Ainda ficamos mais algum tempo naquele abraço, enquanto eu acariciava seus cabelos da parte da nuca, Ana alisava a base de minhas costas com carinho. Incrível que em momento algum eu senti vontade de me afastar, e o sorriso em meu rosto parecia não querer sair mais. Senti ela cheirar meus cabelos várias vezes, alisar a curva de meu pescoço com sua cabeça como se fosse um filhote de gato. Também ouvi quantos suspiros ela deu a cada vez que eu afagava seus cabelos.
Ana parecia feliz, eu fiquei feliz em saber disso.
Somente nos afastamos quando ela ficou sem jeito de estar agarrada comigo e quebrou nosso abraço. Não falamos nada, sorrimos uma para a outra e ainda sem dizer alguma coisa, nós duas saímos do quarto de Joaquim e fomos para a sala.
Agora estamos aqui, assistindo um filme de comédia "The Hangover", é um filme bastante engraçado. Embora eu ainda esteja curiosa para saber sobre a razão de ter uma tatuagem de puzzle no pulso. Ana não tinha mencionado nada sobre isso ainda, talvez eu deva perguntar a ela.
– Hm... Ana?
Ana desvia o olhar da televisão para mim e depois procura pelo controle, ela desliga a televisão e volta a me olhar. Respira fundo, Manoela.
– Aconteceu alguma coisa?
– Eu quero te perguntar uma coisa.
Ela levanta as sobrancelhas interessada e cruza as pernas, me olhando daquele jeito intimidante dela. Por que ela tem que me olhar nos olhos desse jeito?
– Pode perguntar.
– Okay... – viro minha mão e olho para meu pulso esquerdo, levanto o olhar e vejo Ana me encarando. – Por que eu tenho um puzzle tatuado no pulso?
Viro o pulso para que ela veja, Ana ergue as duas sobrancelhas e suspira. Ela morde seu lábio inferior e alisa o pulso da mão direita, junto minhas sobrancelhas e quando abro a boca para questiona-la sobre a tatuagem, Ana vira o pulso e me mostra sua tatuagem. É a mesma que a minha...
Oh não... A dela é maior.
– Nós fizemos essa tatuagem juntas. – ela começa, se remexe um pouco como se estivesse desconfortável. – Tínhamos completado cinco meses de casadas. – Ana sorri e olha para um ponto qualquer atrás de mim, seus olhos tem um brilho nostálgico, ela deve estar se lembrando dessa época. – Eu estava distraída assistindo a um jogo do Madrid quando você entrou pela porta toda saltitante falando sem parar. Ela solta uma risadinha, abro um sorriso. Eu pedia para você falar mais devagar, mas você simplesmente falava mais rápido e embolado ainda.
– Eu costumava fazer isso quando queria muito alguma coisa.
– Exato. – Ana pressiona os lábios e olha para baixo, suas mãos em seu colo, enquanto ela mexe os dedos. Ela está nervosa. – Você disse que queria fazer uma tatuagem, eu nem acreditei porque você nunca quis uma. Dizia que iria doer muito, quase surtou quando eu fiz a minha na nuca.
Ela girou um pouco o corpo e afastou o cabelo, deixando sua nuca exposta para que eu visse sua tatuagem de libélula.
– Eu fiquei animada e perguntei o que você queria fazer, você disse que era surpresa e que eu teria que ir contigo em algum salão de tatuagens. Saímos de casa e fomos procurar algum estúdio pela região, quando achamos um você saiu me arrastando pra lá. – Ela dá uma pausa e busca fôlego. – Quando nós entramos e você disse que nós duas queríamos fazer uma tatuagem eu fiquei sem entender nada, você não tinha falado nada comigo sobre isso. Mas então você disse que queria algo que nos marcasse e representasse nosso relacionamento.
– E eu escolhi esses puzzles?
– Sim. – ela sorri de lado. – Eu lembro que você disse que essa tatuagem nos representaria como uma peça de quebra cabeça, você vivia dizendo que nós éramos como um quebra cabeça.
