NO CONTROL, Lee Donghyuck โœ“

By ohopya

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๐–ฅป ' LEE'S SAGA โœฟโƒ˜ใ…ค โ”€โ”€โ”€โ”€โ”€โ”€โ”€โ”€ aquele em que Lee Donghyuck, filho mais novo do chefe da mรกfia, se apaixona pela... More

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01. Whiplash
02. let him come
03. La vie est belle
04. last words
05. Don't recognize the tattoo?
06. at twelve
07. Black on Black
08. Yoshiya
09. Cherry bomb
10. tell me everything you know
11. If you want, I want
12. It's no use getting angry
13. selfish
14. everyone lied
15. It's not me who will die today
16. I miss you
17. our approval
18. It's only two floors
19. Solji
20. dangerous
21.May I burn, as my blood is burning
22. Neo Zone
23. Nectar
25. everything became dark
26. decision
27. Give up
28. at worst
29. black code
30. have no mercy
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24. Where are the Lees?

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By ohopya


Donghyuck sentiu sua cabeça doer no momento em voltou a ter consciência, piscou algumas vezes tentando entender onde estava, mas tudo ao seu redor estava escuro, sua boca estava seca, assim como sua garganta. Notou que estava preso em uma cadeira, os braços estavam para trás, amarrados com uma corda em seus pulsos, estava quente e o cheiro que o local exalava não era um dos melhores, em sua boca ele pôde sentir a textura de um pano, o que impedia que ele falasse qualquer coisa.

Forçou a mente para que conseguisse se lembrar de tudo o que tinha acontecido anteriormente, mas a única coisa que tinha eram lembranças cortadas de um bando de caras aparecendo de repente. Lembrava-se de Doyoung, Xiaojun e Hendery e... Droga! Sowon estava com ele no momento, a cena de Kyungsoo pressionando uma faca no pescoço da garota veio a sua mente e lembrar da expressão assustada da namorada pareceu o torturar.

O tempo passava e ele continuava ali, em certo momento teve a impressão de ouvir algo, os ruídos baixos denunciavam a presença de roedores e mentalmente implorou para que aquele cheiro podre não fosse o que imaginava.

De repente, o barulho alto se fez presente e uma claridade forte ocupou o local, fazendo com que o garoto fechasse os olhos pelo incomodo, ele piscou algumas vezes para se acostumar com o ambiente, ouvindo passos ecoarem. Quando enfim suas vistas se acostumaram, pôde ver que quem estava ali, bem à sua frente, se tratava de Byun Baekhyun.

— Uau! Pensei que esse dia nunca chegaria — pronunciou, deixando os braços caírem ao lado do corpo enquanto um sorriso brilhava em seus lábios. — Pensei que fosse ser mais difícil pegar um de vocês, mas com John do nosso lado foi até fácil.

Donghyuck o encarou, observando o Byun caminhar em sua direção enquanto girava uma pequena faca entre os dedos, ele desviou o olhar, notando que um pouco afastado de si estava Doyoung, Xiaojun, Hendery e Jaemin, se perguntou como o Na havia sido pego, mas não teve tempo de tirar suas próprias conclusões, já que sua atenção se voltou ao Byun quando o sentiu puxar seu rosto em um aperto forte.

— Eu vou ser bonzinho com você e te dar ótimas opções — sorriu. — Você pode me dizer onde seu pai e os outros estão escondidos por livre e espontânea vontade ou... — se afastou um pouco, estalando pescoço e soltando o ar. — Tiro isso de você de uma forma bastante legal, você escolhe Lee.

Baekhyun puxou a mordaça do garoto para baixo, a deixando em seu queixo e cruzou os braços. Donghyuck correu a língua pelos lábios, deixando o olhar cair nos outros garotos, notando que Doyoung e Jaemin ainda estavam desacordados e possuíam ferimentos no rosto.

