Sunset

By jkanncher

2.3K 169 107

Rica, mimada, egocêntrica e a clássica patricinha do colégio... Essa é Susan Elisa Rossi Carpenter, que aliás... More

Uma Pequena Apresentação
DISCLAIMER
EPÍGRAFE
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47 - Penúltimo
Capítulo 48 - Fim!
Epílogo

Capítulo 44

24 1 0
By jkanncher

INÍCIO DA REABILITAÇÃO DE SUSAN
NARRADO POR CRISTIAN

×××

Eu ouvia os gritos e o choro de Susan atrás da porta do seu quarto na casa de reabilitação. Queriam que eu fosse embora mas eu não conseguia... Eu não conseguia ouví-la desesperada sem poder fazer nada. Implorei para que me deixassem vê-la.

Ela estava sofrendo com a abstinência. Durante a internação do hospital ela estava bem, não pensava e nem tinha vontade de usar qualquer coisa. O que era completamente diferente agora.

— Susan? — a chamei entrando no quarto.

Ela andava de um lado para o outro. O quarto era especial para pessoas com o caso dela, não tinha qualquer coisa de vidro ou que fosse cortante. Temiam que ela tivesse um surto e bom... Não gosto de pensar sobre.

— Susan... — me aproximei. Ela estava com os braços cruzados e tremia.

— Cris... Cris, me ajuda. — ela veio até mim e segurou meus braços com força. — Cris... Eu preciso. Eu preciso sair daqui. Eu preciso.

— Eu estou te ajudando... Todos estão te ajudando. — ela balançou a cabeça negativamente.

Os olhos castanhos de Susan estavam arregalados como se estivesse assustada. Todo o seu corpo tremia e ela estava pálida. A boca que normalmente era chamativa pelos lábios carnudos e cheios de gloss agora chamavam atenção por estarem secos e rachados. O cabelo na altura do ombro que ela tanto gostava de cuidar estava bagunçado, sem todo o brilho e sem as pontas levemente enroladas que ela vivia usando. Usando um camisa branca e uma calça da mesma cor, não parecia a Susan que adorava estar na moda e usando alguma peça da cor roxa... Isso é algo que nunca mudou desde a infância. Ela sempre gostou do roxo. Nos pés estava com um tênis também branco... Sem os seus tão queridos saltos altos.

— Eu preciso... Cristian! EU PRECISO! — gritou me empurrando. Eu a segurei e a abracei com força. Ela começou a chorar no meu peito.

— Você não precisa, Susan. Você não precisa... — sussurrei no seu ouvido. — Eu tô aqui.

— Cris... — sussurrou soluçando. — Eu não quero morrer... — disse de repente. Afastei o seu rosto para olhá-lo com calma.

— Você não vai morrer! Eu vou cuidar de você. Vai ficar tudo bem. Lembra disso? — ela assentiu com a cabeça.

— Eu quero sair... Eu quero sair.

— Não, Susan. Você não pode... — segurei seu rosto. — Você precisa continuar aqui.

— Eu... — parou e fechou os olhos.

— Olhe pra mim... Me olhe. — abriu os olhos novamente. — Eu estou com você nisso... Você confia em mim? — ela concordou. — Então me escute. Isso vai passar... Era para o seu bem. Eu não vou te deixar assim como sua família também não. Estamos juntos com você, Sunset.

— Sunset... — sussurrou o apelido que lhe dei. — Sunset... — apoiou a cabeça no meu peito e voltei a abraçá-la.

Ela parecia estar mais calma. Continuei a mantendo em meus braços durante alguns minutos até que o choro dela parou... Ela respirou fundo e me fez uma promessa.

— Eu prometo que vou me recuperar... Eu prometo por você, por meus pais e por Salvatore. Não vou deixar que isso me faça voltar para a escuridão... Estou viva por vocês. Eu estou viva. Estou viva... — fechou os olhos. — Estou viva.

