Red Diamond 2: O Retorno

By NerdsXenite

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Red Diamond é enviada à Terra, estando sob o controle das outras diamantes, com a missão de capturar Rose Qua... More

1 - O plano
2 - Desembolhada
3 - Chegada à Terra
4 - Apresentações
5 - Desconfiança
6 - Pesadelo
7 - Começando a falar
8 - Adotando um nome
9 - Como Malachite
10 - Crítica construtiva
11 - À beira da fonte
12 - Vermelho e Azul
13 - Prova de confiança
14 - Trabalho duro rende frutos
15 - Red Broken Diamond
16 - As coleções
17 - A festa
18 - Paquera
19 - A decisão
20 - A carta
21 - O começo da jornada
22 - Aprendizado e experiências
23 - Código de celular
24 - Mamãe?!
25 - Amizade à primeira vista
26 - O demônio escarlate
27 - Parecem casadas
28 - Orgulho e Honra
29 - Amor e perda
30 - O alarme
31 - No supermercado
32 - Almoço à la Red Diamond
33 - O peso de uma promessa
34 - Respostas e mais perguntas
35 - Parabéns Audrey
36 - Negócios em toda parte
37 - Uma mulher de negócios
38 - Preparando o terreno
39 - Dragão, Gorila e Lobo Cinza
40 - O resgate
41 - Cansaço emocional
43 - O castigo das traidoras
44 - As Masmorras de Homeworld
45 - As notícias voam
46 - A proposta
47 - Companhia inesperada
48 - Canção de ninar
49 - A Toca do Demônio
50 - Redmond Scarlet
51 - A máscara cai
52 - Admissões
53 - E agora?
54 - A primeira noite
55 - O poder da música
56 - É oficial
57 - O anúncio
58 - A roupa não faz a pessoa
59 - Foco
60 - Marcas visíveis e invisíveis
61 - Sonho e realidade
62 - Ligações
63 - O demônio vem à tona
64 - Vazamento
65 - Emboscada
66 - Explosões
67 - Motivação
68 - Design original
69 - Dose de diamante
70 - Gatilhos
71 - Mr. Universe
72 - Dar uma chance
73 - Amigos humanos
74 - A peça
75 - Minha Fera
76 - A verdade é revelada
77 - Qual era o plano?
78 - Desordem mental
79 - Olhos de sangue
80 - Viagem cancelada
81 - Pondo ordem na casa
82 - Novos parâmetros
83 - Nova rotina
84 - Notícias de Homeworld
85 - Durag
86 - Se ocupar para não pensar
87 - Vinganças
88 - À base de Ordyk
89 - Mal humor matinal
90 - Nem Branco nem Preto
91 - Antiga ferida
92 - Retorno a Homeworld
93 - Zona vermelha
94 - Quando menos se espera...
95 - Falando no diabo
96 - Dançar não é pecado
97 - Encontro de gerações
98 - Reações adversas
99 - No Zoológico
100 - Sentimentos azuis
101 - Brains
102 - Salão da coragem
103 - A felicidade cura
104 - Crises
105 - Bônus Red X Pearl 1
106 - Bônus Red X Pearl 2
107 - Origem celeste
108 - Tragédia
109 - Despedida

42 - Santo remédio

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By NerdsXenite

Alguém bateu na porta e Pearl levantou o olhar de seu quebra-cabeça para ver quem era. O tamanho e as cores não poderiam deixar dúvidas, era Red Diamond quem estava à porta.

A gem albina suspirou se levantando e indo até a entrada da casa. Abriu a porta e olhou a visitante, que vestia calças e sapatos sociais pretos e uma camisa vermelho sangue de meia manga. Ficou ali em silêncio esperando que a diamante dissesse algo.

R.D.: Oi. — Disse de forma nervosa e agitada. — Garnet ou Amethyst estão?

PEARL: Saíram juntas. — A diamante pareceu desapontada e um pouco mais aflita do que antes. Olhou para o interior da casa como se procurasse algo ou alguém.

R.D.: Steven e Peridot?

PEARL: Com Greg. — A informação pareceu lhe trazer algum alívio. Ela procurava por Garnet e Amethyst e ao mesmo tempo parecia não querer que Steven nem Peridot estivessem por perto. O que será que a diamante queria ali?

R.D.: Você está ocupada?

PEARL: Não. — Respondeu sucintamente ficando cada vez mais confusa e preocupada com o comportamento de Red Diamond.

R.D.: Estava fazendo alguma coisa?

