Os fracos raios solares que adentravam as cortinas da janela, iluminavam o quarto e a cama, fazendo com que o rosto de S/n ficasse iluminado. A mulher podia sentir os raios sobre seu rosto, o esquentando levemente, podia sentir a claridade que estaria o quarto assim que seus olhos se abrissem. S/n resmungou algumas coisas e abriu seus olhos lentamente, se acostumando com a claridade, olhando para o travesseiro vazio ao seu lado. O travesseiro que Jake costumava dormir, onde ela olhava e o encontrava a observando pela manhã, com a mão sobre o rosto da mesma, o acariciando, onde podia encontrar suas intensas íris azuis a encarando, onde encontrava o sorriso mais dócil e sua voz sonolenta lhe desejando bom dia. De repente nada mais daquilo estava acontecendo, ela não acordava mais com ele ao seu lado, com os braços dele em volta dela, com os beijos cálidos sobre seus ombros, com ele a incentivando tomar um banho e iniciar um novo dia. Dois dias que ela não o via, dois dias que eles não se falavam, dois dias que ela não o beijou, nem o abraçou e nem o admirou, dois dias que seu corpo estava vazio, como se nem ela mais estivesse o comandando, dois dias que tudo o que ela queria era chorar ou voltar correndo para Jake, dois dias que seus olhos estavam inchados pelo choro que havia se tornado frequente, dois dias que seu coração não explodia contra seu corpo só por vê-lo perto dela, dois dias que seu estômago não ardia em borboletas, dois dias que ela havia posto um fim na melhor coisa que já a aconteceu.
S/n reprimiu seus lábios enquanto pensava em como Jake estava, durante esses dias ela não o mandou mensagem ou pra qualquer outra pessoa do grupo, nem mesmo a Phil, a última conversa dos dois era ela o avisando que ele podia pegar suas coisas no apartamento. Se perguntava se ele pensava nela tanto quanto ela pensava nele, se ele estava também tentando afastar ela de seus pensamentos, se Jake também entrava no bate-papo e rolava as inúmeras mensagens trocadas entre eles todos os dias, se Jake também sentia seu coração se partir toda vez que ouvia sobre ela ou se lembrava dela, se ele a odiava. S/n sabia que ele jamais olharia para ela com naturalidade, que ele iria olhar pra ela e não se lembraria do quão quebrado ela o deixou. Ela sabia que Jake havia pelo menos tentando se entregar por completo ao relacionamento deles, que ele a amou como nunca amou alguém, mas infelizmente relacionamentos não são mentidos apenas por amor, faltou coisas entre eles que era fundamental para que as coisas durassem, coisas que ela considera prioridade dentro de qualquer tipo de relacionamento. Jake sabia que S/n levava o relacionamento deles muito a sério, que ela considerava muitas coisas fatores principais entre eles, como a confiança. Ela sempre deixou claro o quão importante pra ela era que ele confiasse nela, que ele não escondesse nada dela, porque ela confiava nele com todo seu ser, ela não o escondia absolutamente nada, ele sabia tudo sobre ela, ela era um livro aberto para Jake. Ela gostaria que ele também fosse com ela, ela também gostaria de olhar para Jake e não se perguntar se ele estava escondendo alguma coisa, ela também gostaria de olhar para ele e saber que ela sabia tudo sobre ele. Descobri coisas por terceiros nunca foi desejável para S/n, sempre odiou ter que saber algo sobre alguém por outra pessoa, e saber coisas sobre Jake, que obviamente não deveriam existir entre eles, era frustrante, era triste. Ela não podia lidar com todo o mistério dele agora, tinha muitas coisas em sua cabeça e saber que ele estava novamente se escondendo, foi como se tivessem a desarmado. Não estava em seus planos, mas ela precisou.
A mulher se sentou na cama, se encostando na cabeceira e dobrando seus joelhos, olhando para o criado mudo ao lado de sua cama e esticando seu braço até o pedaço de papel sobre o mesmo, pegando a fotografia e a virando entre seus dedos. Seus olhos encontraram a figura dócil de Jake adormecido, em uma fotografia que ela havia tirado a muito tempo e que sinceramente, a tocava de todas as formas. A feição adormecida de Jake, a feição de descanso no rosto do hacker lhe despertava uma sensação inexplicável em seu peito, algo que ela não encontrava as palavras certas para descrever, algo que a acalmava e a fazia se sentir segura, mesmo que por questão de segundos. S/n sorriu fraco para a fotografia, firmando seus dedos no papel e se ajeitando sobre a cama, apoiou seus cotovelos sobre os joelhos e apoiou o queixo na palma da mão, observando cada detalhe da fotografia.
