Eles montaram acampamento entre a cúpula dourada e a floresta tropical. Havia uma boa extensão de terra gramada e plana, como se as proteções mantivessem a floresta afastada. Os centauros colocaram alguns alpendres de tecido e fizeram uma fogueira. Eles não tinham ideia de quanto tempo levaria para entrar, então eles estavam se preparando para uma longa espera.
Sirius e Harry ergueram a tenda do filhote e se moveram para ajudar os centauros. Quando eles começaram, Harry ofereceu a ajuda de Dobby, mas os centauros afirmaram que preferiam fazer por si mesmos. Depois de viajarem juntos, os nativos foram se acostumando com os humanos. Quando salvaram a vida de Nalla, isso os tornou queridos e assustados. Mas depois de conversar com os cavaleiros britânicos, esse medo se transformou em admiração. Agora, os magos eram uma adição bem-vinda ao rebanho e suas ofertas para ajudar eram bem-vindas, contanto que eles não usassem magia. Acreditava-se que o trabalho manual fazia bem à alma.
Seus perseguidores ficaram na floresta, nas árvores, o que surpreendentemente não causou a dispersão dos macacos. Harry ergueu os olhos de onde estava ajudando a família de Nalla e viu cerca de dez deles, seis homens, um menino e três mulheres. Eles eram de pele escura, como um bronzeado muito profundo, e os homens usavam tangas, enquanto as mulheres usavam uma túnica como vestido. Eles tinham arcos amarrados à parte superior do corpo em forma. Ao contrário dos aldeões que Harry e Sirius evitaram quando entraram na floresta, esses caras eram selvagens. Seus cabelos negros estavam despenteados e suas feições marcadas pelo sol e pela vida dura. Harry poderia dizer que eles trabalharam duro em tudo o que fizeram.
O britânico moreno acenou timidamente para o garoto selvagem, que deu um sorriso cheio de dentes e acenou de volta, fazendo com que os mais velhos começassem a falar rápido, o que Harry só entendeu um pouco. Ele estava feliz por Iago ter decidido ensinar-lhe português. Os aldeões então desapareceram nas árvores. O menino deu mais um sorriso para Harry, antes de subir na árvore e desaparecer nas folhas largas. Harry se perguntou se esses caras iriam se juntar a eles quando chegassem na cidade. Ele sabia que eles eram mágicos, já que os feitiços para repelir trouxas não os afastavam. Ele esperava que sim, o menino parecia amigável e tinha sua idade.
Harry encolheu os ombros e foi encontrar Sirius. Ele vagou pelo acampamento e notou os olhares animados no rosto de todos. Ele agora estava feliz por terem trazido os centauros junto. Foi o início de sua utopia, onde haveria um lugar para todas as criaturas mágicas. Bem, não todos, agora que ele entendeu que há alguns que não vão se dar bem com ninguém, como os gigantes, vampiros e as acromântulas. Sirius deu a ele um resumo em que criaturas das Trevas (ou mestiços) eram amigáveis o suficiente para coabitar.
Eles iam ver se conseguiam alguns dos goblins, anões, lobisomens amigáveis, os elfos domésticos livres e, claro, as bruxas e bruxos reprimidos. Sirius explicou que, uma vez que eles ajustassem as proteções, os animais mágicos viriam por conta própria, como as fadas, gnomos e hipogrifos. Esses tipos eram atraídos para lugares de forte magia. Pelo que sabiam, já havia alguns na cúpula.
Harry estava pensando em tudo isso enquanto vagava pelo acampamento e foi tirado de seus devaneios quando Sirius chamou seu nome. Ele olhou para cima e viu seu padrinho, de pé com os dois líderes, acenando para o adolescente. Então ele acelerou o passo e correu até onde eles estavam.
"O que foi, Sirius?" ele perguntou ao se aproximar do homem. "Boa noite Matta, Melampus."
"Boa noite, Harry Potter", disse Matta com uma pequena reverência.
"É uma boa noite, Harry Potter. Espero que você esteja cansado depois de nossa jornada ", declarou Melampus com um sorriso amigável.
"Muito cansado, mas muito feliz por termos conseguido," Harry respondeu com um aceno de cabeça. Então ele virou a cabeça para seu padrinho com um olhar questionador.
"Estamos tendo um pequeno debate," Sirius respondeu franzindo a testa. "Esses caras ficam dizendo que você é o único que pode abrir o caminho. Sempre digo a eles que você é apenas uma criança. Não que isso seja uma coisa ruim, "ele acrescentou apressadamente. "Só que você é um mago destreinado, bem, meio treinado."
"Bem, o que dizem as estrelas?" Harry perguntou, virando-se para Matta.
