Continuação..
A música só sabe atrapalhar, e eu não consigo me concentrar em achar a S/N. Yoshi berra seu nome pra todo lado, e essas pessoas ficam se empurrando toda hora.
— Chishiya: vem vamos por aqui — chamei Yoshi e fui atrás do palco.
Havia vários fios conectados, caixas etc. Olhei em volta e não encontrei ninguém, e meu desespero só aumenta. Continuei procurando, por alguns lugares, e eu comecei a ouvir gritos masculinos bem alto. Pareciam estar disputando por algo. Não sei da onde vem esses gritos.
— Vai logo! — uma voz feminina disse bem animada — é só fazer!
— Chishiya: Yoshi! — chamei a atenção dele e ele me olhou — ouviu isso?
— Yoshi: o que? — me olhou confuso.
Continuei parado tentando ouvir novamente a conversa, e pude ouvir um berro muito alto. Yoshi se assustou e notei que o barulho vinha do mato. Tomei coragem e fui até lá e Yoshi veio atrás.
Antes que eu chegasse perto, os meninos começou a xingar e ouvi barulho de socos. Olhei por trás da árvore e vi meu primo Niragi batendo em um deles. A garota estava de costas assustada, e largou a câmera, e quando se virou eu arregalei os olhos.
— Chishiya: Kaori?! – falei alto.— Que porra é essa?
— Kaori: Chishiya..
— Yoshi: S/N! — ele gritou e eu vi a mesma caida no chão e ao seu lado estava Kuina, quase sem roupas.
— Chishiya: QUE MERDA É ESSA? — empurrei Kaori e fui até S/N.
Olhei pra ela, que estava acordada mas não entendia nada do que estava acontecendo. Kuina estava quase sem roupas, apenas de sutiã e o short. Yoshi levantou ela devagar, afastando e eu segurei o rosto de S/N.
— Chishiya: Você está me ouvindo? — perguntei e ela assentiu — puta merda..
Olhei pro lado e Niragi segurava Riki pela camiseta, e socava ele sem dó nenhuma. Me levantei e resolvi descontar todo meu ódio nesse filho da mãe. Cheguei chutando com força suas costas, e Niragi aproveitou e chutou seu rosto. Certeza que quebrou os dente e nariz junto.
Puxei o outro menino que estava ao lado, e comecei a bater nele, até sangrar. Ele tentava me bater de volta, e eu tentava manter a força e continuar batendo no garoto. Derrubei ele no chão, e chutei seu estômago com força e meti um murro em sua boca.
— Chishiya: seu filho da puta! — bati novamente em seu rosto.
— Niragi: você merece morrer! — ouvi meu primo dizer e parei de bater no garoto, quando vi ele sacar uma arma.
— Chishiya: Niragi! Não! — levantei rápido e tomei a arma da sua mão — se fizer isso nós dois vamos presos!
— Niragi: Você é idiota? Sua mina quase foi estuprada e aquela vagabunda estava filmando tudo!
— Yoshi: Ela correu! — ouvi ele dizer — e levou a câmera junto!
— Chishiya: Puta merda!
— Niragi: deixa que eu cuido disso — guardou a arma — pode deixar que eu acho essa vadia.
Ele correu e eu observei Riki, que cuspia sangue pra caralho e seu rosto estava todo desfigurado. Niragi realmente quebrou ele na porrada.
— Chishiya: eu não vou te matar — me aproximei de seu rosto — vou deixar para os cara da cadeia fazer isso.
— Riki: babaca — sorriu e seus dentes estavam todos arrancado quase.
— Chishiya: Seu lixo! — fechei a mão e dei em sua boca com força — sua noite acaba por aqui!
— Yoshi: Chishiya, liga pra polícia!
Peguei meu celular e disquei o número. Ficamos no meio da mata, e S/N continuava sem dizer nada. Esse filho da puta drogou ela eu tenho certeza disso. Fui perto dela, e segurei seu corpo com delicadeza, e senti a mesma me abraçar. Retribui o abraço e olhei Kuina que estava acordando aos poucos e Yoshi segurava sua mão.
(...)
Entramos na delegacia, todo mundo e os policiais seguravam Kaori, Riki e o garoto que estava com eles. S/N e Kuina foram levadas para outra sala. Antes de tudo isso, tivemos que chamar o resto do pessoal que estavam com nós. E claro, a polícia acabou com a festa inteira e algemou diversos universitários por causa de drogas.
— Tentativa de estupro, uso de álcool e droga — um policial disse e pegou a câmera — essa é a arma do crime.
— E quem estava filmando? – o delegado perguntou nos encarando.
— E-eu — ouvi Kaori dizer — mas eu fui obrigada..