- Meu hacker. - ela sussurrou soltando uma risada nasal. Levou seus dedos até a fotografia, os deslizando sobre o papel liso. - Eu vou te amar pra sempre. Não acabou ainda, Jake. Não é o final da nossa história.
S/n levou a fotografia até seus lábios, deixando um selar sobre o papel.
- Quem sabe um dia eu ainda possa te ver tão perto quanto nessa fotografia? - S/n sussurrou para a foto como se estivesse conversando com Jake. - Eu espero que você possa me perdoar algum dia por isso, me perdoar por acabar as coisas dessa forma, me perdoar por depois de tanto meses juntos, eu decida que nós não existimos mais. Me perdoe se isso fere seus sentimentos, se isso fere sua confiança no amor novamente.
S/n colocou a mão em sua testa, sua garganta trancou em um nó e os olhos se fecharam, liberando algumas lágrimas.
- Me desculpe. - ela pediu em um silêncio. - Desculpa, Jake.
Ela deixou a fotografia sobre o criado mudo e escondeu seu rosto entre as mãos, se permitindo chorar, não que não tenha feito isso durante os dois últimos dias. Seu peito doía com os soluços que escapavam de seus lábios, a fazendo se encolher mais entre os travesseiros e abraçar seus joelhos, pedindo repetidamente vezes que Jake a perdoasse um dia. A porta entreaberta do quarto se abriu e um minhado foi ecoado por todo o quarto, fazendo com que S/n erga seu rosto molhado pelas lágrimas e a olhe em direção à porta, onde viu Floquinho caminhar até a ponta da cama e pular sobre o lugar. Seus olhos verdes encontraram os vermelhos de choro da mulher, que lhe lançou um dócil sorriso e Floquinho caminhou até a mesma, subindo em seu colo e se embolando sobre suas pernas. S/n riu baixo para o gato e limpou algumas de suas lágrimas, levando suas mãos até o pelo macio do gato, o massageando. Floquinho ronronou baixo para a mulher.
- Tudo bem. - S/n sussurrou para ele. - Demora um tempo, mas às coisas se resolvem e eu vou ficar bem. Você vai ver.
S/n suspirou e encostou sua cabeça na cabeceira, enquanto deslizava seus dedos sobre o pelo de Floquinho, que estava desfrutando do carinho.
- Vamos ser você e eu por um tempo. - S/n fungou. - Mas eu prometo que vou levar você pra ele. Não vou separar vocês dois, ele também vai precisar de você, hum?
Ela olhou para o gato, que a olhou de volta.
- Você é um bom amigo, Floquinho. - S/n disse em um sussurro para o gato. - É um ótimo ouvinte e eu adoraria passar todos os dias com você, mas eu sei o quão apegado o Jake é a você e sei o quão feliz ele ficou com sua chegada, jamais me perdoaria se eu causasse a separação de vocês. Eu prometo que você volta pra ele. Prometo.
A mulher fez alguns carinhos sobre a barriga de Floquinho, sorrindo para o gato e pelos barulhos que o mesmo fazia em resposta ao carinho. Ela ficou algum tempo sentada na cama e brincando com gato, antes de decidir tomar um banho, para tirar o ar de tristeza que a cerca e o cansaço de seu corpo, o inchado em seu rosto e olhos, diminuir o aspecto de choro. O banho foi longo e relaxante, tudo que ela precisava. Após o banho, S/n pegou o gato em seus braços e deixou o quarto, indo em direção à cozinha e o colando no chão, preparando algo para que o gato comesse. Enquanto Floquinho se alimenta, ela preparou seu café da manhã, café forte sem açúcar e um pedaço de fruta, não sentia tanta fome ultimamente. S/n segurou sua xícara de café e caminhou em direção à porta da varanda, a abrindo e deixando com que o sol e a brisa invadissem seu apartamento, soprando seus cabelos para longe. A mulher se aproximou do parapeito e apoiou seus cotovelos sobre o metal, olhando para a rua movimentada abaixo, vendo pessoas andando apressadamente, provavelmente indo até seus trabalhos ou para faculdade, havia algumas crianças na praça a frente do prédio, algumas acompanhadas de seus pais e outras com animais. A brisa fria não era o suficiente para refrescar o dia quente lá fora, os pássaros nos galhos secos das árvores faziam barulho, mas o tipo de barulho que você poderia passar o dia todo ouvindo e nunca se cansaria. Seus olhos passearam pela calçada, encontrando um casal abraçados enquanto o homem deixava um selar na testa da mulher, que o abraçava fortemente por sua cintura e sorria com o contato dos lábios da mulher em sua testa.
