quem tá vivo sempre aparece né :v
mds gente que vergonha, me desculpem pela demora, eu tava com um bloqueio criativo do cão e o capítulo ainda não saiu como eu queria, mas tenham uma boa leitura <3
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– Estamos precisando de dinheiro, manter uma gangue igual a nossa não é fácil. Soube que vocês tinham assuntos pendentes com ele.– falei dando de ombros.
Ambos assentiram. Ótimo, caíram.
Tudo está indo de acordo com o plano.
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– Nós temos algumas dívidas com vocês, o Makoto nos ajudou bastante e perdoou algumas coisinhas. E como somos honestos, nosso trabalho é pagar o que devemos.– Riki, o rapaz que tinha o cabelo preso em um rabo de cavalo, disse rindo de uma forma sarcástica.
– Ah, claro.– eu forcei um sorriso.– Aliás, não querendo ser intrometido, mas como anda o negócio de vocês? Soube de alguns da nossa gangue que a boate tá sendo um sucesso.
– Por que se interessa? – Koji perguntou me analisando.
– E por que não me interessaria? Vocês são famosos, então isso desperta minha curiosidade.
Ambos me olharam com um ar de superioridade, com sorrisos convencidos nos lábios.
– De fato nós somos muito conhecidos por nossas incríveis festas.– Koji disse ainda sorrindo.
– E vocês tem trabalhado em outros lugares além de Osaka? Não vão me dizer que vieram nessa cidade de merda só pra tirar férias.– soltei um riso nasal, sempre atento a qualquer tipo de reação deles. Eu tenho que ser cuidadoso nas perguntas.
– Mas é claro, não podemos perder a oportunidade de ganhar um dinheirinho a mais. Estamos aqui por negociações com o dono dessa boate, agora nós somos sócios.
– Desgraçados! Sabia que tinha algo assim acontecendo...– Hayato falou no meu ouvido.– Tente pegar mais algumas informações, isso não é o suficiente!
– Uau! É um belo negócio, essa boate é muito movimentada.– falei dando tudo de mim pra mostrar 0,001% de interesse no assunto. Eles assentiram.
– Pois é. E o dono dessa boate também nos ajuda na distribuição das drogas, mas disso aí você sabe, já que ele e o Makoto eram grandes amigos.
– Ah, com certeza. O Makoto tinha uma boa relação com o dono daqui.– falei tentando parecer o mais convincente possível.
Koji fez um sinal com a mão, chamando uma das garçonetes. Ela veio até nós.
– Traga três bebibas, de preferência as melhores.– ele ordenou. A moça esperou por breves segundos, no mesmo lugar, como se esperasse mais alguma ordem. Koji olhou para ela de forma irritada.– Tá fazendo o que parada aí, sua vadia?! Anda logo!
– Sim senhor, me desculpa.– ela falou assustada e saiu rapidamente.
Antes da moça sair de perto, notei marcas roxas em algumas partes do corpo dela.
– Não fique olhando demais, ela não é isso tudo.– Riki disse rindo.– Ela tem muito o que aprender ainda.
– O que são aquelas marcas roxas? – eu ignorei o que ele disse e ele me olhou arqueando uma das sobrancelhas.
– Sei lá, chupões, talvez. Não me importo, ela está sendo paga pra isso.– ele deu de ombros.
– Talvez? Não tem certeza?
– E por que eu teria? Já disse que não me importo.
– Tendou, não se altere.– Hayato falou mais uma vez. Ele falou como se sentisse a irritação dentro de mim crescendo por ouvir aqueles dois estrumes falando daquela moça com tanto desprezo.
– Mas enfim.– Riki me chamou, atraindo minha atenção para ele novamente. Ele pareceu notar algo diferente em mim.– Vamos voltar ao assunto do Makoto.– eu assenti.– Nós devemos um pagamento pela compra de 50kg das drogas, espero que não tenha juros.– ele riu de forma nervosa.
– Nessa última entrega conseguimos faturar bastante, mas tivemos que pagar pelo transporte de algumas armas... Você entende, né?
– Eles estão falando tudo... Tendou, tenha cuidado agora.
