Selcouth - ( Toji Fushiguro x...

By iamhksan

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đŸ„‡ 1° em Jujutsu Kaisen ‱ Março/22 đŸ„‡ 1° em Fushiguro ‱ Dez/23 Selcouth (adjetivo) - desconhecido, raro, estr... More

PrĂłlogo
Piloto
Primeira Noite
Duas Falhas
Selvagem
Foxy Grin
Mal do Mundo
Presente de grego
Morada dos Vermes
Oh! Nunca mais!
Escolhas certas por vias tortas
Sentimentos Peculiares
VĂ©u de Pesadelo
De Perna Atada
Valorosa
Velhas Cantigas
Caça e Caçadora
Lapso de LuxĂșria (+18)
Canalha
Salva por Acaso
Fala Traiçoeira
Buscando ExplicaçÔes
Elogios
ComunhĂŁo de Bens
Bosque das TurbulĂȘncias
Ajuda Inesperada
Retrabalho
Rosa e o Assassino
Pequenas Doses (+18)
Doce DelĂ­rio
Toxinas
Travessia de Caronte
PortĂŁo do Submundo
Julgamento
Deusa da Primavera
O Segredo do Sangue
Jardim Secreto
A Voz de um Deus
Caixa de Pandora
Vidas Paralelas
Senhor do Submundo
Comecem os Jogos
Caminho do Assassino
Veredito
Os Dez
Aquela Vida
Cinco Segundos
Falsa Odisseia
Campos ElĂ­sios
Acordo com o Diabo
CĂŁo de Guarda
Projeto de guarda-costas
Tadaima
Pontos Finais
Visita Surpresa
Verdades Mortas
Duplo-Acordo
Quase Chance
Mudanças
Benção
DistĂąncia
O Que Somos (+18)
Flores CaĂ­das
Eu Vou
Única Chance
Último Dia
EpĂ­logo
*EXTRA - Another Life

Curiosidade Mata

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By iamhksan



-Por fa--

Meu grito de dor não foi o suficiente para que a governanta da casa deixasse de fazer algo em relação às minhas costas. De fato houve melhoras na parte da manhã quando Hatsu tratou da dor, mas depois de todos os eventos que decorreram no dia quando voltei a colocar os pés na casa mal conseguia andar.

As garotas mais novas disseram para me banhar e em seguida me entregaram vestes de aparência tradicional, algo entre uma saia tom de vermelho queimado com frisos e uma blusa igualmente larga de mangas compridas, essa não permaneceu no meu corpo por muito tempo.

Hatsu mandou que eu tirasse a parte de cima e deitasse de barriga para baixo num futon fofo. Devia ter falado para o Corvo resolver esse problema para mim, mas com tantas coisas acontecendo fui lembrar dela apenas quando quase caí tentando subir os dois pequenos degraus da entrada da casa.

-Minha senhora, se você não parar de se mexer é claro que vai doer. - A mais velha mantinha as mãos pressionadas nas minhas costas fazendo uma massagem com óleos e outras coisas, que eu supus que são ervas pelo cheiro que se alojou na sala.

-Agora trate de não se mexer - disse com um tom autoritário - Caso contrário não vai adiantar de nada, de novo.

E dito isso saiu resmungando algo sobre eu não saber me cuidar. Continuei de barriga deitada para baixo enquanto o que quer que fosse que Hatsu aplicou em minhas costas fazia efeito, tinha uma sensação refrescante e anestesiadora que foi aceita de bom grado.

Suspirei, estava na sala onde ela podia me monitorar. Pelo menos se Toji quisesse me matar não seria na frente das próprias criadas, pelo menos eu acreditava que não. Mas e se..

Todos os eventos pareciam bem posicionados, até demais. Minori voltar a ativa ao mesmo tempo que essa recompensa apareceu, ainda junto com a busca por informações de Amarate. Em minha mente havia uma ligação clara entre minha irmã e a deusa original da morte, talvez mais uma tentativa gananciosa dela de querer algo maior do que se podia controlar.

Mas a minha recompensa, porque de repente aparece algo como isso? Não acho que faço um trabalho extremamente valoroso no submundo, uma clientela seleta e parcialmente regular, sim. Entretanto relevante o suficiente para ter uma promessa de morte, claro que tinha pessoas que não gostavam de mim, mas não o suficiente para gastar aquela quantia de dinheiro, tinha que ter mais alguma coisa.

Talvez a única pessoa com ódio o suficiente de mim fosse minha antiga família, mas mal tinham dinheiro para se sustentar quem dirá pagar pela morte da própria filha. Não que fosse algo que eles já não estivessem fazendo lentamente nos anos que fiquei presa, se Kiran não tivesse me encontrado é capaz que tivesse definhado ali mesmo. Meu cadáver talvez fosse jogado numa encosta qualquer e anunciado no noticiário do dia seguinte como indigente.

