Just Remember (Concluída)

By LeydyYarlysCosta

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Xiao Zhan era um ômega de 19 anos que vivia no Reino do fogo, o príncipe herdeiro Wen Chao era obcecado pelo... More

🏮Capítulo 1🏮
🏮Capítulo 3🏮
🏮Capítulo 4🏮
🏮Capítulo 5🏮
🏮Capítulo 6🏮
🏮Capítulo 7🏮
🏮Capítulo 8🏮
🏮Capítulo 9🏮
🏮Capítulo 10🏮
🏮Capítulo 11🏮
🏮Capítulo 12🏮
🏮Capítulo 13🏮
🏮Capítulo 14🏮
🏮Capítulo 15🏮
🏮Capítulo 16🏮
🏮Capítulo 17🏮
🏮Capítulo 18🏮

🏮 Capítulo 2🏮

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By LeydyYarlysCosta

N/A: Vamos explicar um pouco desse CP. Como eu avisei antes, algumas coisas foram mudadas. Por exemplo nesta história a Lan Qiren é mais jovem. O título de Hanguang Jun equivale ao mesmo que Cultivado-chefe entre os reinos. O nome de Xiao Zhan só aparece na narrativa, então não estranhe por ninguém chama-lo pelo nome, até porque ele não lembra.
Qualquer dúvida perguntem.

Capítulo 2 : O Reino de Jade.

Quando o dia amanheceu o pobre ômega continuava caído no chão e mancha de sangue seco em seu rosto denunciava o ferimento grave na sua cabeça. Com os primeiros raios de sol iluminando o lugar dois pontos se energia logo apareceram e ficaram surpresas ao verem ali, as duas criaturas observavam mantendo a distância por algum tempo até decidirem se aproximar. Elas olhavam curiosas para com o garoto inconsciente. Uma delas pegou um graveto no chão e com cuidado tirou o cabelo do rapaz do rosto.

- Huö, ele está muito machucado. - Disse Harmony, a fada do vento.

- Como ele passou pela barreira mágica? - A fada do fogo estava surpresa, humanos não entravam no mundo mágico sem ajuda.

- A tempestade de ontem deve ter criado uma interferência, acho que devemos chamar a rainha das fadas. Um humano não pode ficar aqui.

- Você tem razão. - A fada protetora da nação do fogo colocou as mãos no coração e fez uma breve oração. - Rainha das fadas, atendei ao nosso pedido. Precisamos de vossa ajuda.

Alguns minutos depois uma fada de longas asas brancas brilhantes e cabelo branco aparece. Seu rosto era tão branco como a neve e seus olhos tão azuis quanto o oceano.

- Me chamaram?

- Majestade, perdoe-nos por incomoda-la tão cedo.

- Harmony, querida. Não há porque se desculpar, o que posso fazer por vocês?

As duas fadas se afastam um pouco mostrando o rapaz caído no chão, a rainha das fadas se aproxima serenamente e toca levemente no ferimento dele.

- Como um humano passou pela nossa barreira mágica, majestade? - Huö questionou novamente.

- Vocês devem retornar aos seus afazeres, a primavera chegará em breve e vocês tem muito trabalho pela frente. Eu mesma cuidarei do rapaz.

- Mas, majestade. Não podemos deixa-la sozinha.

- Harmony, apenas vão. - ela diz gentilmente.

Elas não ousariam questionar sua rainha, então apenas voaram para longe a deixando sozinha com o rapaz. Depois que teve a certeza que não tinha mais ninguém por perto. Ela começou a examinar Xiao Zhan.

- Apenas aqueles com sangue real podem passar a barreira, como você passou? - questionava-se a si mesmo. Ela virou o garoto para ver seu rosto e fechou os olhos tentando sentir a aura do rapaz, e logo depois abriu os olhos assustada. - Você? Criança como você cresceu, porque está tão machucado?

Ela ergueu levemente a camisa dele e tirou suas dúvidas ao constatar o sinal de nascença que ele levava nas costelas.

- Você não deveria está aqui, este não é o seu futuro. - ela falava como se soubesse quem o rapaz era. - Não é sua hora de morrer criança, não é esse o seu destino. Para onde eu devo manda-lo?

A rainha das fadas pega uma pedra, um pouco de orvalho , uma flor e um floco de neve, ela agitou os elementos no ar e apenas um deles foi em direção ao rapaz.

- Então é para lá que você precisa ir. Que seu passado não atinja o seu futuro, que o destino reconecte duas almas perdidas e quebradas.

Com a ajuda de uma varinha ela suspende o corpo de Xiao Zhan e juntos eles saem voando. Numa parte mais distante de onde eles estavam anteriormente ela pousa o corpo dele no chão frio.

- Espero que sobreviva criança, seu destino está ligado há de muitos outros. Aguente mais um pouco. - ela logo vai embora o deixando lá.

...

O dia estava calmo no Reino de Jade, a rainha-mãe como de costume passeava pelos arredores do Reino com seu fiel escudeiro Löuhū, um tigre Branco de quase dois metros de altura no qual a rainha montava como se ele fosse um cavalo.

