Inalcançável Você - Segunda T...

By princesstrikru

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Após a partida de Lauren, Camila ficou com a dura missão de se curar do seu passado, será que a morena conseg... More

E Treze Dias
Nunca Foi Amor
Um Compromisso
Me Lembra Você
Uma Montanha Inteira
Duas Mães
Cupido
Fuga
Castigo
Promete
Santíssima Trindade
Parabéns, Lauren!
Coração e Razão
Iguais
Oregon, Parte 1
Oregon, Parte 2
Faca De Dois Gumes
Mereço Mais
Te Machuquei?
A Gente Tá Bem?
Mel
Esquecer Um Amor
Que Flores?
Caminho do Coração
Em Campo
Namorada
Mais Leve
Camz and Lern
Platão
Pacific Beach
De Novo
Karma
End
Epílogo

Tesoura

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By princesstrikru

Lauren POV

 Quando fechamos a clínica, seguimos direto para a casa da Dinah. Devido ao cansaço do dia, eu acabei dormindo em um dos quartos de hóspedes, acordei por volta das 18h, tomei um banho rápido e fui pra sala esperar  o pessoal chegar. Dinah querendo ou não, sua casa virou o novo point do grupo, sendo assim, logo o pessoal topou vir pra cá, os primeiros a chegarem foram Mani, Alex, Tay e Elise, que trouxe a namorada junto, eu ainda não conversei sobre ela com minha amiga, afinal, não posso chegar e falar: "Hey, amiga, não gostei da sua namorada, ela tem um olhar suspeito, a química não bateu." certo? Certo. E até o momento ela não fez nada que eu possa usar como argumento, ela pode ser apenas inconveniente mesmo, e não podemos discriminar uma pessoa por isso, infelizmente. 

— Vou colocar essas cervejinhas no freezer. - Alex disse passando direto pra cozinha. 

— O combinado era não beber e ele trouxe bebida? - Dinah perguntou.

— Eu ouvi isso. - Ele disse do corredor. — Eu não tenho mais idade para beber líquidos não alcoólicos.

— Tô no time dele. - Falei, porque estou afim de beber também.

— Só os vagabundos. - Taylor disse me empurrando. — Eu vou de suco porque tenho um seminário pra concluir amanhã. 

 Todos se acomodaram na sala, mas a voz do Apollo tagarelando na cozinha, me deu curiosidade de ir ver o que ele está fazendo. 

— Mamãe, assim não pode. - Ouvi a voz dele aparentemente irritado. — Você é maior do que eu, isso é trapaça.

 Ouvi a risada de Camila e sorri sem nem saber do que se trata.

— Ué, a gente usa as vantagens que tem. 

 Apareci no cômodo, Apollo está apenas de cueca e todo sujo, do que eu julgo ser farinha, já Camila está de pé perto do balcão, ajeitando uma massa dentro da forma, foi impossível não apreciar ela que está vestida de uma uma forma tão despojada, um short branco curto e justo ao corpo, um cropped também branco mas com as cores da bandeira LGBT estampada na frente, descalça e com o cabelo levemente bagunçado, mas de uma forma surpreendentemente sexy.

— Não sei o que estão fazendo, mas eu quero um pedaço. - Falei.

 Camila se assustou, o que fez Apollo soltar uma gargalhada.

— Tem jeito não, vou comprar um sino pra colocar no seu pescoço, pra eu te ouvir chegando, toda vez me assusta. - Camila disse com a mão no peito.

— UM SINO? - Apollo perguntou com os olhos arregalados. — Mamãe, quando o vovô me levou na fazenda, quem usava sino no pescoço eram as vacas!

 Camila me olhou, depois olhou para o filho.

— Ela me chamou de vaca então? - Perguntei cruzando os braços, fingindo estar brava.

— Não. - Camila falou.

— Sim. - Apollo contrapôs. — Eu acho que como vingança você deve roubar um chocolate dela. - Apontou para a mãe.

— Ela tem chocolate? - Perguntei atenta me aproximando mais dele.

— Sim, e está comendo sozinha, sem mim. - Fez um bico triste. 

 Quase apertei ele em meus braços, mas não quero me sujar de farinha. 

— Você não tá dividindo com ele, Camila? - Perguntei me virando pra ela que soltou uma risada.

— É porque é pra colocar no bolo. - Apontou a massa na forma.

— Mas você comeu, mamãe. - Apollo disse em um tom choroso. 

— Ah, eu sou alta o suficiente pra roubar, você não. - Deu de ombros, claramente pra tirar o menino do sério. 

— Só porque eu sou pequeno. - Disse baixando a cabeça. 