-Você sabe como me bajular [Nome] - a voz fina quase cantada, e de tom sarcástico soou do canto do quarto. Virei os olhos para encontrar a versão original e corpórea de Kiran encostada no canto. No rosto curto sustentado por um pescoço esguio, olhos alaranjados tom de neon me olhavam com curiosidade, na cabeça dentre um emaranhado de cabelos cor de cobre brilhante duas orelhas pontudas nasciam. As mãos pareciam cobertas por luvas escuras que se erguiam até quase os ombros, mas sabia que era sua pele que tomava tonalidades diferentes conforme sua verdadeira e antiga pelagem.

Kiran mantinha as pernas cruzadas com o rosto apoiado na mão e as oito caudas, da qual se orgulhava muito, abertas como um leque atrás de si. As vestes parecidas com as minhas embora nos braços fossem sem mangas.

-É raro que você me deixe te ver - comentei numa voz baixa para não chamar a atenção das meninas mais novas e nem de Hatsu - Nunca acontece algo de bom quando aparece.

-Porque geralmente sempre está relacionado com aquela sua irmã imbecil - o sorriso que se abriu depois disso fez questão de destacar os caninos afiados alinhados com uma fileira de dentes brancos. - Se ela não estivesse brincando com você, poderíamos ter tido muitos problemas.

-Ela está diferente [Nome], não sei dizer como exatamente mas... - as caudas em suas costas se agitaram - Faz meus pelos se eriçarem.

Respirei fundo - Tudo que precisamos, como se não tivesse problemas o suficiente.

-Para alguém recém casada você me parece bem infeliz, não gostou do seu macho? - num salto Kiran começou a andar pela casa observando - Parece mais interessante do que aqueles que já passaram na sua cama.

-E desde quando é minha consultora amorosa? - rebati sentindo meu rosto esquentar - Achei que não ligasse para relacionamentos humanos.

-Não ligo, mas como é você meio que tenho que me preocupar. Sabe eu notei algo estranho no momento que vi seu macho, acho que ele tem uma condição rara que não vejo em gente como você há algumas centenas de anos.

-Gente como eu você quer dizer feiticeiro jujutsu?

-Claro, o que mais seria? - a yokai me olhou como se eu tivesse dito algo extremamente absurdo. Então com a expressão mais tediosa que podia fazer, explicou - Restrição Celestial erradica a energia amaldiçoada de alguém e quando faz isso seu corpo se aprimora a ponto de quase chegar a perfeição, consegue sentir energia amaldiçoada a partir dos seus cinco sentidos. - Kiran continuou - Você provavelmente não precisava ter o salvo naquele beco.

-Obrigada por me avisar com tanta antecedência - resmunguei, Toji disse que não tinha energia amaldiçoada, mas eu não estava ciente dessa peculiaridade que vinha junto. Faria uma nota mental de que não precisaria mais me preocupar com ele.

O que me fazia lembrar que poucos segundos depois de chegar na residência ele já tinha ido embora, sem dizer nem mais e nem menos, pegou a lâmina invertida do paraíso e saiu. Olhei a bolsa caída no canto, mesmo que ele já tivesse escolhido seu pagamento o que tinha ali dentro continuava a ser potencialmente perigoso.

Hatsu me deixou de molho por cerca de meia hora antes de me liberar para andar de novo, enquanto isso Kiran me fez companhia com suas falas irônicas e comentários sarcásticos. Como seu contrato era comigo nenhum dos outros residentes podiam ver a yokai andando pela casa.

Levei as bolsas para o quarto, precisava dar um jeito de esconder as coisas das meninas, não gostaria que elas tivessem contato com o tipo de energia que tinha ali. Os baús do casamento estavam ali ainda, me serviriam para guardar as poucas roupas que peguei e também tinha um armário onde Toji aparentemente guardava seus pertences.

Com certeza ele não se importaria de eu usar uma pequena parcela para deixar o dinheiro e as armas.

Hatsu me daria uma bronca caso me visse subindo num dos baús para alcançar a parte mais alta então tentei ser o mais cautelosa possível. Estranhamente não tinha nada dos armários de cima a não ser um monte de pó. No fundo preso entre a madeira da prateleira e fundo tinha um papel preso, puxei de leve a prateleira a fim de conseguir pegar.

Me desequilibrei por um segundo mas consegui voltar ao normal e pegar o papel preso.

-Curiosidade matou o gato [Nome].

-Calada Kiran - respirei fundo antes de descer e me sentar, papel estava amarelado e até com algumas manchas de bolor e devia estar ali a algum tempo. Era uma foto.

Uma mulher de cabelos longos tinha os olhos fechados enquanto parecia segurar uma criança nos braços, não era uma paisagem comum japonesa, reconhecia aquele cenário as casas brancas e um mar azul turquesa vibrante.

"Já que nunca vai vir me visitar pelo menos saiba como é sua sobrinha", era o que estava escrito numa caligrafia levemente torta. Ouvi Kiran rir, em seguida sua figura se dissipou o que aquela raposa estava planejando?

-O que está fazendo?

Apertei o papel na minha mão, na porta do quarto compartilhado Toji estava parado com uma expressão não muito amigável.


Eu te avisei







N/A: Aquele clássico capítulo de transição, depois de várias pancadas seguidas é sempre bom né?

Até semana que vem! Xx

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