Franzo o cenho sem entender.
– Por quê?
– Para se completar um quebra cabeça é necessário ter todas as peças, certo? – afirmo com a cabeça, ainda sem entender a comparação. – Uma vez você me disse que éramos assim, como um quebra cabeça, que para uma ser feliz totalmente era necessário ter a outra. Que não existe felicidade para você sem mim, e nem felicidade pra mim sem você.
Wow! Isso foi profundo.
– Isso é lindo.
– Eu sei, quando ouvi isso pela primeira vez eu me senti a pessoa mais sortuda no mundo por ter alguém como você.
Não posso evitar meu sorriso tímido, Ana abaixa a cabeça sem jeito.
– Então esses puzzles se completam? – ela levanta a cabeça e acena que sim. – E por que sua parte é maior?
– Porque você escolheu assim, disse que a maior parte de você estava comigo então era... – ela para de falar e engole, com tanta força que ouço o som que sua garganta faz. Respira fundo e olha em direção a televisão desligada. – Era lógico eu ficar com a parte maior já que eu era sua maior conquista.
Após ouvir isso fico sem saber o que dizer, está mais do que óbvio que essa mulher me ama e que eu por alguma razão a amava da mesma forma. Ouço ela fungar algumas vezes, sei que ela está prestes a chorar e isso é horrível. Ana solta um suspiro e faz menção de levantar do sofá, mas eu a impeço, seguro seu pulso e faço ela se sentar outra vez.
– Desculpa por ter perguntado sobre isso...
– Nã-não precisa se desculpar. – ela pisca diversas vezes e tenta dar um sorriso. – Eu é que ando muito chorona mesmo.
Acaricio seu pulso e sorrio para ela, Ana seca os cantos dos olhos com sua mão livre e me sorri de volta. Agora sim um sorriso de verdade.
– Você não imagina o quanto eu queria me lembrar disso tudo, Ana. – confesso e vejo seus olhos marejarem outra vez. – Por favor, não chore...
– Eu não vou.
Garante e abre um sorriso lindo, seus olhos brilham dessa vez.
– Juro que irei fazer de tudo para me lembrar.
(...)
Depois da nossa conversa nós duas voltamos a assistir ao filme, assistimos a sequência dele também, iriamos assistir o terceiro filme, mas Ana teve que sair para ir buscar Joaquim na escola.
É sempre chato quando nenhum dos dois estão aqui, penso em algo para fazer. Vejo as horas, 18:30pm. Acho que vou assar alguns biscoitos.
..
Termino de colocar os biscoitos no tabuleiro e me viro para leva-los ao forno, porém acabo parando no mesmo lugar ao ver uma assaltante de biscoito prestes a roubar um dos biscoitos já prontos. Seu olhar cruza com o meu e ela arregala os olhos. Parecendo uma criança que é pega fazendo besteira.
– Caetano!
Rosno, fulminando-a com o olhar, Ana parece estremecer e mesmo com o meu olhar assassino, ela pega dois biscoitos e se afasta um pouco do balcão, hesitante, como se esperasse que eu fosse para cima dela.
– Toma, carinha, corre. Corre pra se salvar.
Só então noto Joaquim em pé próximo a ela, Ana lhe dá um biscoito e em segundos os dois saem correndo da cozinha. Tenho uma mini gangue dentro de casa. Reviro os olhos, um sorriso em meu rosto. Céus! Quantos anos essa mulher tem mesmo?
Mas confesso que gosto desse lado descontraído dela, é adorável.
Terça-feira, 22 de novembro de 2014.
Deixo que a água quente bata em minha cabeça e escorra por meu corpo, suspiro, apoio as mãos na parede e fecho os olhos. Hoje é o dia em que começarei a me consultar com a psicóloga, não sei dizer se estou nervosa ou ansiosa, talvez os dois.
