Os corpos continuavam naquele contato quente e molhado, enquanto Andrea tentava de modo falho se recuperar do orgasmo avassalador. Miranda ajudou Andrea a guardar as próprias coisas quando finalmente se soltaram. Miranda não queria se manter longe de Andy. O calor do corpo de Sachs era reconfortante, trazia uma calma estranha para sua própria alma.
Andy puxou o ar dos pulmões e voltou para o mesmo lugar, ficando na mesa. Suas pernas pareciam sem vida de tão bambas que estavam. Deus, então aquela era a capacidade de Miranda com ela? Se fosse, Andrea não sabia se era bom ou se aquilo era muito ruim. Miranda a olhou com uma sobrancelha arqueada, tentando não engolir um riso. Por mais que a visão fosse quente para um caralho, chegava a ser engraçado perceber que Andrea era simplesmente frágil aos toques de Miranda. E ela não tinha feito muita coisa!
- Qual o problema? - Miranda perguntou enquanto parava ao lado da porta como fez de começo. - Esperava menos que isso? Finalmente derrubei o leão?
Andrea sorriu, corando e negando com a cabeça. Ah, ela estava mais para um gatinho indefeso! Miranda era como um alfa diante dela, e Andy gostava muito disso.
- Bom, eu não consigo me movimentar muito. - Sachs sussurrou, não conseguia encarar os olhos azuis por tanto tempo. - Era isso o que você queria?
Miranda sorriu, andando até a morena com calma. Era mais do que isso que ela queria! Se pudesse, e sabia que podia, ela mostraria para Andrea o que mais ela era capaz de fazer. Instruiu a morena a se segurar nela, pegando a mesma nos braços, como uma noiva. Andrea não pensou duas vezes! Se Miranda queria estar próxima dela, por que ela a afastaria?
- Quem diria que a famosa Andreah Sachs fosse tão fraca assim! - Miranda segurou-a firme entre os braços para não derrubá-la. Andy não era tão pesada, foi até fácil de carregá-la, mas um acidente não era o que ela esperava agora. - Sabe, eu esperava mais de você?
- Eu não tenho culpa. - Murmurou a jovem escondendo o rosto, mesmo que sem perceber, no pescoço de Miranda. - Não espere nada de mim! Eu não sou uma pessoa que você deva fazer isso. Sou uma caixinha de surpresas, Miranda.
O perfume maravilhoso entrando em suas narinas trouxe paz. Miranda era cheirosa como o inferno! Já não bastava ser bonita, inteligente, ainda tinha que ser cheirosa? Aquele perfume com certeza pagaria uns bons aluguéis. Andy não deixou passar a imagem do pescoço vermelho pelas mordidas, arranhões e chupões. Santo Deus! Andrea não era daquele jeito! Se tinha uma coisa que ela não gostava era de deixar marcas no pescoço de alguém. Aquilo era febre entre os jovens, mas com ela não funcionava. Andrea já podia sentir seu corpo começar a esquentar novamente. Estava pronta para ser de Miranda mais uma vez e, ao vê-la subindo as escadas, talvez o que esperava fosse acontecer.
Deus, eu vou sair daqui aleijada! Andy pensou. De certa forma, sair sem andar dali não parecia tão ruim. Desde que Miranda cuidasse dela, tudo bem.
- Não é de ter boas experiências na cama, Andreah? - Miranda alfinetou para provocá-la. Chegou ao terceiro andar de sua casa e Andy o achou muito mais bonito. Na verdade, toda a casa de Miranda era bonita. Os quartos ficavam no último andar. Os outros eram compostos por salas de diversão, escritório, sala de jantar, cozinha e demais. Andrea suspirou pesadamente. Era a casa dos sonhos, mas não completamente. Andy suspirou ao pé de seu ouvido. - O que foi? Tem algo que queira me contar?
- Apenas... - Aproximou os lábios até a orelha de Miranda, mordendo o lóbulo sem acessório algum. Até a orelha dela era bonita! Andy sussurrou baixinho: - Digamos que eu não tenha muita experiência com isso, sabe? Bom, você está certa! Nunca fui muito de cama e cama. Apenas meus dedos resolvem meus problemas mais sérios, compreende?