- Majestade, devemos retornar. Estamos muito longe do Castelo. - alertou uma das damas de companhia de rainha.

-Estou cansada da mesma paisagem, nesta área tem sakuras azuis que eu gostaria de colher. - A mulher de longos cabelos brancos e olhos dourados parecia se divertir. Uma das características da família real de Jade era as orelhas pontudas como as fadas, não se sabe porque apenas neste Reino algo assim aconteceu. Então desde o começo dos tempos eles sempre foram diferentes na aparência e nos poderes.

Além de serem o reino com o maior número de terras, também era o mais forte e respeitado. Por isso o rei Lan Wangji também tinha o título de Hanguang‐Jun, uma espécie chefe entre os reinos. Quando havia conflitos que pudessem interferir na harmonia dos reinos, ele interferia no início esperava que tudo se resolvesse no diálogo, caso houvesse resistência ele agia com seus exércitos. Mesmo que nunca tenha sido usado para esses meios o exército real de Jade era temido pelos quatro cantos do globo.

- Majestade, o rei pode não gostar de ...

- Deixe que eu me entenda com meu filho. Veja, ali está a árvore. - ela desce do animal sendo seguida por suas damas e quando ela aproxima da árvore acaba tropeçando em algo e caindo no chão.

- Majestade, majestade. - As duas guardas da rainha-mãe prontamente foram ajudar a mulher.

- Acalmem-se, foi apenas um tropeço. - ela limpa a neve de suas vestes. Então ao olhar para o chão viu o corpo do garoto coberto pela neve. - Lee Ruo e Lee Rey, venham até a aqui.

As damas de companhia também era soldados e cuidavam da escolta pessoal da rainha. As gêmeas alfas eram grandes espadachins e possuíam grandes habilidades em lutas. As duas logo sacam as suas espadas.

- Afaste -se majestade, pode ser alguma armadilha.

- Não sejam bobas, é apenas um garoto. Ele precisa de cuidados médicos urgentes. - ela limpa o rosto dele gentilmente. - Ele está gelado, suas roupas não são adequadas para o frio. Precisamos levá-lo para o castelo agora, e não me questionem.

- Sim, majestade. - as duas disseram juntas.

Depois elas o colocaram sob um dos cavalos e seguiram para o castelo. As duas guardas levaram o rapaz inconsciente para a ala médica do castelo, onde recebeu os cuidados necessários e algumas horas depois ela retornou para ver como ele estava. O médico alfa estava lá esperando a rainha para relatar o estado de saúde do garoto.

- Dr. Woo, como ele está? - ela pergunta enquanto se aproxima do leito.

- Este jovem sofreu várias lacerações pelo corpo e um trauma grave na cabeça. Ele já foi tratado e medicado, mas não sabemos o que de fato aconteceu. - o médico diz olhando suas anotações.

- Ele não acordou ainda?

- Não, vossa majestade. O trauma na cabeça foi muito grande e pelo visto ele ficou na neve por muito tempo, então creio que vá levar algum tempo até que ele acorde. E se eu estiver certo pode haver alguma sequela além do braço quebrado. - O médico não podia dizer exatamente o que poderia acontecer até o rapaz acordar. Havia diversos casos semelhantes por aí onde o paciente acordava novinho em folha e outros casos o paciente pode ter dificuldades em locomoção ou até mesmo a perda de memória.

- Entendi, me mantenha informada quanto ao estado de saúde dele.

- Sim, majestade.

A mulher sai dali deixando o médico para trás, havia alguns poucos servos e alguns soldados feridos em algumas macas. Ao longo dos dias algumas pessoas entravam e saiam do lugar com pequenos acidentes decorrentes do trabalho do dia a dia.

Alguns dias haviam se passado sem qualquer mudança no estado do rapaz. Já era noite quando o médico estava quase de saída quando o rei entrou no lugar assustando o pobre médico já que não esperava.

- Vossa majestade, que surpresa. - ele se curva ao seu rei.

-Minha mãe relatou que trouxe um estranho alguns dias atrás. - A voz fria do rei era intimidante em qualquer situação mesmo que seu tom seja calmo.

- Sim, majestade. É este garoto. ‐ o médico indica o leito e o rei se aproxima com a mesma postura reta mantendo uma das mãos nas costas.

- O que descobriu sobre ele? -Wangji perguntou analisando o jovem acamado.

- Pouco coisa majestade. Ele está inconsciente desde que chegou, teve um trauma severo na cabeça e é difícil saber como ele vai ficar até acordar. - o rosto do rapaz estava bem machucado e mal dava pra saber como ele era de fato.

- Então fale exatamente o que sabe. - O médico se apressou em responder o rei.

- Bom, ele não tem marcas de pêlos no rosto e pelo cheiro levemente adocicado creio que ele seja um ômega. - Lan Wangji se aproxima mirando seu faro no rapaz, confirmando. - Eu não como ele foi parar naquele bosque, mas estas marcas são de agressão. - O médico abre rapidamente o robe do rapaz desacordado, as marcas pareciam ser de mordidas e chupões e Wangji se perguntou o que poderia ter acontecido.