Definitivamente os dois. Ana irá comigo, apenas para me acompanhar já que não acho ser necessário que ela entre na sala. Ela foi levar Joaquim na escola, hoje ele tem uma excursão para algum teatro, foi o que ele me disse noite passada antes de dormir. Por falar em dormir, pensei que Ana se sentiria livre para voltar a dormir ao meu lado, mas ela nem ao menos demonstrou querer isso. Acho que ela não quer apressar as coisas, e agradeço por isso. Não quero apressar tudo e acabar fazendo besteira.
Eu penso que talvez tudo entre ela e eu tenha que ser feito com calma, ela já me contou que demorou cerca de 1 ano no passado para conseguir que eu me declarasse para ela e aceitasse seu amor por mim.
Termino meu banho e deslizo a porta de vidro para o lado, pego a toalha pendurada próxima a porta e começo a me secar. Minha mente parece um enorme buraco negro, penso em várias coisas e nada ao mesmo tempo.
Enrolo-me na toalha e saio do banheiro, faço menção de ir para o closet escolher uma roupa, mas paro ao ver uma muda separada em cima da cama e uma bota de salto médio da cor preta no chão em frente a cama. Ana não perdeu totalmente a mania de separar minhas roupas.
Dou de ombros e pego a roupa que ela separou, uma calça jeans clara, blusa de mangas longas branca, um cachecol azul escuro com desenhos brancos e um sobretudo branco. Enrolo a toalha em meus cabelos e depois começo a me vestir. Quando estou terminando de arrumar o cachecol, ouço a maçaneta girar e em segundos a porta é aberta, revelando Ana. Olho para ela de cima a baixo, confesso, está linda. Jaqueta de couro combina com ela e essa touca beanie a deixa com um ar jovial. Ela está um pouco alta, sei que está de salto alto.
– Pronta?
– Sim, só vou pentear meu cabelo e passar alguma coisa no rosto.
Ela balança a cabeça em concordância e saca de seu bolso um pacotinho, vejo-a rasgar aquilo e tirar um chiclete? Sim.
– Quer um?
Me oferece, apenas nego com a cabeça e vou para o closet enquanto seco melhor meu cabelo com a toalha.
(...)
O rádio ligado no volume mínimo é a única coisa que não deixa o silêncio atormentador no carro, Ana não parece nervosa, mas parece pensativa. Concentrada na estrada, a testa um pouco franzida e os lábios pintados de vermelho um pouco torcidos. Suspiro e olho para a rua à nossa frente, as pessoas bem agasalhadas lá fora andam pela calçada com passos rápidos, algumas estão quase correndo com suas pastas em mãos e os celulares em seus ouvidos. Me pergunto como eu andava na rua, se parecia ser uma executiva atrasada para o trabalho ou se apenas andava observando tudo. A segunda opção é mais considerável já que curiosidade sempre foi meu forte.
Afundo-me no banco e cruzo os braços, encostando a cabeça no encosto. Fecho os olhos e deixo que a música suave entre em minha cabeça. Não faço a mínima ideia de qual cantor/banda é essa música, mas é uma canção calma, e muito bonita.
– Pequena? Chegamos.
Olho pelas janelas e me dou conta que já estamos no estacionamento do prédio onde irei me consultar. Solto meu cinto de segurança e espero que Ana destrave as portas para eu poder sair.
– Quanto tempo vai durar essa consulta?
Pergunto a Ana depois que ela saí do carro e ativa o alarme, ela dá a volta e para ao meu lado, faz sinal com a cabeça para que eu a acompanhe.
– Uma hora, temos que ser rápidas porque já está quase na hora de sua consulta.
Me avisa e eu apenas aceno com a cabeça. Uma hora dentro daquela sala, será que Ana estará comigo? O que irei conversar com a psicóloga? Como será isso?
Estou nervosa, e um pouco ansiosa. Espero que isso me ajude a lembrar das coisas.
..
Ana foi se informar com a recepcionista, olho em volta daquela sala de espera. Dois sofás grandes e confortáveis, uma prateleira com revistas, um vaso no canto da parede com um coqueiro plantado. Um belo consultório.
– Vamos, Manu.