"Aquele apenas com grande poder pode abrir o caminho", disse o centauro revestido de aço. "Eu acredito que você é aquele."
Melampus assentiu e disse: "Eu também acho que você é assim. É predito que você tem grande poder como uma criança profetizada. "
"Embora eu não seja do tipo que discute com as estrelas, eles não dizem que sou eu", observou Harry. "Eu realmente não me sinto mais poderoso do que Sirius, então talvez eles estejam falando de outra pessoa."
Os dois centauros franziram a testa para isso, já que esses eram os únicos dois bruxos em seu grupo. Eles pareciam estar prestes a discutir quando Sirius ergueu as mãos. "Bem, vamos deixar isso para amanhã, quando podemos dar uma olhada. Agora, acho que todo mundo quer festejar, "ele disse, despenteando o cabelo sempre bagunçado de Harry.
Harry deu um tapa na mão e olhou para o acampamento. Todos os alpendres foram montados e os centauros estavam em grupos de quatro ou cinco, todos conversando e batendo os cascos de empolgação. Havia muita agitação na cúpula dourada e os mais jovens estavam bem próximos a ela, os rostos quase se tocando, tentando olhar para dentro.
Naquela noite houve realmente uma celebração, com um maravilhoso ensopado de raiz picante e muita dança e canto. Sirius até tirou um pouco de whisky de fogo e cerveja amanteigada de sua bolsa e alguns dos mais corajosos cavaleiros começaram a beber, principalmente os britânicos. Ninguém ficou agressivo, pelo que Harry ficou muito grato.
De vez em quando, os centauros olhavam para as estrelas como se para ver o que os esperava agora que estavam aqui. Nenhum deles ficou desapontado; embora mais de um tenha avisado Harry que Marte ainda estava brilhante, fazendo o adolescente de cabelos escuros suspirar.
Essa estrela estúpida alguma vez vai me deixar em paz? " ele meditou para si mesmo, olhando para o planeta em questão.
Harry e Sirius estavam indo tarde para a tenda naquela noite. Eles fizeram sua rotina noturna e estavam mais uma vez sentados em suas cadeiras com Dobby e um pouco de chá e biscoitos açucarados.
"E agora?" Harry perguntou, bebendo um pouco de seu chá.
"A primeira coisa pela manhã, vamos dar uma olhada e ver onde está a pedra da barreira. Então, tentaremos interpretar as runas. Assim que fizermos isso, veremos se os astrônomos estão certos e se você é o único que pode abrir a cúpula. Nós não sabemos. Já se passaram milhares de anos desde que esta cidade foi habitada, "Sirius respondeu com uma carranca. Ele não queria que fosse Harry que os deixasse entrar. Ele era apenas uma criança.
"Farei tudo o que puder para ajudar", disse Harry com firmeza. Às vezes, seu padrinho era um pouco protetor demais para seu gosto.
"Eu sei que você vai", disse o homem mais velho. "É que não sabemos o que este grande poder fará com você. Pelo que sabemos, você pode ficar inconsciente por dias. "
"Tenho certeza de que não é nada perigoso ou os centauros não veriam meu futuro", disse o garoto moreno, tentando acalmar os temores do homem. "Lembre-se de que Marte ainda está brilhando para mim."
"Você provavelmente está certo," Sirius suspirou, dando uma mordida em seu biscoito. "Eu gostaria que eles me contassem o que isso significa. Eu sei que Marte é um sinal de guerra, mas se está brilhando muito para você, isso significa que você estará lutando uma guerra ou apenas que você tem inimigos. " O homem de cabelos escuros se perdeu em seus pensamentos, tentando encontrar formas de proteger seu afilhado.
"Dobby", disse Harry, virando-se para seu amiguinho, deixando o homem mais velho fazer seu planejamento, "agora que estamos aqui, você acha que pode reunir mais elfos domésticos livres?"
"Dobby já está fazendo isso. Quando o Grande Harry Potter está contando a Dobby sobre Winky, ele vai trazê-la para a ilha ", disse Dobby, saltando em sua cadeira. "Foi uma coisa boa que Dobby fez. Winky estava bebendo cerveja amanteigada. " Seu rosto se transformou em uma carranca.
"Butterbeer não é ruim", disse o adolescente confuso.
"Está sendo muito ruim para os elfos domésticos, Harry Potter. Isso está nos deixando bêbados. Mas Dobby trouxe Winky para a ilha e deu-lhe trabalhos para fazer. " Dobby começou a pular novamente. "Ele está dizendo a ela que pode haver famílias em breve."
"Oh, bem, isso é bom", disse Harry com um sorriso. "Talvez agora você possa encontrar mais."