-O que que quer dizer?

O relógio soou alto indicando que já eram dez da noite, e de repente o ômega começou a ficar agitado. Ele gemia e chorava de maneira inconsciente.

- O quê está acontecendo? - Wangji não estava entendendo o que estava acontecendo pois o jovem parecia se debater e foi contido pelo médico.

- Eu não sei majestade. - O médico começa a examinar o ômega tentando acorda-lo, mas ele estava numa espécie de pesadelo, completamente alheio ao seu redor e parou no momento que o relógio parou de soar. - Me parece ser uma reação reflexiva majestade, alguma coisa serviu de gatilho para ele.

Lan Wangji não entendia bem aqueles termos médicos, mas ainda assim precisaria ficar de olho.

- Até descobrirmos quem ele seja ou de onde veio, deixe um guarda vigiando a porta.

- Sim, majestade. - sem mais delongas Lan Wangji deixa o local. Não tinha o costume de se meter em assuntos tão triviais, mas a sua mãe mostrou-se muito impactada pela maneira que encontrou aquele garoto, foi inevitável para ele não tentar saber mais a respeito.

Afinal, não poderia deixar um estranho simplesmente entrar no seu castelo com sua família correndo perigo. Como já era noite ele aproveitou para ir até o quarto do filho, sabia que à aquele horário o garoto já devia estar se preparando para dormir, às vezes até preferia. Ainda era difícil para ele saber que não podia ajudar o filho, era alguém dotado de muitos dons, além de um rei amado e respeitado. Porém, aquele que mais devia ajudar, era um total incompetente.

Entrou com o máximo de cuidado para não acorda-lo, às luzes estavam apagadas e apenas a fresta da janela iluminava o lugar com a luz da lua. Ele vai até o leito do garoto e gentilmente arruma o seu cobertor impedindo que ele pudesse vir a sentir algum frio mais tarde. Lan Yuan, o alfa era uma cópia exata do pai, desde os cabelos brancos até suas orelhas pontudas élficas. No entanto, o garoto passou a ter uma personalidade um tanto forte e quase desagradável para muitos, devido a sua condição. Yuan não andava desde pequeno e isso fez com que ele se auto exilasse dentro do seu quarto.

O garoto de 12 anos odiava quando as pessoas lhe lançavam olhares penosos e comentários maldosos. Certa vez ouviu um dos empregados dizendo: Como poderia o futuro rei não poder andar? Que serventia ele teria?

Embora jamais tenha dito nada a ninguém, o garoto se isolou. Não queria que todas às vezes que seu pai olhasse para ele se sentisse decepcionado pelo futuro do Reino está nas mãos de um aleijado. Apenas pouquíssimos servos podiam entrar nos aposentos do garoto além da sua família. E a pessoa que ele mais tinha contato era o tio e conselheiro real, Lan Qiren. Qiren era o irmão mais jovem do falecido rei, o ômega sempre foi o mais fiel apoiador do sobrinho e também era o responsável pelos estudos e ensinamentos de Lan Yuan. O ômega assim como o irmão deu à luz gêmeos Lan Han Taek e Lan Win Chan, o Duque e a Duquesa de Jade. O Duque Taek era o capitão da guarda real e a Duquesa Chan era uma musicista.

Lan Wangji deixa um breve selar na testa do filho e sai do quarto em silêncio. O que ele não sabia era que o filho não estava dormindo, o garoto sempre ficava acordado esperando ansioso para o pai vir vê-lo.

Ambos tinham uma personalidade parecida, eram alguém retraídos e introvertido, Wangji por causa do peso da coroa e das responsabilidades de rei e Lan Yuan, pela deficiência.

Ao chegar em seu quarto ele começa a se despir e retira a coroa a colocando numa almofada que ficava ao lado da cama. Ele aprendeu que a coroa de um rei deve ser respeitada da mesma maneira que uma aliança, apenas pais e cônjuges devem toca-la. Ele estava apenas curioso sobre aquele rapaz, não era comum que coisas daquele tipo chegassem ao seu conhecimento. Depois de tentar dormir por algum tempo ele simplesmente desistiu e seguiu para seu escritório onde ficaria algum tempo até que o sono chegasse, sabia que nunca era fácil para si essa parte pois a insônia lhe acompanhava a muito tempo. Usava o trabalho para ter algo para ocupar a mente até conseguir descansar minimamente.

Enquanto isso na enfermaria tudo estava mais calmo por causa do horário avançado quando o rapaz acordou assustado sem entender onde estava, ele olhava para os lados e gemeu ao ver seu braço enfaixado. A enfermeira logo se aproximou tentando acalma-lo de alguma maneira.

- Não se mexa tanto, você ainda tem alguns ferimentos que podem abrir.

- Você... onde estou? - ele tentou dizer mas sua voz estava rouca por causa da boca seca. A enfermeira logo se aproxima dando a ele um pouco de água, que ele aceita relutantemente.

