Desfrutem <3
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Las Vegas – Uma semana antes
- Vai ser legal Poncho. – Dulce sentou-se na cadeira à frente de sua mesa. – Poder passar seu conhecimento. Achei interessante eles pegarem profissionais que estão atuando nas áreas para lecionar. Serão apenas seis meses, nós sobreviveremos. – Ela sorriu. – Muitos professores dão aula sem nunca ter trabalhado realmente com aquilo.
Dulce Maria era uma perita criminal que trabalhava junto com Alfonso no laboratório de criminalista de Las Vegas. Ela era um pouco mais jovem que ele, divorciada e com uma jovem filha, a Lindsay. Ela era a segunda mais experiente dentro do laboratório, ficando somente atrás de Alfonso Herrera, além de seu braço direito e sub-supervisora de equipe. Além de inteligente, ela era muito extrovertida.
- Eu imagino que será Dul, mas a ideia de afastar-me por seis meses de Vegas é estranha. Porém sempre tive vontade de lecionar, creio que será uma grande experiência. Sempre dei palestras, participei de seminários, geralmente com pessoas de doutorado, e agora pegarei jovens que recém estão decidindo suas áreas, de alguma forma influenciar na vida deles, mais do que na de pessoas já mais formadas.
- Com certeza. Dará aula de que?
- Entomologia Forense. - Disse visivelmente orgulhoso, era sua área de especialidade e amava o que fazia. - Serão duas cadeiras com a mesma matéria, mas em uma delas será somente para alunos surdos e mudos. E ao contrário do que eu imaginava, entomologia forense é uma das cadeiras que mais causou alvoroço entre os alunos. Também terei a oportunidade de conhecer e rever pessoas, teremos profissionais de Quântico lá, e de muitos outros laboratórios do país.
- Então agora já posso lhe chamar de professor Herrera? – Brincou ela enquanto passava a mão pelos cabelos ruivos.
- E eu posso lhe chamar de Supervisora Saviñón? – Ele respondeu no mesmo tom.
- Como?
- Você ficará na supervisão durante os próximos seis meses. E como estaremos com um a menos na equipe, e provavelmente Ecklie não fará nada para mudar isto, creio que terão bastante trabalho. – Ele então formou com os lábios um bico, extremamente irônico como só ele conseguia fazer.
- Quando irá viajar?
- As aulas começam dentro de três semanas. – Ele então colocou as mãos apoiando-se contra os braços da cadeira fazendo menção de levantar-se. – Vamos à sala de convivência Dul? Temos que falar com o resto do pessoal.
- Claro. – Dulce respondeu enquanto ainda engolia o que Herrera lhe falava, suas responsabilidades dobrariam, ela temia isto.
Era final de turno e geralmente Herrera não aparecia na sala de convivência depois das tarefas terminadas a não ser que tivesse algo importante para dizer. Então quando a presença de Herrera foi notada, todos viraram para ele para saber o que viria. Christian Chávez e Sofia Shelman sentaram-se no sofá, Nicolas Stokes e Christopher Uckermann já sentados a mesa que ficava no centro da sala de convivência só levantaram a cabeça para ele. Dulce havia chegado logo depois de Herrera, e sentou-se ao lado de Christopher.
- Boa noite. – Então Herrera olhou pela janela, já era de dia. – Bom dia. – Corrigiu. – Sei que estão todos ansiosos para ir para casa, mas antes gostaria de falar com vocês. Não sei se souberam do projeto das universidades para levar profissionais para lecionarem, enfim. Eu fui um dos convidados, para não dizer obrigados. Então ficarei afastado por algum tempo.
- Nossa, que legal. – Nicolas disse orgulhoso do chefe, ele se espalhava em Herrera mais que qualquer outro perito naquela sala. – Quanto tempo será? Duas semanas, três?
- Seis meses. – Disse simples.
Ele pode ver então o sorriso de todos desaparecer em questão de segundos, os que até a pouco estavam sorrindo orgulhosos, ficaram calados e apenas se entreolharam sem saber o que dizer.
