Capítulo 12: Bem Vinda Papillon
Finalmente chegou o dia da formatura de Yibo. Um ciclo se encerra na vida de estudante do rapaz e ele estava feliz, enquanto aguardava ser chamado para receber seu diploma ele fazia um balanço mental da sua vida nos últimos meses. Em como as coisas mudaram tão rapidamente e drasticamente, como Xiao Zhan foi o estopim para essa mudança. O amava intensamente, um amor do qual ele nunca imaginou que pudesse sentir. O alfa trouxe para Yibo algo que faltava em sua vida e assumiu o risco de se envolver e agradeceu por cada minuto ter valido a pena. Quando seu nome foi chamado e ele subiu até o palco ele pôde ver Xiao Zhan, Myzu , Xingchen e a Sra. Hang na platéia aplaudindo, até mesmo seu sogro havia lhe enviado flores parabenizando pela formatura, para alguém que tinha sido sozinho por muito tempo, agora ele tinha uma grande família, pessoas que o amavam e realmente se importavam com ele. Sentiu seus olhos marejarem com aquela imagem, as pessoas que ele amava estavam ao seu lado incluindo seus amigos que já haviam sido chamados antes, jamais esqueceria daquelas pessoas e por tudo que todos fizeram por ele.
Gratidão, era essa a palavra que ecoava na mente de Yibo naquele momento. Gratidão pelos amigos que sempre estiveram ao seu lado, gratidão por Zhan ter aberto coração e grato por Myzu, Xingchen e Sra. Hang terem lhe acolhido de maneira tão terna.
Depois da cerimônia todos seguiram para um restaurante que Zhan reservou para a comemoração, onde as famílias de Haoxuan e Liu se juntaram à eles. Xiao Zhan se sentia muito agradecido pelo marido ter se cercado de pessoas que realmente gostavam dele e o protegeram quando ele ainda não estava na vida dele. Ele observava com atenção a maneira como ele ria feliz conversando com todos, a felicidade exalava dele. Ele sentia seu coração saltar feito louco sempre que suas mãos se entrelaçavam por baixo da mesa, eu clichê que Xiao Zhan jamais pensou que viveria. Sem contar os olhares nada discretos de Xingchen para Haoxuan, exatamente, o ômega deixava bem explícito o interesse que o alfa havia lhe chamado a atenção. Os dois pareciam animados em se conhecerem, Zhan nunca foi alguém que se metia na vida dos outros, menos ainda dos irmãos que já são maiores de idade. Porém sabia que sua mãe não apoiaria Xingchen caso ele decidisse viver um romance com um alfa, mas ele estaria ali do lado dele caso ele precisasse. Seria o apoio que ele próprio não teve, o ombro amigo e conselheiro se fosse necessário, mas sabia da força e maturidade que o caçula havia adquirido depois de conviver com Yibo, ele se sentia mais livre para tomar suas próprias decisões e enlouquecer a mãe por tabela.
Myzu era mais forte, sempre foi a mais decidida, embora a mãe achasse que os gêmeos seriam outros de seus fantoches e Zhan agradecia por ter impedido isso e garantido que seus irmãos pudessem criar suas próprias personalidades, independente da interferência da matriarca.
Era um momento feliz, parecia que todos a sua volta também estavam felizes de alguma maneira. Embora procurasse não pensar na sua genitora e nas insistentes tentativas de aproximação dela ao longo dos meses ainda lhe causavam algum estresse. Mas ele preferia não perturbar Yibo com isso. Como a mulher estava impedida de ir até a casa do filho, ela constantemente ia ao escritório do alfa tentando falar com ele. E quando finalmente ele aceitou se encontrar com ela, engana -se quem achou que ela pediria perdão ou tentasse se redimir de alguma maneira.
Tudo o que ela fazia era tentar fazer com que Zhan lhe desse alguma razão, enquanto do outro lado Yibo insistia para que o amado perdoasse a mãe, mesmo a Sra. Xiao sendo alguém desprezível aos seus olhos, não desejava que mãe e filho continuassem brigados. Xiao Zhan no entanto preferia ignorar a existência da mulher, se ela não pudesse aceitar Yibo, então era ela que não era digna da presença dele. O alfa enfrentaria tudo e todos pela felicidade e segurança dele pois compensava ver o brilho no olhar do marido ali sendo tão bem cuidado pelas pessoas que ele amava. No final da noite e todos já haviam se despedido e o casal estava a caminho de casa.
— Feliz? – ele pergunta com o marido com a cabeça apoiada no seu ombro.
— Imensamente. Sabe, eu sempre me perguntei como seria esse dia. Ficava pensando que quando eu fosse me formar teria apenas Haoxuan e Liu me aplaudindo da plateia, mas ao olhar para todos vocês eu realmente me emocionei. Tive medo de começar a chorar e não conseguir parar. Entende?
