Love Action - Livro 2

By dalianalorenaBr

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A dor da perda pode consumir sua alma por completo. Terá sido isso que acabou com todo o amor que tinha no co... More

Um último adeus, papai.
Luto part 1.
A presidência
Amizade
Feridas do passado
Herdeiros de sangue
Álcool e confissões
Meu amigo, meu irmão e meu amor
Todos somos suspeitos
O crime e o criminoso
Xeque-mate, venci
A verdadeira traição
A força de um coração partido
Polos opostos
Amor duplo
Conexão explosiva
Dinastia de poder
O sacrifício
Uma vida por outra
A escolha
Uma nova vida
Tudo em seu lugar
Epilogo

Luto part 2

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By dalianalorenaBr

Depois de alguns minutos eu chego ao apartamento de Christopher e não sei porque, mas uma chuva inesperada e torrencial atacou a cidade no caminho do hotel para cá.

Aperto o interfone umas três vezes e não vejo resposta, não acredito que ele não esteja em casa quando mais estou precisando dele.

— Christopher! — Bato na porta desesperadamente — abre a porta, preciso da sua ajuda com urgência!

Já estou impaciente, quando pego meu celular para ligar para ele, a porta se abre, vejo ele descabelado, ofegante, sem camisa e claramente excitado.

Isso é constrangedor.

— Preciso conversar com você com urgência, mas se estiver ocupado eu posso voltar outra hora — viro minha cabeça e já estou para sair quando ele segura meu pulso.

— Cinco minutos, já venho e podemos conversar — nem esperou mina resposta e batendo a porta na minha cara ele me deixou ali esperando.

A minha cabeça está cheia, onde ele está? Será que está bem? Com quem ele pode estar?

Não temos nem um mês de casamento, já estamos assim? Será que vamos conseguir chegar a um ano?

— Pronto, vamos? — Ele sai com o cabelo mais ou menos arrumado, os botões da camisa estão mais bagunçados que seu cabelo.

Paro ele e coloco a mão em seu peito. Ele me olha sem entender.

— Cheguei em mal momento? — Começo a desabotoar a camisa e percebo uma tatuagem em seu peito, parece recente. Começo a abotoar na ordem correta. — Você parecia — limpo a garganta — bem ocupado, desculpa, não dava para esperar.

— Não — vejo suas bochechas esquentarem — deixa que eu termino isso — ele pega meus pulsos e os retira da camisa que está fechada pela metade.

Pegamos o elevador direto para a garagem.

— Zabdiel surtou — me encosto na parede fria do elevador — quando saímos do cemitério fomos para um hotel — ele suspira — você sabe de onde estou falando? — Ele assente.

— Quando eu estava passando por problemas e claramente ele também — ele passa a mão pelo cabelo — enchíamos o apartamento de mulheres, até prostitutas e bebíamos até desmaiar — olho para ele horrorizada. — Ele não é mais aquele garoto Emily, e nem eu.

— Você eu sei que não, mas Zabdiel — meus olhos ardem — isso está se tornando um jogo, uma montanha russa de sentimentos para mim e ele está se divertindo com os meus enjoos pelo trajeto.

— Emily, releva, ele acabou de perder o pai, é normal ele surtar — olho para ele indignada.

— Christopher, ei, eu estou aqui, eu tenho sentimentos, apesar de não ter sido meu pai, eu gostava do seu Carlos, eu também estou sofrendo, mas nem por isso eu me tornei uma cuzona! — Tapo meu rosto com as mãos e choro de frustração.

— Eu sinto muito — ele me abraça — eu não queria dizer isso. Não se preocupe com isso, ele está mal, mas te ama. Ele jamais brincaria com seus sentimentos, eu mataria ele antes disso acontecer — dou risada em seu peito. — Só dê um tempo para ele.

O elevador se abre, me solto dele e saímos.

— Estou cansada de dar chances a ele Christopher. Chega de fazer o que o garotinho mimado quer, estou farta dessa brincadeira. Se ele quer jogar, vamos jogar as minhas regras, por isso preciso da sua ajuda.

