Mommy Issues

By sayhiblume

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Ele desperta nela os desejos mais sórdidos e ela planejar satisfazer cada um deles. [SINOPSE PUBLICADA] More

SINOPSE
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capitulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capitulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII

Capítulo XII

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By sayhiblume

" Você o que?! "Foi a primeira coisa que escutei de Hugo após contar a ele tudo que se passou comigo e Bernardo em minha casa, a segunda foi:

— Você ficou louca porra? Traumatizou o menino a custo de que? Seu satanás em terra!

— Hugo... — Respondo perdendo minha paciência.

— Coelhinha trepa trepa, passou dos limites! Você tem que se desculpar com o garoto.

— Nem por um milhão de caralhos!

— Ah você vai, vai sim, nem que eu te leve até ele pelos cabelos, arraste você por metade da cidade, e faça você falar a base de choque, você vai!

Já estava arrependida de ter contado a ele o que aconteceu. Quando encontrei com ele na manhã seguinte ao ocorrido, fiz ele bolar as primeiras aulas para lhe contar de toda raiva que passei, — lógico que escondi os detalhes sórdidos — só não achei que contar ao meu amigo só resultaria em mais estresse.

— Me desculpar por algo que não é culpa minha? Qual o sentido?

— Verônica, a única culpada nessa história toda é você. Pelo que você mesma me contou, ele nem mesmo queria se aproximar até você o agarrar só pra depois expulsar ele a ponta pés.

— Ele que não me disse que era virgem.

— Você que não perguntou antes.

— Eu tenho que perguntar?!

— O garoto cora só de perceber que você o está encarando e você realmente achou que ele um dia pudesse ter tido qualquer espécie de relação sexual? Você devia ter no mínimo duvidado.

— Eu não pensei nisso! — Brado irritada.

— Não use a desculpa que você mesmo não aceitou dele.

Bufo irritada e começo a andar de um lado para o outro tentando me controlar para não socar Hugo aqui e agora.

Caralho, achei que ele ficaria do meu lado!

— Ótimo! Só você mesmo para transformar toda essa palhaçada em culpa minha.

— Seja racional, Verônica, toda essa palhaçada sempre foi culpa sua.

— Vai pro inferno, Hugo!

— Vou, mas depois de trazer a razão a toda essa história...

Ao contar para Hugo sobre como tudo havia se passado, realmente achei que ele fosse perceber o mesmo que eu achei que já sabia, o quão Bernardo é cínico e carente, mas ao contrário, ele fez foi ter pena do garoto e me responsabilizar por tudo.

E se ele estiver certo e eu realmente errei? Droga.

— Me parece que você mesmo esqueceu o que fizeram com você quando você perdeu a sua virgindade. — Ele diz em um tom leve, mas repreendedor.

Merda, ele tinha que lembrar desse episódio.

Quando perdi minha virgindade, aos 14 pra 15 anos, estava apaixonadinha na menina, achei que as coisas entre a gente ficariam sérias e me entreguei para as promessas feitas para mim.

Não muito tardiamente descobri que foi tudo para me conquistar e que na verdade ela só queria algo casual, de uma vez. Só não descobri isso antes de correr atrás dela como uma trouxa e receber um discurso barato dela.

Um dos meus maiores arrependimentos.

Superei e esqueci há séculos, mas é lógico que Hugo não.

— Será que vou ter que te lem...

— Não precisa dizer nada. — O interrompo antes dele trazer toda a história com detalhes à tona.

— Então, vai se desculpar?

— Não, eu superei sem um pedido de desculpas e minha situação foi até pior, ele vai sobreviver.

— Verônica...

— Cansei, chega desse assunto. — Digo encerrando a conversa, sendo ajudada pelo sinal da escola que avisa que a próxima aula já vai começar.

Caminho pelos corredores até minha sala, passo pela porta olhando em volta e me dou conta de que Bernardo não estava na sala, nem seu material.

Será que não veio hoje?

Sigo até minha mesa, mas antes de conseguir chegar, sinto meu corpo ser jogado contra a parede de forma abrupta e quando abaixo minha cabeça, dou de cara com a oompa loompa na minha frente com a cara pegando fogo.

— O que você fez? — Rosna para mim.

— O que você está fazendo? — Indago sarcástica.

Ela realmente pensa que pode comigo?

— O que você fez com o Bernardo?

Reviro os olhos e tento sair, mas para minha surpresa ela me joga de novo na parede sem muito esforço. A encaro nos olhos começando a ficar irritada. Hugo ao meu lado somente observa a situação sem saber o que fazer, ou quem ajudar.