— Claro que entendo. Foi algo que você lutou bastante durante todos esses anos, é muito digno a sua sensação de felicidade. Eu estou muito orgulhoso de você, que apesar de todas as dificuldades você conseguiu.
— Até a Papi se comportou direitinho. Quase não se mexeu e nem pressionava a minha bexiga que já é muita coisa.
— Nem acredito que falta um mês e meio para conhecermos o rostinho dela. — ele passa a mão sob a barriga do marido. — Acho que nem preciso dizer o quanto estou ansioso.
— Eu mal estou conseguindo dormir agora, imagine daqui à um mês e meio. Eu também estou ansioso, mas confesso que também estou nervoso, e se eu não conseguir cuidar dela ou se for um péssimo pai? Tem dias que eu mal consigo me levantar da cama e outros que governo igual um urso no inverno, e se eu não ouvir ela chorar ou ...
— Não precisa se preocupar, se quiser eu posso dormir no quarto de hóspedes para você ficar mais confortável na nossa cama.
— De jeito nenhum, não consigo dormir sem você me abraçar. E se ela ficar agitada, quem vai acalma-la?
— Que bom, também não gosto de dormir longe de você. E quanto a nossa filha, não se esqueça que você não está sozinho. Quando quiser dormir, eu ou a Sra. Hang podemos ficar com ela e se você achar necessário podemos contratar uma babá.
— Por enquanto prefiro que nós cuidemos dela, precisamos criar uma rotina. Não quero minha bebê transferindo seu amor para outra ômega.
— Não seja bobo, nossa filha não vai precisar transferir nada. Porque eu sei que você vai está sempre presente, e eu também.
Quando eles chegaram em casa, Yibo estranhou quando eles seguiram para o jardim. O lugar estava iluminado e bem decorado com algumas lanternas de papel no estilo japonês. Havia flores e velas espalhadas por locais estratégicos, dando um visual romântico e etéreo ao lugar.
— Eu sei que você não quis participar do seu baile de formatura porque não estava se sentindo disposto. Então, eu achei que você não se importaria caso pudéssemos comemorar apenas nós dois. Aceitar dançar comigo, Yibo?— Zhan estica a mão para o marido de modo cavalheiresco exagerado.
— Adoraria. – ele leva os dois braços ao redor do pescoço do empresário enquanto Zhan circulava a cintura roliça do marido. Xiao Zhan ligou a música com um controle remoto que estava no seu bolso e os dois começaram a dançar uma música lenta num ritmo cadenciado.
— Você estava muito feliz hoje. Tinha um brilho diferente no seu olhar.
— Eu realmente estou feliz Zhan, eu vi que tinha uma família. Antes era apenas eu, agora eu tenho uma família e todos estavam lá por mim. Você me deu uma família Zhan.— o alfa ouvindo aquilo se sentiu emocionado e pouco tempo viu que o marido chorava de maneira contida com a cabeça afundada em seu peito. Ele ergue o queixo de Yibo para que ele olhasse nos seus olhos.
— E você me trouxe a vida. Não importa a maneira nada convencional como nós conhecemos, mas importa como permanecemos. Estamos começando a nossa família e construindo o nosso futuro. Eu não poderia desejar mais nada, você me deu tudo, Yibo.
Eles ficaram ali envolvidos no seu próprio mundo particular. Ambos estavam felizes como nunca antes suas vidas. Xiao Zhan e Yibo viveram por muito tempo com a sombra da dor e perda em suas vidas e agora reconstruiriam suas próprias histórias.
(. Quebra de tempo .)
Yibo já estava quase para completar os nove meses, a barriga do ômega já era imensa para seus olhos e para suas roupas. Lutava todos os dias por coisas simples como calçar os próprios sapatos ou se abaixar, o que levava a situações bem engraçadas para Xiao Zhan. Ele adorava quando o marido ficava carrancudo por pequenas coisas que a barriga já não ajudava que Ele fizesse sozinho. Falando no alfa, ele estava cada vez radiante com a possibilidade do nascimento da filha, para ele Yibo estava a cada dia mais lindo, não cansava de admirar a beleza que era olhar para Yibo. Assim como a sua preocupação dobrou, havia decidido trabalhar em dias alternados para poder fazer companhia ao marido que por causa do atual cansaço devido ao estágio avançado da gravidez preferia ficar mais tempo em casa. Por recomendações médicas é claro.
Com ajuda dos gêmeos eles haviam decorado o quarto da bebê e preparado o enxoval, coisa que Myzu ficou mais do que feliz em comprar as roupinhas e tudo relacionado a moda de bebês. Yibo ficou realmente surpreso com a quantidade de coisas que a cunhada havia comprado, um guarda roupa digno de uma estrela de cinema, a pobre menina nem havia nascido e já possuía mais sapatos que Xiao Zhan e olha que a coleção de sapatos do alfa não era nada modesta. Xiao Zhan era outro que não poupou nada, além de todos os móveis milimetricamente planejados para o quarto, fora a tapeçaria arrematada no leilão beneficente que custava alguns milhões enfeitando uma das paredes. Algo extremamente desnecessário, porém Xiao Zhan disse que ou colocariam na parede ou no chão, Yibo não viu outra alternativa se não deixá-la fazer parte da decoração, por sorte a peça se encaixava bem com a decoração com o tema jardim em tons pastéis.
