Às vezes você só tem que passar pela vida ...
Não esperando nada
Virar me deixou tonto
Não sei o que vou fazer
Me pegou tropeçando
Me fez perder meu foco!
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Há, mais olha só, a minha manhã só piora, como se já não bastasse o meu ficante Bruno me fazer cobranças, o meu caminho se cruza com uma cara rude, grosseiro, que é uma tartaruga melodramática, vocês acreditam, que ele teve insensibilidade de me deixar aqui no meio da estrada igualzinha a uma estátua? Pois é, ele fez isso. Que ódio desse cara, sinto-me chocada e magoada com tal atitude, mas ele que não cruze novamente o meu caminho, pois se eu o ver de novo, sou capaz de processa-lo ou de mata-lo.
O carro do infeliz já sumiu após fazer uma curva, virando no quarteirão da estrada. Mas, eu continuo aqui parada feito uma palhaça ainda segurando o dinheiro que tentei ser generosa ao oferecer a ele. Mais que droga!
Viu Zoe? Isso que dá quando se tenta ser humilde e generosa.
— Senhorita Zoe? A senhora está bem?— Diz meu segurança Danilo, saindo da sua posição de plateia, pois viu de camarote o drama do idiota comigo.
O pobre coitado do meu segurança me olha bastante preocupado, deve estar se sentindo muito culpado por ter me deixado passar por essa situação, mas ele não teve culpa, eu que preferi não deixa-lo se aproximar, então optei por mantê-lo longe, pois eu preciso me defender sozinha em algum momento não mesmo?
— Sim Danilo, está tudo bem! — Digo me recompondo, e sigo até meu carro — vamos, se não vou me atrasar.
— Sim, senhora! — Danilo diz assentindo, ainda com o semblante preocupado.
Entro no meu carro, vendo Danilo ir até o carro de trás e entrar, então eu ponho o meu em movimento, indo a casa dos meus pais, mas infelizmente aquele olhar de esmeralda do tosco tá insistindo demais em aparecer dentro da minha cabeça.
***
O meu carro acabou de chegar dentro do condomínio dos meus pais, esse é um dos locais residenciais mais luxuosos da cidade, essa propriedade inteira pertence a minha família, e isso não me surpreende, já que eles tem muitos prédios comerciais entre outros estabelecimentos em suas posses.
Aqui mora meus tios além dos meus pais. Meus avós, Luísa e Gustavo estão em um outro condomínio, porém no momento eles estão viajando, estão em uma ilha curtindo um pouco e descansando.
Enfim, quando finalmente entro com o meu carro na garagem que tem vários carros do papai e da mamãe, vejo Hélio, o chefe de segurança deles, conheço esse careca desde quando nasci assim como as minhas irmãs.
Estaciono o meu carro, tiro o cinto de segurança e desço do mesmo, olho para trás e vejo Danilo descendo também, dou as minhas chaves a ele vendo Hélio se aproximar para falar comigo com um semblante simpático como sempre, nunca vi esse cara de mal com a vida. A Iris sempre diz que ele tem uma boa essência e energia.
— Olá senhorita Zoe, bom dia! — Diz sorrindo para mim, e cumprimenta o Danilo que assente com um semblante simpático também para ele.
— Bom dia, careca! Como vai? — digo sorrindo e ele para na minha frente.
— Bom dia, estou bem e a senhorita?
— Estou muito bem, eu só tive uns probleminhas, mas nada importante.
Digo lembrando-me do cara rude que me tratou super mal a minutos atrás. Mais que porra, esse cara tem que sair da minha cabeça urgentemente. Dou um sorrisinho nervoso para Hélio que no momento me olha preocupado. Ele sempre está com suas antenas ligadas, por isso é o braço direito do papai e do vovô.
— Algo que está ao meu alcance para ajudar ? — Helio diz sério, mas em seu modo calmo.
— Não, fique tranquilo! — dou de ombros.
— Tudo bem, os seus pais já estão ao seu aguardo ansiosamente junto com as suas irmãs— Hélio diz calmamente, sendo um cavalheiro como sempre.