"Tente procurar no mundo todo, Dobby," Sirius sugeriu, olhando para os dois mágicos menores. "Deve haver elfos livres em todos os lugares."
"Dobby vai começar logo, senhor", disse o elfo diminuto com um aceno curto, já pensando em como faria isso. Ele sabia que a fofoca e o ridículo entre os elfos domésticos apontariam onde os elfos livres estavam. Tudo o que ele precisava fazer era encontrar aqueles que lhe diriam qualquer coisa. Como ele era considerado um elfo esquisito, eles não podiam falar com ele.
"Vamos precisar de alguns para levar as mensagens," Sirius disse, coçando o queixo pensativo, ainda tentando descobrir como eles vão trazer as pessoas aqui sem causar tumulto nos governos. Se ele conseguisse reunir bruxos suficientes, eles poderiam lançar um feitiço Fidelius em toda a área. Isso poderia funcionar ou talvez houvesse uma runa semelhante na pedra da barreira. Ele conversaria sobre isso com os líderes pela manhã. "Ei, Dobby, você pode, você sabe, colocar as pessoas aqui?"
"Dobby está pensando que nós, elfos domésticos, podemos pegar alguns de vez", disse o elfo pensativo, com as orelhas grandes se contraindo.
"Podemos precisar que você faça isso", disse o homem mais velho, mais uma vez repassando os planos em sua cabeça.
"Sirius," Harry disse, tirando o homem de seus pensamentos, "você vai chamar o Professor Lupin para vir?" Ele realmente gostava daquele homem quieto. Havia algo nele que te deixava calmo enquanto estava em sua presença.
"Eu tenho debatido isso. Veja, Remus é um bom amigo, mas, ele, como Hagrid, tem uma profunda devoção por Dumbledore. Ainda estou tentando escrever minha carta para ele corretamente, então ele não diz a ninguém onde estamos. Existem alguns feitiços que podem ser colocados nessas missivas, mas eu odiaria fazer isso com um amigo, "o dogman respondeu solenemente. Ele também queria seu amigo aqui, mas estava desconfiado sobre isso. Remus tinha um bom motivo para ser fiel ao diretor, assim como o gentil meio-gigante, mas arruinaria seus planos se Alvo aparecesse e convencesse Harry a ir para casa, o que seria ruim para o adolescente.
"Certo, mas ele não teria uma ideia melhor de quais lobisomens podemos convidar?" Harry pressionou.
"Sim, ele faria. Deixe-me pensar um pouco mais, "disse Sirius. Então ele se levantou e disse: "É hora de pegar o feno".
Harry soltou um bocejo de boca aberta e acenou com a cabeça. Ele baixou a xícara e se levantou para ir para a cama.
Na manhã seguinte, depois de um café da manhã inglês completo, eles se juntaram ao resto dos viajantes. Muitas das mulheres estavam cuidando do acampamento e os homens estavam patrulhando a orla externa da floresta tropical. Olhos de animais pareciam estar espiando para eles e os macacos estavam tagarelando e pulando nos galhos das árvores, então os feitiços de repulsão devem ter passado durante a noite, mas desde que Sirius os atualizou há dois dias, isso foi muito bom. As proteções no acampamento ainda eram fortes, mas apenas mantinham os animais fora, como um ou dois dos primatas descobriram quando eles vieram tentar roubar comida. Eles estavam do lado de fora das enfermarias, pulando para cima e para baixo, repreendendo os centauros que estavam sorrindo para eles.
Harry e Sirius deram a volta e perguntaram a todos os centauros se eles queriam os feitiços repelentes de volta para eles. Eles disseram que sim, então eles os reformularam. Os macacos voltaram para a floresta.
Sirius se juntou a Matta e Melampus e os três juntaram suas cabeças e conversaram. Eles pareciam estar se debatendo sobre como encontrar a pedra de proteção, seus braços se agitando como se estivessem tentando decidir em qual direção começar.
Harry os deixou em paz e foi até a borda da cúpula para olhar o interior. A área era vasta, estendendo-se por milhas e milhas, como se fosse estendida, já que a cúpula não parecia tão grande. Ele mal conseguia distinguir um grande edifício tipo pirâmide nos fundos do que parecia ser uma cidade de adobe. Ele não conseguia ver como as casas estavam em bom estado, mas percebeu que eram marrom claro, não eram feitas de madeira e estavam cobertas por algum tipo de trepadeira. Ele também avistou uma grande floresta na cúpula; ele criou um semicírculo ao redor da cidade. Onde Harry estava estava livre de árvores, como uma entrada.
Nalla veio até ele e perguntou: "Quando você acha que podemos entrar?" suas pernas batiam nervosamente no chão.
