Meu porto seguro - Choni

By ourchoni

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[Finalizada] Depois de ter sido assaltada e quase sequestrada, Cheryl Blossom passa a ser acompanhada por seg... More

01 - nova segurança
02 - idiota.
03 - Saudades minhas?
04 - caixinha de supresas
05 - Você não me conhecê.
06 - Festa
07 - Desejo
08 - Feliz aniversário
09 - o que faz comigo?
10 - Erro?
11 - Eu não quero parar.
12 - Me mostre o quanto me deseja
13 - Você fala demais.
14 - intensidade
15 - Me deixa te tocar
16 - Eu gosto dela
17 - Amava?
18 - Quando vai perceber
19 - Desculpas
20 - Desconfiança
21 - A verdade
22 - Eu te amo
23 - Eu vou te encontrar
24 - Ela não morreu
26 - Revelações
27 - Instigação
28 - loucuras
29 - Livre
30 - segura
31 - Minha mãe
32 - Juntas
33 - Fim

25 - Culpa

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By ourchoni

Antoinette Topaz point of view

– Do que você está falando? – ele me olha com o cenho franzido. – Mas é claro que ela está morta!

– Não, não está! Eu a vi hoje!

– Não brinque com isso, Antoinette!

– Agora tudo faz sentido. – suspiro pesadamente, passando as mãos pelos cabelos. – Ela estava no mesmo prédio que eu procurava por Marta Blake.

– Não, Antoinette! Para, por favor! – ele se senta e vejo lágrimas em seus olhos verdes.

Penélope Blossom não havia morrido. Eu tenho certeza que era ela. Eu reconheceria os mesmos olhos de Cheryl em qualquer lugar.

Sinto o ar fugir dos meus pulmões. Eu precisava encontrar Penélope. Saio da casa de Clifford, ainda ouvindo seus protestos. Respiro fundo e entro no meu carro. Dessa vez nem Sweet pea, Fangs ou Jackson me acompanhavam.

Pendo minha cabeça sobre o volante e sinto as lágrimas inundarem meus olhos. Eu quero minha garota! Minha Cher.

– Me desculpa, Cheryl! Por favor! – soluço.

Limpo as lágrimas e dou partida no carro.

--×--

Estaciono em frente ao prédio de Cheryl. Eu precisava encontrar algo. Talvez os investigadores tivessem deixado passar algum detalhe. Paro de respirar quando vejo aquela mulher. Penélope!

Ela estava parada frente ao prédio de Cheryl. Segurava com força uma bolsa de lado e parecia travar uma batalha dentro de si, decidindo se entrava ou não no prédio. Ela olhava para a entrada e mexia constantemente as mãos, em sinal de nervosismo.

Saio do carro as pressas, sentindo meus olhos arderem.

– Ei, você! – ela me olha assustada. – Ei! – grito quando a vejo se afastar.

Corro até ela e a seguro pelo braço.

– O que faz aqui, Penélope Blossom? – digo seu nome devagar.

– O-o quê? – ela fica pálida. – E-eu não me chamo, Penélope! – tenta se soltar do meu aperto. – Eu me chamo, Tristha!

– Não! Você está mentindo!

– Não estou! – grita.

– O que sabe sobre Cheryl Marjorie Blossom? – ela arregala os olhos.

– Eu...

– Fale a verdade!

– Eu... – ela se solta do meu aperto e coloca as mãos sobre o rosto, chorando dolorosamente. – V-você a conhece?

– Sim. – passo as mãos pelos cabelos. – Ela é minha namorada.

Ela soluça.

– Me desculpe! – chora baixinho. – Eu preciso falar com ela. Ela corre perigo!

Suspiro e sinto o nó se formar em minha garganta.

– Precisa vir comigo.

– E-eu não posso! – dá um passo para trás.

– Você deve vir! Cheryl... Ela...

– O que houve? – sua respiração acelera.

– Melhor conversamos em outro lugar. – olho para os lados.

Ela assente desconfiada e me acompanha até o carro.

A todo momento Penélope mexia nas mãos nervosamente. Ela estava suando e a respiração estava acelerada. Estaciono em frente a casa dos Blossom e ela me olha confusa.

– Por que me trouxe aqui? – a encaro.

– Você vai ver. – digo saindo do carro e abrindo seu lado da porta. – Melhor se preparar.

Percebo quando a mesma engole em seco. Depois de passar pelos seguranças, adentro a grande sala da casa.

– Toni? Você... – Clifford para de falar quando nota Elis ao meu lado.

Seus olhos se arregalam e o mesmo perde a cor do rosto. Ele perde as forças das pernas e se senta no sofá.

– O-o q-quê?

Penélope aperta meu braço com força e percebo que lágrimas escorrem livremente pelo seu rosto.

– N-não pode ser! – Clifford passa as mãos pelos cabelos e se levanta, andando de um lado para o outro. – Eu não entendo! Você devia estar morta! – ele grita e vejo lágrimas descerem pelo seu rosto cansado.

– Clifford... – tento falar.

– E-eu... Você a abandonou! – ele aponta o dedo em direção à Elis, que se encolhe e soluça.

– E-eu não fiz isso... – ela diz baixo.

– Não? – ele ri ironicamente e pude ver a dor em suas palavras. – Você simplesmente abandonou sua filha de 5 anos. Eu não me arrependo de ter cuidado da minha filha, mas ela tinha o direito de ter uma mãe. E você mentiu. Simplesmente desapareceu, forjando sua morte! – grita.

– Não, eu não...

– Para! – ele passa as mãos pelo rosto. – Você sabia o quanto era apaixonado por você! – diz e sai dali, seguindo em direção ao seu escritório.

– Clifford! – grito, mas é em vão.

Suspiro.

– Você não devia ter me trazido aqui. – diz enfurecida

– Sente-se! – digo e ela se senta.

– O que houve com minha... – ela hesita por um momento. – Filha?

– Cheryl foi sequestrada! – digo por fim e ela põe as mãos sobre a boca, derramando mais lágrimas.

– É tudo minha culpa! – choraminga.

– Como assim? – franzo o cenho.

– Eu... – ela interrompida pela voz de Clifford.

– Toni, na minha sala! – diz.

– Certo! Espere aqui! – digo a Elis e o acompanho.

Entramos em seu escritório. Ele passa as mãos pelos cabelos e me encara.

– Me diz que isso não passa de um maldito sonho! – ele ordena.

– Clifford...

– Eu a amei, Toni! – ele chora. – Eu ainda... A amo!

– Você...

– Eu sempre fui apaixonado por ela, éramos casados, mas aconteceram coisas nada boas. – suspira. – Eu não entendo! Não entendo o porquê de ter desaparecido! Eu mesmo recebi seu atestado de óbito!

– Clifford, creio que temos muito o que descobrir! – digo e ele assente, se jogando em sua poltrona, massageando suas têmporas.

Somos interrompidos por batidas suaves na porta. Clifford grita um entra e Penélope entra na sala.

– Eu não... – Clifford começa, mas Penélope o interrompe.

– Por favor, para! – levanta a mão. – Tenho que contar a verdade à vocês!

– O que tem a nos dizer? – ele diz a encarando desafiadoramente.

– Tudo! – suspira. – Só espero que acreditem em mim!

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