Por recomendação médica o ômega fazia pequenas caminhadas pela área externa do Jardim, na maioria das vezes com Xiao Zhan do lado. O alfa se preocupava se alguma coisa acontecesse e ele não estivesse por perto. Por isso ele sempre dava um jeito de ficar com ele durante os exercícios. Como estava em reta final eles buscavam ficar juntos sempre que podiam. Mas infelizmente Xiao Zhan tinha um compromisso importante na empresa e precisou se ausentar cedo e deixou o marido dormindo.
Xiao Zhan teve uma reunião importante com os representantes americanos, apresentou seu projeto batizado de Papillon. Embora ainda não fosse apresentar o protótipo que já estava pronto, pois ainda precisava de um teste beta mas estava 99% pronto. Por isso a apresentação também era importante.
Depois da reunião e seus convidados já haviam se retirado ele se juntou com sua equipe para comemorar o êxito de sua criação. Seriam criados doze unidades para o governo americano e dessa vez os registros de criação não ficariam guardados nos dados da empresa, depois do que havia acontecido com He Peng ele preferiu não arriscar, além de manter todas as informações e o protótipo guardados em casa.
Ele estava na laboratório preparando a apresentação do protótipo para a segunda reunião que aconteceria em algumas semanas quando um estrondo chamou a atenção de todos. As luzes vermelhas piscando alertavam que alguma coisa estava errada. Como estavam no subsolo a pelo menos 15 metros abaixo da superfície não sabiam se o problema havia sido no laboratório ou na parte de cima do edifício . Os seguranças se colocaram imediatamente ao lado de Zhan, Makin não ficava no laboratório no mesmo instante entrou no modo automático indo até o chefe, por causa da emergência os elevadores são desligados até que se descubra o que de fato aconteceu.
— Senhor! O chefe Makin ordenou que você ficasse no seu escritório do laboratório até que ele verifique o perímetro. — Disse um dos seguranças. O escritório de Xiao Zhan no laboratório simplesmente era blindado e a segurança dele vinha em primeiro lugar.
— Primeiro verifique se todas as pessoas do laboratório estão bem.
— Desculpe senhor, mas a nossa prioridade é você. Sabe das regras, primeiro mantemos você em segurança depois cuidarmos dos outros.
— Me sinto tão amado neste momento. — Fanxing diz, apesar de curioso para saber o que estava acontecendo todos eles se mantinham calmos. Afinal, num laboratório em que armas são criadas era muito comum acidentes acontecerem e os sistemas de seguranças serem acionados.
—Eu conheço as regras, foi eu quem as criei. Mas estas pessoas são minhas responsabilidades também, enquanto eu não souber que todas estão bem eu não saio daqui.— bateu o pé convicto, aquela era sua empresa então não há nada que ele não faria para manter todos à salvos . — Fanxing e Guo, entrem no sistema central do prédio e desliguem o alarme, quando eles forem desligados o elevadores voltam a funcionar.
— Sim, chefe. — os dois garotos abrem os notebooks e começam a digitar rapidamente, para qualquer pessoa seria quase impossível acompanhar a velocidade com o qual os dois garotos trabalhavam.
— Zoucheng, verifique se as outras equipes estão bem e se o alarme foi acionado do laboratório.
— Pode deixar. — O engenheiro sai correndo dali enquanto mais seguranças se aproximavam de Xiao Zhan.
— Yuchen e Huiasang, vocês sabem atirar fiquem aqui e protejam os nerds caso alguma coisa aconteça. Esses idiotas não vão me deixar sair do lugar Até que os celulares voltem a funcionar e eu fale com o Makin. – falou emburrado.
— Tudo bem.
Para segurança e sigilo dos seus projetos, celulares não funcionavam no subsolo. Algo assim já havia acontecido antes, quando por acidente uma arma foi disparada em um dos setores do laboratório durante um teste. Eles passaram quase três horas parados esperando todo sistema da empresa ser reiniciado e tudo voltar ao normal.
— Zhan, seja lá o que tenha acontecido não foi aqui no subsolo. As outras equipes estão bem e nenhum setor pare ter sido afetado ou o causador. — Zoucheng diz assim que entra na sala.
— Se não foi aqui, então foi na empresa. Nerds?
— Calma chefinho, hackear nosso próprio sistema com um programa que criamos para ser impossível hackear, não é fácil.
– A gente merecia um aumento depois dessa. Nós somos muito bons, não conseguimos invadir nosso próprio sistema. — Guo falou animado.
— Me dá isso aqui. — Xiao Zhan puxa um dos notebooks para ele e começa a digitar enlouquecidamente e em poucos minutos as luzes de emergência param e tudo voltar ao normal.