Harry se virou e sorriu para a jovem potrinha assustada. "Não sei bem, para falar a verdade. Sirius disse que eles iriam procurar a pedra de proteção. Pode ser hoje, pode ser em um mês. " Ele encolheu os ombros, ainda sorrindo calmamente.
"Oh," o centauro de casaco marrom disse enquanto relaxava. "As estrelas não estão próximas sobre quando entraremos."
"Se há uma coisa que me lembro sobre adivinhação é que você não pode prever tudo", disse Harry. Lembrando-se de todas as vezes que os livros diziam exatamente isso, embora Trelawney tentasse fazer parecer que sim, com sua predição constante dos percalços das pessoas.
"Essa é uma lição difícil aprendida", disse Nalla com um sorriso brilhante. Então ela virou a cabeça quando sua mãe chamou seu nome. "Foi muito bom conversar com você, Harry Potter." Ela se virou e trotou de volta para onde sua família estava.
Harry olhou para o cavalo feminino que se retirava e teve um olhar afetuoso em seu rosto, feliz por eles terem sido capazes de salvá-la. Era bom conversar com alguém que não era adulto, mesmo que fosse mais jovem. Embora desejasse que houvesse humanos por perto, sua libido incipiente não estava interessada nos centauros. Então ele percebeu um movimento com o canto do olho. Virando a cabeça, ele viu Gundabald acenando para ele.
Harry suspirou, sabendo que era hora de estudar. Ele correu para seu tutor e eles falaram sobre Feitiços e como usá-los em uma luta. Harry estava aprendendo bastante sobre defesa. Ele temia estar perdendo outras coisas, mas tirou isso de seus pensamentos por enquanto.
Depois de um dia de busca, os pesquisadores desapontados voltaram ao acampamento. Eles não haviam encontrado a pedra da barreira. Harry, Sirius e Dobby estavam em sua tenda, conversando, como faziam todas as noites.
"Sirius", disse o adolescente, "Como é uma pedra de proteção?" Ele ficava imaginando uma grande placa de pedra com linhas irregulares, como ele tinha visto na televisão.
"Bem, é diferente, mas para um lugar tão grande, deveria ser uma grande rocha com marcações," seu padrinho respondeu, confirmando os pensamentos de Harry.
"Oh, ei, você quer que eu peça às cobras para fazer o reconhecimento?" o adolescente se animou com isso. Ele sempre gostou de ser útil.
Sirius deu um tapa na própria testa. "Por que não pensei nisso?"
Harry apenas sorriu e fez uma nota mental para fazer exatamente isso pela manhã. Eles então conversaram sobre coisas não essenciais e praticaram alguns feitiços e então se retiraram para a noite. Na manhã seguinte, Harry chamou um grande grupo de cobras e pediu que procurassem uma grande pedra que cheirava a magia. Todos concordaram e se afastaram.
A semana seguinte foi passada quase da mesma forma. Harry se levantava de manhã, comia, estudava, falava com o potro e as potras, comia, estudava, obtinha relatórios das cobras, acenava para a criança nas árvores, comia, conversava com Sirius, praticava seu trabalho de feitiço e ia para cama. Enxague e repita.
Agora ele estava sentado lendo cartas de Hermione e Ron. Muito como ele previu, seus amigos se afastaram e seu amigo de cabelos crespos estava sozinho. Ela falou muito sobre o Torneio Tribruxo e como ela sabia que se Harry estivesse lá, ele seria pego de alguma forma; tornando o adolescente de cabelos escuros grato por estar no meio da Amazônia. Ela também escreveu que esperava que ele estivesse acompanhando seus estudos e que o jornal e as fofocas não fossem mais sobre ele e Sirius. Ela disse que Harry deveria contar a Dumbledore onde ele estava, para evitar que o Diretor se preocupasse. Ela ainda o repreendia por ser impulsiva e enfatizava o fato de que sentia falta dele. Então se virava e dizia que ela entendia e esperava que eles encontrassem o que estavam procurando.
A carta de Ron estava cheia de reclamações, como o fato de ele não ter idade suficiente para entrar na competição e de o quadribol ter sido cancelado naquele ano. Ele lamentou que Hermione tivesse se tornado uma sabe-tudo mandona depois que Harry saiu, que eles não eram mais amigos e agora seu trabalho escolar estava piorando. A ruiva também repreendeu Harry por partir em uma aventura sem ele. Essa carta fez Harry franzir a testa, perguntando-se se deveria continuar a escrever para o outro garoto.
