Foi um tapa tão dolorido que me encolhi o tapa não doeu, pelo contrário foi a última coisa que pensei porque só estava pensando na amargura que senti no instante em que meu pai trocou o homem bom que ele era por um monstro.
Tudo que conheci dele até meus dez anos foi se esvaindo conforme os xingamentos, os espancamentos e a humilhação foi crescendo junto comigo, tudo que ele fez foi saindo como se fosse nada.
Era terrível tudo que aconteceu não entendia porque me tratava assim tudo que fiz foi abaixar a cabeça aprendi assim a cada fala errada gaguejo e passo errado era socos e tapas.
A cada vez que eu discordava dele era como se eu fizesse a pior coisa do mundo me punia mentalmente me chamava de todos os nomes não sabendo o porque me tratava daquele jeito.
Nunca entendi as leis que ele colocou, nunca soube o porque dele engatar a isso, encanto pelo que eu me lembrava era uma cidade bonita cheia de turistas depois era como se tornasse uma cidade fantasma.
Era como se ninguém conhecesse ela fechou tudo para o turismo ele fez uma cidade totalmente diferente pra aparar o turismos depois que algo aconteceu.
Nunca entendi ele fora da nossa casa na frente dos seus eleitores ele me beijava sorria pra mim pra eles fazia o possível pra mostra a ele a felicidade que pregava a eles a nossa família de mentira.
Queria passar horas naquele palanque e queria que todo dia fosse dia de eleição pra poder sair e receber abraço beijos e sorriso do meu pai.
Queria a cada momento ir a igreja pra ele me abraçar e dizer honrado o quanto estava orgulhoso do seu pequeno, queira a cada segundo alguém perto dele queria a todo momento que ele falasse isso pra mim.
Mas de uma hora pra outra não quis mas isso não quis que ele me levasse a lugares porque sempre que voltamos ele me xingava humilhava era torturante a forma que ele agia como mudava da água pro vinho.
Mas sempre quando questionava lhe dizendo o porquê fazia isso ele dizia que era para o meu bem dizia que Deus aprova esse tipo de ensinamento que quando ele morrer terá uma vaga no céu por criar seu filho a base do ensinamentos de Deus.
E ele me fazia ler uma frase, essa frase era tão latente na minha pele que era angustiante ler era como se fosse a pior coisa do mundo eu ter que ler a frase que me deixou tão traumatizado que não conseguiria resistir passar por isso de novo.
A frase carrego até hoje a frase me persegue como se fosse a minha sina lembrar dizer recitar é compra linda cortando cada centímetros do meu corpo.
Eu odiava aquela frase tanto que chegava a me corroer de tão sequelado que estava eu chegava a me bater chegava a fazer coisas erradas pra meu pai me punir com chutes espaçados.
Essa frase me deixou traumático essa frase eu digo eu clamo eu digo a cada segundo que estou com medo que faço algo errado.
Mas antes era como se fosse o pior castigo não hoje o porque me lembro como me sentia quando meu pai chega com a Bíblia e abria na mesma página todo dia.
Me sentia um lixo acabado porque lê fazia isso comigo a cada segundo a cada momento a cada hora dia semana mês ano eu mostrava mas de mim.
Mostrava que merecia o amor do meu pau mas a única coisa que recebia era pedrada atrás de pedrada, ter ele perto de mim era sufocante.
Era catastrófico, era como se me jogasse uma pedra enorme e essa pedra me prendia de uma forma dolorosa sem nenhuma pena do ser humano que eu era.
E isso não tinha quinze porque quando completei essa idade tudo ficou pior Deus meu pai não tinha um minuto de paz era como se eu tivesse jogado pedra na cruz.
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Luzia era ela a menina mais linda da cidade, talentosa linda e carismática inteligente, com seus par de olhos verdes e cabelos dourados lisos como seda ele era como a manhã mais linda.
Ela o ludibriou a ter esse pensamento ele o iludiu a ter essa sensação de imaginação sobre ela lembra do dia que ela teve seu primeiro surto, os dois tinha quinze anos ele lhe deu um buquê de flores atrás da escola só que ela queria na frente da sua escola.
E assim ele fez ele levou o buquê de flores e levou a sua escola chegando lá estava ela esperando com todos os alunos e suas amigas, ele foi chegando perto e lhe deu só que a garota o esnobou bateu contra as flores e deixou cair.
Lhe dizia tantas palavras cortantes que o garoto não sabia nem o que fazer foi tão chocante pra ele ver o tanto de pessoas rindo da sua cara como se ele tivesse falando a piada mais engraçada do mundo.
Mas não foi assim as risadas dos dedos apontados para ele era como se ele fosse tipo de bicho exótico, o garoto não sabia o que fazer começou a chorar.
O que foi pior porque ao jogar suas lágrimas a garota após a apontar e dizer em alto " a bixona do Otávio tá chorando" ele colocou seu antebraço na frente do rosto e saiu correndo.
Foi direto a sua casa que quando chegou via seu pai junto com dia mãe e se amaldiçoou porque não foi pra outro lugar.