Eu estava pronto para falar algo, até a garçonete de antes voltar com uma bandeja com três taças. Ela deixou a bandeja sobre a mesinha de centro que havia ali e esperou novamente.
Não pude deixar de olhar para ela novamente. Ela tinha um olhar cansado e um semblante triste. Havia alguns chupões no seu pescoço, mas alguns hematomas perto da boca.
Riki e Koji pegaram as taças e eu fiz o mesmo. Antes que eu pudesse tomar um gole do líquido de cor vermelha, Koji pediu para a moça de ajoelhar e assim ela o fez, logo em seguida o homem jogou o líquido no rosto dela.
– Eu pedi a melhor bebiba! Tira essa porcaria daqui! – ele gritou, a assustando ainda mais.
Aquilo ali foi a gota d'água pra mim.
Joguei a taça no chão com força e me levantei rapidamente. A garota se afastou indo para trás, quando eu chutei a mesinha de centro pro lado oposto de onde ela estava.
Os dois homens se assustaram com minha atitude repentina. Tirei minha arma do coldre e fui até o homem que tinha um topete ridículo.
Riki tentou fazer algo, mas usei o cabo da arma para soca-lô com toda a força que eu tinha, deixando-o cair desmaiado.
– Hayato! o garoto foi pra cima deles! – um dos policiais que entrou comigo na boate falou desesperado.
– O que?! E o plano? E o sinal?! Tendou qual é o seu problema?? – ouvi a voz do Kim, amigo do Hayato.
– Foda-se o plano! Eu vou matar esse desgraçado! – falei apontando a arma pra cabeça dele.– E fala pro seu segurança de merda não se meter!
– Não ficou assim por causa dessa vadiazinha, não é? – ele riu de forma sarcástica.– Você é ridículo, garoto.
– Cala a sua boca.– eu me aproximei dele.– Se acha o alfa tratando uma mulher dessa forma?
– Ela é só uma garçonete ridícula e nojenta que dorme com qualquer um por dinheiro, por que se importa? – havia um sorriso sínico no seu rosto. Isso fez me sangue ferver e como consequência o bati da mesma forma que fiz com Riki, só que diferente do outro, ele não desmaiou.
– Vamos agora!
Eu estava pronto pra puxar o gatilho da arma quando ouvi as pessoas gritarem e os policiais correndo, entrando no local e alguns vindo até o segundo andar, onde eu estava.
– Tendou, não faça isso! – ouvi a voz de Hayato atrás de mim, mas não olhei na sua direção pois estava com os olhos fixos no homem à minha frente.
– Satori Tendou? – Koji disse, soltando uma gargalhada em seguida.– Eu sabia que te conhecia de algum lugar, garoto! Foi você que matou o Makoto e o Hiroshi, não é? – eu não pude evitar de perceber o nervosismo na sua voz.– Agora você trabalha pra polícia? Que vergonha.
– Eu não trabalho pra ninguém. Eu só quero mudar de vida, diferente de você.– eu encostei a arma na testa dele.
– Mudar de vida?! – ele riu alto.– Você é um criminoso, moleque! Um assassino, um ladrão! Você não pode mudar isso e apagar isso da sua vida... Você estará marcado pra sempre.
Minha raiva chegou no nível máximo, fazendo a palma da minha mão coçar e meu dedo formigar. O olhar de deboche que o homem tinha me dava vontade de vomitar. Eu escutava a voz de Hayato atrás de mim, mas ele não moveu um músculo pra vir me impedir e ele sabia muito bem o que eu queria fazer.
– Anda, garoto! Atira, eu sei que é isso que você quer! – ele dizia de uma forma animada e isso me deixou um pouco assustado.– Me mata logo!! – ele gritou alto, fechando os olhos, assustando a garota que ainda estava no canto, perto do sofá.
Puxei o gatilho e o barulho alto da arma foi ouvido no local, deixando a multidão que estava no andar de baixo mais agitada ainda.
O homem à minha frente abriu os olhos assustado, parecendo admirado por ainda estar vivo e mais ainda quando viu que eu tinha atirado do seu lado, no encosto do sofá. Hayato chegou do meu lado, soltando um suspiro de alívio.
– Por que não me matou? – Koji perguntou.
– A morte seria boa demais pra você.– eu falei o encarando. Ele balançou a cabeça de forma de negativa.