— Espera um minuto. Como você fez isso? — Fanxing perguntou.
— Eu criei um mallweare de conflito, caso fosse necessário. — ele diz recebendo palmas dos nerds.
— Então, você criou um vírus para o seu próprio sistema impenetrável?
— Não. Eu criei um vírus para combater vocês. Não pareçam tão surpresos, eu já fazia isso enquanto vocês ainda mamavam nas tetas das mães de vocês. — ele diz devolvendo o notebook para Fanxing.
— Existe uma razão para ele ser o chefe, seus idiotas. — Zoucheng da um tapinha na cabeça de cada um deles. — Acham mesmo que ele não saberia como neutralizar o próprio sistema? Ele só não faz isso sozinho porque a burocracia de CEO impede.
— Chefinho, você fica tão sexy falando a linguagem dos hackers. — Guo brinca. — Quero ser igual você quando ficar velho.
— Deus me livre, o mundo já é pequeno demais tendo um cérebro como o de Zhan por aí, mais do que isso seria uma catástrofe eminente. — Zoucheng brinca.
Assim que os elevadores voltam a funcionar Makin aparece no laboratório. Ele libera os seguranças que cercavam Xiao Zhan deixando ele mesmo sob sua proteção.
— Makin, o que aconteceu?
— O setor de dados empresa pegou fogo, como é um sistema controlado apenas por computadores não houve vítimas. Estamos investigando se foi alguma falha no sistema ou algum pico de energia que sobrecarregou as máquinas.
Xiao Zhan estava mais tranquilo, se foi um problema funcional isso poderia ser facilmente resolvido por sua equipe. E o backup poderia restaurar qualquer dado perdido.
— Nerds, quero vocês lá em cima investigando o que aconteceu. Verifiquem os últimos passos do sistema antes de colapsar, quero saber qual foi o último dado a ser pesquisado antes do incêndio.
— Pode deixar, chefe.
— Makin, quero as imagens das câmeras de segurança do setor. Quero saber se alguém entrou lá nas últimas 24 horas.
— Já enviei todas pro seu computador.
— Ótimo. Pessoal, vou para minha sala e qualquer coisa me avisem.
Sob a escolta atenta de Makin, Xiao Zhan chega a sala da presidência. Ele começou a analisar cada imagem buscando alguma coisa que explicasse o que aconteceu, foram cerca de duas horas mexendo com aquilo e nenhuma explicação plausível para o que aconteceu. Ele resolveu ligar para Yibo, tinha saído cedo de casa naquele dia o rapaz nem havia acordado ainda, sentiu falta dele.
—Bom dia! — Yibo diz animado assim que atende o telefone.
— Bom dia, querido. Terminou sua caminhada?
— Sim, sua filha está particularmente agitada hoje. Acho que ela sente falta quando você não dá bom dia para ela antes de ir trabalhar.
Xiao Zhan se desmanchava em amores sempre que ouvia isso. Adorava saber quando sua filha demonstrava sentir sua falta, era algo realmente apaixonante para ele.
— Também senti falta de vocês, mas infelizmente não tenho certeza se voltarei a tempo do almoço. Aconteceu um pequeno contratempo na empresa hoje e isso precisa da minha total atenção.
— É grave?
— Não precisa se preocupar, é ...
A ligação é interrompida por Fanxing entrando na sala apressadamente.
— Chefe, eu descobri.
— Yibo, querido. Aguarde um pouco. — ele faz sinal para o rapaz começar a falar.
— O nosso sistema tem uma válvula contra invasões, o sistema se autodestrói caso ele esteja sendo acessado de fora do prédio. Então o que aconteceu foi que alguém tentou entrar no sistema principal do laboratório usando as informações do sistema central do prédio.
— Isso não faz sentido, o sistema do laboratório não é integrado ao sistema do prédio. — Xiao Zhan conclui.
— Não mesmo, mas nos só fizemos essa mudança depois do que aconteceu com o He Peng, ou seja quem tentou invadir não sabe que fizemos essa mudança. — Fanxing explica.
— Que estranho. — Yibo fala do outro lado da linha.
— Alguém problema Yibo?
— Não é nada, mas não vejo nenhum dos seguranças por perto.
— Eu esqueci de avisar, tem um protocolo de segurança que metade dos seguranças devem se encaminhar para onde eu estiver em casos de emergência, isso foi a duas horas atrás. Eles devem está aqui na empresa.
— Ah tá. — O jovem fica em silêncio por alguns segundos. — Zhan, acho que...
— O que houve, Yibo?
— Achei um dos comunicadores que os seguranças usam jogado no chão.
— Onde você está agora ? — ele perguntou sentindo um arrepio passar por seu corpo.
— Do lado de fora da casa, próxima da área de serviço.
— Enquanto caminhava quantos seguranças você viu ao redor da casa?
Yibo faz silêncio tentando se lembrar se tinha visto alguém.
— Acho que nenhum.
