Aviso: Aqui vai ter uma vibe mais de One Piece dublado, tentei fazer de um jeito que eu acho que o Smoker agiria, espero que gostem mesmo se algo não sair de acordo com a personalidade dele (ーー;)
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Lisa: ─ Capitão Smoker, bom dia!
Smoker: ─ Bom dia! ─ respondeu virando a página do jornal que lia e sequer desgrudou os olhos das notícias que prendiam sua atenção.
Lisa: ─ Já estou saindo. Até mais tarde.
Smoker: ─ Aconteceu alguma coisa? ─ perguntou tirando o jornal de sua frente e a viu endireitar a postura enquanto fumava dois charutos de uma vez.
Lisa: ─ Não, por quê?
Smoker: ─ Tem algo diferente em você, só não sei o que é.
Lisa: ─ Pode ser sua imaginação.
Smoker: ─ Talvez ─ falou mesmo estando intrigado com ela. ─ Olha ─ Smoker desceu os pés que antes estavam em cima da mesa e deixou o jornal dobrado em cima desta para pegar algo na gaveta ─, chegou mais dois cartazes de piratas com cabeça prêmio, alguém deve te interessar ─ explicou mostrando as folhas, e Lisa as pegou para observá-las.
Lisa: ─ Um vale 500 mil belly e o outro, 1 milhão. Agora já sabe quem serão minhas próximas caças.
Smoker: ─ Você sempre gosta de pegar os peixes pequenos, até parece o Daddy Masterson ─ disse pegando os cartazes que Lisa devolvia.
Lisa: ─ A lógica dele é bem melhor e mais conveniente para mim. Se você pega muito peixe pequeno, a recompensa vale muito mais a pena quando tudo é somado no fim do mês, além disso, dão menos trabalho para serem pegos.
Smoker: ─ Sempre querendo o mais fácil, né?
Lisa: ─ E você? Que só se interessa pelos preços mais altos, no seu caso também é um trabalho mais fácil, não? Recebe uma boa grana de uma vez só e ainda tem os poderes da akuma no mi para te ajudar.
Smoker: ─ Que língua afiada ─ comentou deixando um jato de fumaça sair de sua boca ─, mas errada, não está. Bem, faça como quiser. Só tenha cuidado, amorzinho.
Lisa: ─ Sim, senhor ─ confirmou vendo-o pegar o mesmo jornal de antes e saiu da base da marinha de Loguetown.
Em mais um rotineiro dia, na pequena ilha que piratas paravam para abastecer seus navios e que se arriscavam em vender mercadorias roubadas, Lisa caminhava pelas ruas em busca de pistas sobre eles e estava atenta a qualquer movimento suspeito.
Demorou bastante tempo para achar algum, pois sua fama como caçadora de piratas dificultava seu trabalho, sempre os fazia tomar medidas para que não tivessem o azar de se deparar com ela; porém uma hora o cerco fechava, e ela estava lá para prendê-los ou matá-los caso fosse necessário.
Lisa capturou um homem e o levou a Smoker. Mais tarde, pegaria sua recompensa de 2 milhões de belly e agora só precisava receber a assinatura do capitão para isso acontecer.
Smoker: ─ Vai em busca de outro, certo? ─ interrogou entregando-lhe uma folha assinada.
Lisa: ─ Com certeza ─ respondeu guardando a folha.
Smoker: ─ Achou mais provas daquela investigação que você vem fazendo?
Lisa: ─ Sim. Por isso, não posso deixar essa oportunidade de ouro passar.
Smoker: ─ Vai precisar de ajuda? Tem homens que estão parados.
Lisa: ─ Não precisa, eles só vão me atrapalhar.
Smoker: ─ Sobre essa sua busca, não vá além do que pode fazer. Se a coisa ficar feia, peça ajuda.
Lisa: ─ Não sei se está preocupado ou se me subestima, capitão.
Smoker: ─ De todo modo, já que hoje você vai estar bem ocupada, ao menos vamos almoçar naquele restaurante aqui perto? Sexta-feira é dia de prato especial.
Lisa: ─ Sinto muito, mas não vai dar. Hoje, antes de sair, combinei com a minha mãe de que almoçaria com ela.
Smoker: ─ E de noite?
Lisa: ─ Vou estar livre. Ah, hoje você também está, né? Tinha esquecido.
Smoker: ─ Você está muito avoada, mulher! Trate de acordar.
Lisa: ─ Não se preocupe, vou "acordar". Até mais tarde!
Smoker: ─ Até!
Mais uma vez, Lisa saiu para realizar suas investigações, aproveitava que encontrava piratas pelo caminho e os capturava. Até o fim do dia, faturou mais 1 milhão de belly e foi ao banco receber o dinheiro que conseguiu, certamente ficaria com uma parte e enviaria a outra à sua mãe.
Ela é o único membro de sua família que sobreviveu a uma invasão pirata que aconteceu há muitos anos na ilha, tinha medo de perdê-la igual aconteceu com seu pai e seu irmão e sempre juntava dinheiro para ajudá-la, era um trauma que carregava desde criança e, desde então, passou a odiar piratas.
Ela entrou na marinha para alcançar seus objetivos e, em seu primeiro ano, conheceu Smoker, até hoje são amigos e nunca falharam em manter a ordem de Loguetown.
A noite chegou, e ela se encontrou com o capitão no restaurante que foi mencionado pela manhã.
Enquanto Lisa e Smoker esperavam "o prato do dia", sua conversa era suprimida por conta da vitrola antiga, que tocava uma música lenta, e pelos clientes que ali estavam. Não eram muitos, mas eram suficientes para fazer um enorme barulho.