- Garota... - Ralhou Miranda entre dentes. Aquela garota tola era capaz de destruir suas estruturas em um segundo! - Então talvez seja o meu momento de te ajudar?
- Sim, eu acho. - Andrea riu baixinho. - Para onde está me levando? Você tem um braço forte, nunca achei que fosse capaz de ver isso um dia.
Miranda não pode conter o riso. Era a conversa pós-sexo mais estranha e confortável que tinha presenciado há tempos! Pelo jeito, Andrea não seria capaz de mudar alguns conceitos na vida de Miranda. Aquela garota jovem de sorriso fácil ainda tiraria muito de suas virgindades. Não sexualmente falando. Quer dizer, talvez sim! Mas era sobre, especialmente, muitas primeiras vezes que elas teriam.
Ao abrir a porta, Miranda caminhou com Andy e a jogou, com calma, sobre a cama. O vestido subiu ainda mais, dando a Miranda uma visão mais especial daquelas pernas salientes e brancas. Miranda subiu na cama, colocando-se entre Andy. Sua perna direita entre as de Andrea, seu corpo pesando pouco sobre o da garota. Ela precisava de contato físico. O contato de Andrea.
Seus braços seguraram os de Andrea acima da própria cabeça. Os rostos próximos, os lábios roçando. Miranda estava entorpecendo a garota com seu calor! Se continuasse assim, apenas perto, ainda seria capaz de levá-la ao céu.
- Acho que você se esqueceu de com quem anda mexendo, Andreah. - Por que diabos meu nome soa tão bem nos lábios dela? Andy indagou a si mesma. Não tinha conhecido ninguém que pronunciasse seu nome tão bem quanto Miranda. - Já que você mesma diz que não conheceu alguém tão bom assim, talvez eu tenha a chance de mostrar. Você quer que eu mostre?
O quadril da mais velha se movimentou lentamente, empurrando a perna que tocava timidamente o centro de Andy. A camisola azulada subiu, exibindo o traseiro que Andrea com certeza poderia beijar pelo resto de sua vida! A única coisa que impedia as duas de um contato maior eram as roupas. Não demoraria tanto para tirá-las, afinal.
- Por favor, me mostre. - Andrea se contorceu. - Faça o que quiser, só não me deixe assim...
Andrea gemeu com o atrito quando Miranda se movimentou mais contra ela. Se Miranda soubesse do poder que tinha sobre ela jamais a provocaria tanto! Mas ela não podia exigir até porque, na altura daquele campeonato, a relação entre elas só ia para a frente por causa disso. Entretanto, as provocações eram ótimas! Isso aumentava o desejo entre elas.
- Ah, é? - Perguntou Miranda, entrando no jogo de Andy . Ela adorava brincar com Andrea, vê-la se contorcer e pedir por mais. - Não se preocupe, eu cuidarei de você.
Miranda sorriu e beijou o pescoço da morena atiçando-a com cuidado. Parecia que Andrea estava entrando em combustão. Os pelos de seus poros doíam, assim como todo o resto de seus ossos.
- Miranda... - Pediu Andrea mais uma vez. - Inferno, eu não vou aguentar tanto tempo.
- Você precisa aguentar porque quero provar cada cantinho de você. - Os lábios de Priestly desceram pelo colo, passou pela orelha, pelo maxilar de Andy. - Eu tenho todo o tempo do mundo, Andreah.
- Eu esperei tanto tempo por isso, tenha piedade...
- Fique calada, garota.
Miranda avançou contra os lábios de Andy, tomando-a num beijo avassalador! Andrea gemeu contra seus lábios, sentindo que com certeza, as coxas de Miranda já não estavam mais secas como antes. Andrea sentia estar tão molhada, que o lençol da cama não sujaria nem tão tarde! Miranda apoiou o braço no lado esquerdo da cabeça de Andrea, apenas para caminhar a mão direita pela lateral do corpo macio. O beijo de Andrea era uma delícia! Miranda sentia ser mulher de sorte. Afinal, não há nada melhor do que estar aos amassou com quem beija bem.