 Olhei pra Camila e falei em um tom baixo:

— Para de ser malvada.

— Eu acho fofo ele irritado. - Respondeu tão baixo quanto eu.

 Olhei para os móveis buscando os tais chocolates e quando os localizei fui até lá, peguei um e levei até o Apollo.

— Aqui, alcancei um pra você. - Falei o entregando. 

 Ele deixou o queixo cair, e antes mesmo que eu pudesse impedi-lo, ele pulou nos meus braços, o que seria ótimo, se ele não estivesse sujo. Olhei pra Camila que está segurando o riso.

— Obrigada. - Ele disse e deixou um beijo na minha bochecha. — Vou dividir com você. - Passou a abrir a embalagem. — Aqui, morde. - Levou até minha boca e eu dei uma pequena mordida.

 Esperei ele enfiar o resto na boca, mas ao invés disso, ele deu uma mordida e caminhou com o outro pedaço até a mãe.

— Esse é seu. - Ele disse levantando o braço pra Camila pegar o doce com a boca.

 Vi em seus olhos a culpa por ter ficado fazendo gracinha com ele a custo da sua própria diversão. Eu ia comentar sobre a cena, mas Dinah surgiu na cozinha, fazendo o assunto fugir da minha mente. 

— Ei, seu porquinho. - Ela disse e Apollo olhou na mesma hora. — Ala, já até sabe que é o porquinho. - O garoto riu e olhou para o próprio corpo sujo. — Vem, vou te dar um banho enquanto sua mãe coloca o bolo no forno. - Ele foi e Dinah olhou pra Camila. — Se você deixar minha cozinha cheia de fumaça de novo, eu te esgano. - Ameaçou e saiu.

— Qualquer coisa me processa você também. - Camila disse alto para que ela ouvisse do corredor. 

 Dinah respondeu alguma coisa, mas eu não entendi, na verdade eu não prestei atenção, porque a cena de Camila tão leve, tão relaxada, me deixou um pouco encantada. Eu não sei se ela percebeu meu olhar, mas ela piscou o olho pra mim, me fazendo rir.

— Você acordou e nem veio falar com a gente. - Disse em um falso tom magoado. 

 Neguei com a cabeça e me aproximei dela, quando eu estava perto, me curvei para deixar um beijo em sua bochecha, mas no momento exato ela virou o rosto, o que fez nossas bocas encostarem em um selinho.

— Camila! - Repreendi.

— Foi sem querer. - Pegou o bolo e levou ao forno. 

 O sorriso em seu rosto comprova que não foi sem querer coisa nenhuma. Mas resolvi ignorar, e passamos a conversar normalmente, contei pra ela sobre minhas dúvidas de aceitar ou não o trabalho com senhor Andersen, ela me falou sobre a clínica, e algumas peripécias do Apollo que me deixava ainda mais encantada pela criança. Por alguns minutos, eu me deixei levar da realidade, eu esqueci até que estávamos na casa da Dinah, e que tem várias outras pessoas por aqui. Depois do banho, Camila colocou Apollo para assistir desenho no quarto da Dinah e retornou para a cozinha, segundo ela, com alguns minutos assistindo ele já cairia no sono. Fiquei na cozinha com ela esperando o bolo ficar pronto, ela disse que da última vez, tinha deixado queimar e o cheiro ficou 1 semana impregnado na cozinha, então não pode se descuidar dessa vez. Ao avistar Normani indo até o freezer, eu franzi o cenho.

— Você disse que não ia beber. - Falei e ela me olhou. 

— É pra Dinah. - Falou pegando uma cerveja na mão. 

 Estreitei os olhos.

— Ah, tá explicado, é pra Dinah. - Falei sugestiva. 

 Normani me fuzilou com o olhar e saiu da cozinha. 

— Uma pessoa apaixonada é tão trouxa, né? - Camila perguntou segurando o riso.

— Eu que o diga, péssimos tempos.

 Ela estreitou os olhos.

— Você não é mais uma pessoa apaixonada, Lauren? 

— Não. - Respondi de imediato.

 Ela parece ter sido pega de surpresa pela minha resposta, mas logo se recompôs. 

— Então não é apaixonada pela sua noivinha? - Perguntou com ironia e foi até o forno. 

 Droga!

— Vocês vão ficar reclusas aqui mesmo? - Dinah perguntou surgindo na cozinha. — Venham pra sala, é hora disso aqui. - Levantou uma caixinha preta e eu franzi o cenho.

— O que é isso?

— Um jogo, venham logo.

— Deus me livre! - Camila disse de imediato. — Essas cartas tem uns desafios muito pesados, não vou jogar de novo. 