Assinto e caminho para dentro de casa ao passar por uma grande porta de vidro que foi repentinamente desbloqueada e aberta para minha passagem. Quando chego em uma das salas de visitas que tem um piano bem no centro, sigo calmamente pelo corredor, no caminho vejo as mesas de vidros que tem muitos portas retratos com nossa família, tem fotos minhas junto com a minhas irmão crianças e adultas, dos meus avós, dos meus pais sozinhos, e deles com eu, Ava e Iris. Continuo caminhando pelo corredor que corria muitas vezes por toda a minha infância.
Ao me aproximar do final do mesmo, eu já posso ouvir as vozes da minha linda família, eu ouço a voz doce e carinhosa da mamãe, Sra Gabriela, e a risada grossa e gostosa do papai, Sr Gael.
Além disso, pude escutar também a voz das minha cópias Ava e Iris, além da Gina, empregada e ex baba minha e das minhas irmãs. Quando consigo chegar até a sala, lugar onde vem toda falação, pude ver eles espalhados no ambiente, todos sentados no sofá, só a Ava que tá sentada no chão mexendo no celular.
— Olha ela, finalmente nossa reunião familiar está completa — papai diz todo contente, com um sorriso de orelha a orelha, se tem uma coisa que mais amo no meu coroa é isso, o seu lindo sorriso.
— Cheguei Family! — digo feliz e me junto a eles.
Papai vem até mim rapidamente e me puxa para um abraço carinhoso, após isso, mamãe me abraça e me beija na testa.
— Que bom que chegou filha, como está? — mamãe diz afetuosamente.
— Estou bem! — digo abraçada com os dois, cada um de lado.
Em sequência, eu me aproximo das minhas irmãs, que logo me dão total atenção.
— E ai minha replica?— Diz Ava com um semblante leve, e com um sorriso discreto nos lábios.
Me agacho para ficar próxima a ela e dou um beijo em sua testa, mas logo bagunço seus cabelos, fazendo com que ela me dê um tapa na bunda, o que só fez eu e todos rirem.
— Tudo na paz, amore! — brinco respondendo sua pergunta.
Em seguida, ia até Íris que tava em segundos sentada no sofá, mas já é tarde demais, pois a mesma já tá bem próxima de mim. Ela é meio doida!
— Maninha! E ai?— Diz Iris pulando em meu pescoço, ela me abraça tão eufórica, que está praticamente me sufocando.
— Tudo bem minha cópia! — digo sorrindo, retribuindo seu abraço de forma carinhosa, mas não demora muito para ela exagerar — Iris, assim você vai me matar sufocada!
Íris me aperta em seus braços o que só faz nossa irmã e pais rirem, nem faz tanto tempo que não nos vemos.
— Ah, sim! Foi mal irmãzinha! — Íris diz sorrindo toda contente, e se afasta.
— Achei que Zoe ia passar dessa para melhor, Íris acabou de dar um mata leão nela praticamente — Ava diz em tom de brincadeira, mas sinto o seu deboche.
A engraçadinha se diverte com isso, pois sei que também odeia quando a Íris a agarra a gente assim, e tendo a plena certeza que ela passou por isso também ao chegar aqui antes de mim.
— Haha, engraçadinha! — mostro a língua pada ela.
Vou até Gina que está rindo da nossa brincadeira e dou um beijo carinhoso em sua bochecha. Em seguida, ela sai da sala indo até a cozinha. Local onde ela ama está e não deixa quem quer que seja chegar perto, pois alega que é o único lugar da casa que ela manda.
— Ei, eu so abracei minha cópia! Foi um gesto de carinho, mas vocês ainda não estão prontas para essa conversar — Íris diz dando se ombros com ironia.
Romantizinha que amo! Não aguento tanta melosidade, mas amo demais essa chata.
— E que abraço, hein! Parecendo um urso carente! — Ava diz rindo.
Todos começamos a rir, pois a piada foi hilária, quem não riu muito foi só a Íris mesmo que fez bico.
— Palhaças! — Íris resmunga, revirando os olhos.
— Meu Deus, essas meninas não cresceram amor! — Papai diz para a mamãe que em resposta, concorda plenamente.
— Verdade, amor! — mamãe diz ainda rindo, abraçada a ele.
Acho tão lindo esse amor e carinho deles, isso deixa claro que o amor verdadeiro existe, só basta ter a paciência para encontra-lo.
— Eu gostei tá maninha? Mas, você quase me matou! Haha! — brinco rindo e Íris mostra a língua para mim.
