Scary Love. 🔞

By Corin_Ferreira

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...No entanto, como o fruto proibido da autoconsciência permanecia em seu paladar o gosto dela... More

Prólogo.
Capítulo Um.
Capítulo Dois
Capítulo Três.
Capítulo Quatro.
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete.
Capítulo Oito.
Capítulo Nove.
Capítulo Dez.
Capítulo Onze.
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capitulo Vinte e Um

Capítulo Quatorze

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By Corin_Ferreira


Capítulo 14

•Onde a aflição pode alcançar diariamente a medida de um furacão• 

Alexey

  Então eu peguei a arma e atirei no peito de Mc coy, eu estava em pé na sala e ele caiu, o buraco da bala se alargou em seu peito, o sangue vermelho, quente e vivo jorrava continuamente da ferida aberta. Gritos e choros quebravam a calma do lugar. Ando até as pequenas gêmeas ruivas e me abaixo ficando na altura delas, as crianças estavam nitidamente apavoradas, tiro o lenso do meu bolso do paletó e uso para limpar o nariz de uma delas.
— O pai de vocês não era um homem de palavra. - pego ambas no colo, elas ainda tremem de medo. — Vamos com o tio Alex embora desse casebre.
  No carro as gêmeas acabam pegando no sono, mando uma mensagem para Lori e desligo o telefone. 
— Sr.? 
— O que? - Lucca demora a responder, prolongando o silêncio.
— James... Sr. seu irmão, está em Londres. - as simples palavras fazem a minha mente dor, aquele moleque irresponsável. 
— Ele quer matar... eu deixo... ele quer ter uma vida isolada eu deixo... ele quer fugir das responsabilidades da família eu deixo, mas só faz merda porra! Vai logo para o aeroporto.

Suíça
Casa Dumarch

  Assim que meu carro passa os portões, vejo minha irmã parada na entrada com um casaco vermelho sangue na espera junto com uma mulher loira. Ao descer do carro reconheço a jovem de bochechas queimadas do frio, Amélia eu acho, não  me recordo muito bem, pego uma das gêmeas e peço que Lori pegue a outra, ambas dormindo profundamente. 
— Acha que fez o certo Alexey? - ela diz cobrindo a criança com um cobertor felpudo branco. 
— Elas são minhas afilhadas, ele matou a mãe delas. Eu não lembro de ter sido o vilão. Bom dia Amélia. - falo enquanto passo pela jovem tremendo de frio, ao entra na minha casa sinto que passei muito tempo fora.
— Quem mandou trocar o carpete? - Lori e a anãzinha loira estão logo atrás de mim, enquanto os empregados levam as malas para o meu quarto.
-Vamos levar as meninas para o quarto, depois você dá seu chilique. 

  Eu decidi subir para o meu quarto para tirar esse cheiro de morte do meu corpo, acho que não vou conseguir olhar para o Aaron agora, nem falar com mais ninguém. Estou absolutamente puto com aquele garoto imbecil.
— Sr. Dumarch? - alguém bate na porta e dou liberdade para entrar. — A Sra. Dumarch pede a presença do Sr. na sala de jantar principal. 

Audry

  Todos os dias tem sido esmagadoramente frios, monótonos e desgastantes. Terrivelmente longos. Aaron passou a me deixar em paz depois do terceiro dia e Lori parece se esforçar para ser minha amiga. Os empregados são atenciosamente legais comigo e a única notícia de James que eu consegui ouvindo atrás das portas foi que, talvez ele voltasse ainda esse mês. Eu vivo no escuro, já perguntei diversas vezes aos empregados da casa sobre o que estava acontecendo, se eles sabiam de alguma coisa opinaram por não me contar.