— Riki: você não foi obrigada, sua filha da mãe! — disse irritado e o sangue jorrava de sua boca.
— Fique calado os dois! Nós vamos continuar investigando.
— Chishiya: investigando? Minha namorada foi quase estuprada e a amiga dela também! As provas estão bem na frente de vocês!
— Calma! Fica calmo! — ele disse — nós sabemos disso, mas precisamos disso porque não houve somente caso de estupro com elas. Nós vamos prender os três, não tem discussão pra isso.
— Niragi: acho bom mesmo! — se intrometeu — se não eu mato os dois aqui!
— Chishiya: cala a boca, Niragi!
— Ainda não terminamos por aqui! — se levantou — os dois ai! — apontou pra Chota e Karube e eles estavam dormindo em pé. — acordem eles!
Cutuquei os dois e eles abriram os olhos bem rápido, e arrumaram a postura.
— Karube: tô acordado, senhor. — tentou manter sério — fiz alguma coisa?
— Chota: puta merda, se tá com um bafo horrível, Karube!
— Usaram algum tipo de droga? — o policial perguntou e eles negaram na hora — vamos lá pra dentro da sala. Iremos fazer bafômetro e testes.
— Karube: porra, que cara chato — murmurou e quase derrubou o vaso de flor — opa.
— Chishiya: vai logo! — falei meio estressado.
(...)
Passamos a noite basicamente dentro da delegacia, e só estamos saindo agora. S/N está dentro do seu carro no banco de trás, e Yoshi na frente comigo. Chota conseguiu dirigir e foi embora junto com Karube e Kuina.
Entrei no quarto de S/N e coloquei ela na cama, e seus olhos abriram devagar. Me afastei um pouco dela, e ela ficou me olhando.
— S/N: não me diga que eu estava pelada — falou bem baixo e eu neguei — ainda bem.
— Chishiya: não lembra de nada?
— S/N: mais ou menos. — se levantou devagar — mas preciso de um banho.
— Chishiya: depois nós conversamos melhor — me aproximei dela e abracei — até mais tarde. Yoshi vai ficar com você aqui. E não precisa se preocupar mais com aquele idiota do Riki.
— S/N: Obrigada— se soltou e me olhou — obrigada mesmo.
— Chishiya: Não precisa agradecer — beijei sua testa e sai do quarto.
S/N Pov
Vesti meu pijama e olhei no relógio, e era 06h30. Por sorte não temos aula hoje e posso descansar. Me deitei na cama devagar e Yoshi entrou no quarto com uma xícara.
— Yoshi: bebe isso. — me entregou e se sentou do meu lado. Peguei e bebi um gole do chá — está tudo bem S/N?
— S/N: eu sei exatamente o que quase aconteceu — comentei e ele estava bem sério — mas não consegui me defender.
— Yoshi: Você não tem culpa de nada, saiba disso! E não estava sozinha. Sua amiga Kuina também quase foi..
— S/N: Como? Cadê ela? — falei já preocupada.
— Yoshi: relaxa, ela está segura agora. Você vai saber do resto só depois — falou e eu suspirei — está tudo bem mesmo? Não está sentindo medo ou algo do tipo?
— S/N: eu tô.. bem. — falei — vou tentar descansar.
– Yoshi: ok então. — pegou a xícara da minha mão — vou ficar no quarto com você. Pode dormir tranquila.
Beijei sua bochecha e me deitei na cama me cobrindo. Fechei os olhos e adormeci.
Riki Pov
— Carne nova no pedaço.. — um cara super estranho disse me olhando.
— Que foi? Ta aqui porque?
— Riki: porque sim — me sentei numa cama.
— Porque sim não é resposta. — um deles riu.
— Fiquei sabendo que foi estupro — um cara baixo disse e os 3 me olharam — você gosta disso?
— Riki: tem como me deixar em paz?
— E você deixou em paz, a pessoa que tentou estrupa-lá? — o grandão levantou rápido e pegou um cabo de madeira. — hoje você vai aprender muita coisa.
— Isso vai ser bom! — o baixo disse sorrindo maldoso – mostra pra ele, como é a tentativa de estupro.
— Eu não vou mostrar. Vocês que vão! — um deles veio até mim e me seguraram com força.
— Riki: Me soltem agora! — falei irritado.
— Cala a boca, palhaço! — o grandão me olhou — vai apanhar pra aprender a mão relar em mulher!
– Aqui ninguém foi preso por causa disso, só você — o cara atrás de mim disse — agora sinta o verdadeiro inferno na sua vida! Seu merda!
Senti uma pancada forte atingir minha cabeça.
Notas:
Morreu!