PEARL: Montando um quebra-cabeça.

R.D.: Posso ajudar?

Pearl ficou sem saber o que dizer por um instante. Por que Red Diamond iria querer ajudá-la a montar um quebra cabeça no meio de uma manhã de domingo?

PEARL: Por que quer me ajudar?

R.D.: Eu... Preciso me distrair. Achei que Garnet poderia me ajudar com aquela coisa de concentração que ela mostrou para D. Red ou Red, não sei direito. Ou poderia sair e zoar junto com Amethyst.

PEARL: E por que não ir atrás de Steven e Peridot?

R.D.: Steven... Ele provavelmente iria tentar ir mais a fundo na razão de eu precisar me distrair, o que eu não quero fazer no momento, e Peridot... Às vezes ela me lembra muito a Yellow...

PEARL: Você não tem outras pessoas para procurar? Outras coisas que possa fazer?

R.D.: Não quero estar ao redor de humanos no momento.

PEARL: E quanto a Sara e Dylan?

R.D.: Com eles é diferente. Não os vejo como humanos ou gems. São meus filhos e isso é tudo o que importa. Estão em segurança com amigos.

PEARL: Não está se afastando dos seus filhos, mas sim das outras pessoas que estão com eles?

R.D.: Pode-se dizer que é isso.

PEARL: Então sou sua última opção. — Concluiu um tanto surpresa com a singular situação.

R.D.: Eu não queria te incomodar, mas sim. No momento só posso recorrer à você. — Disse em um tom tão cansado que Pearl realmente ficou preocupada.

A diamante costumava ser enérgica e alegre. Claro que ela também tinha seus momentos de fúria e tristeza, bastante frequentes até. No entanto, Pearl estava tendo dificuldade em acreditar que a pessoa a sua frente era mesmo Red Diamond.

PEARL: Entre. — Disse dando um passo para o lado permitindo a passagem da diamante.

R.D.: Obrigado. — Agradeceu com um leve sorriso de alívio e se dirigiu ao sofá, onde se sentou próxima a mesinha de centro.

Pearl fechou a porta e também se sentou no sofá, entre a escada e a diamante, enquanto observava a outra.

R.D.: Quantas peças?

PEARL: Mil. — Disse entregando a caixa para Red Diamond. — A imagem é essa.

A diamante pegou a caixa e observou a imagem da tampa. Era um grande parque de diversões com montanhas-russas, carrosséis, barracas de jogos e várias pessoas andando com suas famílias enquanto seguravam balões.

R.D.: Parece aquele parque que o Steven me levou quando saímos juntos. Qual era mesmo o nome? [pausa] Funland? Acho que era isso. Engraçado. Quando estive lá com ele mal compreendi o que era e agora é tão natural.

PEARL: Eu ainda não entendo o que há de tão interessante naquele lugar. — Disse enquanto encaixava uma peça.

R.D.: O parque possuí várias atrações diferentes para atrair uma grande diversidade de pessoas que querem se divertir. Se você não se diverte com nada que o parque tem, então não há como você achá-lo interessante de forma alguma. — Explicou a diamante com simplicidade. — É uma questão de gosto pessoal.

Pearl encarou Red Diamond ligeiramente surpresa com a compreensão que obtivera com suas palavras. Ela não havia pensado daquela forma a respeito do parque. Steven gostava de ir lá e por isso ela ia, apenas para acompanhá-lo. Ver Steven se divertindo era o que ela gostava, mas o parque não fazia sentido para ela. Pelo menos, não fazia sentido até aquele momento.

R.D.: Então... — Disse tirando Pearl de seus pensamentos e a fazendo prestar atenção na diamante. — O que mais você gosta de fazer além de montar quebra-cabeças?

PEARL: O que toda pérola gostaria de fazer se tivesse escolha. — Respondeu desviando o olhar para as peças coloridas sobre a mesa.

R.D.: Não acho que minha Pearl nem Pearly iriam gostar de quebra-cabeças como você. Iriam dizer que é uma tarefa inútil e sem propósito. Mesmo se entendessem que é um passatempo e que sua função é divertir quem monta a imagem, elas provavelmente não gostariam por não terem paciência para isso. [pausa] Eu gosto de montar quebra-cabeças.

Pearl estava evitando olhar Red Diamond, mas aquele comentário a fez olhar a diamante nos olhos. Duvidava que aquilo fosse verdade.