S/n sorriu porque se lembrou que ela e Jake costumavam passar muito do tempo na mesma posição, ela nos braços dele e ele massageando suas madeixas, enquanto sussurrava palavras dóceis para ela e beijava sua testa, um tipo de carinho frequente entre eles. O sentimento de vazio a preencheu quando viu o casal se separarem, enquanto o homem segurou a mão da mulher e entrelaçou seus dedos aos dela, a puxando em direção à rua e ela sorriu segurando a mão dele de volta, o acompanhando pela calçada. S/n encheu seus pulmões com ar e desviou seu olhar do casal, aquilo era demais para ela, era como se ela voltasse no tempo e se lembrasse de todos os momentos que eles passaram ao lado um do outro, todos as risadas que dividiram, todos os momentos de carinho, os momentos em que se ajudavam e ofereciam apoio quando precisavam, os momentos que ficavam em silêncio e apenas desfrutavam da companhia um do outro. Ela sabia que eles não durariam para sempre, nada era garantido e ela sabia disso desde o dia em que se envolveram, mas ela se entregou ao que sentiam, se entregou ao momento e aos sentimentos. Acontece que amar Jake é um jogo perdido.
S/n sentiu algo se arrastar em suas pernas e ela sabia de quem se tratava, olhou para baixo e viu Floquinho se sentar no chão, ao seu lado, olhando através através vidro da varanda. Ela esboçou um sorriso caloroso para o gato, o admirando.
- Hoje nós vamos ao supermercado. - S/n se agachou ao lado de Floquinho. - Preciso comprar algumas coisas e levar você para passear. Sair um pouco desse apartamento vai nos fazer bem.
Ela acarinciou a cabeça do gato, que ronronou como resposta.
- É uma boa ideia, você não acha? - S/n o pegou em seus braços. - Vai ser divertido.
[...]
S/n retirou Floquinho de dentro da casinha, o colocando no chão e aproximando uma vasilha com água para o gato, que começou a beber o líquido. Não se fazia muito tempo que ela havia voltado do supermercado, passou um tempo no local, comprando algumas coisas que faltavam no apartamento e outras para Floquinho. Levou o gato para passear no parque e o levou em uma agropecuária local, para comprar ração e verificar se estava tudo bem com o gato. Sua tarde havia sido adorável ao lado do felino, ela falava com ele e se divertia com as brincadeiras do gato, ele podia não a responder de volta, mas ela se sentia bem em poder falar com ele, mesmo sem a consciência disso, Floquinho estava distraindo S/n de seus problemas e ela gostava disso. Ela segurou algumas sacolas em seus braços e as levou até a cozinha, as colocando sobre a mesa e as abrindo, segurando algumas coisas e as levando para seus devidos lugares. Estava concentrada em arrumar os armários quando a campainha tocou algumas vezes, a fazendo franzir o cenho porque não estava esperando ninguém e não foi avisada que receberia alguém. S/n deixou a lata de comida sobre a pia e caminhou para a sala, indo em direção à porta e abrindo, percebendo Maggie do outro lado, parecendo aflita e ansiosa.
- Maggie? O que faz aqui? - S/n perguntou surpresa com a visita inesperada de Maggie. - Eu não sabia que você vinha.
- Oi. - Maggie sorriu de canto para S/n. - Desculpa não avisar que estava vindo.
- Tudo bem. - S/n lhe lançou um dócil sorriso. - Vem, entra.
S/n se afastou da porta, a dando espaço para que Maggie entrasse no apartamento. Maggie agradeceu e adentrou o apartamento, olhando em volta e logo S/n fechou a porta atrás de si, voltando seu olhar para Maggie.
- Eu estou arrumando algumas coisas na cozinha. - S/n passou suas mãos na lateral do corpo. - Se não for um problema pra você, poderíamos ir até a cozinha?
- Claro, vamos. - Maggie acompanhou S/n até a cozinha.