Ele voltou a atenção para o Byun, e se manteve calado. Sabia que os pais provavelmente teriam levado todos para a Neo Zone, que era segura e desconhecida para qualquer outra pessoa que não fosse membro oficial da família Lee. Notando o silêncio do garoto, Baekhyun riu, enfiando a faca no bolso da calça enquanto levantava as mangas da camisa, fechando o punho antes de socar o rosto de Donghyuck, vezes o suficiente para que o nariz e o lábio sangrasse.

— Aproveita enquanto ainda estou sendo legal, Donghyuck, você tem sorte de ainda estar vivo.

Hyuck correu a língua entre os lábios, sentindo o gosto metálico do sangue e parte do rosto doer, soltou o ar lentamente e balançou a cabeça.

— Eu não sei.

Baekhyun não hesitou em recomeçar outra sequência de socos, não poupando a força que aplicava nos golpes. Donghyuck sentiu o rosto dormente em certo momento, sabia que o sangue começava a acumular, já que a mão de Byun estava manchada e pingava um pouco, fazendo com que suas roupas se sujassem, minutos depois, Baekhyun pareceu se cansar e apenas o agarrou pela gola da camisa o puxando para mais perto.

— Eu volto mais tarde pra gente ter uma conversinha, Lee.

A mordaça foi colocada na boca de Donghyuck e Baekhyun deu as costas, saindo do local, Hendery encarou o garoto, notando a quantidade de sangue que se acumulava em seu rosto e sujava toda a camisa branca, ele inclinou a cabeça para o lado, desviando o olhar logo em seguida enquanto passava em sua mente todas as estratégias que poderia usar para tirá-los dali.

Hyuck jogou a cabeça para trás, respirando pesado por conta da dor, naquele momento temeu a situação em que Sowon poderia estar, sabendo perfeitamente bem que nenhum membro do EXO e muito menos da Yoshiya, teria piedade.

Sowon estava confusa e assustada.

Seu peito parecia pesado e sentia um pouco de dificuldade em respirar, o cheiro de mofo se misturava com um cheiro forte que ela não soube reconhecer, a escuridão do local não a deixava ter uma boa visão de onde estava, tudo o que sabia era o que seus sentidos indicavam. Estava no chão, o toque metálico em seus pulsos indicavam que correntes a prendiam ali, havia uma mordaça em sua boca, o que a deixava ainda mais assustada.

O silêncio do local foi quebrado pelo ranger metálico das correntes, um resmungo ecoou pelo local, deixando a garota ainda mais assustada, encolheu-se onde estava, de repente ouvindo passos pesados e o arrastar de uma porta, então as luzes se acenderam, causando um incômodo em seus olhos por conta da claridade. Sowon piscou algumas vezes, acostumando-se com a claridade repentina e então levantando o olhar, encontrando Baekhyun junto de alguém que ela não conhecia.

Seus olhos analisaram o Byun, notando as mãos manchadas de sangue e então voltaram ao seu rosto assim que ele se abaixou à sua frente.

— Fiz uma visita ao seu namoradinho. — Sorriu. — Espero que você colabore mais do que ele, vai ser uma pena acabar com esse rostinho de princesa.

Sowon afastou-se do toque de Baekhyun assim que ele estendeu a mão para tocar seu rosto, o fazendo dar uma risada e estalar a língua no céu da boca, voltando a postura normal.

— Nem pense em encostar a porra da sua mão nela, Baekhyun!

A voz de Lana ecoou pela sala assim que o outro homem puxou sua mordaça para baixo, seu olhar estava preso no Byun, o ouvindo rir.

— Que bravinha. — O homem riu.

— Você não viu nada, Siwon. — Baekhyun respondeu, se aproximando de Lana, fechando a mão em seu rosto com um aperto firme. — É uma pena que tenha escolhido o NCT e não o nosso lado.

Lana o olhou irritada, não hesitando em cuspir no rosto dele, que deu um sorrisinho, a encarando e em um movimento rápido, socando o rosto da garota, que sentiu o gosto de sangue se formar em sua boca.

