãe estava pelo parque também e que estava perto e iria te olhar. Mas na verdade... você correu. - Ela sorriu de canto e abaixou a cabeça. - Você estava com o coelho na mão e correu. Eu te segui, eu não sei por que mas eu te segui. E então como o evento era razoavelmente perto do farol... você foi parar lá. E eu então fiquei te observando um tempo sentada em um tronco grosso e grande... que inclusive virou esse banco que estamos sentadas. - Ela deu uma risada e continuou. - E você só chorava, abraçada no coelho. E foi quando eu quis me aproximar e você ouviu o barulho de um galho partindo e olhou pra trás. Eu rapidinho me escondi atrás de uma árvore... mas era tarde, você já tinha me visto. -

- E aí vai me dizer que eu saí correndo? - Eu dei uma risada e ela riu junto comigo. 

- Não, sua boba. Você foi até onde eu estava escondida, de olhos fechados e quieta... jurando que você não havia me visto. E então você apareceu bem do meu lado, e falou bem perto de mim "o que você tá fazendo aí?", eu pulei de susto e gritei. E você começou a rir, mas seus olhinhos ainda estavam vermelhos e a ponta do seu nariz também, você tava chorando... mas depois estava sorrindo, parecia que tinha esquecido o que houve. Eu perguntei o por que de você estar chorando e você me explicou que queria um videogame mas o seu pai não tinha dinheiro pra pagar todas as vezes que você precisava ir na barraca e que você jamais iria conseguir por que precisava derrubar muitos alvos. Então você reclamou que ganhou um coelho bobo, e enquanto você tava achando o coelho bobo, eu tava achando aquele coelho a coisa mais linda do mundo. E você simplesmente olhou pra mim e disse "ah, você gostou? pode ficar eu queria o videogame, eu já tenho uma pelúcia então... fique como lembrança por que a gente agora é amigas, tá?". E simples assim... você cagou pro coelho e deu ele pra mim. E eu fiquei igual uma trouxa. - Ela riu e eu ri junto. - Aquele coelho foi o início de tudo. O início da nossa amizade, e depois daquele dia a gente jurou que todos os festivais iríamos nos encontrar no tronco por que a gente não morava na mesma cidade. Só que uns dois anos depois eu me mudei pra cá e a gente ficou cada vez mais próxima... e bem, nem preciso dizer o quão próximas ficamos, né? Isso você lembra. - 

- Ah com certeza, isso eu lembro. - Ambas riram e deram um breve selinho. - Eu não me arrependo aliás, você foi meu primeiro amor. Você foi e é. Começamos a namorar logo no primeiro ano do ensino médio e não nos largamos mais. Eu não me arrependo mesmo. Você é meu sol, Dongie. Me perdoe por ser esquecida... - Ela sorriu e me abraçou forte.

Meus olhos se arregalaram e eu caí pra trás. - Dongie... ela... é...? - 

- Shhhhh. Preste atenção, é importante. - Eu então fiquei ofegante, mas continuei a prestar atenção.

- Eu não te culpo por ser esquecida, amor. Você só não lembra direito das coisas quando era muito novinha, e eu entendo. E fora que eu amo esse seu jeito, não vou ficar chateada por você não ter a memória como a minha, eu tenho uma condição rara também... - 

- Eu prometo que jamais vou esquecer nossa história, Handong. - Ela sorriu e me abraçou forte, ambas nos beijamos muito apaixonadas. Ela e... eu. O outro eu.

Eu olhei pra Gowon e então ela sorriu. Ela não precisou explicar nada... já havia tudo acontecido na minha frente, não precisava de mais nenhuma explicação. 

E foi aí que o clarão veio bem forte de novo. Fechei os olhos rapidamente e então já estávamos na minha cozinha de novo... o que foi aquilo?! 

- Entende agora por que eu te mostrei aquela memória? Foi aquela promessa que me trouxe até você. - Gowon explicou enquanto eu estava ali no chão, sentada no canto da cozinha, abraçando minhas pernas e confusa. - Você e a Handong eram apaixonadas de uma forma que você não imagina. Ela te amava imensamente, com todas as forças. E... infelizmente ela não está mais aqui, mais isso foi uma trágica consequência. - 

Tudo aquilo era informação demais, meus olhos começaram a lacrimejar e foi aí que comecei a chorar. Aquilo me fez desabar... eu tinha matado a Handong? 

- Eu matei ela? - Falei com a voz embargada de choro. 

- Não foi sua culpa, Yoohyeon... - 

Ouvir aquilo me destruiu. Saber que eu era responsável pela morte de alguém me deixou totalmente sem chão. 

..-. --- .. / ..- -- / .- -.-. .. -.. . -. - . .-.-.-

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Eu espero que não tenha ficado tão confuso assim... KKKKKKKKKKKKKKKKK ;-; Eu sei que é maldade terminar o capítulo aqui, mas como eu disse... as respostas sempre vem. u.u

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