Mas que porra é essa?

— Aninha... não seja insolente, saia da minha frente, não quero te machucar.

— Não saiu até você me dizer o que merda você fez ao Bernardo. — Responde no mesmo tom.

Respiro fundo e ajeito minha postura em frente a ela, tentando fazê-la lembrar que sou quase o seu dobro.

— Realmente não sei do que você está falando.

— Ah, não se faça de sonsa. Eu fui a casa dele hoje e ele não estava nada bem e eu sei que você não tem só um dedo, mas o corpo inteiro nisso.

— Eu não fiz nada.

— E eu não acredito! — Brada.

Ana estava claramente possessa e podia jurar que ela estava a um fio de perder a paciência e tentar me estrangular, o que seria hilário, se ela não estivesse conseguido me encurralar e meu amigo não estivesse paralisado ao nosso lado.

— Desembucha, Verônica!

— Ana... — Hugo parece tentar acalmá-la.

— Fica na sua Hugo, minha conversa é com ela.

— Por que você não pergunta pra ele, garota? Pensei que fossem amigos.

— Acha que eu estaria aqui se já não tivesse perguntado?

— Bem, se ele não quis te contar por que eu tenho?

— Você não tem, mas você vai.

Perdendo o resto da paciência que me resta eu a empurro fazendo ela tropeçar e cair no chão. Hugo corre para ajudá-la a se levantar, porém ela num estalo já está de pé desferindo um soco em meu olho. Em choque só consigo abrir um sorriso leve com a audácia dessa infeliz.

— Você é maluca. — Zombo

— Eu vou te mostrar a maluca!

Ana se aproxima novamente para me acertar, mas Hugo a segura pela cintura a trazendo para junto de seu corpo pedindo para ela parar, ela por sua vez não escuta e avança novamente acertando meu nariz, perdendo o fio de paciência que me resta, devolvo o golpe acertando a lateral de sua face fazendo um corte no canto da sua boca.

Preocupado Hugo entra no meio de nós de frente para Ana que tenta a todo custo me alcançar, permaneço com um sorriso zombeteiro no rosto, ela está um pimentão e o sangue escorre no canto da sua boca, assim como escorre do meu nariz.

Todos na sala observam a briga atentamente sem entender de fato o que começou tudo, é quando o professor entra na sala que a palhaçada acaba, dois minutos depois já estou escutando sermão do diretor enquanto a enfermeira limpa meus machucados, Ana do outro lado da sala batendo o pé no chão, Hugo em outro canto de cabeça baixa, provavelmente controlando para não expor a sua irritação.

Tenho certeza que vou escutar o seu sermão assim que sairmos daqui.

— ... e não pensem que isso vai ficar por aqui não, eu já pedi para a secretaria ligar para os pais de vocês!

— Ótimo — Ana responde o diretor se levantando — Já podemos voltar para aula? — Pergunta impaciente.

A oompa loompa tem mais coragem do que eu imaginei.

— O Hugo pode voltar para sala já que só estava tentando separar a briga, vocês duas vão ficar aqui até os pais de vocês chegarem.

Hugo apenas se retira sem dizer nada e fecha a porta atrás de mim, algum tempo depois a enfermeira sai e alguém bate na porta da sala.

— Com licença senhor Augusto, os pais das alunas já chegaram.

— Peça para eles entrarem por favor. — O diretor responde sério.

Em poucos segundos, meu pai atravessa a porta com cara de preocupado e o pai de Ana com uma cara séria de poucos amigos.

— Senhor Roberto, Senhor Edgar, bom dia, podem se sentar por favor.

Assim os dois fazem após cumprimentar o diretor de volta. Meu pai permanece de olho no meu machucado enquanto o de Ana encara o diretor com certa impaciência.

— Certo, chamei os senhores porque houve um incidente entre a senhorita Ana e a senhorita Verônica. Parece que as vossas filhas tiveram alguma espécie de desentendimento a qual nenhuma das duas parece estar disposta a explicar, mas o motivo pelo qual a discussão começou é indiferente ao fato de que as alunas começaram uma briga física dentro da sala de aula.

— Isso é verdade, Ana? — Edgar questiona sua filha seriamente.

— Sim, senhor. — Responde ganhando um olhar de decepção em retorno.

— Esse tipo de atitude dentro da nossa escola é inadmissível! — O diretor prossegue — Portanto preciso informá-los que a escola tomará as devidas precauções em relação a situação e acreditamos que os senhores farão o mesmo.