  Estamos todos na mesa de jantar aguardando o irmão Dumarch mais velho, Alexey, Lori falou bem dele, disse que no geral sempre tenta fazer o certo para manter a família junta, o que é que isso significa eu não sei. Hoje mais cedo ele chegou trazendo duas menininhas lindas, não sabia que ele tinha duas filhas, ele me cumprimentou com o nome errado mas foi um bom dia mesmo assim. Lori fez um comentário sobre isso " ...não dê importância, raramente ele acerta o nome das pessoas de primeira..." .
— Olá família. - a voz anunciava a sua entrada. Ele se senta junto conosco e só depois que ele mesmo se serve de vinho a comida é servida. Como se eu estivesse na presença de um rei. 
— Alex, temos problemas com a família Vorlok. - Aaron diz antes mesmo que o irmão desse sinal que estivesse afim de conversar. 
— Não falo sobre isso na mesa, ainda mais na companhia de uma convidada. Srta. Amélia, perdão pelo descuido do meu irmão. 
— Audry... meu nome é Audry. - falo praticamente por cima da fala dele, fazendo a atenção dele se voltar completamente para mim. 
— Ignorância a minha, perdão Audry. Está gostando do meu país?
— Não sabia que ele era seu. - meu triste e infeliz comentário pareceu ser engraçado para Aaron, Lori pareceu querer rir também,  mas se conteve — Desculpe, eu não quis ofender, eu ainda não sai dos limites de sua propriedade. E todos tem sido muitos gentis  comigo. - ele me olha como se me avaliasse e eu não gostei disso. É como se eu estivesse exposta para todos verem e julgar,  o olhar do Dumarch mais velho é muito mais enigmático do que assustador. 
— Ela costuma ter a língua afiada irmãozinho, e uma péssima direita. 
— Ela mal te conhece e já lhe bateu. Acho que é oficialmente da família. - sigo comendo a sopa verde de gosto meio adocicado e picante enquanto eles trocam algumas palavras, pequenos comentários, eu fico calada quase o tempo inteiro.
— Esse mistério me entedia.... dá trabalho... ninguém me disse a sua história Audry, eu esperava que você me contasse.  - Alexey me olhava com um sorriso predador, ele serve mais uma taça de vinho e bebe sem tirara os olhos de mim.
—  Alguma coisa me diz que você sabe tudo sobre mim, senão por que você permitiria uma estranha em sua casa?. - foi a primeira vez que ele deu risada, mas foi uma risada amarga.
— Eu costumo gostar de ouvir as pessoas. Todos saem, deixe-me sozinho com Audry. - todos saíram, Aaron foi o último a sair dando uma piscadela para mim, respiro fundo uma, duas, três vezes ele se levanta enquanto eu permaneço sentada.
— Eu lhe ofendi ? - ele se vira para me encarar e sorri da mesma forma que James quando está preso em seus pensamentos, longe de tudo.
— De maneira alguma... Lori me disse que você tem lido para passar o tempo. O que tem lido da minha biblioteca? - eu olho pra ele quase sem respirar, o irmão de James tem um jeito assustador e sereno ao mesmo tempo, perturbador.
— Ontem eu li Peter Pan. - minha voz sai surpreendente limpa sem aparentar nervosismo. 
— Era a minha história favorita quando eu tinha oito anos. Mas infelizmente eu nunca cheguei a ir para a terra do nunca. - ele enche mais uma vez a taça com o vinho.
— Eu nunca tinha lido. 
— Você tem razão, eu sei muito sobre você, desculpa por não ter lembrado seu nome. - a tensão do cômodo parecia aos poucos diminuir. 
— Sinto por você. - tentei por alguns segundos entender o que ele dizia.
— Como assim?
— Por ter conhecido o meu irmão mais problemático, sendo que você mesma tem uma tragédia de vida. - eu ri, uma risada curta, mas foi sincera.
— Você por um acaso ler mentes? - ele termina de beber o resto do vinho.
— Não, leio pessoas, não a mente delas... e você parece cansada. - ele volta a se sentar. — Um homem caindo entre arranha-céus, ele cai porque sua vida é trágica. O lado trágico disso resulta em um comportamento destrutivo. Você nasce sozinha, morre sozinha, e o mundo despeja um monte de regras em cima de você para fazê-la esquecer desses fatos, mas eu nunca esqueço. A verdade está relacionada tanto ao intelecto da pessoa racional como a sua vontade,  tanto quanto a vontade e verdade podem ser expressadas por meio de palavras e ações. Uma vez que a manipulação é mais comum, vamos começar por ela. - seu olhar mudou, algo que vinha das profundezas do seu ser, o medo voltou a me cercar. - tomo um gole do vinho em minha taça molhando a minha garganta, a ironia cruel e desdenhosa com que tudo isso foi dito, de frente pra ele me sentia nua, uma criança perdida na escuridão e percebi infelizmente que em algumas ocasiões não há nada, absolutamente nada a ser feito.


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Olá estranhos, espero que estejam gostando, todo comentário é extremamente importante pra mim, deixe suas estrelinha ⭐
      beijinhos e até breve...

           PS: capítulo não revisado, desculpem qualquer erro de ortografia.

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