Sobrevivente em BNHA

By A_Otaku_Pirada

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***Segunda Temporada de Putz, estou em Bnha?!*** Após descobrir que a escola que estudava não era seu lar, e... More

Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo Especial
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Epílogo
Recado

Capítulo 22

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By A_Otaku_Pirada

Capítulo 22: Demônios

~Há um demônio adormecido dentro de mim. Tenho de sossegar a minha mente para não desperta-lo. Quando ele acorda sou levada a dor mais profunda que existe, atirada no precipício da minha existência, tal qual uma criança trancada em um quarto escuro junto ao desespero. Não há quem escute os meus gritos de terror, e quanto mais barulho faço, maior fica o mostro dentro de mim. Então recordo-me que, apenas o silêncio da minha mente é capaz de clarear o calabouço da depressão retirando-me de lá e, fazendo com que o demônio adormeça novamente.~
Nany Domingues

XxXxXxXxXxXxXxXxXxX


Author's Point of View

O silêncio predomina no local, a morena que sempre demonstrou a eles uma expressão relaxada e despreocupada, agora estava completamente diferente. Os cabelos da jovem garota estavam flutuando, mas o que os alertava do perigo é os olhos negros que tomou o lugar daqueles belos olhos azuis e energéticos, essa visão era amedrontadora, uma fumaça preta a contornava agressivamente, como se qualquer movimento brusco de qualquer um ali, fosse considerado um risco a ela. A morena estava assustada demais para reparar em seu estado, ela havia acabado de matar o seu próprio pai inconscientemente, mas não era isso que a assustava, o que a assusta é o sentimento dentro de si, se sentindo satisfeito com a cena, sentindo prazer em ver que a pessoa que a fez tanto mal, agora não existia mais. Havia outro lado na garota que não se sentia satisfeito com aquilo, eles achavam pouco o que aconteceu, estavam descontentes por não verem aquele homem, agora morto, não ter sofrido, foi uma morte muito rápida, ele sequer soube o que o atingiu.

–Não, não, não.... –Yumi repetia pra si mesma, não por ter matado seu progenitor, mas por causa das vozes dentro de si que gritavam pra ser ouvidas, como se fossem demônios internos lutando para conquistar seu lugar naquele corpo desorientado e bagunçado.

–Yumi, est... –Twice que até o momento estava com sua primeira personalidade, mudou para outra ao se sentir ameaçado com o descontrole da garota, mas até mesmo isso era perigoso pra a situação que se encontrava.

–Não! –Yumi sem querer acaba empurrando Twice para longe usando sua individualidade, o homem que tentava se aproximar para acalma-la acabou sendo vitima do descontrole da mesma. –Não se aproximem... –A voz da garota soou falhada, como se estivesse quebrada.

Tomura observa a cena calado e pensativo, era exatamente aquilo que ele queria, o completo descontrole emocional. Agora Tomura sabia, que não importava o que acontecesse de agora em diante, ele sairia vitorioso, a garota não irá reagir aos seus ataques a U.A., agora ela é como uma casca vazia, sem nada, só esperando o momento certo para explodir e levar tudo contigo junto. E isso seria um final digno a ele, ele poderia morrer, mas se sentirá realizado ao saber que a garota seguiu todo o plano, que ele manipulou cuidadosamente desde que a trouxe a esse universo.

–Não iremos segui-la, você é livre Yumi. –Tomura interviu antes que alguém fizesse algo imprudente. –Vá!

A morena não pensou duas vezes antes de sair correndo porta a fora daquele galpão, desesperada. O que ela temia ocorreu, ela matou a única coisa que a mantia sã, um pequeno laço de sangue, esse laço era como uma corda fina, e com um simples movimento ela destruiu. Ela estava farta daquela situação, quando ela poderia ter a paz que tanto desejava? Talvez agora que se via livre daquele homem, causador de tanta dor para si. Ela não conseguia sentir culpa, ou remorso por ter o matado, mas se sentia desesperada por esse exato motivo, ela deveria sentir culpa, remorso, dor, o sentimento de estar errada. Yumi sabia que o que fez foi errado, mas porque parecia tão certo? Ela sabe diferenciar o errado do certo, mas porque o errado pareci ser tão reconfortante e acolhedor.