— O que você quer fazer? — Sorrio.

— Assim tão fácil?

— Digamos que ainda estou com raiva dele pelo cuzão que ele foi achando que eu queria ficar com você. Fala sério — ele dá risada.

— Ei! — Bato em seu ombro.

— Não quis dizer isso! É que te enxergo mais como minha irmã caçula que eu cuido e que me enche o saco de vez em sempre — nos olhamos e começamos a rir.

— Quero que ele cresça Chris, e se tem uma coisa que me fez crescer e aprender foi a vida e os baques que ela me deu — respiro fundo — quero sua ajuda para destituir ele do cargo de presidente.

— Ficou louca?

— Eu vou assumir a presidência e você vai me ajudar a gerir, não sei bem como comandar uma empresa de alto nível como a nossa. — Ele me olha ponderando a ideia.

— Ele vai nos condenar ao inferno — ele passa as mãos pelo cabelo e pelo rosto — ok, vamos fazer isso.

— Obrigada! — Beijo sua bochecha e fico meio tímida porque as bochechas dele ficam meio vermelhas. — Desculpa, mas por onde começamos?

— Primeiro — ele limpa a garganta — vamos agora mesmo a empresa, preciso de alguns documentos, e precisamos de uma razão para apresentar ao conselho de acionistas, e que seja bem convincente a ponto de votarem ao seu favor, pensou nisso?

— Sim, e você vai se impressionar com o que vou conseguir.

— Você é uma caixinha de pandora Emily, estou sempre me surpreendendo com você. — Sorrio antes de entrarmos no carro.

Poucos minutos estamos descendo do carro em meio a chuva torrencial e adentrando a empresa.

— Tem certeza disso? — Ele pergunta novamente quando chama o elevador.

— Tenho. Eu quero que o soco acerte onde mais dói, no ego e no poder dele.

— Ok, isso vai ser interessante. — Nos olhamos antes de entrar no elevador.

Passamos horas revisando papeis e fazendo ligações, tudo para agendar a reunião bem cedo amanhã e termos tudo preparado para que eu consiga o voto de sim de pelo menos 60% dos acionistas.

Obviamente não falei com Noah, não sei o que ele vai fazer na hora, somente avisei da reunião. Sei que a destituição de Zabdiel vai lhe fazer bem, mas não vou deixar barato para ele, se ele pensa que eu sou fraca, pense duas vezes, estou pronta para qualquer coisa.

Depois de jantarmos na empresa mesmo, Chris me deixa em casa.

— Vai ficar bem? — Ele me questiona quando desço do carro.

— Acho que ninguém está bem hoje Chris, mas vamos ficar — sorrio levemente — obrigada por tudo, qualquer coisa eu te ligo. Até amanhã.

— Passo aqui para te levar amanhã — assinto. — Boa noite mulher maravilha. — Dou risada.

— Boa noite super homem.

Adentro a casa e encontro dona Noemi sentada no sofá, chorando e com a foto de casamento nas mãos.

— Oi — sento ao seu lado e a abraço.

— Onde estava? Cadê o Zabdiel?

— Não se preocupe com isso agora, porque não sobe e descansa? Vou lá te levar ao menos um copo de suco, a senhora não comeu nada o dia inteiro.

— Não estou com fome minha filha — ela olha para a foto com ternura, saudade.

— Tome um banho — levanto e puxo suas mãos — bem longo, chore o quanto precisar, vista algo confortável e deite na cama, pegue algo dele, chore mais e se precisar até adormecer — beijo sua testa — eu subo já para ver se já dormiu.

Sem falar nada para mim ou discutir, ela sobe, anestesiada, a dor está consumindo cada parte dela.

Tadinha, não me imagino mais sem Zabdiel, sei como ela se sente.

Estou mexendo em minha aliança quando a porta da casa se abre.

— Pensei que tinha mandado você não me esperar. — Ele retira o casaco e o cheiro de álcool está fortíssimo vindo dele.