- Como se chama? Você se lembra de onde veio? - ela perguntou.

- Eu... eu ... não sei. - sua mente estava caótica e tudo estava uma bagunça. Ele forçava a se lembrar, mas sua cabeça começou a doer.

A enfermeira vendo que ele não estava bem chamou o médico rapidamente. Ela retornou com o médico ao seu lado e o garoto se assustou com a presença dele se encolhendo na cama.

- Eu sou o médico que cuidou de você nos últimos dias. Não tenha medo.

- Não se aproxime. - era perceptível que ele estava com medo.

O médico pediu a enfermeira que ficasse ao seu lado esperando que aquilo pudesse acalmar o jovem.

- Veja, a enfermeira está aqui do seu lado e há vários guardas do lado de fora. Se você sentir que precisa de ajuda é só gritar que todos eles aparecem. Porém eu preciso examinar você e saber como você estar. Você tem um ferimento grande na sua cabeça e por isso passou vários dias desacordado. Você entende? - o médico falava baixo tentando ganhar a confiança dele.

- Eu estarei aqui para lhe ajudar. Mas o médico precisa te examinar, tudo bem?

Mesmo sem muito certeza o rapaz assentiu. O médico começou a examinar seus ferimentos e percebeu que ele evitava certos toques e parecia bem assustado.

- Você pode dizer o seu nome?

Ele pareceu pensar, mas incrivelmente nada lhe vinha na cabeça.

- Eu não sei.

- De onde você veio? - o médico insistiu.

- Eu também não sei. Porque eu não me lembro de nada?- ele começou se agitar e a enfermeira tentou lhe acalmar.

- É comum perda de memória depois de uma grande pancada na cabeça, sem contar que você passou dias desacordado e a perda de memória seja consequência disso. Você parece melhor dentro do que se espera do seu quadro, mas a memória pode levar algum tempo para voltar. O ideal é que você tente exercitar a sua mente.

Depois de alguns exames o médico disse para que o jovem tentasse se movimentar mais e até procurasse se ver num espelho para tentar reconhecer o próprio rosto. Ele foi até o banheiro da enfermaria e passou longos minutos olhando para o espelho de lá tentando se recordar de algo, mas ele não reconhecia o próprio rosto. Era como olhar para um estranho na sua própria pele. Ele quis chorar vendo que não havia nada o que saber sobre ele e depois de algum tempo simplesmente desistiu.

Ele estava saindo do comodo quando ouviu as badalads do relogio e sentiu sua cabeça girando, seu coração se acelerou e tudo o que ele queria sair dali pois sentia de iria desmaiar a qualquer minuto. Porque ele se sentia tão assustado? Ele abriu a porta do banheiro sentindo suas visão ficar turva e logo tudo escureceu. Algum tempo depois ele começa a sentir como se alguém estivesse lhe segurando, ao abrir os olhos viu um homem de cabelos brancos jovem demais para ser velho e rapidamente se assustou se afastando dele quase caindo de novo e sendo segurado novamente.

- Eu não vou machucar você. Fui eu quem o segurou para não cair no chão. - Disse o homem ao sentir os feromônios assustados do rapaz. Ele o soltou com cuidado para que ele não ficasse mais assustado.

- Rapaz, este é o Duque Taek. O capitão da guarda real. - A enfermeira intercede. - Tenha mais respeito.

O alfa tinha ido até lá verificar os soldados que haviam se machucado dias atrás e se surpreendeu ao ver aquele jovem desmaiando assim que saiu do banheiro. Sua única reação foi ajudá-lo.

- Não o repreenda. Não percebe como ele está assustado? - ele dá um passo para trás. - Foi a armadura ou o fato de eu ser um alfa? - ele perguntou de maneira gentil vendo que aquele rapaz era um ômega.

O ômega não conseguia entender o porquê da sua reação, mas era inevitável para ele não se sentir desconfortável. Ele não olhava nos olhos do Duque, manteve seus olhos fixos nas suas mãos trêmulas tentando se acalmar de alguma maneira.

- Me-me desculpe e-e o-obrigado. - ele diz sem jeito. Mas o Duque entendeu que ele estava assustado e não se ofendeu de maneira nenhuma com sua reação.

- Tudo bem, Espero que fique bem. - ele se despede deixando apenas Zhan e a enfermeira. A ômega entrega um copo com água para o rapaz.

- Você sabia que acabou de ofender o primo do rei? - ela diz se sentando ao lado dele.

- Eu não sei o que aconteceu, eu nunca senti tanto medo assim. - era verdade, ele não esperava ter uma reação desse jeito com um estranho, mas ele se sentiu assustado e intimidado.

- Você teve uma reação parecida quando acordou e viu o Dr. Woo, acho que é porque ele também é um alfa. Será que você tem algum trauma de alfas ou algo assim?

- Eu não sei. - ele suspirou fundo. Ao poucos os tremores em seu corpo foi passando e ele se acalmando.