Harry não disse a seus amigos que eles encontraram a Cidade Perdida de Z. Sirius sugeriu que ele não fizesse isso até que descobrissem as proteções e estivessem em segurança dentro da cidade. O padrinho disse que havia pessoas que podiam ler mentes e seria fácil captar essa informação de dois adolescentes desprotegidos. Harry concordou relutantemente. Ele odiava ter que esconder coisas de seus melhores amigos, mas podia ver o que Sirius queria dizer. Portanto, por todos aqueles que estavam em casa sabiam, Harry estava caminhando por uma floresta. Ele nunca disse a eles que era uma floresta tropical, apenas que havia muitas árvores e macacos, o que poderia colocá-lo em qualquer lugar onde houvesse primatas.
Sirius entrou e viu Harry franzindo a testa para uma carta. "E agora?" ele perguntou enquanto se sentava em sua cadeira. Ele realmente odiava quando Harry recebia más notícias de casa. Isso colocou o menino em um estado de pânico e levou dias para ele se animar.
"Ron está sendo um idiota. Ele rompeu sua amizade com Hermione e esta carta nada mais é do que choramingar - Harry respondeu, agitando o pedaço de papel.
"Mesmo? Hmmm, isso é muito ruim. Pelo que você me contou sobre Hermione, ela é uma amiga boa e leal. Oh, bem, a perda dele, "seu padrinho disse com um sorriso.
"Sim, mas está me fazendo adivinhar por que sou amigo de um idiota", disse Harry, ainda franzindo a testa.
"Lembra o que eu disse a você sobre seu pai? Como ele era um valentão imaturo e um fanático arrogante? Bem, Ron pode simplesmente superar sua atitude, assim como seu pai fez, "Sirius ofereceu, não querendo que Harry perdesse nenhum de seus amigos.
"Sim, eu acho," o garoto de olhos verdes concedeu, dobrando a carta e colocando-a no bolso. "Então, alguma sorte?"
"Não, não realmente, mas nós só percorremos metade da cúpula," o homem mais velho disse, caindo um pouco, mostrando como ele estava cansado.
"A pedra da proteção estaria dentro ou fora? Eu realmente nunca estudei isso, "Harry perguntou, era algo em que ele estava pensando.
"Bem, logicamente, se é a maneira de abrir a cúpula, seria do lado de fora, para que possa ser ativada," disse Sirius, sentando-se e entrando em modo de palestra. "A maioria das pedras protegidas estão enterradas fora da área que estão protegendo. Achamos que este era grande o suficiente para não ser enterrado, mas estou executando a detecção de feitiços para o caso. É por isso que estamos demorando tanto. Agora às vezes eles estão dentro da área, quando há uma grande quantidade de feiticeiros que podem controlar a pedra, mas para um lugar como este seria do lado de fora. Bem ... "ele disse como se algo acabasse de acontecer. "Pode ser quando quem esteve aqui antes soube que a cidade estaria deserta e a mudaram." Ele esfregou o queixo, seus olhos cinzas ficando vagos, e então ele balançou a cabeça como se para clarear seus pensamentos e prestar atenção na conversa.
"Oh, bem, acho que faz sentido. Eu vou ter que dizer isso às minhas cobras, "Harry disse com um leve brilho.
"Certo, desculpe," seu padrinho se desculpou timidamente. "Você não disse como Hermione está lidando com isso," ele disse, mudando de assunto.
"Ela está sozinha; ela realmente não se dá bem com suas colegas de quarto. Eles gostam mais de meninos, moda e maquiagem do que ela. Eu realmente gostaria que pudéssemos trazê-la e seus pais aqui. Não gosto desse torneio tribruxo inteiro. Parece uma armadilha para mim ", previu Harry, e após a longa caminhada na floresta tropical ele teve tempo de repassar todos os seus anos em Hogwarts e todos pareceram arranjos, bem, não o terceiro, mas os outros dois. Embora ele não conseguisse identificar quem projetaria esses testes. Seus dois principais suspeitos eram Dumbledore e Voldemort, ele estava mais inclinado para Voldemort, já que havia enfrentado o homem duas vezes. Além disso, ele realmente não achava que o diretor o queria morto.
"Sim, parece conveniente," Sirius concordou com um aceno de cabeça. "Mas teremos apenas que esperar para ver. Você já teve mais sonhos? "
"Não, apenas sentimentos que não são meus, mas eles são tão leves que levo um minuto para descobrir isso. Como ontem, quando estava conversando com Nalla, de repente tive uma vaga sensação de extrema satisfação, que não tinha nada a ver com nossa conversa ", explicou Harry, acenando com a mão como se não fosse grande coisa.
"Bem, por favor, me diga se isso acontecer de novo. Não posso pesquisar se não souber o que estou procurando, "Sirius disse com um olhar firme.