— E não esperei, sai e só cheguei a pouco tempo, estava convencendo sua mãe a descansar, que a proposito estava preocupada com você. — O olho e sigo para as escadas — boa noite.

— Emily, aonde você foi? — Paro e me viro.

— Zabdiel, aonde você foi? — Silencio. Dou risada — sugiro que tome um café bem forte antes de dormir, e um banho porque você está fedendo a álcool. Não fique de ressaca, tem uma reunião importante amanhã.

— Reunião? — Ele sobe os degraus e me alcança, claramente bebeu, mas está sóbrio.

— Sim, como novo dono majoritário, as coisas agora são diferentes — puxo meu braço. — Preciso dormir, estou cansada.

— Não te devo satisfações e nem você a mim.

— Deve sim porra, é minha esposa!

— Primeiro — me viro novamente para ele — ninguém aqui é surdo, fale baixo. Segundo, se você pode fazer o que quiser e bem entender, também posso, não é? Direitos iguais meu amor.

— Você não tem o mínimo de compaixão? — Ele abaixa a cabeça. Cerro meus punhos e detenho a vontade de abraçar ele.

— Não. Boa noite. — Subo correndo e vou para meu quarto, tranco a porta e corro para tomar um banho e me deitar antes que a vontade de chorar me consuma.

Naquela noite dormi a base de remédios.

Levanto cedo com o despertador, tomo banho, ajeito meus cabelos, passo um pouco de maquiagem. Escolho um vestido preto, devido ao luto, sapatos pretos, pego minha bolsa e meu celular e desço.

Chris já me mandou uma mensagem dizendo que já está chegando.

Quando desço encontro Zabdiel todo de preto olhando pela janela.

Deem play na música.

— Bom dia. — Cumprimento.

— Que reunião é essa? — Ele se vira para mim.

— Também não sei, fui avisada ontem, já que não conseguiam falar com o presidente.

— Então vamos, quero retornar para casa.

— Eu não vou com você. — Passo pela porta e ele me para.

— Que história é essa agora?

— Eu simplesmente não quero ir com você — puxo meu braço e nesse momento vejo o carro de Christopher. — Vejo você na empresa. — Chris para e abre a porta para mim. Adentro.

O olhar dele para o carro poderia matar a mim e a Chris.

— Como está se sentindo? — Ele me pergunta enquanto saímos da propriedade.

— Como se fosse vomitar a qualquer momento.

— Bom, contando que não vomite na sala de reuniões, tudo certo.

— Reconfortante.

Pouco tempo depois que chegamos a empresa, Zabdiel chega e vejo o olhar matador dele sobre Chris, mas não vai causar uma cena, porque ele era o único que faltava para começarmos.

Noah está quieto, mas curioso para o que vem. Não tira os olhos de mim e de Chris desde que chegamos.

— Bom dia — me levanto. — Sei que foi repentino essa reunião e que estamos passando por um momento difícil que foi a perda do nosso amigo e grande homem de negócios, seu Carlos. Mas, eu precisava fazer a coisa certa, em memória dele.

— Primeiro, do que se trata isso tudo? — Zabdiel questiona.

— Como falei com vocês ontem, eu estou fazendo isso para o bem da empresa e o bem estar de todos os nossos funcionários que dependem dela para sobreviver, inclusive a nós mesmos. — Pego as pastas e peço a Chris para distribuir. — Estou pedindo oficialmente a destituição do cargo da presidência de Zabdiel de Jesús, meu marido. Alego que ele no atual momento se encontra incapacitado de gerir a empresa devido as circunstancias apresentadas a vocês nessa reunião. Me candidato ao cargo e sei que legalmente, se ele não puder assumir, sou a única que pode, alguma objeção?

Noah começa a dar risada.

— Você está alegando que estou passando por estresse por traumático? — Zabdiel se levanta jogando os papeis em cima da mesa. — Ficou louca?

— Só estou assumindo o que é nosso e que no momento você não pode assumir. Alguém que se oponha? — Todos como eu conversei, ótimo. — Está decidido então, me encontro na posição de presidente da empresa a partir de agora. 

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