 Fiquei sem entender. 

— Você vai sim, você disse que jogaria, tira esse bolo do forno e venha logo. As duas!

 Ela não esperou resposta, apenas saiu. Camila passou a resmungar sobre o quanto Dinah é mandona. Eu me mantive calada, porque não sei que jogo é esse.

Camila POV

 Ao chegar na sala, vi que todos estavam sentados em círculo no tapete felpudo que preenche boa parte da sala da minha amiga, e chegou mais algumas pessoas que eu não tinha notado por estar na cozinha, veio o Harry, que agora não tenho mais que evitar, afinal todos já sabem meu passado, Sarah, uma das nutricionistas do San Diego Zoo, Beatrice amiga da Tay, e Shawn, novo amigo do Alex.

 Eu não queria jogar, mas Lauren aceitou jogar, então aceitei também, porque se eu não tiver azar igual da última vez, eu tiro algum proveito dela.

 Desde que Dinah ganhou essas cartas de uma cliente nossa, ela fica querendo jogar em todas as oportunidades. O jogo é meio que um verdade ou desafio, só que com algumas regras, por exemplo, tem a garrafa pra girar igual ao jogo original, mas em quem cair a pessoa só pode escolher entre cumprir o desafio da carta (que pode ser uma verdade ou um desafio), mas se a pessoa não quiser fazer o que a carta manda, ela dará um "castigo" que varia entre shots de bebida e tirar peças de roupas. É um verdadeiro beco sem saída, pra todo lado é uma consequência diferente, é divertido, mas de se assistir, porque quando chega na gente, pelo menos em mim, a vontade é de encerrar o jogo pelo constrangimento. Da última vez prometi não jogar mais, mas cá estou eu, na expectativa de uma boa consequência com a Lauren, sorri com meu próprio pensamento, e agradeci por ninguém ter notado.

— Eu começo. - Dinah disse animada colocando uma garrafa vazia no centro do círculo.

 Desviei a minha atenção para Lauren sentada ao meu lado, abrindo uma garrafa de cerveja. 

— Se eu fosse você não faria isso. - Falei baixo e ela me olhou.

— O que?

— Tomar cerveja, o jogo exige virar algumas doses de cachaça se não aceitar o desafio, e misturar bebida nunca é uma boa ideia, como aconteceu da última vez.

 Ela olhou pra cerveja nas mãos, depois pra mim novamente. 

— Eu não gosto de cachaça, aceito todos os desafios aí não preciso beber, simples.

 Tive vontade de soltar uma risada alta, mas me contive, eu tentei avisar, ela que não me ouviu.

 O pessoal explicou as regras para Lauren, que era a única que não tinha jogado ainda, e iniciaram a partida, fiquei o mais imóvel possível, como se a garrafa fosse sentir meu movimento e parar na minha direção, mas até o momento estava funcionando, então continuarei assim. Já se passaram umas 9 jogadas, mas até o momento nada muito constrangedor, até que a garrafa que eu girei parou apontada para Dinah.

— Delícia. - Falei puxando uma carta.

 Deixei um sorriso surgir no meu rosto ao ver a cor da carta, preta, o que indica que é um desafio um pouco mais intenso.

— Lembre-se que sou vingativa. - Ela disse ameaçadora. 

"Escolha uma pessoa para o jogador deixar um chupão no pescoço." - Li o desafio tentando segurar o riso da cara que ela fez. — Acho que alguém vai finalmente parar de ficar querendo jogar esse jogo sempre. - Provoquei. — Eu escolho… - Fingi pensar, mas já sei quem será. — A Normani. 

 Dinah deixou o queixo cair e me fuzilou com o olhar, notei a Mani segurando a respiração. Plano em ação. 

— Vacilo, Mila. - Dinah disse. — Ela é hétero, cara.

 Dei de ombros.

— É o jogo, e mais, o castigo é se despir da calça até o final do jogo, eu acho melhor você só aceitar. - Continuei usando o tom de voz mais irritante possível. 

 Dinah virou pra Normani, que já está ao seu lado.

— Cacete, você foi mais cupido do que eu. - Lauren sussurrou próximo ao meu ouvido, o que me fez arrepiar.

 Virei o rosto pra ela, e sorri automaticamente, não pelo que ela falou, mas pela carinha que ela está me olhando. Virei uma boiola apaixonada, depois que tanto fugi.

— Agora se essa garrafa parar pra mim, Dinah vai acabar comigo, certeza. - Respondi e Lauren riu. 