Ouço a voz de Ana e busco por ela, que está parada em frente a porta onde a Doutora está, levanto-me num salto e vou até ela. Ana bate duas vezes na porta e lá de dentro um "entra" nos permite entrar na sala. O clima dentro da sala é meio abafado, ou talvez deva ser por eu ainda estar usando esse grosso sobretudo.
– Bom dia, senhoritas. – olho para frente a tempo de ver uma loira levantar-se da cadeira de couro marrom, ela está vestindo um jaleco branco, apertado e bonito, carrega consigo um sorriso reluzente, também tem nos olhos um óculos de grau que a deixa com cara de Dra. mesmo. – Srta. Caetano.
– Apenas Ana, Dra. Marcela.
Ana estende a mão para a loira que sorridente retribui o gesto. Elas parecem se conhecer, e esse sorriso, me intriga. Ana estende a mão para a loira que sorridente retribui o gesto. Elas parecem se conhecer, e esse sorriso, me intriga.
– Só irei lhe chamar assim quando parar de me tratar com tanta formalidade, esse Dra. me faz parecer mais velha do que sou. – as duas sorriram uma para a outra, como se fossem amigas de longa data. Continuo as olhando, intrigada. – Você deve ser a Manoela, certo? Prazer, sou a Dra. Marcela McGowan, mas pode me chamar apenas de Marcela.
Sorri simpática e me estende a mão, hesito apenas por alguns segundos e logo aperto sua mão, sorrindo de volta. A Dra. McGowan solta minha mão e então se vira para Ana, ainda sorrindo. Será que ela não cansa de sorrir?
– Hm... – Ana solta um pigarro e se encaminha para a porta. – Vou esperar você aqui fora, Manu, tenta relaxar, ok?
Ana separa seus lábios e me presenteia com um enorme sorriso, os dentes branquinhos, os dois da frente maiores a deixam com um ar de adolescente. Sorrio de volta para ela e aceno, volto a olhar a Dra. que ainda está sorrindo. Santo Cristo!
Mas ela tem um sorriso bonito, bonito até demais.
– Vamos começar? – ela faz uma breve reverência e aponta para um divã espaçoso, aparentemente confortável ao lado de uma poltrona de couro preta. Solto um suspiro e caminho em direção a ela, olho para o sobretudo e penso no que devo fazer. – Não prefere tirar? Aqui dentro é meio quente por causa do aquecedor.
Quase suspiro aliviada ao retirar aquele negócio quente, meu corpo parece até mais leve. Dra. McGowan pega meu sobretudo e o pendura em um tripé perto de sua mesa, me sento no divã e deito.
– Como se sente?
– Nervosa. – confesso em meio a um suspiro. – Muito nervosa.
Reforço e Dra. McGowan acaba por soltar uma risadinha, ela deve estar acostumada com pacientes assim.
– Eu entendo, é comum se sentir assim nas primeiras consultas. – confesso que me senti melhor ao ouvir isso. – Vamos fazer assim, feche os olhos. – fiz o que ela pediu prontamente. – Isso, agora respira fundo e solta o ar devagar. – senti meu corpo mais leve. – Outra vez.
Ela pediu que eu fizesse isso pelo menos umas dez vezes, mantive meus olhos fechados, tentando não pensar muito onde eu estava.
– Se sente mais tranquila?
– Um pouco.
– Excelente, então vamos começar.
(...)
Uma hora depois eu já me sinto um pouco menos nervosa, Dra. McGowan é uma mulher muito simpática, me fez relaxar com algumas brincadeiras e comentários divertidos. Ela nem parece uma psicóloga, parecia mais uma amiga de longa data que a muito tempo eu não a via.
Contei a ela sobre minha relação com Ana, ela ficou feliz em saber que eu estava abrindo minha vida para Ana outra vez, disse que isso será de grande ajuda para minha recuperação. Também lhe disse sobre os flashes de memória que ando tendo, isso a deixou bastante animada. Nessa hora que passei conversando com ela percebi que Dra. McGowan, ou Marcela como ela insiste que eu a chame, é uma mulher super animada e despreocupada com a vida. Falamos sobre o Joaquim, Marcela disse que ele também é super importante nesse processo. Ela me deixou confiante, me fez acreditar que posso me lembrar das coisas.