— Vocês que são tão insensíveis! — Íris diz emburrada.
— Sou mesmo! — Ava da de ombros.
— É, mas com a Mônica você não é assim, ridícula! — Íris diz emburrada falando sobre a peguete de Ava, que ela nunca teve coragem de trazer para mamãe e papai conhecer, mesmo eles pedindo.
Entendo como Ava se sente, pois como vocês já sabem, eu faço o mesmo com o Bruno. Porém, eu não sei por que, e nem sei se é por sermos gêmeas temos algum tipo de alerta ou ligação, mas eu senti que Ava ficou tensa ao ouvir o nome da Mônica mencionado, não sei, ela está bem diferente, ela sempre foi distante, mas quando dias como o de hoje acontece, ela não fica assim, tão acanhada e tensa mesmo que ela tente esconder com risos e tudo mais.
— O que que isso tem haver? Mônica é rolo da Ava, eu hein! — digo rindo, tentando aliviar o clima.
—Tem tudo haver, ué! Ava é um poço de carinho com ela que eu já vi — Íris diz ironicamente.
— Você quem pensa! Mas você não tá pronta para essa conversar — Ava diz sorrindo maliciosa, e eu reviro os olhos.
Afs, ninguém merece!
— Aí gente! Parem de implicar com a irmã de vocês! — papai resmunga e a mamãe lança um olhar de repreensão.
— Concordo, a Íris só sentiu falta das irmãs, não é filha? — mamãe diz toda melosa com Íris, oh céus! Por isso essa garota é chorona e mimada.
Depois de muita brincadeira, mamãe me sugeriu que eu ajude a Gina com o almoço, pois ela tá com saudades do meu tempero, e como recusar? Nunca irei fazer isso. Então, fui até ela e eu e a Gina preparamos um macarrão com molho branco. Como Gina já é uma cozinheira de mão cheia, quase tudo já estava pronto, só o que faltava era por o macarrão no fogo e cortar uns temperos, o molho já ta pronto.
***
Minutos depois...
Quando tudo ficou pronto, mamãe foi até a cozinha pegar tudo junto comigo enquanto papai ficou conversando com Ava e Íris. Mas, logo percebi que o rumo da conversa já tava deixando ele bem nervoso.
Eu e a mamãe nos aproximamos deles indo por tudo na mesa, e assim nós fazemos.
— É um milagre, a Íris não ter trago o seu amiguinho para cá hoje, afinal a onde vai leva ele! — Ava comenta com um sorrisinho e em resposta Íris da língua a ela.
Ela diz isso por que o Vicente é o cara que Íris tem como melhor amigo, só que só não ver quem não quer que ele é perdidamente apaixonado por ela. O problema é que ela não vê isso, e o pai odeia pensar nisso, devido seu ciúmes meio doido. Eles se conhecem desde a faculdade, então de repente quando se formaram ela o chamou para os dois trabalhar juntos da clínica da mamãe.
— Ainda bem que ela não o trouxe — Papai diz emburrado. Iris arregala os olhos indgnada com esse comentário.
— Pai! — Íris o repreende.
Sentamos todos na mesa, ficamos um pouco em silêncio e nos servirmos, em seguida, começamos a almoçar em união. Amo quando isso acontece, é tão prazeroso, melhor ainda quando o restante da família estão presentes.
— Que foi? Eu não gosto nada dessa amizade, sei muito bem que ele não quer ser seu amiguinho, eu sei muito bem o que ele quer — papai resmunga bravo e continua a comer o macarrão calmamente.
— Não fala assim do Vicente, ele é meu amigo, poxa achei que o senhor iria se acostumar com ele, mas desde os tempos da faculdade o senhor bota medo no rapaz!
— Isso eu tenho que concordar, Gael, o rapaz não fez nada demais, nunca vi ele desrespeitar a Íris, muito pelo contrário ele é um doce de garoto — mamãe menciona com um brilho no olhar.
Minha mãe adora o Vicente, é muito amiga dos pais dele, só o Sr.Mancini que não dá o braço a torcer, ele já até discutiu com o pai do rapaz, por conta do seu ciúmes. Foi difícil convencer o cabeça dura do meu pai que ele tava errado, e que ele não podia bater no pai do cara que só tava defendendo o filho. Papai perde totalmente a noção quando se trata da vida amorosa das suas filhas.