"Certo, desculpe, eu vou deixar você saber," Harry prometeu rapidamente. A conversa caiu e eles fizeram alguns feitiços e logo foram para a cama.
De manhã, Harry disse a suas cobras que elas podem estar procurando por algo no subsolo ou dentro da cúpula. Os batedores assobiaram em agitação que não haviam sido avisados antes, e começaram sua busca novamente. Demorou mais dois dias e todo o acampamento ficou animado quando uma pequena cobra veio até Harry e relatou que uma grande quantidade de magia foi encontrada do outro lado da cúpula.
Harry, Sirius, Matta e Melampus foram para a área. Não havia sinal de rocha, então eles observaram enquanto a cobra circulava uma grande área. Sirius tirou algumas pás de sua bolsa e eles começaram a cavar na trilha que o batedor havia deixado. Harry agradeceu ao garotinho e ele se afastou.
Com os quatro trabalhando, não demorou muito para descobrir a pedra. Era grande e as runas nele estavam gravadas profundamente. Sirius demorou para lê-los e disse que levaria alguns dias para descobrir. Ele e Harry ficariam aqui com qualquer um que quisesse se juntar a eles. O resto dos aventureiros poderiam ficar no acampamento base.
Matta e Melampus voltaram para seu rebanho, e cerca de uma hora depois, Talar, Iago e Firenze foram até os dois bruxos, fazendo Harry gemer, sabendo que ele teria que continuar estudando. O adolescente chamou Dobby para trazer a tenda e eles montaram acampamento. Sirius tirou alguns livros de sua bolsa e estava examinando as runas. Harry e seus dois tutores também estavam estudando runas, mas coisas do terceiro ano. Enquanto Talar mantinha a guarda.
Eles realizaram seus projetos pacificamente por dois dias e você poderia dizer que Sirius estava ficando muito frustrado com as runas. Em sua discussão na noite anterior, seu padrinho disse que eles estavam em uma língua que ele não entendia inteiramente. Que era parecido com o português, mas não totalmente. A diferença era suficiente para torná-lo difícil de interpretar, como o inglês antigo e moderno. Harry disse a ele que entendia e eles simplesmente seguiram suas rotinas habituais.
Harry estava lendo um livro de Feitiços e sentado em uma cadeira dobrável fora da tenda. Talar estava observando a floresta e Iago e Firenze estavam tentando ajudar Sirius. De repente, as folhas da vegetação rasteira balançaram e se separaram. Harry e Sirius sacaram suas varinhas e armas e apontaram para o barulho. Os três centauros puxaram seus facões e também se posicionaram defensivamente.
O homem mais velho que Harry já vira veio da floresta. Sua pele era morena escura e ele tinha cabelos brancos cortados rente à cabeça. As rugas no rosto e no corpo do homem faziam Tom, o barman, parecer uma galinha da primavera. Ele estava curvado como se o mundo estivesse em seus ombros e ele teve que usar uma bengala para seguir em frente. Seus membros pareciam frágeis, como gravetos finos. Harry ficou surpreso que o velho estava de pé.
Com este homem veio uma jovem que estava pairando sobre ele, como se ele fosse cair a qualquer segundo. Ela tinha cabelos negros que caíam nas costas e usava uma túnica. Harry podia ver muitos outros nas árvores, seus arcos puxados. Ele viu o garoto para quem acenava e deu-lhe um pequeno sorriso, que foi retribuído.
O velho sentou-se fora das enfermarias do acampamento e começou a falar e a agitar os braços. Harry pegou apenas uma em cada cinco palavras. Ele estava dizendo que estava aqui para ajudar e conhecia a linguagem da pedra. Os adultos neste pequeno acampamento estavam prestando muita atenção. Eles baixaram as armas e avançaram, o que por sua vez fez com que as pessoas nas árvores baixassem as suas.
Harry ficou onde estava, embora guardou sua arma e manteve sua varinha perto. Os adultos conversaram por cerca de trinta minutos e Sirius convidou os nativos para se juntarem a eles. Eles vieram das árvores e todos, exceto o garoto, se reuniram em torno da pedra da barreira. O outro garoto se juntou a Harry, mas não disse nada, apenas ofereceu um sorriso cheio de dentes, que Harry devolveu. Então os dois adolescentes voltaram para os mais velhos.
