Professora Kim | Chaennie

By kjs_hills

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Park Chaeyoung sempre tenta se concentrar em suas aulas, mas isso é um tarefa quase impossível quando sua pro... More

Boiolagem Sem Fim.
Agradáveis Surpresas.
Uma música, Uma Emoção.
Idiota, a Minha Idiota.
Uma Mão Lava a Outra.
Declarações e Roda Gigante.
Confissões e Ameaças.
Retorno e Preocupações.
Sensações a Flor da Pele.
Dores e Conforto.
Um Lado Possessivo.
Minha Preciosa Nini.
Mama Kim.
Problemas no Paraíso.
Reconciliação Conturbada.
Conversa Esclarecedora
Suspeitas e Boatos.
Detenções e Soluções.
Café da Manhã e Compras.
Natal e Presentes.
Conversas Bobas e Aparições.
Mantendo Segredos.
Ações e Reações.

Planos e Mistério.

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By kjs_hills

Oi gente, perdão pela demora, mas ultimamente a faculdade anda bem mais puxada pela maioria das aulas serem gravadas e disponibilizadas em um período muito curto para serem assistidas. Às vezes tenho quatro, cinco aulas de matérias diferentes pra ver em uma semana.

Mas cá estamos nós mais uma vez. Não foi revisado ainda, então perdão por qualquer erro.

Boa Leitura!

— Eu acho que você pode colocar essa citação aqui. Ela está mais contextualizada em relação a metodologia que você escolheu. Sem contar que vai dar um aspecto mais contemporâneo pro seu trabalho.

Roseanne apenas murmurou um "Uhum" enquanto Jennie divagava sobre seu TCC. Ela tinha escolhido a namorada como sua orientadora não só pra poder passar um tempo a mais com ela – isso também, é claro –, mas Jennie era expert na área de metodologia científica e alguns outros alunos também haviam pedido sua orientação. Como a cota de graduandos era consideravelmente alta, Jennie a ajudava nas sextas e nos finais de semana.

Por isso que naquele sábado, às sete e meia da manhã, Roseanne mal conseguia manter os olhos abertos pelo sono enquanto a mais velha estava parada na frente de seu computador na escrivaninha. Jennie a acordou em meio a cutucadas às exatas seis e quarenta e cinco. Obviamente a Park preferia estar abraçada com ela enquanto desfrutava de um sono até a hora do almoço, afinal de contas, era seu último semestre e a carga horária embora tenha diminuído, seu trabalho de conclusão de curso estava levando embora o resto de sua alma.

Jennie voltou seus olhos para a cama, e com um suspiro raivoso rumou até a garota que abraçava um travesseiro enquanto tinha a boca aberta.

— Acorda!

— Ai! – a loira exclamou quando um tapa foi desferido contra suas costas. — Isso doeu! Caramba, Jennie.

— Eu vou dar um tapa na sua cara se você não levantar daí agora e prestar atenção.

— Mas eu gosto quando você bate na minha cara... – disse, com a voz baixa.

Jennie corou com a sentença. Ela pigarreou e puxou o edredom do corpo da mais nova.

— Olha, vamos fazer o seguinte, você arruma sua citação e faz mais um pouco dos objetivos, então voltamos para a cama e dormimos, certo?

— Tá bem.

Com Deus a levantando, Roseanne se sentou na cama. Seus olhos abriram de súbito quando finalmente analisou melhor a namorada. Jennie estava usando apenas um conjunto de vestes íntimas brancas da Calvin Klein. Debruçada sobre a mesa, seu quadril oferecia uma vista privilegiada aos olhos de meros mortais, que nesse caso, era Roseanne.

Em passos lentos, ela se posicionou atrás da morena, envolvendo seu corpo com os braços. Jennie relaxou quando sentiu a outra esfregar o rosto em seu pescoço como um cachorrinho.

— Bom dia.

— Ótimo dia, fui abençoada com uma vista divina assim que abri os olhos. Você é linda.

Jennie ficou vermelha.

— Obrigada, você também é linda. Agora, Sra. Linda, sente nessa cadeira e faça o que eu mandei.

— Então você manda em mim, é?

A morena virou em seus braços, as deixando cara a cara. Embora fosse mais baixa, Jennie não se intimidava por isso. Colocando seu olhar mais sexy, ela se firmou nos ombros da Park, ficando na ponta dos pés para sussurrar em seu ouvido:

— É claro. Afinal de contas, sou sua professora. E também, pelo que eu bem me lembre, você adora quando eu mando em ti.

— Jennie...

— Agora comece a organizar o seu trabalho, amorzinho. – Jennie se afastou dela e puxou a cadeira. Chaeyoung bufou, mas se sentou mesmo assim. — Muito bem.