S/n voltou a arrumar as coisas que estavam sobre a mesa nos armários, com a ajuda de Maggie. Enquanto Maggie guardava algumas coisas na geladeira, Floquinho adentrou a cozinha, chamando a atenção de Maggie, que sorriu maravilhada e caminhou em direção ao felino, o pegando em suas mãos.
- Ele é tão fofo! - Maggie exclamou passando seus dedos na barriga de Floquinho.
- Eu concordo com você. Além disso, é um ótimo ouvinte e uma maravilhosa companhia. - S/n sorriu olhando para Floquinho. - Ah, ele se chama Floquinho.
- O que? Sério?! - Maggie riu.
- É tosco no começo, mas depois é até fofo. - S/n soltou uma risada nasal.
- Quem deu o nome? - Maggie perguntou colocando Floquinho no chão.
- O Jake. - S/n engoliu um seco pelo assunto ter chegado a Jake. - O Floquinho é dele. Eu o dei no aniversário de vinte e seis anos. Ele o deixou aqui porque achou que fosse melhor por um tempo.
S/n sorriu fraco, evitando o assunto do término e se virou de costas para Maggie, com um nó em sua garganta. Ela colocou uma vasilha no armário, enquanto o silêncio preencheu o local.
- Nancy me contou sobre vocês. - Maggie disse após um silêncio constrangedor.
S/n suspirou e sua cabeça pendeu para frente, a fazendo firmar seus dedos na vasilha em suas mãos. Maggie engoliu sua saliva com dificuldade, se encostando na mesa e cruzando seus braços, olhando para S/n que se manteu imóvel no mesmo lugar.
- Eu vim até aqui para saber como você está. - Maggie disse.
- Eu estou bem. - S/n se apressou em responder, voltando a guardar as vasilhas.
- Você tem certeza? - Maggie perguntou com receio. - Não consigo acreditar que você realmente esteja. Eu não acompanhei vocês por muito tempo, mas eu vi o suficiente para saber que esse término esteja sendo difícil para vocês dois.
- Vou ficar bem. - S/n foi curta e seca.
- S/n. - Maggie disse e S/n se virou para a mulher. - Por que? Por que você terminou com ele?
- Porque as coisas chegam ao fim, Maggie! - S/n respondeu rígida. - Nada é pra sempre. Você sabe disso. Relacionamentos acabam, pessoas se separaram e tudo bem, é como as coisas acontecem.
- Eu não consigo acreditar nisso. - Maggie se negou.
- Acreditar em que exatamente? - S/n levantou uma sobrancelha para Maggie. - Casais terminam! Você a Hera terminaram, Maggie.
- Não! Você e o Jake eram diferentes, S/n. - Maggie pontuou. - Vocês tinham algo completamente diferente, algo mais intenso e verdadeiro. Não faz sentido nenhum isso ter acabado como se não fosse nada.
- Mas acabou! - S/n exclamou se virando de volta para pia, apoiando suas mãos em sua frente e fechando os olhos por longos segundos.
- S/n, por que exatamente você terminou com ele? - Maggie questionou confusa. - Você conheceu outra pessoa? Você de repente não se sentia mais a mesma coisa pelo Jake?
- Não! - S/n respondeu rapidamente, se virando para Maggie. - Não tem nada a ver com isso.
- Então o que te levou a fazer isso?! - Maggie fez um gesto com suas mãos.
- Maggie, eu e ele estávamos passando por coisas as quais não podíamos lidar, não juntos! - S/n explicou. - O que eu fiz foi pra priorizar nosso relacionamento, nossos sentimentos. Ele pode não saber disso agora e entender, mas um dia ele vai entender e ver que tudo o que eu fiz, foi pra priorizar a gente. Tanto nosso relacionamento, quanto nossa amizade.
- Ele está tão mau! - Maggie disse e S/n ergueu seu rosto. - Nancy me disse que nunca o viu tão pra baixo!
- Ele supera. - ela engoliu um seco ao saber da informação.
- Você não é assim, S/n. Não consigo olhar pra você e saber que a decisão partiu de você! Você ama aquele homem como se ele fosse seu mundo, S/n! - Maggie exclamou se aproximando da mulher.