- Descanse. - A mulher deixa o rapaz sozinho e ele volta a se deitar. Tudo estava tão confuso em sua mente, tinha tantas perguntas sem respostas e temeu nunca mais recuperar suas memórias. Como poderia viver assim sem saber quem era e de onde veio?

....

Do outro lado do Castelo, o médico se encaminhava até o escritório principal onde o rei provavelmente ainda estaria. Ele passou pelos guardas cumprimentando à todos. O rei estava sentado em sua mesa enquanto analisava alguns documentos, o medico alfa estava parado na porta e Wangji fez sinal para ele entrar.

- Boa noite, vossa majestade - ele reverencia Wangji respeitosamente.

- Boa noite Dr. Woo.

- Vim trazer seus comprimidos para dormir.- ele coloca o pequeno frasco de vidro sob a mesa. -Não se preocupe, eles são feitos à base de ervas calmantes, da maneira mais natural possível.

- Fico muito grato. Os últimos que você fez já não faziam mais efeitos. - Há muitos anos Lan Wangji tinha problemas de insônia, muito se dava aos seus deveres com o povo de Gusulan.

Ele tentava ser o melhor governante que podia ser, seu povo era prioridade e por isso sua vida pessoal praticamente se tornou obsoleta. E agora aos trinta e um anos tentava manter algum equilíbrio entre corpo e alma.

- Se estes não funcionarem, poderemos tentar a acupuntura. Sei que vossa majestade não gosta de agulhas, mas poderia ser muito útil.

- Tentaremos como último recurso. Realmente não me sinto confortável com agulhas.

- Então, já vou me retirar majestade. - ele parece lembrar de algo e retorna. - Antes que eu me esqueça, o rapaz que a rainha trouxe acordou hoje pela manhã, porém ele não se recorda nada, nem mesmo do próprio nome.

- Tem alguma chance dele está mentindo? - Wangji era um homem prático, não costumava medir suas palavras.

- Sou um médico experiente, majestade. Não se fabrica aquelas sensações, algo muito sério aconteceu com aquele garoto e provavelmente sua mente está bloqueando as memórias, é uma válvula de escape. - O médico alfa explica para o rei. Ele não podia afirmar o que de fato aconteceu com o rapaz, mas sabia identificar bem os sintomas de traumas. Assim como Wangji era bom em identificar mentiras.

-Fora isso como ele está?

- Saudável majestade. Ele é jovem, apesar dos ferimentos ele é saudável e aparentar ser bem jovem. Agora que os hematomas do seu rosto estão melhores posso dizer que ele não deve ter mais de vinte e cinco anos ou menos que isso.

- Entendi. Qualquer nova evidência eu devo ser comunicado. Você já pode se retirar. - o médico sai da sala.

Wangji achou melhor deixar aquele assunto a caráter de sua mãe já que foi ela que intercedeu para que ele deixasse o garoto ficar. A rainha era uma mulher bondosa e justa, e ele confiava no seu julgamento. Ele estava a caminho dos seus aposentos quando ouviu gritos vindo da ala da enfermaria, seus guardas se mantiveram por perto e Wangji apenas seguiu seu caminho até seu quarto, se fosse algum problema sério ele seria comunicado. Ao entrar no quarto e retirar suas vestes ele pôde ver como a lua estava cheia e iluminava intensamente o ambiente, ele vai até a sacada e se inclina no peitoril. Fechou os olhos sentindo a leve brisa da noite tocar sua pele, ele que estava com apenas usando calças sentiu sua pele arrepiar. Eram poucos os momentos em que ele se sentia solitário, mas fazia algum tempo que escapadas ocasionais com MianMian já não lhe satisfaziam como antes, chegou a pensar que talvez tenha chegado aquele momento que todo alfa passa em querer ter alguém do seu lado e criar laços definitivos. Ele volta para seu quarto fechando a enorme janela atrás de si, tomou um dos comprimidos receitados anteriormente pelo médico e deitou-se.

No dia seguinte, Xiao Zhan foi liberado pelo médico para que pudesse repousar nos alojamentos. Um dos servos do Castelo estava lá para lhe escoltar até o seu novo quarto, a rainha-mãe já havia alertado ao mordomo do Castelo que desse algum trabalho para aquele rapaz.

- Garoto, este é Xingchen. Ele é um dos funcionários da cozinha e vai te levar até o seu quarto. - relatou a enfermeira.

Xingchen parecia ter a mesma idade que ele e também era um ômega, o que deixou o rapaz mais confortável. Ele tinha a pele clara, cabelos e olhos castanhos. Seu sorriso gentil fez Zhan relaxar um pouco.

- A rainha-mãe me pediu ajudasse você hoje. - o ômega de voz doce parecia ser alguém gentil.

- Obrigado, mas eu não quero atrapalhar. - disse de maneira tímida.

-Não vai atrapalhar, pra dizer a verdade até estou animado com sua presença aqui. Vamos?

Juntos eles deixam a enfermaria, os corredores por onde eles andavam eram claros e iluminados. Era tudo branco e azul claro, apesar de ter bastante neve do lado de fora dentro do Castelo era agradável.