— Toma cuidado com suas ações, se está pensando que vamos ter dó só porque é mulher, está muito enganada — piscou, levando a atenção para a terceira pessoa na sala.

Só então Lana e Sowon notaram a mãe no canto, a mulher continuava desacordada, o ferimento em sua testa tinha o sangue seco e o vestido, antes elegante, estava sujo e rasgado.

Lana sentiu o coração acelerado, lembrando-se dos últimos acontecimentos. Taemin tinha mandado todos para o "Neo Zone", Jaemin é quem havia ficado responsável por levar Nawon e Lana, já que Kibum ajudaria Taemin as resolver as coisas por ali, então, tudo aconteceu muito rápido, não achavam Sowon e Donghyuck, atacaram o carro onde Jaemin, Nawon e ela estavam, não se lembrava de muita coisa a partir daí.

— O que você fez com ela? — questionou rapidamente.

— Eu? Nada! — Sorriu. — Ainda.

— Você é a porra de um filho da puta, Baekhyun!

— É, eu sou.

Byun sorriu, dando de ombros enquanto deixava o olhar cair no outro, Siwon sorriu, assentindo de forma positiva enquanto alcançava um canivete no bolso traseiro de sua calça, ele o girou entre os dedos, umedecendo os lábios enquanto se abaixava ao lado de Lana, a olhando por alguns segundo, levantando o canivete rente aos olhos dela.

— Donghyuck não colaborou e as coisas não acabaram bem, espero que escolha colaborar — murmurou, um sorriso maldoso tomava seus lábios. — A gente se diverte muito com garotas como você aqui e aquela ali... — Apontou para Sowon. — Ah! O pessoal faz a festa com as princesinhas.

— Nem pense em encostar nela! — exclamou, suas mãos se fecharam em punho e se não estivesse presa teria avançado para cima do homem.

— Então seja boazinha e colabore com a gente — respondeu. — Onde os Lee se esconderam?

Lana pressionou os lábios e ficou em silêncio, apenas o encarando. Siwon levantou as sobrancelhas e estalou a língua no céu da boca, balançando a cabeça de um lado para o outro, então girou o canivete entre os dedos e em um movimento sutil o fincou contra a coxa da garota, fazendo um corte fundo que não demorou para sangrar, Lana gritou com o susto e a dor, vendo o canivete preso em sua perna.

— Vou buscar mais tarde, até lá você pode pensar no que vai me contar.

Siwon lhe deu uma breve piscadinha e então fez um sinal para Baekhyun, se retirando da sala. As luzes se apagaram e a porta se fechou, tudo voltou a ficar escuro. Lana arfou, sentindo a respiração pesada e a dor lhe tomar, os resmungos abafados de Sowon se fizeram presentes, assim como o ranger das correntes. Lana suspirou pesadamente, sabendo bem o que ela queria dizer naquele momento.

— Estou bem, nós vamos sair daqui, ok?

Enquanto isso, Saeron e Taemin se encontravam no escritório da casa e o Lee estava à beira de um colapso.

Andava de um lado para o outro, uma das mãos estava apoiada em sua cintura, enquanto a outra segurava o celular contra a orelha, um cigarro pendia entre seus lábios — ele já tinha perdido as contas de quantos havia fumado até o presente momento. Saeron estava do outro lado da sala, os braços cruzados sobre o peito enquanto encarava a enorme janela da casa.

Neo Zone estava longe de qualquer lugar, era a perfeita definição de "fim de mundo", árvores grandes cercavam a casa e não havia nada além de mato ao redor. Tinham ido para lá no exato momento em que perceberam que as coisas estavam indo para o caminho errado.

Tudo parecia um enorme caos agora e pela primeira vez após muito tempo, nenhum dos dois sabiam o que fazer para resolver a situação.

A ligação encerrou e Taemin jogou o celular no sofá que estava ao lado dele, os dedos seguraram o cigarro e ele puxou uma grande quantidade de fumaça, deixando ela adentrar os pulmões e em seguida a soprando para fora, esperando que aquilo fizesse um pouco de toda aquela sensação agonizante passar.