Ela me abraçou com força... Era difícil ver minha Susan daquele jeito. Foi desesperador encontrá-la desacordada no apartamento... Com garrafas, drogas e remédios espalhados por todo o lado. Sua respiração estava fraca... Eu achei que poderia a perder para sempre. E eu não sabia como poderia viver com isso... Sem ela, sem o Salvatore. Minha única força seria o meu filho.

Eu tive que me despedir dela algum tempo depois... Foi difícil pois eu não queira deixá-la e nem ela queria me deixar ir.

Depois de sair de lá fui para o meu lugar de paz. O pôr-do-sol. Me sentei na grama e admirei aquele momento... Como eu fazia com frequência durante a infância e depois dela também.

Nesse lugar eu chorei pela Susan... Por ela ter ido embora para outro país. Chorei por não ter mais minha melhor amiga e amor de infância. Aqui eu também sorri, me lembrando do que vivemos. Aqui também a trouxe para sentir o que eu sentia... O pôr-do-sol era como a Susan de 8 anos de idade. Ele era bonito, brilhava e era algo que devia ser admirado assim como ela. Foi um choque ver que isso tinha mudado... Mas no fundo nunca duvidei de que ainda estava ali... O meu pôr-do-sol preferido estava ali, escondido em algum lugar dentro dela. E eu nunca seria capaz de desistir de encontrá-lo.

Susan se tornou extremamente importante na minha vida. Estar com ela era ao mesmo tempo tranquilizante e preocupante. Pois eu temia o que aquela nova Susan poderia fazer com a antiga, o que na verdade, já tinha feito.

Eu sabia que o divórcio dos pais mexeu com ela. Que a mudança foi um processo duro... Estar longe de mim que era o seu melhor amigo era difícil, como foi pra mim. A companhia de certas pessoas a influenciou de forma negativa... Ela só queria ser vista, admirada e cercada por amigos. Mas isso acabou indo para outro lado... A ignorância e luxúria tinha tomado conta dela, quase que completamente.

Eu mantinha contato com o senhor Amauri e a esposa Poliana, ela me ajudava com as doações para várias instituições. Mas depois de algum tempo eu parei de perguntar pela Susan e ele parou de me contar sobre ela... Eu não tinha esperanças de vê-la. Quando ela vinha passar as férias com ele, que eu sabia que era durante o meio do ano, nunca conseguia encontrá-la, vê-la de longe pelo menos. Ou por ela ter saído, ou por estar viajando com o pai, ou por eu estar ocupado demais para conseguir ir atrás dela. Não dava certo. Parecia que não era para acontecer...

Ainda me lembro de quando o senhor Amauri me passou o número de Susan e as redes sociais dela. Ela não se parecia com a imagem que vi anos depois, por isso nem a reconheci de imediato, ainda era bem jovem. Eu nunca tive coragem de mandar uma mensagem ou a seguir... Por saber que ela não se lembrava mais de mim e por já ver que estava diferente. Então exclui o número nunca mais procurei por seu nome em qualquer rede social.

Senti meu mundo girar quando a vi nos corredores da faculdade... E mais ainda quando me falou o seu nome.

Como que pode? A garota que ajudei em uma boate que trabalhava estava na minha frente, na mesma faculdade e curso. E tinha sido o meu primeiro amor e melhor amiga.

Eu sinto vontade de passar todo o tempo do mundo cuidando de Susan. A protegendo de todo o mal. Ela é o meu Sunset. Meu ponto de paz, minha família e meu amor.

Continue Reading

You'll Also Like

54.3M 1.3M 70
after a prank gone terribly wrong, hayden jones is sent across country to caldwell academy, a school for the bitchy, the dangerous and the rebellious...
7.3M 306K 38
~ AVAILABLE ON AMAZON: https://www.amazon.com/dp/164434193X ~ She hated riding the subway. It was cramped, smelled, and the seats were extremely unc...
10.2M 509K 199
In the future, everyone who's bitten by a zombie turns into one... until Diane doesn't. Seven days later, she's facing consequences she never imagine...
11.9M 522K 74
◤ SEMIDEUS SAGA #02 ◢ Elysian Oracle - the oracle of Elysium, the highest oracle of the realms. The Alphas know it isn't over. The Gods are cons...