- Você está se sentindo bem? - o Xingchen pergunta a Zhan, vendo ele distraído olhando para a janela.

-É que... é estranho não saber quem Eu sou, ou de onde eu venho. - ele diz voltando a andar ao lado de Xingchen.

- Eu imagino, mas talvez você recupere as memórias com o tempo. - o rapaz tentou não desanimar ainda mais o outro. Xingchen era alguém extrovertido e engraçado, com certeza seria uma boa companhia para Xiao Zhan.

- Eu espero.

Eles conversavam um pouco quando um grupo de guardas passa por eles, entre eles o Duque Taek que para cumprimentando os dois.

- Xingchen, você.

- Duque! - Xingchen reverência ele e Zhan o acompanha.

- Vejo que está melhor rapaz. - ele se dirige a Zhan. O ômega tinha a cabeça baixa e permanecia atrás de Xingchen que estranhou o comportamento do outro ômega.

- Ele ainda está tímido Vossa Excelência.

- Ainda com medo de mim, rapaz? - ele mantinha a postura ereta com as mãos nas costas, não se sentiu ofendido, mas estava curioso sobre o rapaz de olhos azuis intensos.

- De-desculpe. Eu na-não quis ofendê-lo. - ele diz de maneira baixa encarando os próprios pés. Algo que o Duque achou extremamente fofo.

- Oh não se preocupe, está tudo bem. Enfim, bom ver que você está melhor. Até logo rapazes.

Ele segue pelo corredor e Zhan continuava olhando para o chão até que Xingchen toca de leve seu ombro.

- Você está bem? Está tremendo. - ele se preocupa. -Porque ficou com medo do Duque? Ele te fez algo?

- Não, não é isso. Eh... eh...Eu Não sei explicar.

- Tudo bem, não se esforce tanto. Vamos, já estamos chegando.

Eles seguiram por mais alguns metros até chegarem na ala dos empregados. Assim como o resto do Castelo tudo era muito branco e limpo. O quarto era simples, mas era muito aconchegante. Havia uma cama de solteiro, um armário branco e uma janela com uma cortina azul clarinha, o lugar tinha um leve frescor como se tivesse sido limpo a pouco tempo.

- Como você não tinha roupas, a rainha-mãe pediu que eu providenciasse algumas para você, além das que usamos no castelo. Funcionários do Castelo usamos túnicas bege, os guardas usam tons terrosos como marrom e preto. Assim fica fácil identificar os servos do Castelo. - ele diz mostrando as roupas no armário e dois pares de botas que estavam próximos a cama.

- Eu fico muito grato por sua ajuda.

- Não se preocupe, eu imagino que não deva ser fácil pra você, mas fique tranquilo todos os servos são muito gentis. Descanse por hoje e amanhã irei te apresentar aos funcionários da cozinha. Mais tarde eu venho trazer a sua comida.

- Há algo mais que eu deva saber? Sabe, eu não quero fazer nada errado e prejudicar vocês.

- A família real tem os cabelos brancos, então reverencie-os sempre que passar por eles. Caso o rei estiver passando fique na lateral e nunca na frente dele, ele está sempre acompanhado pelos guardas pessoais Xue Yang e Song Lan. Embora ele pareça bravo o tempo todo ele é alguém muito educado. Mas, não gosta de ser incomodado, o quarto dele fica na ala leste do Castelo e apenas as família real tem autorização de ir até lá, para limpeza apenas MianMian e meu pai. Caso contrário apenas se alguém autorizar.

- Nossa, quanta coisa.

- Não se preocupe, você logo pega o jeito. Embora tudo pareça muito branco, por causa da neve não há muita poeira ou sujeira. Apenas as alas usadas pelos servos é que sujam um pouco porque usamos a lavanderia ou vamos lá fora.

- Eu quero ajudar, eu não sei o que eu posso fazer, mas posso aprender. Não quero ser um estorvo.

- Fico feliz em ouvir isso, você parece ser um cara legal.

- Você também.

- Na hora do almoço eu trarei a sua comida e ficarei um pouco com você, assim posso te falar um pouco mais sobre as coisas do Castelo e a nossa rotina. Ah, o banheiro dos funcionários fica no fim desse corredor, suas coisas para higiene pessoal estão nas gavetas.

-Você é muito gentil. Obrigado mesmo.

- Agora eu preciso voltar para a cozinha. Até mais tarde.

- Até.

Agora que estava sozinho ele se pegou a pensar na própria vida. Ele não tinha ideia de suas habilidades, se fosse alguém incapaz de realizar qualquer tarefa dada, talvez ele fosse expulso dali e não sabia para onde iria. Ele usava as roupas simples da enfermaria e foi até o armário pegando algumas roupas para trocar, o tecido era bom e quente. Com certeza aquele povo se importava se seus servos estariam confortáveis, sentiu seu rosto esquentar ao ver que até peças íntimas tinha ali. Ele pegou uma das calças de algodão usadas por baixo das túnicas, por um descuido bobo acabou espetando o dedo no pente que tinha ali e algumas gotas de sangue caíram na calça branca que estava na mão. A imagem do sangue manchando a calça fez o rapaz sentir um aperto no coração e uma tontura lhe atingiu. Ele rapidamente se escora na cama tentando estabilizar a sua respiração. Depois de alguns minutos e aquela sensação ruim passar ele vai até a pequena jarra de água que tinha ao lado da cama e derramando um pouco sobre a peça de roupa para limpar, só depois de ver que o sangue tinha saído por completo foi que ele conseguiu relaxar.