— Yibo, onde está a senhora Hang?
— Eu quis comer nêsperas, então ela foi até o supermercado. Porque tantas perguntas?
— Querido me ouça com atenção, vá direto para seu antigo quarto. Na lateral do armário tem um botão que parece um parafuso, mas ele é diferente dos outros, você deve apertar esse botão e uma porta vai abrir. É um quarto do pânico, você deve se trancar lá e ficar até eu chegar.
— Amor, você está me assustando. O que está acontecendo?
— Por favor, não questione. Só faz o que eu estou mandando. Eu chego aí em poucos minutos, e não desliga o telefone.
— Zhan, o que você acha que aconteceu? — Makin perguntou vendo O chefe tenso.
— Foi uma distração, o ataque ao setor de dados foi uma distração. Seja lá quem for me queria aqui e que metade dos meus seguranças não estivessem para invadirem a minha casa.
— Como assim invadir a nossa casa Xiao Zhan? — O garoto de Yibo do outro lado da linha chama a atenção.
— Yibo, fica longe do meu escritório. O protótipo Papillon e todas as anotações do projeto estão no meu escritório, seja quem for está aí para rouba-los. Por favor vai para o quarto do pânico e não saia de lá.
— Eu estou perto do escritório, eu posso pegar antes de subir.
— Não, é muito perigoso. Apenas se proteja. — ele falava rápido enquanto já estava a caminho do elevador. Enquanto Makin tentava contato com a equipe de seguranças da mansão. Eles já colocavam um plano em prática.
— Eu consigo.
— Yibo, Não. Fica longe das portas e janelas. Está me ouvindo?
— Zhan, eu estou ouvindo tiros vindo do lado de fora da casa.
— Fica calmo e vai para a merda do quarto agora. – um barulho de tiro ecoou na linha, era baixo mas o suficiente para que Zhan ouvisse com nitidez o estampido. — Yibo? Yibo, fala comigo?
Mas a linha ficou muda. A ligação foi encerrada e Xiao Zhan se desesperou.
— Zhan, acho melhor você ficar protegido aqui enquanto eu resolvo o problema na mansão. — Makin tentava fazer o chefe se manter seguro.
— Makin, você é meu amigo há muito tempo. Então a menos que você atire na minha cabeça nada vai me impedir de salvar meu marido e minha filha.
Acompanhados de muitos seguranças eles saíram da empresa indo para a mansão. Durante todo o caminho Xiao Zhan tentou contato com Yibo, mas sem resposta. Seu desespero aumentava gradativamente pela falta de notícias. Sabia que que envolvesse a polícia naquele momento colocaria a vida de Yibo em risco, teria que encontrar um meio de fazer isso sozinho evitando o maior número de perdas possíveis. Eles pararam os carros antes de chegarem à mansão para evitarem ser descobertos. Iriam entrar pela área de mata e não um ataque direto pela frente, temia que Yibo ficasse no meio do fogo cruzado. Makin coloca um colete a prova de balas em Xiao Zhan.
— Você ainda lembra como se usa isso? — ele entrega um rifle automático para o chefe. E Xiao verifica a mira e o pente de balas posicionando perfeitamente.
— Nunca se esquece como se empunha uma arma. Vamos ver as imagens das câmeras de dentro da casa antes de entrarmos. Precisamos saber quantas pessoas estão lá e saber se Yibo está em segurança.
Makin trás o laptop e Xiao Zhan logo entra no sistema de segurança da mansão, ele não conseguiu ver nenhum dos seguranças da mansão, imaginou que a essa altura já deveriam está mortos. Mudando as câmeras ele viu homens usando máscaras de esqui e roupas pretas entrando pelas laterais da casa e pouco tempo depois atirando nas câmeras impossibilitando Zhan de ver o que acontecia dentro da casa.
— Eu contei no mínimo oito homens armados, mas podem ser mais. Eles estão bem armados, são armas automáticas e de grosso calibre, então um confronto é inevitável, por favor fique sempre atrás de mim, se alguma coisa acontecer com você o seu ômega vai surtar.
— Não se preocupe, tomarei cuidado.
— Precisaremos ser cautelosos. Atire pra matar não sabemos se eles já conseguiram o que queriam ou se já estão de saída. Você precisa ficar calmo.
— Eu estou calmo, desde que meu marido esteja bem, o protótipo é o de menos.
Eles tentam passar despercebidos se esquivando pelas árvores, de longe ele pôde ver os corpos dos seguranças escondidos, quem os matou não queriam chamar a atenção e foram cautelosos em esconder as provas. Eles se aproximaram da casa com cautela, Makin sempre mantendo Xiao Zhan atrás de si.
Quando eles estavam entrando dentro da casa foram recebidos com tiros, Makin rapidamente devia e se protege atrás de uma parede. Como um homem treinado em combate sabia bem o que esperar, os outros entrariam pelo outro lado só precisariam esperar mais um pouco. Novamente uma onda de tiros se inicia, Makin atira e acaba matando dois homens fazendo com que ele e Zhan avançassem um pouco mais na casa.