Uma vez eu inventei de trazer um ex namorado aqui, e quando o cara veio comigo, papai colocou sua arma bem no meio da mesinha de centro da sala. Nem preciso falar que no dia seguinte o cara me bloqueou das redes sociais e meu número. Oh céus, que vida!
— Gente, até hoje Vicente tem medo de dá um bom dia ao papai, quando o mesmo vai lá na clínica — Íris diz, lembrando que nosso pai as vezes vai vê-la no trabalho, assim como vai lá no restaurante onde eu trabalho e vai no batalhão da Ava.
Como sempre é muito presente em nossas vidas, assim como todos da nossa família. O único problema dele é o ciúmes descontrolado.
— Eu não boto medo em ninguém, eu só o intimido para ele ver no que está se metendo, e pensar mil vezes antes de ter segundas intenções com minha filha — papai diz todo durão.
— Há, mas ele deve ter muitas! — eu digo rindo e papai endurece o olhar.
— Mentira pai, a Zoe é uma idiota!
— Vocês querem me deixa ainda mais de cabelos brancos não é possível!
— Ele tem namorada, ué! — Íris diz emburrada.
— Mesmo assim, ele pode querer as duas !
— Gael, você tá demais! — mamãe o repreende mais uma vez.
— Pai, amizade entre homem e mulher existe, tá? — Íris rebate com um semblante neutro.
— E eu sou o Papai Noel! — papai diz resmungando.
— Gael! — mamãe o repreende rindo.
— Oras Gabriela, só não vê que não quer, aquele cara cerca Íris desde a faculdade. E agora para piorar ela o chamou para trabalhar com ela lá na sua clínica veterinária.
— Você está implicando com o rapaz!
— Estou sendo realista! E prevenindo ele de ter a cara quebrada se tocar um dedo na minha filhinha!
— Meu Deus, esse almoço tá demais, tomara que a sobremesa seja pipoca, para eu poder apreciar essa cena de vocês. — Ava diz rindo.
E assim foi o nosso almoço, apesar dos protestos do papai referente ao amigo de Íris. Ele é um cara legal, eu não iria me surpreender se ele e ela ficassem engatando um relacionamento, pois os dois são tô bonitinhos, mas quem não iria ficar de boa com isso vocês já sabem, né?
Enfim, após toda a nossa bagunça e conversar mais leves sobre como está sendo o trabalho de cada uma, vi em um momento ava se distanciar, Íris tá deitada no colo da mamãe, com suas pernas na perna do papai, enquanto eu largada no chão, no meio da sala ao lado de Ava. Porém, ela de repente levantou-se e saiu indo em direção a parte externa, caminhando na borda da piscina.
Aproveito para reparar suas roupas, ela sempre anda meio largada, não em um sentido ruim, mas Ava gosta de calça moletom, camisa e blusa folgadas, e quando faz frio, o que é bem raro aqui no rio, fica toda de moletom.
Em uma atitude inesperada, levanto e vou até ela, deixando nossos pais só com a presença da Íris. Caminho até Ava e vejo que ela tá sentada em uma das espreguiçadeiras perto da piscina.
— E aí? O que tá rolando? — digo ao me aproximar, sentando na espreguiçadeira do lado.
— Como assim? — Ava questiona virando o rosto em minha direção.
— Por que tá distante? Sinto que algo te aflige irmã..— digo preocupada.
Com isso, imediatamente Ava da um sorrisinho achando graça.
— Virou bruxa agora? — diz em tom de brincadeira.
— Bem que eu queria, mas não, eu sou apenas sua irmã gêmea, tudo que sentimos as outras sentem. — eu digo
entrando em sua brincadeira, mas logo firo séria.
Eu realmente me preocupo com ela, por conta também da sua ansiedade e do seu trabalho que só faz isso piorar.
Toda via, Ava se mantém calada, ela pensa bastante, até que me olha.
— Bom, é que ontem eu conheci uma pessoa...
— Uma moça? — digo curiosa.
— Sim, o nome dela é Amélia..
— Hummm! E aí? Rolou algo entre vocês?
— Não, e nem vai acontecer..somos de mundos diferentes. Eu a salvei de um agressor, ele estava machucando ela.
Sua revelação me fez sobressaltar os olhos, será que essa moça está bem?