R.D.: É verdade. — Disse como se lesse a mente da outra. — Só não monto com frequência porque eu sou muito lerda para encaixar as peças e acabo desistindo. Tenho um jogo de quebra-cabeça no celular, esse eu jogo mais porque depois de três minutos ele te dá uma dica de qual peça encaixa em qual lugar.

PEARL: Gosto de cozinhar para o Steven. — Disse olhando para a cozinha e depois ao redor. — Também gosto de arrumar e limpar a casa. Não acha que toda pérola gostaria de fazer isso?

R.D.: Eu sei que não. Pearly gostava de deixar tudo arrumado, mesmo que não houvesse muita coisa para arrumar, mas minha Pearl... — A diamante deu um leve sorriso ao lembrar das diferenças entre as pérolas azul e branca. — Minha Pearl era bagunceira, preguiçosa e um pouco folgada. Ela ficava deitada na cama dizendo o que a Pearly tinha que arrumar enquanto ela só olhava. Pearly ficava furiosa com Pearl e reclamava comigo, mas o que eu ia fazer? Eu não ia mandar em nenhuma delas. Simplesmente dizia para Pearly que ela não precisava arrumar nada. [pausa rápida] Era inútil. Ela não aguentava ver algo fora do lugar e Pearl se divertia em irritar Pearly. Acho que era igual o que Amethyst faz com você.

Pearl estava pensativa. Era verdade que as pérolas não eram necessariamente iguais umas às outras, mas ela não esperava que pudesse existir uma pérola que se comportasse como Amethyst.

R.D.: Já cozinhar... Eu acho que nenhuma delas iria gostar. Lidar com qualquer coisa orgânica sempre foi um problema para as duas. Talvez por minha culpa. Elas me viram muitas vezes coberta de sangue e outras coisas... O que mais?

PEARL: Treinar.

R.D.: Isso minha Pearl gostava de fazer. [pausa rápida] E eu também.

— Nós também. — Disse uma voz conhecida vindo do interior da casa onde estava o transportador. Diamante e pérola estavam tão absortas em sua conversa que nem notaram o transportador sendo ativado anunciando a chegada de fusão e quartzo.

R.D.: Garnet! Thyst! — Disse feliz em ver as amigas.

AMETHYST: E ai, Red? O que está fazendo aqui? — Perguntou se aproximando do sofá e se jogando nele no assento ao lado esquerdo da diamante.

Red Diamond pensou em dizer que estava ajudando Pearl com o quebra-cabeça, mas ela não havia encaixado uma peça sequer. Então pensou em dizer que estava atrapalhando Pearl, mas a gem albina já havia quase terminado de formar a imagem do parque de diversões. Então, o que ela estava fazendo ali afinal?

R.D.: Só conversando. — Respondeu com um leve sorriso de entendimento e olhou para Pearl que também sorriu discretamente.

AMETHYST: Sobre o que?

R.D.: Sobre o que gostamos de fazer.

AMETHYST: Sério? Só isso? Que chato!

Pearl ia retrucar mas a diamante falou primeiro.

R.D.: E sobre o que você achou que estaríamos conversando?

AMETHYST: Não sei... Algo mais legal.

R.D.: Por exemplo?

AMETHYST: Sei lá! Qualquer outra coisa!

R.D.: Que tal... Luta-livre?

AMETHYST: Disso eu gosto! — Disse se levantando e se transformando. — Conheça o Onça Púrpura. O maior campeão da divisão amadora de Beach City!

R.D.: Beach City tem lutas?

AMETHYST: Todo sábado a noite.

R.D.: Legal! Acho que vou trazer as crianças um dia desses para assistir. — Disse pensando em como Dylan iria gostar. Talvez trouxesse Nolan também.

AMETHYST: Onde estão eles?

R.D.: Na casa de amigos. Logo irei...

O celular da diamante começou a tocar, mas não era a música ensurdecedora de seus alarmes, era um toque mais calmo de música clássica. Red Diamond tirou o celular do bolso da calça e atendeu.

R.D.: Bernard, algum problema com meus filhos?

BERNARD: Não, não. Eles estão bem. Estou ligando porque acho melhor você voltar agora.

R.D.: O que aconteceu?

BERNARD: Eu... Por acidente... Contei para minha filha e meu genro que você é uma alien.

R.D.: Que língua solta de merda, eim Bernard!? — Disse alto se levantando. — Caralho. Se era pra eles saberem eu teria contado, porra! Vê se não abre mais essa boca grande até eu chegar! — Encerrou a ligação. — Filho da puta. — Xingou entredentes.