— Xiao Zhan! – alguém chama pelo empresário quando dos tiros cessam. — Se eu fosse você parava agora mesmo.
O alfa reconheceu aquela voz no mesmo instante. Ele já devia imaginar .
— Porque eu não estou surpreso de ver você no meio disso, He Peng. — Ele diz enquanto recarregava a arma escondido.
— Não se sinta mal, tudo é uma questão de negócio. Eu sirvo para quem paga mais e no momento os russos são os melhores pagadores.
— Você devia ir embora enquanto ainda pode respirar ou usar suas pernas.
— Imagino que você devia ter chamado a cavalaria, mas não se preocupe eu serei breve. Me dê o protótipo finalizado do projeto para os americanos e ninguém mais se machuca. Seria uma pena se alguma coisa acontecesse com aquele ômega grávido, aliás, mais alguma coisa acontecesse.
Xiao Zhan no mesmo instante sentiu um frio percorrer sua espinha.
— Cadê meu marido?
— Pergunta errada. Me dê o que eu quero e então eu digo onde ele está. Mas, você é esperto tente farejar e vai saber do que estou falando.
No mesmo momento Xiao Zhan, inclina seu nariz em direção as escadas. Ele conhecia como ninguém o cheiro do marido, e o cheiro de Yibo estava misturado ao cheiro de sangue. Ele estava ferido.
— Acho que já percebeu, não é mesmo? — He Peng provocou. — Me dê logo o que eu quero para você poder cuidar daquele ômega idiota.
— Não sem ter a certeza de que ele está bem.
— Xiao Zhan, você tem um minuto até eu começar a atirar.
Zhan no mesmo momento fazia sinais para Makin, eles combinavam o que fariam a seguir. Alguns tiros vindo do lado de fora da casa chamou a atenção deles, os homens de Xiao Zhan chegaram.
— Parece que seu tempo aqui acabou He Peng. — Xiao Zhan Provocou. — Diga onde está o meu marido e eu deixo você ir.
He Peng procurava os outros que tinham ido com ele, eles estavam espalhados pela mansão procurando pelo protótipo e não encontraram ainda.
— Você ainda está em desvantagem aqui. Seus homens e os meus estão lutando lá fora, mas aqui dentro somos eu e você.
— Makin ainda está aqui, tenho certeza de que você não dá conta de nós dois.
— Sempre me esqueço dessa maldita sombra. É melhor eu cuidar dele primeiro. — dito isso ele lança uma granada de baixo alcance, não destruiria o cômodo mais atrasaria os dois. Makin vendo do que se tratava pulou em cima de Zhan o protegendo com o próprio corpo e arrastando-o para longe, os tiros recomeçaram e a fumaça tomou conta do lugar. A visibilidade era quase nenhuma então teriam que usar seus sentidos de alfas para saírem dali.
— Zhan, você está bem? — Makin pergunta preocupado, eles não tinham qualquer visibilidade do lugar. No entanto Xiao Zhan não ia desistir.
— Sinto cheiro de sangue. — ele rapidamente passou a mão pelo corpo do amigo. — Sua perna, Makin.
— Foi só um tiro de raspão, eu tô bem. Precisamos tirar você daqui agora.
— Só saio daqui com o Yibo do lado. — ele fechou os olhos se concentrando tentando ativar os olhos alfas. Seus olhos ficaram vermelhos ajudando a enxergar melhor. — Não podemos deixar ele ir até o andar de cima, se ele estivesse com Yibo ele já teria dado algum sinal.
Mais tiros foram ouvidos do lado de fora.
—Zhan, não sabemos quem está ganhando essa luta é melhor a gente dar um jeito de encerrar as coisas aqui. Caso contrário tudo pode piorar bem rápido.
— Aê He Peng! Tenho uma contra proposta pra fazer.
— Nem gaste o seu latim, eu fui muito bem pago para pegar seu novo brinquedinho. Então me dá logo o que eu quero e ninguém se machuca.
— Você precisa distrair ele enquanto eu tento me aproximar. — Makin sussurra.
— Você nem ouviu a minha proposta.
Makin faz sinal de que tem duas pessoas com He Peng.
— Xiao Zhan, acho que você não entendeu ainda. Isso não é uma negociação, você vai me dá o que eu quero, em troca eu não mato você.
— Se é tão esperto assim, porque você mesmo Não criou algo?
— Acha mesmo que vou perder meu tempo enfiado num laboratório? — Makin engatilhou a arma e atirou matando os dois capangas de He Peng, ele no entanto correu rapidamente revidando os tiros e correndo para o andar de cima. Zhan vai logo em seguida protegendo seu corpo nas lacunas da parede enquanto Makin verificava se os outros estavam mortos.
