Bella's lullaby

By lovslouder

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Família a gente não escolhe, mas em alguns casos, somos escolhidos. História Bechloe numa realidade alternat... More

tão rápido quanto a noite muda.
processos burocráticos.
Quando o amanhã vier estarei por conta própria
Não é o que ela iria querer
Eu preciso de você
Teto de vidro
Metade do que você sentia
Tem um bebê no seu colo
Não é o que parece
Vou sonhar por você
Meu caminho de volta
Mundo dos homens
O mundo não está acabando
Por essa noite
Com você me sinto segura
Novas bombas a explodir
Brigadeiro às 7:45
Senhoras e senhores, o conselho tutelar
Tudo bem.
Desde quando fiquei tão mole assim?
Péssimo gosto para fantasias
Eu te amo, Chloe Beale.
Você deixou a porta aberta?
Eu não sou louca.
Não faça nada sem mim.
Que se dane a reserva.
Não é mais.
Ela não iria me perdoar
Pumpkin
É 31 de Outubro de novo.

Canção de ninar da Bella

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By lovslouder

Por mais tenebroso que aquele dia tinha sido, o medo de Beca não era do funeral, nem do enterro, não eram das pessoas na casa, todas usando preto e do luto compartilhado. Ela tinha medo da noite, quando todos foram embora e agora o silêncio ecoava os quatro cantos, a ansiedade que apertava seu peito como se o mundo inteiro estivesse fora do lugar e constantemente uma voz susurrava em sua cabeça "que porra eu vou fazer da minha vida agora?".

Aubrey terminava de lavar uns pratos, Emily e Cynthia ajudaram a organizar a casa, todas as outras ja tinham partido, a Bella estava dormindo, Chloe estava no sofá, mexendo no celular e respirava fundo como se estivesse tendo os mesmos pensamentos que Beca.

— Bom, meninas, nós ja vamos indo, vocês também precisam descansar. - Aubrey começou, secando as mãos em um avental.

— Qualquer coisa é só ligar... - Cynthia deu uma pausa e olhou pra bree. — Pra Aubrey... - Deu uma risadinha. Na verdade Aubrey e Emily moravam mais perto, as outras já viviam nos limites da cidade ou até mesmo fora dela.

— Sim, prometam que vão ligar, vocês não precisam lidar com tudo sozinhas, sei que acham que podem, mas não é errado pedir ajuda, ok? - A loira penetrava os olhos em Beca, pois era ela quem sempre ficava estranha com essas coisas, achava que podia resolver tudo sozinha e demorava a admitir que não.

Depois de se abracem mais uma vez, Beca as deixa na porta, espera todas entrarem no carro e apaga a luz da varanda, eram quase nove da noite, extremamente cedo no mundo de Produtora musical da Beca Mitchell, mas incrivelmente tarde em Atlanta e como se fosse automático, ela também se sentia sonolenta nesse minuto.

— Entendi agora o porquê a Stacie dormia tanto...

Ela soltou um pequeno riso, se virou pra Chloe talvez esperando que ela não tivesse sido ouvida, mas Chloe ouviu, a olhava em silêncio sem saber o que dizer. Beca pensou em puxar qualquer assunto, perguntar se a ruiva estava com fome, mas tudo parecia tão estranho e depois de toda a comida que tinha na casa hoje, talvez a pergunta fosse boba.
Ela então se sentou no sofá de frente, Chloe continuou distante e distraída encarando a tela do celular, Beca encostou a cabeça para trás e fechou os olhos, sem pretensão de dormir, apenas descansar a mente. Foi quando Bella começou a chorar alto.

As duas se levantaram num pulo, por dez minutos esqueceram que existia uma criança sob a supervisão delas. Chloe pegou a pequena no berço, tentou ninar ela, tentou brincar, mas o choro insistia em vencer o tom de voz da maior, talvez estivesse precisando trocar a fralda, talvez estivesse faminta.

— Vou trocar a fralda, você faz mamadeira, pode ser? - A ruiva sugeriu. Beca concorda, parece um bom começo de trabalho em equipe.

Mas a fralda estava limpa, Bella tão pouco quis mamar e seu choro continuava inconsolável.

— Deixa eu tentar. - Beca pega a menor e a balança de um lado para o outro, caminha pela casa e nada, nada fazia a pequena se controlar.

— Beca, você esta balançando muito forte, tá deixando ela pior!