— E então?

— Nada — negou. Não olhou para a mulher, mantendo o olhar preso à parede de madeira. — Não temos nada!

Saeron suspirou, notando a irritação do Lee, ela se encostou na parede, tentando ignorar toda aquela aflição que se multiplicava cada vez mais, o observou por alguns segundos, vendo o homem fechar os olhos e inspirar profundamente, apoiando as mãos na mesa então, de repente, o barulho alto se fez presente, as coisas que estavam sobre a mesa espalharam-se no chão e Saeron fechou os olhos por alguns segundos, ouvindo o barulho dos golpes do marido contra as coisas que tinha no escritório. Taemin sentiu a mão doer pelo impacto, mas aquilo não foi o suficiente para fazê-lo parar, o acúmulo de tantos sentimentos ao mesmo tempo finalmente saindo.

A sala estava um completo caos. Pedaços de  vidro quebrado se espalhavam pelo chão, gotículas de sangue pingavam, papéis e livros se espalhavam pelo local e o Lee respirava ofegante quando encostou na parede e deixou que as costas deslizassem até o chão, as mãos cobriram o rosto e um bolo se formou em sua garganta.

A mulher finalmente se aproximou, abaixando-se ao lado do homem e deixando que a mão descansasse em seu braço, dando um aperto suave ali. Saeron quis chorar, mas se obrigou a engolir aquilo para dar um pouco de conforto ao homem que soluçava ao seu lado. Era a primeira vez que ele havia se demonstrado tão abatido por alguma coisa. Taemin era calmo, sempre exalava calmaria, não se abalava por muita coisa e desespero não fazia parte de si, mas naquele momento ele sentia que estava prestes a explodir, todo o desespero e angústia que sentia parecia se triplicar conforme o tempo passava e nenhuma notícia chegava a ele.

— Ele pode estar morto, Sae. Donghyuck pode estar morto nesse exato momento e nós não estamos fazendo porra nenhuma pra ajudar ele.

A ideia de que seu caçula não estivesse mais vivo lhe causava um aperto no peito e sensação que o fazia preferir ser torturado dias seguidos.

Taemin podia suportar qualquer coisa, mas não quando se tratava dos seus filhos. Eram a coisa que mais amava no mundo, estavam acima de tudo para ele. Sabia que estava longe de ser um pai exemplar, mas tentava ser bom, tentava aparecer nas reuniões importantes da escola, ia nas apresentações de dia dos pais, tinha todos os desenhos que fizeram para ele quando eram crianças guardados. Taemin tentava ser um bom pai acima de tudo, tinha prometido para si mesmo que daria aos filhos aquilo que ele nunca teve durante toda sua vida, mas naquele momento sentia que tinha falhado.

Sua mente tinha entrado em um loop infinito de todas as memórias que tinha com Donghyuck, de quando o garotinho invadia as reuniões apenas porque queria brincar no jardim com o pai, ou porque queria mostrar um desenho que tinha feito na escola, lembrava-se de quantas vezes Donghyuck o fez chegar mais cedo em casa apenas para assistir desenho na televisão, das vezes em que ele e Saeron tinham que interromper os planos da noite apenas porque ele não conseguia dormir e queria ficar na cama com eles.

Tinha que encontrá-lo. Precisa fazer isso, mesmo que fosse a última coisa que fizesse em toda sua vida.

— Nós vamos encontrá-lo, Tae. — Saeron falou, correndo os dedos pelo cabelo do homem, o nó ainda se fazia presente em sua garganta, mas ela o segurava como se sua vida dependesse disso. — Tome um banho e se acalme, tudo bem? Nós vamos dar um jeito.

Após saírem da sala, Saeron pediu que um dos meninos ajeitasse toda aquela bagunça, Taemin fez exatamente o que a mulher havia dito, levando um longo tempo no banho até que estivesse calmo o suficiente para voltar e resolver as coisas.