Com mãos habilidosas e marcantes, Miranda acariciou o seio por cima da blusa. O gemido que recebeu em troca foi tão bom que Miranda apertou mais uma vez apenas para ter o prazer de ouvi-la novamente. Tanto ela quanto Andy estavam no ápice! Em um fio de cair nas ondas de um delicioso orgasmo.
Mas ela queria que Andrea se sentisse nos céus! Nada mais justo que fazê-la sentir o suficiente para lembra-se daquele momento tempo mais tarde. Pela falta de ar Miranda se afastou. Se ela não tivesse que respirar, poderia passar o tempo que fosse provando dos lábios de Andrea.
Observou atentamente o monumento em sua king size. Os cabelos negros jogados no colchão da cama enorme, pescoço e rosto avermelhados. Os lábios inchados e entreabertos. O peito de Andy que subia e descia como louco. A parte da saia do vestido apertada na cintura curvilínea, a lingerie brilhando pela mancha clara de excitação.
Não tinha como negar! Andrea era perfeita!
Sem esperar mais, Miranda afastou-se apenas para ajudá-la a tirar os vestidos e sapatos. Andrea permaneceu deitada em cima da cama, com o desejo brilhando em seus olhos, enquanto Miranda abandonava seu último par de sapatos numa lentidão absurda.
Miranda caminhou lentamente até a cama. Seus olhos dançaram por Andrea, por toda a sua carne exposta. Céus, que mulher era aquela? Os seios não eram tão grandes quanto pareciam. Talvez Andrea apenas usasse sutiã ou algum bojo por baixo das roupas. Eram lindos, sutis, com bicos enfurecidos e necessitados. A boca de Miranda inundou-se de água. Poderia passar o dia inteiro apenas com eles em sua boca.
A barriga lisa era o charme. Tão bem feita, tão bem esculturada. Era o contraste perfeito com o Sul do corpo de Andy. O branco nunca deu tão certo com vermelho.
- Você é tão gostosa, Andreah. - Miranda sussurrou voltando lentamente para cima de Andy, mas sem realmente tocar seu corpo com o dela. - Você é deliciosa!
A mão direita de Miranda caminhou pelo pescoço, marcando com as unhas cada pedacinho. Andrea fechou os olhos. Nunca, nem mesmo em seus sonhos, a sensação era tão deliciosa. Já havia criado tantos cenários, já havia pensado em Miranda devorando-a de tantas formas! Pensava que ela fosse menos paciente. Daquelas que te devoram em segundos, com pressa. Miranda tinha paciência, Miranda queria prolongar aquilo ao máximo! Andrea não havia como negar, era maravilhoso.
Descendo a mão pelo vão dos seios de Andy, ela caminhou a mão timidamente para o lado, tocando o seio. Andrea curvou-se, desesperada. Miranda não pensou duas vezes em segurar o mamilo entre os dedos, provocando-os até que ficassem sensíveis. Ela adorou como Andrea apertou os lençóis, e principalmente quando viu levemente suas costelas. Miranda sentiu-se excitada cada vez mais, quase cedendo ao desejo de pular as preliminares. Ela tinha planos, muitos deles. Principalmente de deixar suas mordidas, chupões, beijos e lambidas por todo o corpo de Andrea.
Miranda finalmente enconstou-se no corpo de Andrea. Ela queria gemer junto com a garota, mas ouvi-la era muito melhor! Desceu as unhas pela pele, até passar as pontas dos dedos pela barriga e caminhar para a calcinha de Andrea que já estava arruinada!
- Você me quer aqui, não quer? - Miranda se inclinou apenas para sussurrar contra o ouvido de Andrea. O quadril de Sachs subiu contra a cama, procurando mais atrito em Miranda. - Estou louca para entrar dentro de você.