No fim da primeira hora, Beca estava sentada na cama massageando as temporas, Chloe estava ajoelhada em frente ao berço e Bella estava em pé nele chorando tão forte quanto a uma hora atrás, a ruiva colava a mão no rosto e tirava em várias tentativas de fazer o bebê sorrir, mostrava os brinquedos, o cachorro, depois parou por um tempo afirmando que ela saberia se controlar sozinha, ou que ao menos aprendesse assim. Em cinco minutos daquela cena, Beca se irritou e a tirou do berço mais uma vez.

— O que você tá fazendo? - A atitude contrária de Beca, fez Chloe se irritar, ela já estava falando sobre como Bella seria mimada se toda vez que ela chorasse, Beca fizesse sua vontade.

— Ela é nova no mundo, Chloe, ela não sabe o que ta rolando, não vou deixar ela pensar que não ligamos pra ela.

Não era intenção de Beca causar na ruiva a sensação de que estava competindo quem seria a melhor com a criança, mas uma pequena faísca de rivalidade nasceu entre elas.

No final da terceira hora, elas haviam tentado de tudo, banho, uma volta de carro, barulhos, TV, mais comida, tudo o que conseguiram imaginar, o choro era mais baixo agora e mais cansado.

— E se ela estiver sentindo alguma dor? - Beca sugere.

— Pode ser que sim, você tem o número do pediatra? - Chloe esperou a morena pegar o número e discar em seu telefone que apenas tocou sem resposta. — É domingo, droga, ele não vai atender.

— Vê se ela ta com febre, tem um termômetro na gaveta. - A ideia do termômetro assustou a menor, ela não deixava o objeto gelado encostar sua pele, se contorcia como se estivessem a matando, Beca tentou acalma-la fazendo alguns sons musicais com a boca. — hmmmmm, hhmmm nanana... - Os grandes olhos de Bella miraram a boca de Beca, demonstrando atenção ao som que vinha dali.

flashback on

As Bellas estavam na França sendo massacradas pelas outras bandas na competição para ver quem abriria o show do DJ Khaled, Stacie liga para Chloe por uma chamada de vídeo do hospital, ouve as meninas reclamarem um pouco mas não consegue conter a vontade de anunciar logo a chegada da pequena. Todas ficaram com os corações quentinhos vendo o pinguinho de gente, Amy dava dicas de nomes para o bebê, Amy gorda ou Patrícia gorda, mas Stacie já tinha o nome perfeito. Bella. Foi nesse dia que todas ouviram o choro forte do serzinho pela primeira vez, era alto e nem mesmo Stacie entendia a razão, então Emily começou a cantar uma música na qual estava trabalhando em segredo, achou que seria o melhor momento e que Bella seria a melhor pessoa para quem ela dedicaria a canção.

— Looking like today is something good, the sun is shining only like it should. [...]

Bella parou de chorar e adormeceu com as vozes calmas de todas elas em harmonia.

— Uau... - Stacie se emociona. — Eu amo vocês, obrigada pessoal.

flashback off

Beca se lembrou desse momento, do efeito que a musica causou no bebê, se lembrou também das vezes que ligava para a amiga e ela estava cantando exatamente essa música para a filha dormir, ela chamava a música de "Bella's lullaby", foi um dos melhores presentes de Emily.

Então Beca resolveu arriscar na única coisa que não haviam tentado ainda, a música.

Don't no one know tomorrow's gonna bring, but whatever it is, i'm gonna sing. Oohh my what wonderful feeling, oooh I've gotta be dreaming...

Os olhos de Chloe brilharam ouvindo a melodia calma, ela se lembrava da letra perfeitamente, mas só queria ouvir Beca cantar, nenhuma das duas percebeu que de fato, Bella parou de chorar.

It feels so good, all i can do is smile... feels so good, all i can do is... - Beca diminuiu o som gradativamente vendo o beber adormecer no colo da ruiva. — ...Smile.

Elas comemoraram internamente que aquilo realmente funcionou.

***

Beca dormiu no sofá, Chloe na cama de casal com o berço do lado, apesar de insistir que Beca ficasse no quarto com elas, Beca preferiu que revezassem quem acordaria a noite para atender a Bella caso ela chorasse. Digo, não era comum que uma criança de um ano acordasse várias vezes, na verdade Bella tinha um sono pesadíssimo, mas ela já sentia que algo havia mudado e ela estava confusa, mesmo tão nova, sabia que sua mãe não estava ali, não ouviu sua mãe falar, não recebeu seus beijinjos e abraços durante o dia, não comeu sua comida, não sentiu seu cheiro em nenhum dos colos que recebeu, a pequena aguentou firme a saudade durante o dia inteiro, mas a noite, a última pessoa que ela precisava no mundo inteiro, era de sua mãe.

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