Jennie acariciou seus cabelos. E enquanto a Park se concentrava em arrumar uma parte do tcc, a mais velha aproveitou para admirá-la. Desde a maneira que ela colocava a ponta da língua no canto da boca pela concentração, e até a mania que tinha de passar o indicador na sobrancelha quando lia por muito tempo.

Não restavam dúvidas de que Park Chaeyoung tinha o coração de Jennie Kim na palma de sua mão.

***

Chaeyoung amava seus pais. Eles eram seus maiores apoiadores e incentivadores. E como todo filho, ela também tinha aquele que gostava um pouquinho mais ou confiava melhor. E era seu pai. Mason Park havia lhe comprado seu primeiro violão quando ela tinha cinco anos de idade, ele também colocou toda sua crença quando ela confidenciou que tinha vontade de jogar basquete e tentar entrar para o time. E mesmo quando suas expectativas e autoconfiança estavam inexistentes, ele levantou sua moral e acreditou em si. Mason sempre lhe deu os melhores conselhos, e sendo um romântico nato mantendo acesa a chama do matrimônio com sua mãe depois de tantos anos, ele era a pessoa mais recomendável para o que ela tinha em mente.

Aproveitando que Jennie havia saído com sua mãe e Alice, ela seguiu para a biblioteca, onde seu pai estaria. Com duas batidas na porta, Roseanne colocou a cabeça para dentro. Seu pai ergueu os olhos do livro sorrindo para si e acenando para ela entrar.

— Bom dia, querida.

— Bom dia, pai.

— As garotas ainda não voltaram?

— Não. E acho que não voltam por tão cedo. Mamãe as levou até o centro para fazerem compras.

— E você não quis ir? – ele bebericou o chá, que pela primeira vez a garota notou, na xícara que repousava sobre a mesa. — Você adora comprar.

— Claro, mas não para ficar andando horas e horas. Sem contar que sobraria para mim carregar todas aquelas sacolas – ela estremeceu ao pensar. Seu pai deu uma risadinha. — E também preciso falar com o senhor.

— Uma conversa entre pai e filha. A última vez que conversamos a sós, você me confidenciou que estava apaixonada por sua professora. Acho que dessa vez será mais interessante. Sente-se. – Ele indicou a poltrona a sua frente.

Roseanne se ajeitou no estofado. Ela suspirou profundamente, esfregando as mãos sobre o tecido da calça de moletom. A conhecendo bem, seu pai sabia que ela estava nervosa para contar seja lá o que fosse. Os olhos castanhos avelã analisaram o céu nublado, e a garoa que caía lá fora antes de fixar o olhar no homem atento a seus movimentos.

— Quando você soube que estava pronto para pedir a mamãe em casamento? – perguntou ela.

Mason ficou surpreso com a pergunta. Tomando mais um gole do chá de erva doce, ele cruzou as pernas analisando a filha.

— Na época estávamos morando juntos. Naquele apartamento do centro que te mostrei quando fomos passar as férias em Melbourne anos atrás. Eu estava preparando nosso café da manhã, e sua mãe me abraçou por trás. Ela me deu aquele sorriso característico que é uma das maneiras dela de dizer "eu te amo", e enquanto estávamos comendo, notei que eu não conseguia tirar meus olhos dela, fui tomado por uma sensação boa e leve, a qual não sentia há um bom tempo. Então eu soube, ali, naquele exato momento que queria passar o resto da vida com ela. E bem, hoje estamos aqui, correto? – Mason deu um risinho satisfeito.

— Isso foi lindo.

— Concordo. Mas por que a pergunta repentina?

Ela respirou fundo, tomando coragem.

— Pai, estou pensando em pedir Jennie em casamento.

Um silêncio pairou sobre a sala. Mason novamente tomou um gole do chá, e Chaeyoung observou mais uma vez a chuva que começara a cair lá fora. Para alívio da loira, seu pai sorriu.

— Isso é ótimo, filha. Não vou te perguntar se você tem certeza de que a ama o suficiente pra isso, pois é notável que sim. No entanto, vou perguntar, por que você a ama?

— Posso te fazer ficar aqui sentado por horas dizendo os motivos que me fazem amá-la. Mas acho que um dos principais é porque estando com ela, eu posso ser eu mesma. Jennie não me julga ou repreende por isso. Quando eu estou lá divagando minhas besteiras tediantes, ela mantém toda sua atenção em mim, ela me olha da mesma forma que você olha a mamãe quando ela está contando algo. E quando eu paro porque tenho certeza de que estou sendo um pé na bunda, ela faz beicinho e me diz pra continuar, pois segundo ela eu fico a coisa mais linda do mundo falando sobre o que eu gosto, e que ela ama ouvir minha voz. Ela também me faz sentir segura como ninguém nunca fez. Sempre que estou com Jennie sinto que posso fazer qualquer coisa, ela me incentiva a buscar o melhor pra mim e me faz querer o melhor de mim. Eu a amo tanto, pai... E sinceramente, não consigo mais imaginar um futuro ou uma vida onde essa mulher não esteja ao meu lado. – Roseanne engoliu em seco, piscando os olhos para as lágrimas que se acumularam ali não caírem.