O pai viu seu filho com lágrimas nos olhos todo vermelho e com uma flor que estava machucada deduziu que alguém tivesse pisado.
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Ele levantou o homem tão grande que ninguém seria capaz de intimidar ou procurar alguma briga, ele direcionou até a mim e perguntou.
Adolfo - o que aconteceu? - pergunta a centímetros do meu corpo com um cinto na mão.
Ele não esperou nem eu falar foi rápido foi muito rápido após a primeira batida no meu rosto meus ouvidos zuniam, e de novo ele perguntou e outra e mas outra.
Foi a pior surra que já levei ele disse que nunca mas queria me ver chorando nunca mas queria me ver com trejeitos afeminados ou com peculiaridades como mulher.
Naquele dia ele saiu e quando voltou me espancou de novo e disse algo tão terrível eu sei que foi terrível não lembro,me fez desculpa com a luzia.
Ela me disse que estava fora de si e não queria fazer isso queria fazer isso pediu desculpa e eu perdoei não sei bem porque diz isso mas fiz.
Perto de luzia era como se estivesse controlando era como se estivesse sendo manipulado creio que não era ela, boa carismática meiga e simples como poderia ser.
Como podia a menina que virou mãe do meu filho ser tão ruim assim, mas Luzia era um pouco descontrolada ela jogava pratos e sandálias qualquer que seja o objeto que estivesse na frente ela arremessava em mim.
Mas sei que isso não é uma briga de casal de casal adolescente fase de descoberta e amor platônico.
Quando oficializamos o nosso noivado eu tinha dezoito anos eu era o garoto mas feliz de todos os tempos iria me casar com a mulher que sempre amei.
Faltava dois dias para o noivado e estávamos todos felizes, fui em busca da Luzia e quando chego atrás de uma moita vejo ela pelada embaixo de um garoto da minha idade ele fazia sons abafados com a boca.
Não aguentei e sair daquele lugar na véspera do nosso noivado luzia não me traiu ela só fez o que qualquer pessoa iria fazer se tivesse demorando demais.
Não chorei, pelo contrário eu fiquei na festa e dispensei qualquer pessoa que perguntava sobre a luzia fiz o que qualquer noivo faria.
Meu pai me ensinou isso para uma famílias feliz todos devemos perdoar a falha até o fim do casamento que no caso é a morte.
Assim que ela voltou eu fiz como se nada tivesse acontecido afinal nada tinha acontecido a luzia estava com sorriso no rosto mas carinhosa o porque estragaria.
Foi a noite mais feliz de minha vida ela disse sim e nós noivamos ficamos entrelaçados só seremos um só depois que casamos.
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Naquele dia que viu sua futura noiva perto daquela moita pelada, Otávio sentiu um gosto metálico e descobriu amargura e um gosto de sangue saiu na suas papilas gustativas, ele tencionou tanto a mandíbula que cortou sua língua.
Ele saiu daquele lugar e lágrimas saíram do seus olhos mas ele limpou assim que viu seu pai do lado de fora, parou por um instante e se recompôs sorriu um sorriso torto e melancólico.
A garota que ele não gostava não aguentava ainda o humilhar lhe traía ele quis desaparecer não podia faltava poucos anos para se tornar prefeito não podia decepcionar seu pai.
Então ele só sorriu e acenou para as pessoas que passavam desejando felicidades, porque era isso que ele era um fantoche do seu pai um fantoche da luzia e agora um fantoche para seus eleitores.
Ele se sentia um lixo um caco o verdadeiro desperdício de oxigênio pensou na possibilidade de se matar mas nem força ele tinha.
Otávio não se lembra mas no dia em que se casou chorou tanto não queria não amava não gostava não se sentia bem com luzia, se casou a força com uma menina que o traiu na véspera do casamento, e ainda lhe deu um filho de outra pessoa.
Ele criou Jonas como se fosse seu filho e nunca diria a ninguém o parentesco dele com o pai verdadeiro porque ele amou o menino que salvou sua vida ele cuidou do menino quando o verdadeiro pai deu as costas para o bebê.
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Eu amava meu pai, eu respeitava meu pai, eu via meu pai como meu herói via luzia como minha rainha salvadora da minha vida.
Mas depois de tudo eu temia meu pai eu tremia com uma simples ligação dele me sentia quebrado e cansado.
Nunca soube a tamanha raiva que ele sentia por mim luzia também me tratava com desdém mas o amor releva, eles eram frios e agressivos comigo.
Nunca soube porquê, mas sei de uma coisa o homem que apareceu na minha casa e está nesse exato momento comendo na mesa esse homem é o pior dos homens que já vi.
Devo respeito mesmo os anos de traumas vindo ele é meu pai Deus nunca me perdoaria se eu fosse ruim com meu pai.
OI TUDO BEM? COMIGO TA ÓTIMO
GOSTARAM.
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BEIJINHOS E ABRAÇOS (づ ̄ ³ ̄)づ