— Meu Deus, Ava! E será que ela esta bem? Você tem como falar com ela? — digo extremamente preocupada.
— Certamente já está bem, eu a levei para um hospital, deixei ela sob os cuidados dos melhores médicos, mas não deixei o meu contato, e nem peguei o dela — Ava diz frustrado, com um olhar bem perdido.
Hum, já vi que isso vai dá uma merda das grandes, ela parece bem afetada por essa moça, será que Mônica vai rodar? Por mim ela some de vez, pois eu não vou muito com a cara dela, e nem a Íris.
— Mais que tolice, por que? — pergunto achando a coisa mais idiota do mundo da parte dela, qual o problema de pegar o contato da garota?
— Por que não era necessário! — Ava diz sem paciência.
— Tem certeza? Por que sei que isso está te incomodando, se quer vê-la de novo é só voltar no local onde vocês se conheceram, ué!
— Ela mora no morro da lajinha..
— Lugar onde mamãe morou com o nosso avô bandido?
Assim que ouviu meu comentário, ela começou a rir, isso por que nosso pai contou que o pai da nossa mãe era um bandido e tentou matar ele, porém o nosso avô materno tirou sua própria vida para não ir preso. Foi trágico! A mamãe não sofre mais com isso, mas sente falta dele, apesar de tudo ela era filha dele, né? Fazer o quê!
— Sim...
— Nossa, mais que coincidência!
— Pois é..
— E quanto ao agressor da Amélia?
— Morto! — Ava diz calmamente, como se não tivesse feito nada demais.
Tudo bem que esse cara mereceu mas Ava pode ter uma série de problemas em seu batalhão justamente por ela ser uma mulher. Eu sei que essa porra de preconceito já a pressiona muito, só que ela tem que abrir os olhos com certas pessoas que pode prejudica-la perante a esse assassinato, a vida é tão injusta, ainda mais por a maioria da população ter uma visão distorcida do Bope. Nosso pai disse que já foi muito julgado, assim como o vovô na época deles.
— Você o matou? — pergunto seria.
— Sim..— Ava da de ombros mais uma vez.
— Meu Deus Ava, você é louca, por que não o levou preso? — pergunto extremamente preocupada.
Imediatamente minha réplica me dá um olhar mortal.
— Para que? Para ele ser solto e ir atrás dela novamente? — devolve a pergunta séria.
Bom, ela parece estar se importando bastante com essa moça. Ela pode ter razão, que bobagem a minha, hoje os caras são mais vingativos que antes, ele poderia mesmo voltar e fazer bem pior com essa tal de Amélia.
— Bom, por esse lado você tem razão! — digo finalmente concordando.
Ficamos nos encarando por um longo período, até que Ava desvia seu olhar de mim para a água cristalina bem na nossa frente.
— Mais diz aí, você também parece bem distante! Também aconteceu algo que eu não saiba? — ela me pergunta curiosa.
— Sim, assim que estava a caminho aqui, tive um probleminha com um cara lindo de morrer, mas que é um filho da puta grosso! — resmungo emburrada.
— Que tipo de problema? Ele te fez algo? — Ava pergunta séria, em alerta.
— Não, relaxa! Eu que bati no carro dele, mas ao nervosinho me disse um monte de desaforos e ainda me deixo falando sozinha!
— Caraca irmã, primeira vez que vejo você dizer que um homem te deixa falando sozinha, afinal você quem fazia isso — Ava diz rindo de minha cara. Palhaça!
— Pois é, que vida! Mas pare de rir da minha cara, palhaça!
Rimos do meu comentário, e voltamos para dentro da mansão, porém o que me chamou atenção foi meu pai dizer que eu não posso ficar andando por aí apenas com um segurança, no caso o Danilo. Então ele disse que já havia pedido a Helio uma lista de caras que tem o perfil desejado, e que amanhã ele vai chamar para uma entrevistas.
Por fim, ao cair a noite, nosso papai e nossa mamãe pediram para que eu as minhas irmãs dormissem aqui, então aceitamos, só Ava que hesitou mas a mamãe logo conseguiu convence-la.
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Oi pessoal, e aí? O que acharam desse capítulo, quem será esse novo segurança de Zoe? E será que Ava vai procurar Amélia?
Beijos no coração! ♥️🥰