Ele sobe as escadas com cautela e percebe que ele revirava os quartos, e quando ele estava se aproximando do quarto da bebê, Zhan atira acertando o braço dele fazendo a arma cair no chão. He Peng tenta se proteger e pegar a armar, mas Zhan é mais rápido e atira no outro braço quebrando vários ossos.
— Se eu fosse você nem tentava se mexer, ou eu vou atirar no meio da sua cabeça.
— Eles vão mandar outros, acha mesmo que vão deixar você entregar seu brinquedinho pros americanos? — falou apoiando seu corpo na parede.
— Acredite, eu estarei pronto. Agora você, vai esta bem longe e eu vou garantir isso.
— Se eu tivesse medo de ser preso eu jamais teria feito metade das coisas que fiz. — Ele desdenha de Zhan.
— É fofo você achar que vai ser preso. — Zhan causa espanto no alfa ferido.
— O que você quer dizer? – A voz de He Peng falha.
— Eu teria deixado passar o roubo dos projetos anteriores e até o roubo do protótipo novo, mas vir até a minha casa ameaçar o meu ômega grávido e minha filha. Isso não tem perdão. Seu erro foi pensar que eu sou como os outros, ninguém mexe com a minha família. — Xiao Zhan acerta o rosto dele com o cano da arma o fazendo desmaiar, Makin aparece logo em seguida com os outros seguranças.
— Tudo limpo chefe. Todos foram abatidos.
— Cuide pessoalmente desse aqui. Apague a existência dele da face da terra, de preferência bem longe da minha casa. Não quero o sangue desse imundo infectando meu lar. Depois vai cuidar do seu ferimento.
— Pode deixar comigo. — ele faz sinal para que os outros carregassem He Peng dali. Depois de resolvido aquele detalhe Zhan foi rapidamente para o quarto de hóspedes. Ele abriu o armário procurando pelo botão, mas não funcionou. A porta não abriu, sinal de que Yibo a travou por dentro.
Xiao Zhan batia com força na parede tentando fazer o marido ouvir. A parede era blindada, tinha um reforço especial para garantir a segurança de quem estava do lado de dentro. Ele precisaria de muita ajuda para abrir o quarto caso o ômega não abrisse logo.
— Yibo, já pode abrir a porta, você está seguro agora. — ele tentou fazer o marido escutar. Batia com bastante força na parede.
Depois de alguns minutos tentando, ele vai até andar de baixo buscando alguma ferramenta que pudesse ajudá-lo abrir a porta. Um dos seguranças arranjou um pé de cabra e Zhan correu tentando se manter tranquilo.
A Sra. Hang apareceu assustada devido a situação que a casa se encontrava.
— Onde está o Yibo? — ela perguntou preocupada.
— No quarto do pânico, mas ele não está abrindo a porta.
O desespero começava a tomar conta de Zhan, ele temeu que o rapaz pudesse está inconsciente tamanho o susto, ferido gravemente e o estresse causado pela invasão. Levou cerca de meia hora para que Xiao Zhan conseguisse êxito, no momento que ele abriu a porta viu Yibo sentado no chão completamente suado e as anotações do projeto, juntamente com o protótipo ao seu lado. Ele tinha um ferimento no braço que não parecia ser muito grave, mas aquilo não relaxou Zhan.
— Yibo, você está bem? — perguntou ao ver o rosto tenso do rapaz.
— Minha bolsa estourou. — ele diz controlando a respiração. — Há uma hora atrás. Minhas contrações estão vindo a cada dois minutos.
Xiao Zhan achou que teria um ataque do coração ali naquele momento.
— Fica calmo, nós precisamos ir para o hospital.
— Não dá tempo. — ele se contorce de dor segurando os lençóis com força. — Eu preciso fazer força.
— O quê eu faço? — perguntou desesperado.
— Liga pra médica, agora. — O rapaz deita no colchão que tinha ali tentando respirar entre as contrações enquanto Zhan ligava para a medica. Ele coloca o celular no viva- voz para receber alguma orientação.
— Doutora, o Yibo está em trabalho de parto.
— A bolsa estourou?
— Sim, cerca de uma hora atrás e as contrações estão vindo a cada dois minutos.
— Sr. Zhan, isso quer dizer que talvez vocês não tenham muito tempo. Você precisa fazer o exame de toque nele para que eu saiba se vocês tem tempo de chegar ao hospital ou não.
— Como Eu vou saber disso?
— Você vai colocar dois dedos na entrada do seu marido, se você conseguir sentir a cabeça do bebê quer dizer que você não tem mais tempo e vai precisar fazer o parto.
— Santo Deus! Eu não sei se consigo.
— Não se preocupe, eu vou orienta-lo e já acionei uma ambulância para sua casa. Agora deite o Yibo, retire suas calças e abra as pernas dele para que você possa ter uma visão total da entrada.
Xiao Zhan estava hesitante, mas o ômega estava começando a gritar mais alto.
— Anda logo Zhan, eu não sei se consigo segurar por mais tempo. — ele faz da maneira que foi orientado e coloca dois dígitos na entrada do marido e Yibo se contorce.