Seu pai parecia compartilhar do mesmo sentimento. Os olhos escuros do homem brilhavam orgulhosos para si. Ele estendeu a mão, agarrando seus dedos e envolvendo sua mão direita com as suas.

— Minha filha, você cresceu tanto. Você não tem ideia do quão orgulhoso me sinto de ver que você chegou longe. Saiba que tem meu total apoio para pedir a mulher que você ama em casamento. Podemos até ir comprar os anéis juntos se você quiser. Me sinto o pai mais orgulhoso e sortudo do mundo por ter filhos incríveis.

— Não chore, vai me fazer chorar também – Roseanne fez beicinho quando seu pai limpou uma lágrima que rolou por sua bochecha. — E sou eu quem tenho sorte por ter o pai mais incrível do mundo todo.

— Você está sendo modesta. – Ele riu.

— Mas e se ela disser "não"?

— Querida, Jennie te ama mais do que qualquer coisa nesse mundo. Não acho que ela vá negar isso, mas caso aconteça, e se ela confidenciar que não está pronta ainda, respeite a decisão dela. Isso não quer dizer que ela te ame menos, certo? Mas não pense por esse lado.

— Muito obrigada, pai. Eu queria ter te contado antes, mas você sabe como andam as coisas com minha formatura se aproximando.

— Eu entendo, Chaeng. Estou aqui para você, sempre, para o que precisar. Agora venha aqui abraçar seu velho.

Ela se ajoelhou entre as pernas do pai, envolvendo seus braços na cintura dele. O mais velho a apertou contra si, deixando um beijo em seus cabelos. Mason estava muito orgulhoso dela. O momento foi interrompido por batidas na porta.

Ambos voltaram seus olhares pra entrada, onde uma morena de olhos de gato observava a cena com um sorriso tímido.

— Nós voltamos. Clare disse que provavelmente vocês estariam aqui. Comprei aqueles espetos de frango que você gosta, Rosie.

— Vocês voltaram cedo – proferiu o Sr. Park, olhando o relógio após Chaeyoung se levantar e ir até Jennie, a envolvendo em um abraço. — Pensei que ficariam por lá até a hora do almoço.

— Começou a chover forte, achamos melhor voltar – explicou a Kim, limpando os olhos marejados da namorada. — Você está bem?

— Claro. Vamos lá, quero me abastecer – ela acariciou o estômago, ganhando uma risada de Jennie. — Vamos, pai.

Os dois trocaram um olhar cúmplice, o qual não passou despercebido pelos olhos atentos da morena. E quando Mason saiu dali, antes que Chaeyoung começasse a caminhar, Jennie segurou seu braço.

— Tem certeza de que está tudo bem?

— Tenho sim, amor. Por quê?

— Curiosidade mórbida. Você estava praticamente chorando e seu pai também.

Chaeyoung engoliu em seco.

— Foi uma conversa sentimental que eu não tinha há muito tempo com ele. Nos emocionamos com facilidade – ela sorriu amarelo. Jennie cerrou os olhos. — Não me olha assim, me intimida.

— Yah, Park Chaeyoung, se estiver mentindo pra mim eu vou cortar seus dedos.

— Bem, a única prejudicada seria você.

Jennie ia dizendo algo, mas ela a calou com um beijo. Suas mãos agarraram com firmeza a cintura da Kim antes de ela deslizar a direita até as madeixas escuras e sedosas. Jennie abraçou seu pescoço enquanto as bocas se encontravam suavemente, compartilhando um beijo calmo e lento. Não importava quantas vezes tivessem feito aquilo, para Roseanne teria a mesma magia e sensação da primeira. As borboletas voando livremente em seu estômago, seu coração batendo forte, ritmadamente e o cheiro viciante de Jennie inebriando seus sentidos. Findaram o contato com ela deixando uma mordida nos lábios da mais velha.

— Uau – Jennie murmurou, sem fôlego.

— Uau.

O peito de ambas subia e descia. Chaeyoung riu ofegante e abraçou a namorada quando ela sorriu grandemente, expondo seus dentes pequenos.

— Vamos pegar seus espetos de frango antes que Alice os coma para provocar você.

— Ela não seria doida.

Com risadinhas, saíram da biblioteca. O pequeno momento que compartilharam só deu mais certeza ao que a Park planejava: pedir a mulher de sua vida em casamento.

***

Escrevi e reescrevi esse capítulo umas cinco vezes, e ainda acho que não tá bom, mas não queria demorar mais ainda com uma atualização.

O próximo pode ser que demore novamente, então já vou pedir perdão com antecedência.

Se cuidem, por favor!!

E até mais :)

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