S/n abaixou sua cabeça, firmando seus dedos na pia atrás dela e sentindo todo seu estômago revirar. Pensar em Jake daquela forma fazia seu coração se partir em seu peito, fazia com que o ar lhe escapasse e tudo o que ela queria era beijá-lo de novo, o dizer que estava tudo bem, o abraçar e o deixar saber que ela ainda o ama com todo seu ser.
- Não é fácil pra mim também, tá bom?! - S/n indagou levantando seu rosto. - Não foi fácil terminar tudo com ele, quando eu queria levar nosso relacionamento muito alem. Não foi fácil olhar pro Jake e dizer pra ele que eu não queria mais! - S/n recuperou seu fôlego. - Eu penso nele todos os dias, todas as horas. Penso em como posso ter o machucado e você acha que não dói em mim também?! Que eu não choro desde o dia em que terminei com ele?! Você não sabe como é pra mim, Maggie. Eu amo o Jake e é por isso que eu fiz isso, porque eu o amo!
Maggie viu S/n liberar algumas lágrimas e rapidamente levar as mãos até o rosto, o cobrindo. Maggie recolheu o ar e se apressou em direção à S/n, a abraçando fortemente. S/n apoiou seu queixo no ombro de Maggie, enquanto a mulher a apertou contra seu corpo e passou seus braços sobre seus ombros, a confortando em seus braços. O abraço aconchegante entre as duas foi duradouro, deixando com que S/n chorasse um pouco sobre os ombros de Maggie, que sentia seu peito apertar com o momento.
- Eu sinto muito, S/n. - Maggie sussurrou. - Sinto tanto que vocês estejam passando por isso. Não posso imaginar o quão difícil possa ser, um relacionamento tão forte quanto o de vocês acabar dessa forma. Sinto muito.
- Tudo bem, Maggie. - S/n limpou suas lágrimas ao se afastar de Maggie. - É só questão de tempo até que as coisas se acertem.
Maggie tocou o rosto de S/n, limpando suas lágrimas e sorriu para a mulher, deslizando seu dedo sobre o rosto da mesma. Maggie se aproximou de S/n, beijando sua testa brevemente e a encarou de volta.
- Vamos combinar de você me ligar se precisar de alguma coisa? Qualquer coisa, S/n. - Maggie colocou uma madeixa do cabelo da mulher atrás de sua orelha. - Se você precisar conversar, chorar, colocar pra fora alguma coisa, eu faço questão de te ajudar nisso.
- Obrigada, Maggie. - S/n agradeceu com um sorriso nos lábios. - Eu te ligo se precisar.
- Eu agradeço se você fizer. - Maggie assentiu. - Só quero que você fique bem logo.
- Eu vou. - S/n disse em tom firme.
[...]
S/n levou o copo até seus lábios, bebericando a água gelada em seu copo, enquanto mantia seus olhos fixos na tela do notebook a sua frente. S/n deixou o copo sobre a mesa e voltou seu olhar para o notebook, enquanto esperava que o programa desbloqueasse seu acesso ao computador de Alan. Apesar dele ter soado convincente, ela ainda tinha suas dúvidas e precisava checar suas suspeitas, queria saber se Alan sabia algo a mais sobre Jake, se ele sabia a qual governo Jake fugia, se ele sabia o nome de Jake e o chama de "hacker" apenas para evitar suspeitas, se ele havia buscado por alguma informação de Jake. Apesar de tudo, se preocupava com Jake e faria qualquer coisa para protegê-lo, até mesmo colocar seus conceitos de nunca mais invadir o computador de alguém e vasculhar a privacidade da pessoa, por ele ela faria isso e muito mais. Enquanto a barra branca se preenchia a cada segundo, Floquinho pulou sobre a mesa e empurrou sua cabeça na mão de S/n, buscando por carinho. O gato olhou para o notebook e se aproximou cheirando o objeto, fazendo S/n sorrir.
- Eu sei que é errado, mas eu não pude evitar. - S/n se defendeu e Floquinho a encarou. - Não me olhe com esse olhar de julgamento! Quando você encontrar uma gata, também vai querer protegê-la.
Floquinho minhou para S/n e ela tocou sua cabeça, em um carinho. Ela viu a barra se preencher por completo e aproximou o notebook dela, vendo a tela se desbloquear e ela ganhar acesso a alguns arquivos que pertencem à Alan. Não eram muitos, pois para conseguir acesso a outros, ela precisaria de Jake e não acha que seja a melhor ideia procurar por ele. Aprendeu um pouco com o hacker, mas não tanto quanto o homem sabia sobre o mundo dos hacker's. S/n entrou em alguns arquivos, procurando por alguma coisa que chamasse sua atenção, mas foi em vão, havia apenas algumas coisas da polícia e anotações de casos. Passou alguns minutos, minutos longos, apenas olhando cada arquivo e cada pasta, olhando atenciosamente tudo, estava quase desistindo quando encontrou um arquivo sem nome, mas bloqueado, que chamou sua atenção.