— Ainda não conseguimos a localização do John e nem a de Kiyoto. — Chenle falou sem desviar a atenção do computador, digitando rapidamente. — Pensamos na possibilidade de terem descoberto...

— Não, eu duvido disso, Kiyoto e John estavam com todo o plano em mãos, é uma possibilidade baixíssima eles serem descobertos! — Saeron afirmou.

— Mas ainda há uma possibilidade. — Taemin a olhou, a vendo assentir.

— E a possibilidade deles terem trocado de lado? — Jisung perguntou, levantando o olhar do computador para os chefes.

— Nenhuma — responderam ao mesmo tempo.

Minhee adentrou a sala de forma apressada, balançando a cabeça de forma negativa quando os chefes a olharam.

— Nada, em nenhum dos locais. — Se sentou. — Red Velvet também não encontrou nada.

— Droga — Saeron murmurou.

— Achei! — Minji falou de forma alta, atraindo a atenção de todos na sala. — Conferi todas as câmeras da cidade e consegui encontrar o carro que atacou o Jaemin, segui as imagens, traçando a rota deles, para achar o caminho que seguiram e consegui imagens até o momento em que eles saem de Seul. Depois disso fiz uma ligação de possíveis rotas que podem ter seguido, encontrei cinco possíveis lugares que poderiam estar.

— Onde? — Taeyong aproximou-se rapidamente, olhando para o computador e os pontos em que a irmã indicava. — Temos que mandar conferirem os locais.

Taemin concordou já digitando no celular e umedecendo os lábios.

— Procure Sicheng e Yuta, diga para prepararem tudo, se eles estiverem lá, vamos seguir com o plano — mandou, levantando o olhar para Minhee, que se apressou em sair da sala. — Vamos derrubar a Yoshiya.

Saeron assentiu, dando um pequeno sorriso e levantando o olhar assim que a porta se abriu mais uma vez. Os Lee sorriram automaticamente assim que viram os dois rapazes entrarem no local, alguns que estavam na sala arregalaram um pouco os olhos, se levantando e curvando-se respeitosamente.

— Estão fazendo o que aqui?

— Soubemos do que aconteceu e viemos ajudar. — Jinki sorriu, abraçando Taemin assim que se aproximou o suficiente, fazendo o mesmo com Saeron.

— Já tem alguma informação? — Minho perguntou após cumprimentar o casal, sentando-se ao lado de Jeno na mesa

— Vamos verificar possíveis lugares em que eles possam estar. — Sae explicou resumidamente  —  Perdemos a localização de Johnny e Kiyoto.

Os dois assentiram, levando a atenção até a porta, vendo Kibum passar por ali e seguir direto para o sofá, deixando o corpo cair no estofado enquanto fechava os olhos.

— Quando eu pegar o filho da puta do Donghae eu vou arrebentar a cara dele — resmungou.

— Entra na fila — Taemin falou, revirando os olhos. Ele soltou um suspiro, apoiando as mãos na mesa e correndo a língua entre os lábios. — Donghae vai pagar pelo o que fez.







Sowon arfou no momento em que sentiu o soco lhe atingir mais uma vez. Sentia um dos olhos inchados e o sangue acumulado em sua boca, respirava com dificuldade, o nariz que ainda não estava cem por cento desde o último ataque, agora se encontrava pior. Seu rosto pingava o sangue, manchando o vestido que ela usava, este que também não estava em seus melhores dias.

Não sabia há quanto tempo estava ali, mas em certo momento tinham a buscado do porão e levado para outra sala, faziam perguntas que ela não tinha a menor noção de como responder e em consequência, nenhum deles hesitava em bater nela.

— Vamos lá, lindinha, você deve ter algo interessante para nós contar.

A voz ecoou pela sala, Sowon puxou o ar pela boca, levantando o olhar, não conhecia o garoto à sua frente, apenas tinha ouvido outra pessoa chamá-lo de "Kai".

— Eu não sei de nada — respondeu, a voz soando baixa e quase saindo em um sussurro.