AMETHYST: O que houve?

R.D.: O avô dos amigos das crianças sabe que não sou humana e ele acabou de contar "sem querer" pra filha e pro genro dele. — Explicou frisando as aspas com os dedos.

GARNET: E qual é o problema?

R.D.: Pra que ter o trabalho de me fazer de humana se for pra todo mundo saber que sou alienígena? Ele não podia contar sem meu consentimento! Especialmente por causa de Dylan e Sara, quanto menos gente souber melhor! Ele sabe disso e mesmo assim... Arg! Deixa quieto, eu vou gritar com ele pessoalmente. [pausa] Pearl, muito obrigado pela conversa. De verdade. Amethyst, Garnet, foi bom ver vocês antes de ir embora, até mais. — Se despediu saindo da casa para o deck e logo levantando voo.

***********

Red Diamond pousou discretamente numa pequena estrada que dava acesso à uma grande propriedade e retirou seu carro de seu diamante direito. Havia saído da mansão de Bernard de carro e assim deveria voltar. Os pais de Nolan e Audrey poderiam já saber sobre ela, mas os empregados e o resto do condomínio luxuoso de magnatas não precisavam ficar sabendo também.

Dirigiu até a entrada da mansão de Bernard, deixando o carro no mesmo lugar de onde o havia tirado mais cedo naquele mesmo dia, pois como previra seu amigo insistiu que Dylan e Sara passassem a noite em sua casa, o que agradou imensamente as crianças, mas a obrigou a fazer o mesmo.

Agora estava na porta da frente esperando que a deixassem entrar como uma pessoa normal e comum e não alguém que poderia explodir todo o lugar num estalar de dedos. A porta foi aberta e a tal governanta apareceu.

CLARE: Bom dia Sra. Diamond. — Disse com simpatia. — Me acompanhe por favor. Estão à sua espera no escritório.

Red Diamond apenas assentiu e acompanhou a mulher através das salas e corredores daquela casa até chegarem às portas duplas de correr de madeira maciça de um tom escuro. Clare bateu em uma das portas e a deslizou lateralmente para a direita.

CLARE: Sr. Dylls, a Sra. Diamond já chegou.

BERNARD: Deixe-a entrar. — A diamante o ouviu dizer e assim que Clare saiu de seu caminho, ela entrou no cômodo.

Red Diamond não deu muita atenção à sobrecarga de madeira escura e tons terrosos espalhados pelo ambiente, sabia que Bernard tinha gostos conservadores quanto à decoração de seus espaços particulares, também sabia que as poucas coisas interessantes ali, como os vasos e pinturas, certamente tinham sido escolhas de Melinda.

Bernard estava à sua frente atrás de sua grande e escura mesa, à direita da diamante estavam a Sra. e o Sr. Woodlock sentados em duas cadeiras bem próximos um do outro e à sua esquerda, junto à parede, havia um sofá de couro vermelho-terra de quatro lugares onde estavam as crianças.

Quando a diamante viu os filhos, foi imediatamente em sua direção. Sara logo se levantou em seguida sendo abraçada pela grande gem. Fazia poucas horas que haviam se visto pela última vez, mas fora tempo suficiente para deixá-las com saudades uma da outra. Dylan como sempre tentava ficar impassível, mas Red Diamond já conseguia reconhecer certos sinais na linguagem corporal do garoto, porém ela não o abraçou, apenas se aproximou o suficiente para lhe bagunçar o cabelo enquanto lhe dirigia um leve sorriso.

Red Diamond, com um gesto de sua mão, indicou para que Sara voltasse a se sentar, o que a menina fez prontamente, então a diamante se voltou para o dono da casa e se aproximou alguns passos.

BERNARD: Diamond, me desc... — Começou a se desculpar, mas foi interrompido pela diamante.

R.D.: Bernard. — Disse enquanto levantava a mão para silenciar o homem. — Eu que lhe devo desculpas. Fiquei nervosa com a notícia, mas não devia ter falado com você daquela maneira. Eu me excedi. Me desculpe por isso.

Bernard sorriu levemente aliviado por não ter causado o estopim da fúria de Red Diamond. Ela de fato parecia mais calma naquele momento do que quando falaram ao telefone.

R.D.: Depois de já ter mentido para eles, o mínimo que eu podia fazer era ser a pessoa a contar a verdade quando fosse preciso, mas como agora é tarde... — Se virou para os Sr. e Sra. Woodlock. — Eu gostaria de ao menos pedir desculpas por enganá-los, mesmo que tenha sido por uma boa razão e por pouco tempo.