No entanto, havia um dos comensais que poderia passar despercebido se Lisa não tivesse despertado um certo interesse, estava de olho desde que pôs os pés no recinto e continuou assim apesar de estar na companhia de seu amigo.
Smoker: ─ O que você tanto observa? Isso já está me deixando agoniado.
Lisa: ─ Espera só um minuto, tá? ─ perguntou levantando-se da cadeira.
Smoker: ─ Lisa?
Lisa: ─ Já volto.
A mulher caminhou como alguém que, simplesmente, iria falar com o dono do restaurante que se localizava atrás do balcão, deu meia-volta e correu em direção à mesa de seu suspeito, partiu-a ao meio com um chute; e o homem encapuzado recuou para trás, se arrastando pelo chão.
As outras pessoas ficaram agitadas, levantaram-se de suas mesas, e o dono do local correu a fim de acalmá-los.
─ Pessoal, não é nada de mais, mantenham a calma, por favor. Capitão Smoker! ─ exclamou sussurrando.
Smoker: ─ Já sei. ─ Depois de levantar-se, caminhou até Lisa. ─ O que está fazendo? ─ perguntou enquanto sua amiga amarrava as mãos e pernas de sua presa.
Lisa: ─ Vou ter umas palavrinhas com este cara aqui, mas para isso eu preciso que ele fique quietinho. E aí, rato perdido, o que faz aqui?
─ Saia de perto de mim! ─ gritou.
Lisa: ─ Se você não falar, vou começar pelo seu braço.
"Começar?"
O pirata perguntava consigo mesmo.
Lisa: ─ Prefere que ele seja deslocado ou quebrado? ─ ameaçou colocando mais força nos braços amarrados, e o rosto do homem estava praticamente colado no piso do estabelecimento.
─ Tá, tá, eu vou colaborar!
Lisa: ─ Que gentileza da sua parte. Vamos lá fora, tá? ─ questionou com uma voz calma e feição amigável.
"Tem hora que essa mulher é mais assustadora que todos os piratas que encontrei. Ainda bem que é raro essa troca de humor repentina."
─ Mesa 8, seu pedido… ─ O garçom travou assim que saiu da cozinha.
Lisa: ─ Smoker, paga para mim? Vou ali papear com ele. Depois eu te pago! ─ exclamou ultrapassando a porta com o homem em mãos.
Smoker: ─ Sobrou para mim.
Não tinha outro jeito, ele teria que pagar suas partes já que estava preocupado com a atitude dela e curioso com a conversa que os dois levariam. Depois de fazê-lo, correu para a saída e localizou Lisa, ela não estava muito longe do restaurante, e foi ao seu encontro.
Smoker: ─ Você o nocauteou?!
Lisa: ─ Sim ─ respondeu sentada em um banco da praça, e o pirata se encontrava jogado no chão.
Smoker: ─ Conseguiu alguma coisa? Foi tudo tão rápido.
Lisa: ─ Consegui a informação principal, o resto eu vou conseguir no interrogatório de amanhã.
Smoker: ─ Agora vamos ter que ir à base.
Lisa: ─ É o jeito.
Smoker: ─ Deixe-o comigo. ─ Smoker colocou "a vítima" por cima dos ombros e saiu caminhando ao lado de Lisa. ─ E então? O que descobriu?
Lisa: ─ Esse rato se separou do bando, veio até aqui com a esperança de se reunir novamente com eles, mas, felizmente, não deu certo. Ele soube que seus aliados ainda não haviam chegado e decidiu correr o risco de esperá-los.
Smoker: ─ Mais pedras no sapato que querer ir à Montanha Reversa. Tanto faz, nenhum deles vai passar, mesmo. Espera, por que toda essa confusão só por causa dele?
Lisa: ─ Depois dê uma olhada na tatuagem do braço dele, uma dessa estava no homem que matou meu pai e meu irmão.
Smoker: ─ Agora tudo faz sentido.
Lisa: ─ Em breve vou ter a minha vingança, mal posso esperar!
Smoker: ─ Finalmente voltou ao normal! Estou até aliviado.
Lisa: ─ Admitiu que estava preocupadinho, Smoker! ─ exclamou e sorriu com astúcia.
Smoker: ─ Nem vem, pare de ser louca!
Lisa: ─ Mas você disse que estava aliviado.
Smoker: ─ Francamente... Tá, eu admito ─ confessou soltando uma forte rajada de fumaça.
Lisa: ─ Ei! Veio tudo na minha cara! ─ reclamou entre tosses.
Smoker: ─ Ah, desculpa, amorzinho.
Lisa: ─ Dá para parar de falar assim? Isso só ilude mais.
Smoker: ─ Hã? ─ perguntou encarando-a.
Lisa: ─ Não! Eu não disse nada! ─ exclamou olhando para frente, para a rua que não tinha movimento, a mulher se martirizava pelo que acabara de falar. Por outro lado, o capitão da marinha usou a mão desocupada para tirar o charuto da boca e lhe roubou um beijo.
Smoker: ─ Isso responde alguma coisa? ─ interrogou se erguendo.
Lisa: ─ Por acaso você…
Smoker: ─ Se eu não gostasse, não faria isso, certo?
Lisa: ─ Que bom que sou correspondida ─ admitiu com um sorriso e vê-lo sorrindo a deixa leve, parecia estar nas nuvens.
Smoker: ─ Você está me devendo um jantar, saí apressado e nem comi nada.
Lisa: ─ Ah, me desculpe. Podemos voltar lá depois que deixarmos esse cara atrás das grades.
Smoker: ─ Fechado, amorzinho.