Kai estalou a língua no céu da boca, estralando os dedos. Sowon fechou os olhos, esperando por outro soco, mas tudo o que ouviu foi a porta ser aberta e passos suaves.

— Donghae chegou, ele está reunindo o pessoal.

— Te vejo mais tarde, princesinha. — Kai murmurou, dando uma baixa risada antes de caminhar para fora da sala.

Sowon pensou estar sozinha, mantendo o olhar no chão, todo seu corpo parecia doer, até mesmo as partes que ela achava impossível sentir dor. Ouviu passos na sala, mas não se atreveu a levantar o olhar.

— Você é a Sowon? — A voz feminina questionou. — Merda, Kai fez um estrago.

Sowon assustou-se quando a mão da mulher tocou seu rosto, fez um movimento brusco para se afastar, não segurando o gemido de dor.

— Não vou te machucar. Meu nome e Kiyoto, sou amiga de Saeron e Taemin — sussurrou, dando uma olhada para trás para conferir se a porta estava fechada. — Não se preocupe, Johnny e eu estamos tentando entrar em contato com eles para avisar a localização, vocês vão sair daqui logo.

Sowon a encarou, não sabendo se poderia ou não confiar na palavra dela, então apenas desviou o olhar, ouvindo o suspiro baixo logo em seguida.

— Lana e sua mãe estão bem, passei para ver antes de vir para cá... — comentou, atraindo o olhar da garota novamente. — Lana tem poucos ferimentos, assim como sua mãe, vão ficar bem.

— E Donghyuck?

Kiyoto estalou a língua, balançando a cabeça de forma leve e encolhendo os ombros.

— Eu não consegui ver ele, apenas sei o que John me contou — respondeu. — Hyuck não está na melhor situação, está ferido e desacordado já tem algumas horas, os outros garotos estão machucados, mas bem.

Sowon assentiu de forma leve, não querendo fazer muitos movimentos para evitar a dor, seu polegar rodeou a aliança em seu dedo e ela quis chorar, mas já havia feito tanto isso que parecia não ter mais água em seu corpo.

— Eu tenho que ir, vou tentar passar aqui mais tarde, tente aguentar só mais um pouco — pediu, quase implorando.

Viu Sowon assentir e então se levantou, conferindo a garota uma última vez, pressionando os lábios com a quantidade de sangue que havia nela. Lentamente fechou a porta, soltando o ar e forçando um sorriso.

— Ei, Kiyoto! — Ouviu a voz de Taeyeon. — Vou fazer uma visitinha para a Park, quer ir?

Kiyoto notou a pequena faca na mão da garota e o sorriso maldoso denunciava quais eram suas intenções contra Lana.

— Eu...

— Ei! Kiyoto! — A voz de Johnny se fez presente, o garoto possuía um sorriso nos lábios. — Pode me ajudar com o armamento? Junmyeon pediu que eu conferisse as coisas e vou precisar de uma ajuda.

— Claro! — Sorriu para John, assentiu e então voltou a atenção para a outra. —  Talvez outra hora, Tae. — Forçou um sorriso.

Taeyeon assentiu, sorrindo para John enquanto se afastava. Kiyoto suspirou, voltando a atenção para John enquanto fazia uma careta.

— E Sowon? — perguntou baixinho.

— Péssima, Jongin acabou com ela — respondeu no mesmo tom enquanto o seguia para fora da casa.

John soltou o ar, correndo o dedo entre os fios de cabelo e dando uma boa olhada em volta, conferindo se não havia ninguém por perto.

— Eu tenho um plano, mas não sei se vai dar certo!

Corra!

Era a única coisa que Jaemin conseguia pensar enquanto seus passos se apressavam cada vez mais, amassando os galhos e folhas de árvore que estavam no chão. Estava seguindo exatamente o caminho que Johnny havia dito, sequer tinha olhado para trás, afinal sabia que não podia perder muito tempo. A noite começava a cair e tinha certeza que a essa altura do campeonato já haviam notado que ele tinha fugido. As coisas com certeza não acabariam bem a partir dali.