Tocou Andrea por cima da pequena peça, acariciando-a com cuidado. Andy encarou os olhos azuis, pedindo para Miranda entrar nela de uma vez. Sachs mordeu os lábios, aceitando Miranda sem se segurar quando ela a tomou num novo beijo. Se inclinou no corpo de Andrea, atacando e devorando cada canto da boca que podia. Seus dedos ainda a acariciavam e, quando os gemidos aumentaram, Miranda parou aos pouquinhos.
- Você não vai gozar assim. - Miranda sussurrou ofegante contra os lábios de Andrea.
Desceu o rosto pelo corpo de Andy, beijando cada cantinho que podia e não tardou ao colocar a boca nos seios sensíveis. As mãos de Andrea voaram para os fios nevados, a boca deixava voar os gemidos altos e com pouca vergonha. Nunca tinha se sentido daquela maneira como agora. O jeito que Miranda prendia seu mamilo entre os dentes e depois o lambia para acalmar era quase como uma bomba de explosões deliciosas!
- Miranda, por favor... - Andy gemeu. - Miranda, por favor, por favor!
Sentindo piedade, até porque também não aguentava mais, Miranda puxou a calcinha com força até rasgá-la fora. Queria muito encarar os olhos de Andrea quando a tocasse, mas já havia atingido seu limite de controle. Miranda levou os dedos até a entrada de Andrea, gemendo em seus seios quando sentiu o quão molhada ela estava. Tudo isso por causa dela mesma! Miranda caminhou os dedos para o clitóris inchado e moveu o dedo sobre ele, descendo até a entrada e voltando novamente. A capacidade de Andy ficar mais úmida era absurdamente inacreditável!
Miranda se sentiu feliz por saber que era uma nova e boa experiência para Andrea. Queria mostrá-la como é ser devorada numa cama, ser agraciada por seus dedos e lábios, fazê-la uma se sentir como uma mulher irresistível! As mãos de Sachs procuraram refúgio nos cabelos de Miranda, em uma tentativa falha de descarregar a onda de prazer que tinha em seu corpo. Gozaria tão facil se focasse tanto nisso, por isso respirou fundo para controlar as pulsações e retardar o abismo.
Ela estava perto, muito perto! E Miranda só estava chupando seus seios e tocando-lhe a intimidade! Só isso!
- Miranda, eu não vou aguentar mais. - Andrea ofegou, rebolando tão forte contra os dedos de Miranda que suas costas começaram a doer. - Eu não vou aguentar mais!
A mais velha sorriu contra o seio de Andy e finalmente tratou de penetrá-la. Avançou contra os lábios de Andy, quase sufocando-a, mas queria senti-la de todas as formas. Andrea começou a gemer loucamente, apertando os dedos de Miranda, e não tardou ao derramar-se em meio à pequenos gritos e tremores.
Esperou Andrea recuperar os sentidos e se levantou uma outra vez. O tronco vermelho de Andy era a nova melhor visão de sua vida.
Miranda retirou a camisola, abandonando-a no chão em seguida. Em frente a cama, retirou suas roupas revelando aquele corpo maravilhoso para Andrea, e ela agradecia aos deuses pega capacidade de enxergar. Os seios médios, agora ambos à mostra, eram mais belos que podia imaginar. Eles não eram tão seguros, até porque Miranda amamentou duas meninas famintas! Mas aquilo era só um detalhe. Um lindo e perfeito detalhe. Andrea não ligava para isso! Quanto mais evidente a idéia de que Miranda era uma mulher madura, melhor ainda. Ela adorava tudo o que a mais velha tinha.
Finalmente nua, Miranda voltou a caminhar para Andrea com os quadris largos balançando levemente. A vontade, o desejo, a necessidade de sentir o sabor de Miranda cada vez mais presente era tudo o que se passava na mente de Andy. Poderia levantar, jogar Miranda na cama e chupá-la até que a língua doesse. Mas não. A pressa era a inimiga da perfeição.