 Olhei pra frente de novo, ao ouvir Alex reproduzir sons com a boca, aparentemente tentando parecer uma melodia sexy, mas só fez deixar a cena mais cômica, Dinah já estava com a boca no pescoço da Mani, a cara de pânico dela é o melhor, o que fez todo mundo da sala rir, inclusive eu. Feito o desafio, Dinah se afastou, a expressão no rosto dela foi indecifrável, ela nem voltou a me ameaçar, o que seria normal. O jogo continuou e Alex girou a garrafa, que por um fio não parou em mim, mas parou na Lauren.

— Ah, moleza. - Alex disse olhando a carta. — "Encenar um oral em uma banana." 

 Alex mal terminou de ler, e eu caí na risada, enquanto ela ficou mais branca do que já é. Eu avisei pra ela.

— Eu vou pegar a banana. - Tay disse correndo em direção a cozinha.

— Eu não vou aceitar, prefiro o castigo. - Ela disse convicta. 

 Olhei pra Alex, esperando ele ler o castigo.

"2 shots.". - Leu em voz alta e depois olhou pra ela, segurando o riso.

— Vai destruir minha mente. - Beatrice comentou e todo mundo riu, menos eu, porque se me lembro bem, ela tem um crush na Lauren. 

 Lauren ficou no beco sem saída que mencionei, ela odeia cachaça, então a contragosto e depois de falar mil vezes que nunca mais joga, ela pegou a banana nas mãos. 

— Parem de rir, cacete. - Ela disse irritada enquanto tira a casca da fruta. — Eu nunca fiz isso.

— Nunca fez oral? - Bea perguntou sugestiva. 

— Em coisas com anatomia semelhante a isso. - Levantou a fruta. — Com certeza não. 

 Ela enrolou bastante, até finalmente começar, eu não consegui assistir tudo ou iria morrer de rir, assim como os outros, teve uma hora que ela colocou demais a fruta na boca e se engasgou, aí foi o fim.

— PELO AMOR DE DEUS, PARA. - Harry disse com a mão na barriga de tanto rir. — Ainda bem que você é lésbica, porque isso foi péssimo. 

 O jogo continuou, e ainda bem que nem Tay nem Alex são ciumentos, porque ainda pouco a Tay teve que beijar por 15 segundos o Shaw, e o Alex a Sarah, eu não teria maturidade pra esse jogo namorando, sinceramente, na verdade não tenho maturidade pra ele no geral, porque fico constrangida com tudo e rindo ao mesmo tempo. Eu já bebi vários shots pra escapar de algumas situações, e nessa perdi também a blusa, assim como Lauren. Alex é o único que está completamente vestido e não virou nenhum shot, porque ele pouco se importa de fazer o solicitado, é invejável tal falta de vergonha. 

— Ah! Essa é bobeira. - Shaw disse olhando pra Lauren, que é o alvo do momento. — "Lugar inusitado que transou?"

 Virei pra Lauren, que está claramente buscando na memória alguma lembrança. 

— Hã… não sou de aventuras, mas o mais inusitado eu acho que foi em um ônibus. - Disse simples. 

 Me segurei pra não rolar os olhos, certeza que foi com a Emmy durante a turnê. O jogo seguiu e eu já estava com vontade de parar, eu só me ferro, acabei de perder minha calça, estou apenas de roupa íntima no meio de várias pessoas, o que me conforta é que a Mani está na mesma situação que eu, e o Harry também, coitado. 

— Só tá saindo beijo agora, que saco. - Tay disse ao ler a carta. — Vai, Laur, beijar a Bea ou tomar dois shot, fácil, fácil. 

 Olhei pra Lauren. 

— Não beija, bebe os dois shots. - Falei de um modo que só ela pudesse ouvir.

 Ela me olhou e ergueu a sobrancelha. 

— Vem Bea, senta aqui. - Disse batendo no espaço vazio à sua frente. 

Ah não.

Fechei a cara de imediato.

— Devagar se não eu infarto. - Bea disse empolgada enquanto se aproximava.

 Queria parar de olhar, mas não tive força suficiente para tal.

— Tempo contando. - Tay disse.

 Lauren se inclinou, e sem cerimônias, beijou a garota, desviei o olhar quando vi a língua dela adentrar a boca da Bea, que infeliz! Encontrei o olhar da Natasha sobre mim, mas ignorei.

— Tempo! - Taylor disse finalizando o cronômetro. 

 Soltei o ar dos pulmões, para logo depois prender de novo, elas não se separaram, continuaram, e minha vontade de voar no pescoço da Lauren foi às alturas. 

— Tempo, estão surdas? - Falei puxando Lauren para trás. 