Que posso me lembrar da minha vida.
Saímos da sala conversando, olho para os lados em busca de Ana, mas não a encontro. Estou prestes a pegar meu celular e ligar para ela quando a vejo surgir através da porta de entrada, com uma caixa rosa em sua mão e dois copos de café na outra. Ela sorri assim que nos vê e vem em nossa direção.
– Aproveitei que vocês não tinham terminado ainda e saí para comprar alguns cupcakes e capuccino. – explica antes mesmo que eu pergunte algo, sinto meu estômago ronronar ao ouvir "cupcakes", nem tinha notado que estava com fome. – E então, tudo certo?
Ana me estende a caixa com os cupcakes, ela deve ter percebido que estou com fome, ou então notou meu olhar de cobiça na caixa em sua mão.
– Sim, sim, Manoela se saiu muito bem para quem está tendo a primeira consulta.
Ouço Dra. McGowan dizer, mas não a olho, estou namorando os cupcakes dentro da caixa. Um parece mais apetitoso que o outro. Delícia!
– Fico feliz em saber disso.
Posso jurar que ouvi Ana murmurar um "espero que isso tudo dê certo", mas não tenho 100% de certeza. Peguei um cupcake de chocolate e o mordi com vontade, colocando-o quase todo na boca. Ouço risadas atrás de mim e me viro, deparando-me com Marcela e Ana rindo da minha fome. Sinto minhas bochechas esquentarem na hora.
– Uh, acho que falar por uma hora deixou alguém com fome.
Engulo com vontade e quase me engasgo, dou algumas tossidas e Ana arregala os olhos, estendendo para mim um dos copos em sua mão.
– Acho que alguém precisa alimentar o monstrinho que habita em sua barriga.
Ana brinca enquanto eu tomo um gole do capuccino, quase me engasgo outra vez por conta do que ela falou.
Eu estou em fase de crescimento, hunf!
(...)
– Você vai querer trabalhar amanhã?
Ana pergunta quando já estamos no carro quase chegando em nossa casa. Já consigo reconhecer a rua onde moramos.
– Sim! - acabo respondo mais animada do que deveria, Ana gargalha ao me olhar pelo canto do olho e ver que estou cobrindo a boca. – Quero dizer, Dra. McGowan disse para eu voltar a minha rotina de antes, segundo ela isso pode me ajudar no processo de lembrar de tudo.
– É, acho que isso vai ser bom mesmo.
Diz meio vagamente, como se tivesse se teletransportado para outro lugar. Apenas cruzo meus braços e deito a cabeça no encosto do banco, já aprendi que quando Ana fica pensativa ela não ouve ninguém.
Outras coisas que aprendi sobre ela:
Ana gosta de fazer as pessoas sorrirem.
Sua sobremesa favorita é arroz com leche e ela ama comida chinesa.
A cor favorita dela é azul.
Ela mexe nos cabelos de 5 em 5 minutos para arruma-lo, mesmo quando ele já está arrumado.
Ela gosta de mimar, mas adora ser mimada.
Sua posição favorita para dormir é encolhida.
Ana gosta do meu sorriso.
Ela é engraçada.
Ana odeia dormir com meias, mesmo quando está frio.
Ela ama toucas e coturnos.
Já notei também que ela é muito insegura consigo mesma. (Não consigo entender toda sua insegurança, ela é linda)
Ana ama café.
Ela também gosta de sentar na varanda e ler quando chove.
Quanto está nervosa ela costuma mexer em seus dedos.
Ainda tenho muito que aprender sobre ela, mas sinto que estou indo pelo caminho certo.
Cada dia que passa vejo que os outros têm mesmo razão... Ana é uma pessoa incrível.
Ela é incrível.
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Achei essa listinha do final bem fofinha 🥺