- Um arquivo bloqueado e sem identificação? - S/n semicerrou seus olhos para o notebook. - O que você acha que pode ser?
Ela perguntou para o gato, que se lambia sobre a mesa, deitado.
- Classificação X? - S/n soltou uma risada. - Certo. Seja lá o que for, é automaticamente suspeito.
S/n selecionou o arquivo, fazendo uma cópia para um pen-drive e tentaria descobrir a senha outro dia. O relógio marcava meia noite e cinco, ela se sentia cansada e seus olhos pesavam. S/n fechou o notebook e se levantou, levando o corpo até a pia e o lavando, colocando no armário logo em seguida. Ela desligou a luz da cozinha e pegou Floquinho da mesa, indo até a sala para verificar se as janelas e as portas estavam trancadas, após isso ela desligou a luz do cômodo e tratou de ir até o quarto. A mulher adentrou o quarto e colocou Floquinho sobre a cama, que logo se alinhou entre as cobertas e S/n foi até o banheiro, para escovar seus dentes e trocar de roupa, vestir algo mais confortável. S/n retirou sua blusa e parou em frente ao espelho, virando um pouco seu torso e levantando seu braço, visualizando a tatuagem de Nymos abaixo de seu braço, a fazendo olhar intensamente para a tatuagem, a qual simboliza a união com Jake, a conexão que eles criarem diante de um momento difícil para ambos. S/n piscou algumas vezes, desviando seus olhos da tatuagem e abaixando seu braço, suspirando pesado e colocando outra camisa. Logo começou a escovar seus dentes e lavou seu rosto, saindo do banheiro e desligou a luz do quarto, indo até sua cama e se jogando na mesa, puxando os cobertores sobre seu corpo.
- Boa noite, Floquinho. - ela sussurrou antes de puxar o gato para perto.
IN THE DARK.
Bom, podemos ver que o término também não não sido exatamente muito fácil para a S/n. Podemos ver que mesmo distante, eles ainda assim dividem quase o mesmo pensamento, o pensamento de pensar um no outro, de se perguntar se ambos estavam bem.
Claramente a S/n se sente preocupada com o sentimentos de Jake sobre ela após o término. Se preocupa que o homem a odeie após o que ela fez, mas vamos combinar, isso é impossível. Eu diria que ele a ama tanto que é impossível desenvolver qualquer tipo de sentimento desprezível por ela.
Quem se lembra dessa fotografia do Jake que a S/n tirou lá no começo da fanfic? Acredito que durante esse tempo, a S/n provavelmente vá se aprofundar na fotografia, pode servir como uma distração.
S/n e Floquinho dividindo
um momento de conversa. Fofos!
A Maggie foi até S/n e revelou já saber sobre o término dela e de Jake, quando a mesma tentava fugir desse assunto.
Com base no que ela disse à Maggie, acreditam que algum dia ela possa procurar resolver as coisas com Jake a o dar uma nova chance?
Bom, ela se demonstra bastante afetada pelo término e não escondeu isso. Tá dando dó desse "casal" e eles tem muitas coisas para enfrentarem.
Nesse capítulo a S/n e o Floquinho estão mais mamãe e filho, porque vai ser apenas os dois por algum tempo, até que ela o leve para Jake. Como vai ser esse reencontro? E o clima? Eu pago pra ver.
Hum, a S/n procurou por invadir o computador de Alan, para saber se o oficial tem algum tipo de informação sobre Jake. Bom, pelo menos a preocupação dela pelo Jake ainda é algo que vai continuar por muito tempo.
E essa tatto gente? Como supera?
Vai ser difícil ver essa tatuagem todos os dias no espelho e se lembrar do Jake.
Gostaria de pedir que não se esqueçam de votar nos capítulos e comentar se possível. Fico muito feliz com os votos e comentários, me divirto muito com os comentários de vocês e leio todos sempre!
Fico por aqui. Um bom final de semana adiantado para vocês e te vejo na terça ;)