 Elas riram e Bea voltou para seu lugar. Porra, Lauren já bebeu pra caralho, custava mais dois shots pra não ter que beijar a outra? Não custava.

 O que ainda está me divertindo, é observar Dinah e Mani, minha amiga está claramente sem jeito, porque ela já teve várias consequências com a Mani, graças a eu e a Lauren, ela com certeza não está entendendo nada, lerda demais, mas tenho esperança que no fim da noite Mani consiga da sua investida final.

— Ei, tá me ouvindo? - Ouvi a voz da Lauren mais perto de mim.

— Fale. - Bebi um gole da minha bebida sem olhar pra ela.

 Eu não queria, mas estou com ciúmes dela, muito. 

— Olha pra mim né. - Falou impaciente, então olhei. — Acho que vai rolar algo ali. - Apontou Dinah e Mani com a cabeça. 

— É, também acho. - Bebi outra vez. — E mais algumas rodadas acho que você também se dará bem. - Alfinetei, mas ela parece não ter entendido. — A Bea.

— Nada, foi só um beijo, sem chances.

— Sei, você disse o mesmo no iate, e ainda assim transou com ela.

— Porque eu pensei que era você. - Respondeu de imediato. — Se você não tivesse feito cu doce naquele dia, teria sido a gente!

 As palavras dela me pegaram desprevenidas.

— Tem razão, mas… é… a gente pode fazer isso hoje. - Falei sem pensar. 
 
 Ela negou com a cabeça.

— Nosso tempo já passou, Camila. - Disse e desviou o olhar do meu.

— Não passou, você só precisa enxergar. - Falei. 

 Ela não me respondeu, apenas entrou no assunto do pessoal. Eu queria parar de jogar, na verdade estou sensível, não sei se pela TPM, pelo álcool, ou pelas contínuas rejeições da mulher que amo.

— A vingança é um prato que se come frio. - A voz de Dinah me fez olhar pra ela, e ela já estava olhando pra mim, olhei pra garrafa e ela aponta na minha direção, porra, porra, porra. — "Simular posição sexual da imagem com outro jogador." - Leu, claramente se deliciando. 

 Ela nem virou a carta ainda, e eu senti meu rosto corar, e quando ela virou, finalizou pra mim, uma maldita tesoura, não sendo suficiente, o castigo por pular, seria tirar peça de roupa, as quais já não tenho, e com certeza não vou ficar pelada na frente de ninguém. 

— Eu escolho a Lauren pra simular com você. - Dinah disse com um sorriso malicioso. 

 Fiquei puta e feliz ao mesmo tempo. Lauren olhou pra mim e depois para o meu corpo parcialmente despido. 

— Vai ser moleza. - Falei, fingindo tranquilidade. — Deita ai, Lauren. 

— Por que eu que vou ficar por baixo?

— Porque você demora muito pra encaixar, oras. - Respondi sincera.

 Lauren puxou meu braço e me fez deitar no tapete, e se eu disser que fiquei com tesão com esse ato? Ao ver Lauren se posicionando em cima de mim, eu esqueci a plateia, ela está apenas com um sutiã vermelho e calça jeans, o que está deixando a situação ainda mais quente. Tentei afastar meus pensamentos pra longe, ou vai dar ruim pra mim. Como eu falei, Lauren não soube encaixar, não é que ela não saiba, é que ela demora, e acho que pelo público, ela está nervosa, e não está conseguindo, ouvi risadas do pessoal e ela bufou.

— Deixa eu fazer? - Pedi com a voz baixa.

 A contragosto ela saiu de cima de mim e se deitou, eu estou com dó porque ela está irritada com as risadas, tem lógica isso?

— Primeiro levanta essa perna. - Falei olhando para o pessoal, porque fingir normalidade é a melhor saída, do contrário, não param de zoar. — Abaixa essa outra aqui e… senta, tão vendo como encaixou bem? E tam…

 Perdi o fio da meada quando Lauren segurou na minha cintura e me obrigou a rebolar, eu estou de calcinha, e ela de calça jeans, agora imagine se o atrito não me levou ao céu. 

— Ai faz isso aqui. - Lauren disse me obrigando a rebolar outra vez. — Até gozar.

 Senti meu corpo ser atingido por uma tesão indescritível, meu olhar se conectou com o dela, e se bem a conheço, ela também ficou mexida. Senti meu sexo inteiramente molhado e me levantei de imediato de cima dela, mais um pouco e a sua calça acabaria como a minha calcinha, molhada. 

•••••

Notas:

1 bom dia/noite

2 quem acha que a camila vai morrer de tanto tesão acumulado? coitada, tô com dó

3 não sei mais, tô com sono, bye

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