Ficar tanto tempo sem fazer nada e apenas deitado tentando pensar no que faria, estava deixando ele estressado, seu braço estava melhor e ele sentia apenas levemente dolorido, mas sabia que conseguiria trabalhar. Tentou de várias maneiras pensar em como poderia ter suas memórias de volta. Agora ele usava as roupas que lhe foram dadas e prendeu seu cabelo num coque frouxo.

Não tinha certeza das horas, mas imaginou que provavelmente estava próximo do almoço. Logo algumas batidas na porta chamaram a sua atenção, ele rapidamente foi até lá abri -la e Xingchen entra no quarto trazendo consigo uma bandeja com comida. Zhan logo se oferece para ajudá-lo.

- Você devia está descansando. - ele alertou.

- Eu estou bem, só um pouco entediado de ficar parado.

Eles colocam a bandeja no chão e se sentam ali.

- Você ainda tem alguns hematomas no rosto, provavelmente vai trabalhar na cozinha até poder circular pelo castelo. Você tem alguma habilidade? Sabe limpar ou cozinhar?

- Eu realmente não sei, mas vou me esforçar para não atrapalhar vocês. - Disse envergonhado.

-Você parece ser da minha idade, eu tenho 20 anos. Meu papa é o mordomo do Castelo.

- O quê exatamente você faz?

-De tudo um pouco, ajudo na cozinha, na lavanderia, na limpeza e até às vezes nos jardins. Faço o que me mandam. - ele serve o prato para o rapaz. - Você sabe a sua idade? - Zhan nega com cabeça.

- Talvez tenhamos idades próximas.

- O médico pediu que lhe entregasse esses comprimidos para caso você sentisse dores de cabeça. - ele entrega o pequeno frasco de vidro.

- Obrigado.

- Por nada, não deve pensar muito nisso. As pessoas dizem que suas memórias devem voltar com o tempo, você só precisa ter calma.

-Você é muito gentil. Todos tem sido muito gentis comigo.

- Obrigado, na verdade olhando bem de perto você não parece ter nascido neste Reino, veja como você é um pouco mais bronzeado que eu e também nunca vi ninguém com olhos tão azuis quanto os seus.

- Eu também não reconheço nada aqui, se eu fosse deste Reino deveria ter pelo menos a sensação de familiaridade.

- Você tem razão.

- Xingchen, me fale mais sobre as pessoas deste castelo.

- Hum, deixa eu pensar. - O rapaz colocava a mão no queixo pensativo. - Quem encontrou você foi a rainha-mãe Lan Sora, ela é mãe do Príncipe Real Lan Xichen e do Rei Lan Wangji, eles são gêmeos mas não são idênticos. O príncipe Xichen é alfa e é casado com o Rei Jiang Cheng, do Reino de Lótus. Lá ele também possui o título de rei. O rei Lan Wangji é solteiro há muito tempo e tem um filho de 12 anos, o príncipe Yuan. O Príncipe de Jade Lan Qiren, é tio ômega do rei, ele é o irmão mais novo do falecido rei e também é o conselheiro real, o braço direito do rei. Ele tem filhos gêmeos também, o Duque Taek e a Duquesa Chan. Bom, o Duque você já conheceu. É aquele alfa maravilhoso solteiro e disponível. - ele brinca.

- Seu rei não tem uma rainha?

- Viúvo. É uma longa história. Longa demais para ser contada de maneira apressada, para dizer a verdade isso é algo que nem eu sei direito, ninguém fala a respeito. Acho que é algum tabu ou segredo, então é melhor não falar disso na frente dos outros servos ou eles vão achar que você é um enxerido. Mas não se preocupe, vou deixar você a par de todos os babados envolvendo esse castelo.

- Eu adoraria. - ele quis rir da animação do rapaz.

- Outra coisa, se você não tiver nenhum pretendente devia deixar seus cabelos soltos.

- Porque?

- Apenas ômegas casados usam os cabelos presos nesse Reino. É uma tradição, acho que é pra ser mais fácil identificar aqueles que já tem algum compromisso dos solteiros.

-Eu não sabia, e também não sei se estou interessado em romances.

-Não vai saber até encontrar alguém. Veja. - Ele levanta um pouco o cabelo mostrando duas tranças escondida no cabelo solto.

- O quê isso significa?

-Significa que eu tenho alguém, mas não é oficial ainda.

- É alguém do Castelo?

- Sim, mas quando for oficial eu te conto quem é. - havia uma coisa divertida em está com Xingchen, ele falava como se fossem amigos de longa data, o que deixou o ômega mais tranquilo.