Depois de alguns minutos de conversa, um Sirius muito preocupado disse, "Harry, venha aqui, por favor." Quando Harry se juntou ao pequeno grupo, seu padrinho disse: "Este é Jeuel, ele é o mais velho de sua aldeia. Ele diz que os centauros estão corretos e você é o único que pode ativar a pedra. Vê esta runa aqui? Aquele que parece um círculo com um raio? Você precisa tocá-lo e colocar o máximo de magia que puder empurrar em sua mão. "
"O que? Agora mesmo?" Harry perguntou, completamente despreparado para o pedido. Sim, ele e seus tutores estavam discutindo isso, mas ele não achava que seria de imediato.
"Claro, estarei bem aqui caso esteja certo e você caia inconsciente. De acordo com esses caras, você ficará bem. Estou um pouco desconfiado, mas Matta disse que temos que entrar logo ou seremos encontrados. Então, vamos tentar, "Sirius disse, pegando um pouco de pimenta. "Aqui, beba isso, pode ajudar."
Harry deu a seu padrinho o olho peludo, mas pegou o frasco. Ele bebeu a poção e então se posicionou. Ele colocou seu dedo na runa e empurrou cada pedaço de magia que ele poderia reunir. Ele o sentiu fluir de seu núcleo e descer por seu braço até alcançar seu dedo estendido.
Seus pensamentos se voltaram para seu padrinho, rezando para que funcionasse. O amor e o desespero de estar em algum lugar seguro com seu único membro da família fez com que a magia fluísse mais rápido. Então ele pensou em Hermione morando em algum lugar onde ela não seria menosprezada, isso também alimentou o poder.
Foi um pouco opressor; ele nunca canalizou sua magia assim antes. Iago, Gundabald e Firenze explicaram a teoria; era diferente sentir isso. Ele observou seu dedo ficar branco e esperou que algo acontecesse. Pareceram horas, mas foram meros minutos.
Então a runa clicou e uma explosão de poder saiu da pedra, jogando todos, menos Harry para trás. O adolescente tentou afastar a mão, mas a segurou com força. Ele podia ouvir Sirius chamar seu nome dizendo para ele parar. Mais e mais magia fluiu do dedo e toda a pedra se iluminou, a maioria das runas começou a pulsar com luzes azuis. Alguns ficaram escuros.
A escuridão estava brincando ao redor de seus olhos enquanto Harry segurava. Então a pedra clicou novamente e o brilho parou de pulsar. Harry conseguiu remover a mão e cambaleou para trás. Caindo nos braços de seu padrinho, ele disse: "Que pressa." Sirius estava pressionando outro frasco de pimenta nos lábios e Harry bebeu agradecido. A poção fez efeito e ele se sentiu melhor. Ele ficou em pé sobre as pernas trêmulas e balançou a cabeça para clarear as ideias. Ele se virou para Sirius e perguntou: "Funcionou?"
"Não tenho certeza. A cúpula é mais clara, mas teremos que dar uma volta para ver se há uma abertura ", foi a resposta. "Como você está se sentindo?"
"Estou um pouco confuso e instável, mas acho que vou ficar bem." Ele deu ao homem o melhor sorriso que pôde. Deve ter sido vacilante, porque Sirius não parecia convencido.
"Certo, você se senta aqui e descanse," disse Sirius, levando o adolescente cansado para sua cadeira dobrável e ajudando-o a se sentar. "Firenze, você é o mais rápido. Você pode ir e ver se há uma porta? " ele perguntou ao Centauro de cabelo bagunçado.
Firenze acenou com a cabeça, girou ao redor e saiu a galope. Iago e Talar estavam conversando com os aldeões. Sirius sentou ao lado de Harry e olhou para ele com uma carranca. "Estou muito feliz que você não tenha se machucado. Sinceramente, não achei que fosse necessário tanto poder. De onde você tirou tudo isso? " ele perguntou pasmo, agora que sabia que Harry estava bem.
"Emoções", respondeu Harry. "Iago, Gundabald e Firenze revisaram essa teoria por toda a jornada. As emoções desempenham um grande papel na magia. Assim como a magia negra requer ódio, a magia cinza precisa de determinação e a magia da luz precisa de amor ou algo parecido. Eles disseram que não é algo realmente ensinado em Hogwarts, bem Firenze disse isso, que é tudo teoria. Então eu puxei o amor por você e a resolução de nos manter juntos. Havia alguns sentimentos calorosos por Hermione e a necessidade de colocá-la em segurança. Firenze diz que é por isso que você não pode fazer isso; suas emoções estão em todo lugar. "
"Certo, eu sabia disso," disse Sirius, acenando com a cabeça em compreensão. Foi uma coisa que seu pai lhe ensinou sobre as Artes das Trevas. Além disso, era verdade que ele ainda estava se recuperando de Azkaban. Essa aventura ajudou, mas ele ainda tinha crises de depressão profunda, embora pensasse que as escondia de seu afilhado.