Tinha que ser rápido para que o plano de Johnny e Kiyoto desse certo, os dois tinham se infiltrado ali a pedido de Taemin, e por isso sabiam exatamente todos os horários da Yoshiya e do EXO, esperando apenas o momento certo para que soltasse Jaemin — que era o menos ferido —, indicaram exatamente o caminho que ele devia seguir e o que deveria fazer. E ali estava o Na, correndo entre as árvores que cercavam o local, evitando a trilha para que não fosse pego novamente, então, metros a frente encontrando um posto de gasolina, exatamente como Jonh e Kiyoto haviam dito, dessa forma poderia fazer uma ligação, indicaria a localização em que estavam e o NCT poderia colocar todo o plano em prática.

Quando finalmente chegou ao posto, Jaemin sentia que morreria, respirava com dificuldade, o machucado em seu braço doía e sua garganta estava seca. Ofegante, ele alcançou o telefone público, discando o número da irmã, já que era o único que lembrava naquele momento.

A ligação chamou até que caísse na caixa postal.

Jaemin soltou um xingamento baixo, discando o número novamente e olhando ao redor, dessa vez, chamou apenas três vezes e então foi atendido.

— Alô?

Jaemin nunca pensou que pudesse se sentir tão aliviado em ouvir a voz da irmã quanto naquela hora.

— Minhee, escute com atenção, eu não sei se tenho muito tempo aqui e muito menos sei se vou conseguir chegar até a mansão — falou rapidamente, ofegante e novamente olhando ao redor. — Anote o código que vou te passar, peça a Jisung para buscar a localização dele, é onde os outros estão e...

— Jaemin? Onde você está?

— Minhee, apenas anote o código e avise a Taemin para ser rápido, eu não tenho certeza se os outros vão sair vivos de lá.

Ao mesmo tempo em que o Na tentava concluir o plano, os outros membros apenas torciam para que aquilo desse certo e o NCT os tirasse dali logo, porque a situação começava a ficar mais complicada e eles sabiam que as possibilidades de nem todos saírem vivos dali eram grandes.

Sowon sentiu os joelhos doerem quando foi empurrada bruscamente contra o chão, obrigada a ficar de joelhos no concreto daquele galpão, seu olhar caiu primeiro em Donghyuck, passando para os outros meninos, Lana e então sua mãe.

O desespero era evidente no rosto de todos e ninguém se atrevia a fazer qualquer movimento que fosse, todos atentos a cada movimento de Lee Donghae.

— Eu pensei que fosse ter algum tempo para conhecer minhas novas sobrinhas melhor — pronunciou, dando um pequeno sorriso. — Matar a saudade do meu sobrinho que não via a tanto tempo, integrantes do que futuramente será meu e... Nawon! Caramba! Você fica mais bonita a cada dia! — afirmou, o tom de deboche era nítido em cada palavra que saía da sua boca. — É uma pena que estamos nos encontrando assim.

Donghae sorriu, girando a arma entre os dedos e então passando o cano na manga de sua camisa social, como se o limpasse. Ele caminhou entre todos, fingindo pensar e então apontando a arma para Donghyuck, encostando o cano em sua testa.

— Vamos começar por você, sobrinho? — Sorriu, umedecendo os lábios e virando-se para Sowon assim que ouviu o resmungo abafado, vendo a expressão desesperada no rosto dela. — Oh! Ele não? Tudo bem! Começamos com você então.

Dessa vez foi Donghyuck quem se mexeu com desespero, ignorando toda a dor que sentia enquanto via o tio seguir até a namorada, seus olhos estavam arregalados e seus pedidos desesperados para que o tio a deixasse em paz eram abafados pelo pano em sua boca. Donghae sorriu com aquilo, soltando o ar e encarando a Lana, levantando as sobrancelhas ao se abaixar um pouco apenas para tirar a mordaça dela.