SRA. WOODLOCK: Ainda estamos um pouco relutantes em acreditar que você seja... Bem, que você não seja humana.

R.D.: Compreensível. Querem uma demonstração?

SR. WOODLOCK: Se for possível e seguro...

R.D.: Não sei o que contaram para vocês... — Disse olhando de esguelha para Bernard, que fingiu não perceber. — ...mas não são todas as minhas habilidades que fazem pessoas desmaiarem subitamente. [pausa] Por exemplo...

Red Diamond se transformou em Bernard Dylls trajando um smoking igual ao que o verdadeiro usara na festa de aniversário de Audrey.

R.D.: O que acham? — Perguntou usando a voz de Bernard, que parecia estar muito feliz por ter sido escolhido pela diamante para ela se transformar. — Dependendo de em quem me transformo, posso copiar detalhes físicos e também de personalidade.

SR. WOODLOCK: Impressionante.

SRA. WOODLOCK: Assustador, isso sim.

R.D.: Acho que depende pra qual finalidade esse poder é usado. — Disse se transformando de volta em si mesma. — A questão é que não preciso copiar ninguém, simplesmente posso mudar minha forma física à vontade. Antes eu ainda mantinha as cores e a minha voz, mas agora eu consigo mudar como eu quiser, com exceção dos meus diamantes. Eu consigo esconder minhas pedras, mas não posso trocá-las de lugar nem fazê-las sumir.

NOLAN: Uou! Ela poderia facilmente se infiltrar em grupos terroristas e acabar com eles por dentro ou até se fazer passar pelo presidente!

DYLAN: Viu? Eu não sou o único que pensa assim. — Disse para a diamante que havia se virado para os garotos.

R.D.: Por que será que isso não me surpreende? — Disse colocando as mãos na cintura. — Não vou trabalhar como espiã só para você se gabar disso, Dylan. Até porque não faz o menor sentido.

DYLAN: Mas você já trabalha com isso!

R.D.: Extra oficialmente e só quando é extremamente necessário, como ontem.

SR. WOODLOCK: Então, os bandidos... Foi você quem...?

R.D.: Coloquei todos para dormir.

SR. WOODLOCK: E os agentes...?

R.D.: Eu os chamei.

AUDREY: Mamãe. Papai. Ainda podemos ser amigos de Sara e Dylan? — Perguntou receosa enquanto apertava uma mão de Sara entre as suas.

A pergunta pegou os Sr. e Sra. Woodlock de surpresa, no entanto a diamante e Bernard Dylls pareciam já saber que em algum momento ela viria, pois também estavam esperando pela resposta quase tão ansiosamente quanto as crianças.

SRA. WOODLOCK: Claro que podem.

Audrey e Sara gritaram juntas e se abraçaram. Nolan e Dylan empurravam um ao outro de brincadeira. Red Diamond e Bernard Dylls trocaram olhares e sorrisos aliviados frente ao desenvolvimento tranquilo e amigável daquela conversa.

R.D.: Obrigado. — Agradeceu em um tom solene. — Isso significa muito para eles.

BERNARD: E para você?

R.D.: Tudo o que me importa é o bem estar e a felicidade deles. Se meus filhos estão felizes, eu também estou.

E a diamante estava verdadeiramente feliz considerando tudo. A morte de Loren ainda a afetava, mas a alegria de Dylan e Sara conseguia penetrar na aura de tristeza e culpa que sempre a rondava.

No entanto não podia atribuir sua elevação de espírito e humor apenas aos seus filhos, ela precisava admitir que sua conversa com Pearl fora o que os humanos chamam de "santo remédio" para seu baixo astral. Conversando com a pérola, Red Diamond pôde perceber que já conseguia falar de sua amada e amigas sem se sentir miseravelmente culpada por seus destinos cruéis nas mãos das outras diamantes. Aquilo tudo havia acontecido há séculos mesmo que Red Diamond não tenha sentido o tempo passar por estar embolhada e no momento nada podia fazer para mudar o passado, com tal consciência começava aos poucos seguir em frente.

Apesar da dor de uma recente perda ainda a assolar, ela sabia que em algum momento ela diminuiria, restando somente uma leve pontada em seu peito que não a deixaria esquecer de seus erros e com isso poderia não repeti-los, ao menos assim esperava.

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