— Eu senti, nem consegui enfiar os dedos por completo. Consegui sentir a cabecinha dela.
— Muito bem, providencie lençóis ou mantas limpas para receber o bebê.
Xiao Zhan chama pela Sra. Hang e pede que ela providencie as coisas
— Yibo, você precisa fazer força no momento que sentir a contração e empurra por cinco segundos sem parar e depois descansa. Sr. Zhan, você não deve puxar a criança, espere que Yibo empurre até que os ombros da bebê tenham passado e depois pode puxar. Entendeu?
— Eu acho que sim. Querido, você precisa empurrar.
Yibo reuniu toda sua força e começou a empurrar.
— Ahhhhh..... — fez exatamente como a medica orientou.
— Muito bem, querido. Vamos de novo!
— Eu estou cansado. — A voz dele era só um sussurro.
— Eu sei, amor. Mas você não pode parar agora.
— Yibo, você precisa manter o ritmo ou sua filha pode sufocar. Empurre com mais força dessa vez.
— Vamos lá, querido. Só mais um pouco , eu sei que você consegue.
Yibo segurou os lençóis com força e empurrou o máximo que seu corpo aguentou, Zhan já tinha os olhos marejados por conta do esforço que o marido estava fazendo.
— Ahhhhhhhhh.
— Isso, está quase terminando, só mais um pouco Yibo. — O grito de Yibo era algo gutural, ele buscava forças dentro de si para conseguir terminar aquilo. Zhan logo pegou a bebê no colo. — Você conseguiu, amor. Você conseguiu.
Zhan não conseguia acreditar que tinha acabado de fazer o parto da sua filha, ele olhava com verdadeira devoção para a menina em seus braços.
— Sr. Zhan, vira a criança de barriga para baixo usando seu braço como apoio e dê duas batidinhas leves nas costas dela. — No momento que ele fez isso a bebezinha começou a chorar alto. — Parabéns aos papais. A filhotinha de vocês está bem, logo a ambulância deve chegar aí.
—Oi bebê, papai está aqui, não precisa chorar. Eu prometo que nada vai te acontecer. — ele dizia e Yibo chorava copiosamente com a cena, e a bebê parecia reconhecer a voz dele pois parou de chorar no mesmo instante. — O quê eu faço agora? — sua voz estava trêmula e embargada pela emoção.
— Enrole a bebê numa manta e a mantenha aquecida, de preferência sob o peito do papai ômega. Deixe que os paramédicos cortem o cordão umbilical da bebê, para não haver riscos de alguma infecção por falta de materiais esterilizados.
A Sra. Hang igualmente emocionada entrega a manta para Zhan que habilmente enrola a bebê e coloca em cima de Yibo.
O ômega não conseguia parar de chorar vendo o pequeno pacotinho em seus braços. Zhan coloca um lençol cobrindo a nudez do marido e vai ficar perto dele a da bebê.
— Ela é linda Zhan. Tão perfeita . – ele passava os dedos delicadamente pelo rostinho rosado da bebê. — Você conseguiu, trouxe a nossa filha ao mundo.
— Eu te amo tanto, Yibo. — ele diz ainda tentando manter a pose de alfa duro, mas as lágrimas que teimavam em escorrer pelo seu rosto contrastavam com a emoção do momento. Ele deixou um breve selar nos lábios do marido e depois da testa da pequena Papillon.
— Eu também te amo, Zhan.
Enquanto o caos reinava fora daquele quarto, Xiao Zhan e Yibo celebravam a felicidade de ter a pequena família deles à salvos. Depois de alguns minutos os paramédicos e a obstetra chegaram, Zhan saiu do quarto para que pudessem cuidar de Yibo para que fossem levados para o hospital. Ele estava sentado na cama com a bebê em seus braços, a Sra. Hang sentou-se ao seu lado feliz pelo amigo.
— Sua filha é uma verdadeira guerreira, Zhan. – Ela tocou seus ombros dando um pouco de conforto para ele. O alfa não conseguia tirar os olhos da garota que dormia tranquila completamente alheia a confusão de policiais e ambulâncias que estavam do lado de fora.
— Minha filha está bem, Sra. Hang. Eu consegui, eu cheguei à tempo, dessa vez eu consegui proteger os dois. — A maneira como ele falava parecia que ele dizia para si mesmo que tinha conseguido. Foi uma batalha pessoal para Xiao Zhan chegar até aquele momento.
— Sim, querido. Você conseguiu! Você salvou seu marido e sua filhotinha. Sem lembranças dolorosas à partir de agora. — Zhan olhou para a mulher de maneira terna.
No momento mais triste da vida dele a Sra. Hang foi seu ombro amigo e poder compartilhar seu momento mais feliz era algo realmente especial.
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Amores.... este é o penúltimo capítulo. No domingo vou postar o último. Então dêem muito amor a Papillon.
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Até domingo amores.
Xoxo P'Dream 🌹