— Eu pesquisei muito sobre você, realmente me surpreendi, é uma pena que não estejamos do mesmo lado, nós dois realmente nos daríamos muito bem — falou, voltando a postura normal. — Vou começar com você, Lana, já que parece mais esperta  do que a princesinha ali, sei que vai me dizer o que eu quero, então, que tal começar falando onde os Lee estão?

— Eu não sei! — respondeu.

— Resposta errada! — Donghae estalou a língua no céu da boca, balançando a cabeça de forma negativa e então, em um movimento rápido e brusco, acertando o cano da arma no rosto de Sowon, que estava mais próxima de si, o corpo da garota caiu no chão e Donghae não se importou em chutá-la, ouvindo as exclamações desesperadas de todos. — Vamos tentar de novo, pense bem dessa vez. Onde os Lee estão?

Lana arregalou os olhos, os mantendo fixo na irmã, que naquele momento tinha uma expressão de dor no rosto, a Park sentiu o coração acelerado e parte de si se desesperou. Sowon já estava ferida, o sangue seco acumulado em seu rosto denunciava que havia apanhado, partes da face estavam inchadas, as roupas estavam rasgadas e sujas de sangue, também era possível notar que o sangue se acumulava ainda mais na lateral de seu corpo, indicando um ferimento aberto que com toda certeza não era pequeno.

Lana não estava muito diferente, o corte feito em sua coxa mais cedo havia se aberto, além disso, Sehun tinha aparecido apenas para se vingar da porrada em que Lana o havia dado na faculdade, o Oh não havia tido piedade.

— Eu não sei, porra! Eu não sei! Eu juro que...

O primeiro tiro ecoou no galpão, acertando Doyoung no ombro e o segundo veio logo depois, acertando Donghyuck em uma das pernas, Lana sentiu o choro desesperado entalado em sua garganta quando ouviu o grito dos dois. Sowon já chorava, assustada com toda a cena, seu olhar caiu no namorando, soltando um soluço abafado por conta da mordaça. Nawon arregalou um pouco os olhos, levando o olhar até as filhas, o dividindo entre Lana e Sowon, implorando para que aquilo acabasse logo e que as duas pudessem sair vivas dali.

— É a última vez que vou perguntar. Onde estão os Lee?

— Eu não sei, Donghae, eu juro que eu não sei, eu não faço ideia, eu... — Lana falava apressadamente, sendo interrompida por um terceiro tiro.

Tudo pareceu acontecer em câmera lenta, a bala zumbiu no ar, passando por Lana e então o sangue se espalhou, respingando para todos os lados, o corpo caiu no chão e não demorou até que um poça vermelha se formasse abaixo dele.

Lana gritou em desespero junto de Sowon, o choro alto ecoou por todo o galpão, ambas com o olhar preso ao corpo de Nawon, já sem vida. Sowon se engasgou com o próprio choro, sentindo o desespero se fazer presente e a falta de ar se tornar intensa, as lágrimas se misturavam com o sangue seco em seu rosto e naquele momento a dor física que sentia não chegava sequer perto daquele sentimento que crescia dentro de si. Lana ofegou, sentindo o peito pesado, sua cabeça parecia explodir e os olhos ardiam, soluços ultrapassaram seus lábios e, pela primeira vez em muito tempo, Lana se sentiu fraca. Sowon fechou os olhos, não sendo mais capaz de aguentar a situação, seu corpo tremia e estava quente, um gosto ruim subia por sua garganta e um misto de sentimentos se misturavam dentro dela.

Donghae balançou a cabeça observando a cena e soltando o ar, aproximando-se de Donghyuck para puxar a mordaça para baixo, o garoto o encarou, sentindo o corpo mais fraco conforme o tempo passava, a dor lhe tomava e os último acontecimentos se repetiam em sua mente. Seu coração acelerou no momento em que viu o tio apontar a arma para a cabeça de Sowon, que ainda soluçava e tremia.

— Ela será a próxima se não me responder onde seus pais estão.

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