— Quanto a isso não precisa se preocupar. — Edgar responde.

— Quais serão as precauções tomadas pela escola? — Meu pai finalmente se pronuncia.

— Serão adicionadas advertências aos históricos escolares das meninas e elas perderam privilégios escolares por um mês, como acesso a piscina e academia e não poderão ir às excursões escolares durante esse período também.

— Compreendo — Meu pai diz.

— Eu sinceramente espero que esse episódio não se repita, pois acredito fielmente no potencial das alunas.

— Não acontecerá novamente. — Edgar garante se levantando indicando que já estava pronto para ir embora.

— Ótimo. As alunas estão dispensadas pelo resto do dia. Agradeço a vocês pelo seu tempo.

Me levanto antes de Ana e caminho para fora da sala e sou acompanhada pelo meu pai que se despede apropriadamente do diretor, caminho até o estacionamento em silêncio e paro em frente ao nosso carro esperando meu pai abri-lo. Assim que escuto o barulho das portas destrancando entro e meu pai faz o mesmo em seguida.

Eu sabia muito bem o que estava por vir, ele me daria um sermão tentando parecer um pai normal, depois contaria tudo para minha mãe e aí sim eu veria inferno em terra durante o resto do dia.

— Veronica, tem noção que já é a sexta vez que somos chamados na escola por causa do seu comportamento só esse ano?

— Sétima. — O corrijo ácida.

— Você deu sorte que a escola ligou para mim e não para sua mãe, já pensou todo estresse que isso causaria?

— Que ela causaria. — O respondo fazendo-o ficar em silêncio enquanto o encaro. Ele sabia que era verdade, sabia que minha mãe faria um escândalo desproporcional a situação e tornaria a vida de todos naquela casa insuportável, inclusive a dele.

Meu pai respira fundo e passa a mão pelos cabelos grisalhos, ele era um homem bonito, mas o tempo e o cansaço não lhe foram bons.

— Esse tipo de comportamento não é bom Verônica, digo isso pensando em você. Essas atitudes são autodestrutivas. Não quero e não gosto de te ver desse jeito, parece que a cada dia te reconheço menos e menos.

—  Posso dizer o mesmo sobre você.

Meu pai me encara com certa angústia em seus olhos, seus ombros abaixam e ele fecha os olhos respirando fundo e em seguida olha frente.

— Você podia me ajudar, sabia? — Suspira e põe as mãos no volante dando partida no carro — Eu não vou dizer nada a sua mãe.

— Não? — Indago surpresa, franzindo o cenho.

— Não, mas você tem que começar a ajudar também, Verônica. — Ele pede saindo com o carro e entrando na pista.

Permaneço quieta durante toda a viagem, Roberto me deixa em casa e segue para o trabalho novamente. Não sei como ele vai conseguir esconder da Lúcia o motivo pelo qual saiu da empresa, sé é que ela já não está sabendo que ele teve que ir até a escola resolver um problema. Me admira ele ter a mínima coragem de tentar esconder algo daquela mulher que se infiltra até nas mais pequenas rachaduras para descobrir o que quer, duvido que ele tenha qualquer tipo de privacidade tendo ela como esposa.

Eu não sei em que momento meu pai se sujeitou a essa situação, mas sei que ele está trancafiado nela a sete chaves.

Me jogo na cama tentando relaxar um pouco, o dia tinha sido muito mais tenso do que eu imaginava, e ainda não são nem 11h.

Quem diria que aquela criatura minúscula era boa de briga? Confesso que não esperava que ela um dia fosse tomar partido e proteger Bernardo do que quer que fosse, os dois juntos parecem uma dupla de amoebas, mas estava enganada, assim como posso estar pelo o que aconteceu entre eu e ele.

E se eu realmente tivesse passado dos limites dessa vez e tivesse de fato traumatizado o menino a custo de nada como Hugo disse? Mas agora eu também estava puta com ele colocando a pet dele atrás de mim para rosnar e latir, honestamente.

Hugo é outro com quem vou precisar me resolver, quando saiu da sala do diretor senti que estava furioso e tenho certeza que sua raiva não vai simplesmente sumir, mas também o que cacetes ele estava fazendo no meio da briga segurando aquela garota?

Puta merda, a vida não podia estar melhor neste momento, inferno!

Queria mandar todos a merda, mas ao invés disso me viro na cama pegando um travesseiro. Como não vou resolver nada mesmo, o melhor a fazer é dormir para dissipar a raiva, se eu conseguir. 

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