– Você só pode ser idiota.– ele falou de forma indiferente. Guardei minha arma no coldre e o puxei pela gola da camisa social, fazendo-o ficar de pé.
– Você vai passar um bom tempo na cadeia junto com seu amiguinho. Quando você sair de lá, e se sair, quero que saiba que se eu souber que você encostou um dedo sequer numa mulher novamente, o próximo tiro não vai ser no sofá, mas sim na porra da sua cabeça.– disse num sussurro, mas alto o suficiente pra ele ouvir.
Dito isso, Hayato me afastou dele assim que outros policiais chegaram para prende-lô juntamente com o outro que estava desmaiado no sofá.
Assim que eles foram levados, cheguei perto da moça e a ajudei a se levantar. Ela não tardou em me abraçar fortemente pela cintura, me agradecendo várias e várias vezes.
– Não me agradeça por isso... não queria que você se machucasse.– eu a abracei de volta e deixei um beijo no topo da cabeça da jovem que estava chorando. Logo ela foi levada com mais algumas garçonetes.
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Hayato me acompanhou para fora da boate, me ajudando a passar por todas as pessoas que ainda estavam sendo levadas para fora do local.
Ele avisou para alguns de seus amigos de trabalho que me levaria até a delegacia onde eu estava preso e fomos para dentro da viatura que estava parada ali.
O caminho foi silencioso no começo. Eu ainda sentia a raiva dentro de mim e acabei me lembrando de toda a adrenalina que passei nas últimas horas. Eu me perguntava se eu fiz certo em não estourar os miolos daquele idiota.
– Uh, Tendou? – ouvi a voz do homem ao meu lado. Saí dos meus devaneios e percebi que estávamos parados no estacionamento de uma lanchonete.
– O que estamos fazendo aqui?
– Vou pegar algo para comermos, mas antes quero saber como você está se sentindo.
Eu o encarei por breves segundos. Ele era muito parecido com o Wakatoshi, até mesmo no seu jeito sutil de se preocupar. Droga... eu sentia tanta falta dele.
– E então...? – ele me analisou e eu desviei o olhar para baixo, olhando para as minhas mãos com alguns curativos.
– Eu não sei...– suspirei fundo.– Eu ainda 'tô com raiva, eu não sei se não atirar nele foi uma boa ideia...
– Foi a melhor decisão da sua vida.– ele disse de forma tranquila e eu o olhei.
– Ele tinha razão; eu tô marcado pelo resto da minha vida, é uma mancha que nunca vai sumir.
– Você errou, mas agora está tentando se acertar e a prova disso é você não ter matado ele, por mais que estivesse ansiando por puxar o gatilho. Você foi forte e cumpriu sua promessa.– o homem de cabelo grisalhos pôs uma das mãos no meu ombro.– Você não é um monstro, Tendou. Não fique se culpando por coisas que aconteceram no seu passado, você não é mais aquele garoto.
Não pude evitar de deixar as lágrimas saírem. Por mais simples que aquelas palavras fossem, eu senti um grande peso saindo das minhas costas e eu me sentia mais leve.
– Obrigado por ter confiado em mim, Ushijima.– sorri minimamente ao ver a reação do homem por eu o chamar pelo sobrenome.
– Eu fiz a escolha certa.– ele sorriu.– Bom, agora eu vou ir pegar um lanche caprichado pra você e te levar pro seu apartamento pra você descansar.
Eu o olhei de forma confusa.
– Pensei que iríamos para a delegacia.
– Tenho que cumprir minha parte do acordo com você, Tendou e, além disso, tenho uma surpresa para ti amanhã.– ele deu dois tapinhas no meu braço e saiu do carro indo até a lanchonete.
Surpresa...?
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espero que todo mundo esteja muito bem, eu tava morrendo de saudades de vocês <3
não vou me estender muito nas notas finais, mas gostaria de avisar com muita dor no coração que esse é o penúltimo capítulo de Monster :((
eu tô dando meu máximo pra trazer um capítulo final maravilhoso pra vocês pra fechar com chave de ouro ksks
enfim, espero que tenham gostado ^^
não se esqueçam de votar
desculpe por qualquer erro e até a próxima