Em silêncio, Miranda levantou a perna de Andy e se posicionou até estar encaixada nela. A respiração de Andy ficou presa na garganta, ao mesmo tempo em que sentia o calor e a umidade de Miranda diante sua pele. A intimidade de Miranda ela tão bela quanto o resto de seu corpo, com pelos tão pequenos e claros que Andy quase não os viu. Puta que pariu!
Os olhos conectados não se descruzavam jamais. Miranda colocou a mão sobre a barriga de Andrea e movimentou-se uma primeira vez. Seus olhos fecharam, ela focou na sensação tão deliciosa e deixou que um gemido pequeno escapasse por seus lábios tímidos. Andy ajudou-a com os movimentos, segurando sua cintura e incitando Miranda a dançar contra ela.
- Deus, Andreah... - Gemeu Miranda entre dentes, empurrando seu quadril em círculos e de trás para frente.
O barulho do atrito cada vez mais presente estava entorpecendo as duas mulheres. Andy agarrou o pulso de Miranda e trouxe a mulher para si, aumentando o contato de seus corpos e o prazer tão gostoso que começava a aparecer.
- Miranda, você é tão gostosa ... - Gemeu Andrea baixinho no ouvido de Miranda apenas para atiçá-la. - Você é tão quente. Você fode tão bem.
Miranda abriu os olhos e tomou Andy em outro beijo. As mãos de Sachs por seu corpo, apertando nos cantos específicos, os suspiros, as sensações... O que tinha nesse mundo que fosse melhor que isso? Miranda estava cada vez mais perto, atingindo seu limite. Precisava gozar, mas não queria fazer isso sozinha. Queria tocar o céu e o inferno apenas com ela!
Andrea era quente! Ter aquele pedaço de pecado roçando contra si era demais! As sensações, os sons...
O gemido alto cortou a garganta de Miranda e ela se rendeu aos movimentos perdidos e loucos. A cama batendo contra a parede. Elas estavam uma fera! Os lábios se soltaram, mas os corpos se conectavam cada vez mais. Andrea nada proferia, estava incapacitada de dizer qualquer coisa! Sua mente havia se desligado, e o foco principal era somente Miranda. Apenas ela e seu seu corpo inclinado sobre a cama. Continuaram no alto do perigoso céu, até a sensibilidade de Andrea atingir seu nível mais alto e a de Miranda também.
Após alguns minutos, Miranda levantou seu corpo pressionando a boceta de Andrea, fazendo a menor gemer alto. Ainda não tinha se recuperado. Miranda sorriu, beijando os lábios carnudos, como um pedido de desculpas silencioso.
- Meu Deus, Miranda. - Apontou Andrea enquanto sorria quase drogada. Miranda levantou mordendo os lábios, abandonando Andrea na cama apenas para vestir um roupão de cor preta que estava pendurado no quarto. - Por Deus, estou morta! Nunca mais desconfio de você.
- Eu te disse, garota tola! - Gargalhou Miranda oferecendo o outro roupão para Andrea, esse já de cor creme. - Vamos, levante-se. Precisamos comer algo antes de você ir para casa.
Andrea concordou, tomando coragem para se levantar. Uma pontada de frustração batendo na porta de seu coração não pode ser ignorada. Óbvio! Claro que Miranda não ficaria deitada com ela depois de se atracarem na cama! Miranda não era aquele tipo de pessoa. Tiveram uma noite incrível? Sim. Foi especial para a Andy? Muito mais! Mas a realidade era completamente diferente.
Miranda saiu primeiro deixando a mais nova para trás. Andy aproveitou para olhar o quarto, cheirar o travesseiro de Miranda e sorrir contra ele. Como ela era uma idiota! O cheiro da mais velha estava na roupa e ela quase, quase, pensou em pedir a Miranda para que ficasse com ele.
Sandwiches com suco e algumas frutas era o cardápio da noite. Aproveitou e também pegou bolo, achou que a morena pudesse gostar de chocolates àquela hora da noite. Andrea apareceu tempos depois, já vestida com o roupão. Estava linda com os cabelos rebeldes e a franja fora do lugar.
