Persephone - π’†π’Ž. 𝒄𝒖𝒍𝒍𝒆...

By srta_catzz

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| 𝑷𝒆𝒓𝒔𝒆𝒑𝒉𝒐𝒏𝒆 - π‘¬π’Žπ’Žπ’†π’•π’• 𝑴𝒄π‘ͺπ’‚π’“π’•π’š π‘ͺ𝒖𝒍𝒍𝒆𝒏 | Perfeição [subs.fem] ExcelΓͺncia; PerfeiΓ§... More

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By srta_catzz

A vida não tem obrigação de nos dar o que esperamos.
— Margaret Mitchell


Felizmente, foi apenas uma lesão, senhorita Quinn.

O Doutor Cullen, pai de Emmett, era um cara legal. Sempre com aquele olhar gentil e sábio, o porte altivo, e, sem dúvidas, era o melhor médico de Forks. Se ele disse que meu pulso não estava quebrado, eu acreditaria nele.

O que não me impedia de repassar a cena em minha cabeça, diversas vezes, tentando perceber o momento em que meu punho desviou do rosto de Emmett, e deu de encontro com a parede da academia.

Já era noite quando Benny e Emmett me levaram até o único pronto socorro de Forks — qualquer acidente mais grave, e a pessoa deveria aguentar até chegar em Seattle.

Antes de retornarmos, eu e meu amigo nos encarregamos de levar o Cullen para sua casa, que, aliás, não se tinha certeza sobre a localização. A residência Cullen era deveras misteriosa.

O rapaz guiou Willian por uma trilha que se estendia pela floresta, enquanto eu apenas encarava minha mão, agora enfaixada, tentando encaixar as peças daquela merda de quebra-cabeça — Benny sempre foi melhor do que eu nisso.

O caminho de seguiu em silêncio, até que o carro parou.

— Cara... Ainda bem que vocês não tem vizinhos. — Comentou o Landford, me fazendo olhar em direção a residência que se erguia a nossa frente.

Com paredes completamente formadas por vidros, a casa tinha 2 andares, e uma escada de pedra levava até a entrada principal. Os Cullen eram mesmo ricos como diziam as fofocas.

Na porta da frente, uma mulher de cabelos castanhos nos encarava, junto ao irmão loiro de Emmett.

— Vocês querem entrar um pouco? — Perguntou o rapaz, e Bennedict foi o primeiro a negar.

— Na verdade, precisamos voltar, já está tarde, não é, Sephy? — O aviso implícito naquela frase me fez arregalar os olhos.

Estava tarde, e Gregory estava em casa. O frio que subiu por minhas costas fez os pelos do meu braço se arrepiarem.

— Precisamos mesmo ir. — Ditei, por fim, e Emmett assentiu.

— Desculpe pelo seu pulso, nos vemos amanhã? — Apenas concordei, e o garoto saiu.

Antes que fechasse a porta, porém, uma cabeça pequena de cabelos pretos e curtos invadiu o carro. De onde ela havia surgido?

— Persephone! Sou eu, Alice! — Revirei os olhos para a sininho, que me lançou um olhar sério — Entre pelos fundos, tire os sapatos, conte até 10 atrás do armário e corra para cima. — Franzi o cenho, e a expressão da garota se suavizou — Nos vemos amanhã!

Tão repentinamente como surgiu, a irmã mais nova de Emmett correu para os braços do loiro escada acima, e o Cullen fechou a porta.


Benny me deixou duas casas antes, garantindo que a advogada e o tenente não veriam as luzes de seu carro pelas cortinas.

Por algum motivo, me vi dando a volta pela casa, destrancando a porta dos fundos e parando encostada no armário de produtos de limpeza, que ficava no corredor de trás, logo atrás da escada e longe das vistas de quem descesse a mesma. Tirei os tênis silenciosamente, os prensando contra o peito.

Respirei fundo, contando até dez. Quando cheguei no número três, os passos pesados de Gregory foram ouvidos, e prendi a respiração, temerosa. O mesmo caminhou de forma lenta em direção a cozinha, virando-se de costas para a escada no exato momento em que cheguei ao número dez.

Sem pensar, corri em disparada degraus acima, prendendo a respiração e sequer ousando encostar no corrimão, já que isso provavelmente faria a madeira estalar com o peso.

Ao entrar no quarto e fechar a porta, tudo o que pude pensar foi em Oxi. Eu precisa de mais.

Minhas mãos tremiam ao abrir a gaveta, onde oxi e Rivotril quase transbordavam dentro das caixas. Não hesitei antes de ingerir vários comprimidos, logo partindo em direção ao banho, com uma toalha e roupa já separados.

A última coisa que vi, foi o box do banheiro embaçado com o calor da água.


Meu celular despertou em algum lugar do quarto, mas... Eu não estava no quarto.

Pisquei um pouco, apoiando os braços no azulejo branco do chão. Havia tomado comprimidos demais, e desmaiei no chão do banheiro — pelo menos já tinha tomado banho.

Não era a primeira vez que isso acontecia. Nem seria a última.

De forma mecânica, me arrumei para o colégio, tomando o cuidado de lavar bem o rosto, tentando disfarçar as olheiras que um desmaio poderia causar. Não que Gregory e Margot fossem notar — mas Benny notaria, e ele não precisava se preocupar com isso. Não era grande coisa.

Enquanto amarrava os cadarços de meus coturnos, comecei a questionar o que a estranha e elétrica irmã de Emmett havia me dito ontem. Alice parecia saber exatamente o que iria acontecer, sabia até mesmo quantos segundos levaria para que o tenente descesse às escadas e fosse para a cozinha.

Precisava saber mais sobre isso.

Sequer tomei café da manhã, apenas desejei uma boa viagem a Gregory, que resmungou algo parecido com um "obrigado" — secretamente, eu torcia para que o avião caísse.

No carro, o Willian e eu nos contentamos com as notícias da rádio — aparentemente, foram achadas pegadas de urso perto de La Push.

— Ursos? Em Forks? — Se questionou o Landford, distraidamente.

— Essa cidade é pacata demais para algo assim. — Comentei.

Rimos, e um silêncio confortável se seguiu enquanto eu, ansiosamente, olhava pela janela, tentando buscar explicações plausíveis para a irmã baixinha de Emmett.

Quantas vezes eu havia falado com ela? Suponho que menos de cinco, com toda a certeza. Como ela sabia aquelas coisas?

Quando o Willian estacionou, praticamente pulei para fora, dando apenas um acenar distraído antes de caminhar até o carro dos Cullen.

Como sempre, os irmãos adotivos estavam recostados em seus carros, conversando em voz baixa. Todos endireitaram as costas ao notar minha aproximação.

Propositalmente, passei reto por Emmett e seus músculos enormes, focando meus olhos na pequena e elétrica figura que compunha o grupo. Essa que me encarava com um largo e branco sorriso — Alice parecia dançar dentro de seus sapatos.

Parei a sua frente, abaixando um pouco a cabeça para olhá-la nos olhos.

— Podemos conversar?

Volteeeeei

Então gente, eu espero que vocês ainda me amem, e ainda estejam ansiosos por Persephone!

É o seguinte: estou tentando voltar aos poucos, um parágrafo aqui e outro ali, esse foi o primeiro capítulo depois de todo esse tempo, e estou muito orgulhosa dele

Não terei mais data para postar, apenas tenham certeza de que será mais demorado, e que postarei sempre a noite

Amo vocês :)

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