Eles riram, Xingchen tinha uma áurea leve e divertida. Era agradável está na sua companhia .

- Você é engraçado, Xingchen.

- Não tem muitos jovens da nossa idade trabalhando no castelo, e os poucos que tem são muito metidos, como o caso da MianMian. Ela tem 25 anos, mas se acha o melhor vinho da adega só porque é uma das poucas que pode entrar nos aposentos da família real.

- Porque isso é grande coisa? - ele pareceu confuso.

- E não é, mas ela acredita de alguma maneira que tem algum privilégio. Já ouvi dizer por aí que ela tenta a todo custo conquistar o rei. No entanto, não chamam ele de rei de gelo à toa. O homem é literalmente uma pedra de gelo. Nunca vi demonstrar desejo por ninguém. E olha que pretendentes não faltaram ao longo dos anos.

- Talvez ele busque algo específico.

-Talvez. Enfim, preciso voltar para o trabalho. Até mais tarde garoto.

- Obrigado pela refeição.

- Não tem de que. - logo Zhan estava sozinho de novo. Ele olhou seu reflexo no espelho com seus cabelos presos. Achou melhor continuar assim até que se sentisse confortável em deixá-lo soltos por enquanto.

O dia foi tranquilo, Xingchen vinha algumas vezes durante o dia sempre para saber se o novo amigo estava bem ou lhe fazer companhia por alguns minutos.

Quando estava perto do horário de dormir ele quis tomar um banho e Xingchen o ajudou a chegar até o banheiro dos servos, como um dos braços ainda estava enfaixado ele precisou de ajuda na hora de lavar seus cabelos. O ômega mais velho adorava falar e contava exatamente tudo à respeito do Castelo para o novato, explicando em detalhes os trabalhos que cada um fazia. Mesmo estando tímido em está exposto daquela maneira, Xingchen não teceu nenhum comentário sobre os hematomas no tronco do rapaz, a verdade era que ele se emocionou momentaneamente enquanto desembaraçava os longos cabelos imaginando o horror que o rapaz poderia ter vivido. Como ômega aquilo realmente lhe afetou, ele tinha gostado do ômega e sentiu a necessidade de protegê-lo como se ele fosse seu verdadeiro shidi, em alguns momentos ele parecia tão indefeso e confuso.

Depois de limpo, Xiao Zhan e Xingchen retornavam para o quarto dele quando alguns guardas passaram por eles, eram os guardas que ficariam no turno noturno dentro do Castelo, todos eles eram alfas e conhecidos de Xingchen e o cumprimentaram. No mesmo momento e de maneira inconsciente, o menor segurou na túnica do amigo com força mantendo-se sempre em suas costas. E mesmo sem olha-lo ele soube que o rapaz tremia.

Ele está com medo? - pensou Xingchen. Ele rapidamente se despede dos outros e segue com amigo preso em suas costas

- Você está bem?

- E-eu nã-não sei.

- Não se preocupe, nós já estamos indo para o seu quarto.

No entanto antes de chegarem ao quarto do rapaz o relógio que tinha naquele corredor começou a soar, no mesmo instante o corpo de Xiao Zhan começou a tremer e seus joelhos cederam ao chão e tentou tampar os ouvidos, porém com uma das mãos enfaixadas ele não conseguiu. Xingchen olhava assustado sem saber o que fazer. Ele se abaixou tentando entender o que aconteceu.

- Hey, calma. Está tudo bem.

- Faz parar, por favor!

- O quê? O que preciso parar? - Xingchen perguntou preocupado.

No entanto, o rapaz não conseguiu responder assim que o relógio parou ele desmaiou. Xingchen se desesperou, não havia ninguém ali e gritar com certeza estava fora de cogitação. Com um pouco de dificuldade ele levantou o amigo e o levou até seu quarto, o deitou em sua cama e pegou uma toalha molhada passando em sua testa. Aos poucos Xiao Zhan foi recobrando os sentidos. Ele tentou se levantar, porém Xingchen o impediu.

- Vai com calma, você me deu um baita susto.

- O que aconteceu?

- Eu não sei, você começou a tremer e de repente desmaiou. O que você sentiu?

- Medo. Eu não sei de onde veio, mas de repente eu senti muito medo e foi como se eu não conseguisse me mexer.

- Não se preocupe, eu vou está aqui com você. Agora descanse.

E naquela noite Xingchen colocou alguns cobertores no chão e dormiu no quarto do amigo. E viu que mesmo dormindo o rapaz chorava durante os pesadelos. E se pegou pensando o que de tão tenebroso aconteceu para que até em sonhos aquele rapaz sofresse tanto.

(Lan Qiren, ômega)

(Duque Taek, alfa)

( Duquesa de Jade Chan, ômega)

Agora é com vocês. Espero que tenham gostado do capítulo de hoje. SEi q é muita informação mas realmente espero que não tenha deixado nada confuso, caso podem perguntar.
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo. Não esqueçam de comentar e votar pra dar aquela ajudinha para a autora. Capítulo com 8k de palavras.

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