–O que faz aqui? –Uma voz a despertou de seu pensamentos, levantando o olhar para cima viu Zack, ela havia corrido ate ali? Mas por quê? Yumi nem sequer sabia a resposta para isso.

–Eu... Eu não sei... –A garota tocou a cabeça tentando voltar aos seus sentidos, mas o cerebro parecia ter parado de funcionar, não conseguia processar o motivo pra ter corrido até ali.

O albino percebeu que a garota parecia desorientada, as mãos dela estavam tremendo, talvez nervosismo, os olhos não tinham um olhar fixo, aparentavam perdidos sem direção, e os olhos azuis perderam o brilho energetico, e não havia sequer aquele pedaço de tristeza, que parecia antes uma janela para a alma da garota, tudo havia sumido, tudo que sobrou foi um grande vazio, ela parecia vazia, e Zack compriendia isso, porque ainda tem pesadelos com o seu próprio passado.

–Entra. –Zack diz puxando a garota para dentro da casa e fechando a porta atrás de si.

A garota se sentou no sofá esfregando o próprio rosto, ela não iria conseguir colocar a máscara de felicidade tão cedo, aquilo tudo parecia um castelo de cartas, tudo está desmoronando como um sopro.

–Acho que perdi minha sanidade. –Yumi fala de maneira vaga, com a cabeça apoiada nas mãos a cena na percepção do Zack mostrava o quão desorientada e perdida a garota estava, ele se sentou ao lado dela sem muito o que dizer, afinal, não havia o que dizer, ela parecia ter encontrado um abismo sem fundo.

–Você não perdeu completamente a sanidade, pelo menos não ainda. –O rapaz fala encarando a parede de maneira fixa, ele sempre teve as palavras na ponta da língua, mas aquela situação é como se ele estivesse falando consigo mesmo em uma versão feminina. –Quando você perder a sanidade, você não sentirá nada, literalmente nada, será como desligar a humanidade, nada importará para você, nem mesmo as pessoas que um dia você considerou importante.

A garota o olhou atenta as palavras, ela sentia que naquele momento nada importava, mas quando lembra das pessoas que ama, seus amigos, sua irmã, ela não consegui não se importar, mas sabia que chegaria um momento dentro de si que os demônios tomariam posse de si.

–E-Eu... –A garota gagueja sentindo as palavras evaporarem. –Eu não consigo sentir Zack, eu não consigo me sentir culpada, eu... Eu sinto como se o que eu fiz foi tão certo, e... Eu gostei, por um momento eu senti prazer... –Yumi se encolhe com os pensamentos vindo a tona, um atrás do outro, lhe dando a concepção do que estava se tornando. –Um monstro, eu estou me tornando um monstro, logo eu serei como ele. –As lágrimas que antes desciam lentamente, agora desciam como uma cachoeira, finalmente tudo que Yumi guardava para si, estava transbordando, todos os sentimentos vieram a tona.

–Hey... –Zack a puxou pra si em um abraço consolador, acariciando suas costas e o cabelo. –Bota tudo pra fora Yumi, não precisa guardar... –Zack dizia em uma voz calma enquanto a garota se aninhava nele, apertando-o contra si como se aquilo fosse diminuir a enxurrada de sentimentos que ela repria, que passou a se apossar do corpo da garota, causando dor em seu peito e uma ardência em sua garganta, como um nó.

Ambos tem um desejo forte, o de Yumi é de desaparecer, sumir para um lugar onde ninguém saiba nada sobre si, nem ela mesma, pelo menos a dor em seu peito pararia de sufoca-la de maneira tão bruta ao ponto de se sentir doente. Já Zack sentia seu peito apertar presenciando a dor da garota, é como se os sentimentos dela estivessem sendo compartilhados com ele, mas ele sabia que não era isso, ele só está acostumado a sentir aquele vazio, e graças a garota ao qual consola agora não se senti mais tão vazio, porém não conseguiu esquecer sua própria dor.