- Seis meses Herrera? – Christopher fora o primeiro a falar.
- Sim, – respondeu resignado – sei que é um longo tempo, mas durante minha ausência Dulce ficará no meu lugar, e tenho certeza que se virarão muito bem sem mim.
- E para onde você vai? – Sofia adiantou-se em perguntar.
- E quando? - Christian perguntou quase junto.
- Estarei partindo em algumas semanas para São Francisco, irei lecionar na Universidade de lá. E caso precisem de qualquer coisa terão meu celular. – Ele então olhou para o relógio redondo que ficava na parede acima da geladeira. – Bem, agora tenho que ir. – Suspirou.
- Aonde será que ele vai? – Murmurou Nicolas, ao ver o chefe sair apressado após olhar o relógio.
- Tenho uma leve suspeita. – Christian disse com um sorriso malicioso nos lábios.
- Eu também. – Dulce pegou a malícia de Christian e se conhecesse bem seu amigo, como sabia que conhecia, ela tinha certeza para onde ele iria.
Herrera balançou-se algumas vezes em frente a porta daquela maravilhosa mansão, o toque rustico deixava o ambiente ainda mais requintado do que já era. Tomando a coragem que lhe faltava ele levou o dedo a campainha, porém recuou antes de tocá-la, preferiu fechar o punho e bater a porta.
Quando a dona da casa abriu a porta, Herrera teve de esclarecer a garganta diante da visão que tinha. Vestia um espartilho de couro preto não muito apertado, mas incrivelmente sexy, por cima levava um casaco também de couro e da mesma cor do espartilho, a saia preta com alguns detalhes em vermelho não era de couro, parecia um tecido mais leve e maleável além de brilhoso, as meias de nylon que iam atem a metade de suas coxas provavelmente estavam presas por uma cinta liga que deveria estar por baixo da saia. Em seus pés sapatos de salto alto. Sempre adornada no pescoço por uma corrente negra com um crucifixo, nos pulsos poucas pulseiras, mas os dedos com muitos anéis. Os cabelos entre o castanho e o ruivo ela levava soltos, a franja repicada para o lado, e diferentemente dos outros dias as pontas de seus cabelos ao invés de lisos levavam lindos cachos. Os olhos pelo contrário sempre levavam negros e a boca um batom vermelho.
- Heather. – Disse Herrera assim que se lembrou de respirar.
- Herrera. – Ela tinha um lindo sorriso nos lábios, um ar de superioridade. Deu um passo para o lado para que ele pudesse entrar. – Não o esperava.
- Sei que deveria ter ligado. Você está... Com clientes? – Ele hesitou em perguntar, sabia que Heather ainda trabalhava como Lady Heather, uma dominatrix, e talvez nunca deixasse sua profissão.
- Não. – Ela agora sorriu mais abertamente. – Vamos ao meu escritório, assim podemos conversar.
Como boa dominadora que era ela andou na frente fazendo-o segui-la, ele por sua vez não contestou. Ao entrar em seu escritório ela deixou que Herrera entrasse primeiro, e depois fechou a porta.
- Sente-se. – Ordenou.
- Pode parar de mandar em mim? – Ele sorriu, falando gentilmente ao mesmo tempo em que não mentia sobre o desejo de que ela parasse.
- Desculpe. Força do hábito. – Então ela se sentou, o modo que se mexia, e até como se sentava era incrivelmente sexy, era uma mulher que mesmo sem querer esbanjava sensualidade. – O que devo a honra de sua visita?
- Eu vou viajar dentro de algumas semanas, e eu... – Herrera procurava as palavras certas. – Eu vim aqui me... – Suspirou. – Me despedir. – Quando ele levantou os olhos, pode ver o olhar brilhante de Heather para ele, ela o seduzia mesmo quando não se esforçava para isso.
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E aí, estão gostando? Vocês vão me odiar por isso, mas eu AMO a personagem da Heather. AMO! hahaha, mas vocês vão odiar... OOOU já estão odiando. Até o próximo!