Mas ela não estava totalmente bem. Andrea odiava o fato de ficar tão carente depois de um orgasmo, e queria que Miranda ficasse com ela. Podia pedir, talvez? Meia-hora naquela cama, abraçadas, não mudaria nada. Não mudaria, não é? Queria ir embora mas ao mesmo tempo não. E se aquilo não acontecesse novamente? Notou que, mais uma vez, aquilo para si não era apenas carnal. Talvez não fosse, de qualquer maneira. Do que iria importar? Odiava pensar essas coisas, mas não podia enganar a mais ninguém! Mesmo assim, não era importante, então simplesmente continuou o caminho.
Dentro da cozinha Miranda a esperava com um pequeno sorriso.
Andrea sorriu de volta e se sentou numa cadeira perto do balcão. Não tinha mais fome, queria apenas sua cama e um pote de lenços. Ou uma caixa de chocolate para devorar a noite inteira. Foi educada e aceitou em silêncio quando permeceu que era um bolo. Era a comida favorita de Andy desde que se entendia por gente.
Elas não conversavam ou trocavam olhares. Totalmente o contrário de quando estavam no andar de cima, com diálogos que ambas não tiveram nem durante o sexo com outras pessoas.
- Está tudo bem? - Perguntou Miranda observando Andrea devorar o bolo de chocolate. Ao menos nisso teve certeza que Andrea gostava e ficou feliz por ter acertado. - Você está estranha.
- Sim, está tudo bem. - Respondeu ao engolir um pequeno pedaço. - E não, não estou estranha.
- Você está. - Miranda tentou insistir. - Eu fiz alguma coisa que não gostou?
- Apenas preciso ir. - Andy limpou a boca com um pano sobre o balcão e suspirou. - Espero que esteja bem.
Mal terminou o bolo e foi se levantando. Se recordou de onde Miranda guardou suas coisas, pegou os objetos e subiu as escadas. Trocou a roupa e prendeu os cabelos, vendo Miranda encará-la no pé da porta.
- Andreah?
Miranda chamou-a, seguindo a garota que passou por ela como se não a conhecesse. Andrea respirou fundo. Por que estava agindo daquela maneira? Não tinha respostas, apenas queria ir embora.
- Preciso ir, Miranda, até amanhã. - Por que diabos as escadas eram mais longas do que pareciam? - Fique bem.
- Andreah. - Chamou Miranda mais uma vez, acompanhando-a em seu encalço.
- Eu preciso ir, Miranda! - Andrea exclamou na ponta da escada. Virou-se de costas, tentando enganar os pensamentos por um momento para se jogar diante daqueles braços. Mas não. Ela não podia fazer isso. - Nos falamos na Runway.
Os olhos cheios de dúvidas que Miranda tinha era, no máximo, capaz de matá-la. Porém, ao contrário do que queria fazer, Miranda nada disse e permaneceu em silêncio. Iria respeitar a decisão de Andy por mais que não entendesse absolutamente nada. Apenas ficou parada em sua porta observando a jovem partir, deixando consigo perguntas que não teriam resposta. Suspirou. O que tinha feito? Talvez ela só tenha se arrependido. Mas aqui? Diante de mim?
Voltou para a cozinha e limpou as sujeiras que Andrea deixou. Tomou um banho antes de dormir, até porque, se fosse de ficar encarando aquela porta na tentativa de encontrar soluções para suas dúvidas, passaria a vida inteira acordada. Já sobre a cama, Miranda tentava dormir, mas a imagem de Andrea ali minutos antes não deixaram sua mente. Além de seu cheiro tão forte, ela conseguia ouvir os gemidos por dentre as paredes.
Já a morena ao chegar em casa caiu aos prantos. Arrancou as roupas como se ela a sufocasse, e não pensou duas vezes em tomar um banho. Não queria se sentir daquela maneira mas era tarde demais! Havia sido só uma noite. Era só uma noite, não? Uma noite de sexo, e no outro dia ela iria agir como se nada tivesse acontecido.
Primeira noite com Miranda e já se encontrava em conflito de sentimentos? Afinal: aquilo era só sexo ou havia se tornado uma paixão?