Os pensamentos do rapaz pareciam ter o tomado por completo, que ao voltar a olhar a garota notou que ela havia pegado no sono enquanto chorava. Apesar do rosto inchado ela tem uma expressão tranquila e serena, arriscaria dizer até angelical, o nariz levemente avermelhado, e alguns fios negros jogados sob o belo rosto adormecido a deixavam ainda mais atraente. Zack se amaldiçoava internamente por pensar nisso, devido a situação que se encontra.

–Você não é um monstro bruxinha. –Zack comenta em um sussurro baixo, enquanto a pega no colo, passando cuidadosamente um braço embaixo das pernas dela, e segurando firmemente envolta da cintura, inconsciente Yumi apoia a cabeça no ombro do garoto, que sobe as escadas devagar se dirigindo ao próprio quarto para deixar a garota lá. –Pronto. –Zack murmurra pra si mesmo após colocar a garota deitada na cama, e se afastando até sentir algo agarrando sua mão.

–Fica... Por favor. –A pedido sonolento da garota fragilizou o rapaz, com o pedido quase implorando para que ficasse.

–Ok, eu vou ficar. –O rapaz se deita devagar na cama, e quase imediatamente senti o seu braço ser abraçado pela garota, ele a puxa para perto, a fazendo deitar em seu peitoral, e envolvendo os braços ao seu redor assim como a garota levemente encolhida.

Quebra de Tempo

Após a garota dormi no abraço terno e confortável do rapaz, se sentiu mais segura e relaxada, isso até acordar com o mesmo tremendo, e suando também.

–Hm? –A garota se senta coçando os olhos confuso, um tanto quanto tonta devido a sonolência de acabar de acordar, vendo o rapaz se contorcer como se estivesse sofrendo.

Assim como Yumi, Zack tinha seus próprios problemas, seus próprios demônio, mas o dele é de um passado ao qual não consegui superar, e insiste em perturba-lo em seus sonhos. Isso ocorria todas as noites, sendo assombrado pela memória da morte daqueles que ja partiram e ele não pôde fazer nada a respeito, por isso ele aparenta ter um personalidade tão cansada e preguiçosa, não consegui dormir a noite, e na parte do dia seus pequenos cochilos o faz bem.

–Zack! –A garota preocupada com o rapaz toca seu ombro em uma tentativa de acorda-lo, mas não funciona, e percebi que é o caso é mais grave do que aparenta, o garoto esta ativando a individualidade inconsciente, conseguí se notar indicios de um fogo azulado tomando conta de sua mão. –Kami, se ele se transformar por completo....

Yumi toca a testa do rapaz, tentando passar sentimentos positivos, estava um tanto quanto complicado fazer isso já que sua individualidade está completamente destabilizada, e tudo o que ela não tem no momento é a de um sentimento positivo, mas por sorte ela consegui o acalmando, o fazendo parar de tremer e suar como antes, e nos pensamentos confusos da garota, isso é um acontecimento frequente. A garota acabou se sentindo mal, o rapaz já tem os próprios problemas, e ainda assim ela despejou os dela em cima dele, praticamente o obrigando a cuidar dela.

Um sentimento de ser um fardo ao garoto a corroeu por dentro, a fazendo se afastar do garoto que a ajudou não querendo mais preocupa-lo com seus problemas. Yumi se teleportou para seu quarto no colégio U.A., se sentando em sua cama abraçando as próprias pernas, enquanto ouvia o barulho do ponteiro no relógio se movendo, onde pôde observar que era exatamente 04:38 da manhã.

–O que eu não daria para ter ela aqui agora.... –Inconscientemente a garota de cabelos negros se lembrou-se de sua mãe, os abraços, e os conselhos sábios que ela a dava quando criança antes de partir. –Eu me sinto um lixo mãe.

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