Uma das cobras de Harry veio até ele e sibilou que o mundo oculto agora estava aberto. Ele disse a Sirius e se levantou. Suas pernas eram mais fortes e ele podia andar muito bem. Então ele dobrou sua cadeira e a jogou na tenda. Sirius se juntou aos adultos e eles começaram a conversar sobre o que Harry não sabia. Ele olhou em volta procurando o outro adolescente, mas não o viu em lugar nenhum. Então ele deu de ombros, pegou a barraca e entregou a Sirius, que a colocou na sacola.
Iago juntou-se a ele e disse: "Estamos voltando para o rebanho. Seu padrinho tem todas as runas no papel, para estudar quando entrarmos na cidade. Os aldeões virão em alguns dias para se mudar para a cidade e ajudá-lo. Você está bem para viajar? Foi muita magia que você canalizou. " Ele colocou a mão no ombro do adolescente.
"Estou bem", disse Harry, dando ao historiador um sorriso brilhante.
Então Talar e Sirius enterraram a pedra pela metade e os aldeões desapareceram entre as árvores. O pequeno grupo voltou para o outro lado da cúpula mais brilhante. Como a cor era tão intensa, Harry percebeu que tudo o que fazia tornava as proteções mais fortes. Ele teria que perguntar a Sirius o que eram todas as runas que se iluminaram para que ele soubesse o que esperar se tivesse que fazer isso de novo.
Os quatro foram devagar, mas fizeram um bom tempo. Um animado Firenze os encontrou no meio do caminho e surpreendeu a todos ao se oferecer para carregar Harry. Sabendo que isso poderia significar ridículo para o Centauro, Harry recusou. Após cerca de uma hora de caminhada, eles chegaram ao acampamento.
Na frente da cúpula havia um portal. Todos os centauros estavam reunidos em torno dele, seus pertences em seus corpos de cavalo e costas humanas. Eles devem ter levantado acampamento quando abriu.
O portal brilhava prateado e era grande o suficiente para um pequeno gigante passar. Harry vagou até ele e colocou a mão nele, ignorando os gritos de Sirius para ter cuidado. Ele podia sentir as proteções envolvendo sua mão e julgá-lo.
"Acho que há uma barreira intencional", disse ele, virando a cabeça para o grupo que o encarava e, em seguida, retirando a mão, afastando a sensação de formigamento.
"Provavelmente," Sirius concordou, vindo para o lado do adolescente. "Deixe-me ir primeiro." Ele segurou o ombro de Harry e o puxou de volta. Reunindo sua coragem grifinória, ele entrou na abertura e saiu pelo outro lado. Harry deu um suspiro de alívio quando nada aconteceu. "Está tudo bem," Sirius disse quando se virou e acenou para os viajantes o seguirem.
Harry foi primeiro e se juntou a seu padrinho, que havia se afastado do portal. Eles pararam e olharam. A cidade era enorme. Centenas de ruas de pedra, alinhadas com milhares de edifícios decadentes, foram mapeadas em um padrão de grade. No final havia uma estrutura semelhante a uma pirâmide de tamanho médio, não tão grande quanto as do Egito, mas alta o suficiente para dominar a paisagem. Era mais como uma meia pirâmide e meio templo. O templo parecia ter vindo direto da Grécia, com suas grandes portas de ouro e colunas de mármore. Na frente da pirâmide havia uma vasta escadaria que conduzia a pilares de mármore. Havia estátuas entre aqueles pilares, mas eles não conseguiam distingui-las de onde estavam. Ao todo, parecia espetacular.
Enquanto eles estavam na clareira de grama, eles notaram que estava completamente silencioso. Não havia ruídos de animais na floresta. Nem mesmo insetos. Isso criou uma atmosfera estranha, que fez Harry estremecer um pouco com o ar quente. O sol brilhando através da cúpula dourada estava apagado e dava a toda a cidade uma aparência suave. O ar não estava úmido onde eles estavam, mas se havia uma floresta tropical, era lógico que houvesse feitiços sobre ela.
Depois que todos entraram, eles começaram a descer o caminho de pedra, que estava coberto de grama e vinhas. Quando ruídos vindos de trás fizeram todos girarem, armas em punho.
Bicuço, macacos, pássaros, insetos, cobras e vários outros animais passavam pela porta. Espalhados pela clareira, muitos se dirigiram para a floresta que cercava principalmente a cidade. O hipogrifo estava por perto, mas não se juntou ao grupo. Após dez minutos de debandada, de repente o fluxo de animais parou como se a cúpula calculasse que eram suficientes.
Harry riu e se virou para Sirius. "Bem, vamos seguir?" ele perguntou zombeteiramente.
"Vamos."