│CHRI$TOPHER│
Dul ― "Não devia se meter em assuntos que não lhe dizem respeito. Isso foi só um aviso. Tome cuidado! Na próxima você pode acabar se machucando." (Dulce lê em voz alta o bilhete que recebi no dia em que fui atropelado)
Ucker ― Viu como não podia ser do Otávio?
Ela larga o papel em cima da mesa.
D ― Definitivamente ele não escreveria algo assim. E o linguajar do Tavinho é mais direto. Acho que ele diria: "Na próxima tu morre!"
Ela ri e me contagia. Puxo Dulce para se sentar em meu colo. Cheiro seu pescoço ao mesmo tempo em que aperto sua cintura e coxas.
D ― Que bom que te fiz rir um pouquinho. (Suas mãos deslizam por meus cabelos e rosto) ― Está com uma cara séria desde que cheguei.
U ― Vai ser difícil eu me animar depois de tudo o que descobri. Íris me ameaçou porque tá com medo e deve saber muito bem onde meu irmão está.
D ― Talvez ele esteja mais perto do que você pensa. (Diz esperançosa e dedilha meu queixo)
U ― Pode ser que eu até o conheça ou já nos esbarramos por aí.
D ― Olha, eu acho que esse é um péssimo momento pra você se livrar dos guarda-costas.
U ― A megera não vai me atingir porque agora o meu pai já sabe também. Ela terá que matar todos nós e duvido que vá se arriscar.
D ― Falando nisso, como sabiam o momento certo pra te dar o recado? Você só ficou sozinho por um minuto.
U ― Tenho um palpite: acho que o tipo de ameaça era pra ser outro. Talvez um tiro bem próximo a mim. O cara me viu sozinho e aproveitou pra me atropelar.
D ― Oh, meu Deus! A sua madrasta realmente faz jus ao 'má'.
U ― Vai ser praticamente impossível provar que ela é uma criminosa. É a palavra dela contra a minha. (Fico com olhar vago)
D ― E pra piorar, você exagerou na bebida, o que não ajuda muito na sua credibilidade.
U ― E outra coisa estranha é o parceiro de um traficante ter feito o mesmo tipo de serviço pra mocreia.
D ― Estranho também é o meu pai ter chamado por ela antes de entrar em coma.
U ― Creio que ele vai esclarecer essa questão em breve. Tá mais fácil ele acordar do que encontrarmos o meu irmão.
D ― Oh, não fale assim. (Ela me dá um selinho) ― Seu pai vai mandar investigar. Vocês vão ficar cada vez mais perto de encontrá-lo. E essa cachorra vai pagar pelo que fez.
Dulce apoia a cabeça em meu ombro e permanecemos em silêncio por algum tempo, trocando carícias.
U ― Ah, já ia me esquecendo. Tenho um presente pra te dar.
D ― Presente, é? (Pergunta com malícia e puxa o cós da minha bermuda pra espiar ali dentro)
U ― Não é isso não, safadinha! (Nós rimos. Bato em sua perna, fazendo sinal para que se levante)
D ― Então o que é? (Me olha curiosa)
U ― Vou buscar.
Caminho em direção ao quarto e após pegar uma caixa retangular de cima da cômoda, retorno pra sala.
U ― Você pode usar no nosso jantar de amanhã. (Ofereço-lhe a caixa) ― Juro que não custou muito. Não é nada extravagante.
D ― Christopher, não precisava ter me comprado nada. (Fica acanhada)
U ― Aceite, por favor. (Insisto) ― Eu só quero te dar um presente. (Sorrio genuíno)
Ela balança a cabeça em concordância, abre a caixinha e desembrulha o vestido. É um tom quase branco, de alça estilo regata, estampado com ramos de rosas na cor rosa e algumas borboletas. Também tem uma faixa de cetim para amarrar na cintura, em um tom verde discreto.
U ― Gostou? Acertei o seu estilo?
D ― Eu adorei. É lindo. (Sorri encantada e coloca o vestido na frente de sua silhueta)
U ― Vai ficar ainda mais lindo em você.
D ― Obrigada. (Após deixar a roupa sobre o sofá, ela me dá um abraço) ― Não precisava se incomodar.
U ― Eu só quero demonstrar o quanto você é importante e especial pra mim. (Acaricio seu rosto e trago sua boca até a minha)
O beijo é suave e calmo, quando acho que vai se intensificar, isso não acontece. Permanecemos no mesmo ritmo, saboreando apaixonadamente cada centímetro da boca um do outro. Roço meus lábios nos de Dulce de um lado para o outro e novamente cubro sua boca com um beijo molhado e lento. Minhas mãos percorrem suas costas e a lateral do corpo. Ela repete a mesma ação comigo.
D ― Christopher. (Sussurra)
U ― Que? (Pergunto no mesmo tom)
D ― Eu adoro te beijar. (Sorri)
U ― E eu estava errado. Não vai ser nada difícil me animar. Meus dias sempre ficarão melhores se você estiver ao meu lado.
Ela sorri tímida, me dá um selinho e iniciamos outro beijo. Fizemos amor ali mesmo no sofá e finalizamos com um segundo round na cama. O sexo com Dulce fica cada vez mais intenso, gostoso e viciante. Uma vez não é o suficiente pra me satisfazer e isso está longe de ser um ponto negativo. Eu a amo tanto que fazê-la minha vai além do ato sexual carnal. Nossas almas se conectam de uma maneira inexplicável e a sensação é surreal. Nunca senti nada parecido.
[»»»]
Na tarde do dia seguinte, meu pai me ligou e disse que quer adiar a conversa com a minha mãe sobre o resultado do DNA. Ele pretende contar tudo na segunda-feira, um dia após a festa de aniversário da minha avó. Ele julga que não vai estar em condições de comemorar nada depois que dona Alexandra souber de tudo e deseja passar o dia todo ao lado dela. Também acho que isso é o melhor a se fazer.
Preparei uma surpresa para o jantar ROMÂNTICO de hoje à noite com a minha Moranguinho. Cozinhei o espaguete e também comprei outras coisas. No fim das contas, a intromissão do Oscar até ajudou porque esse jantar vai ser muito melhor do que o que ia acontecer no restaurante.
A campainha toca e vou atender. É ela! Dulce María. Está deslumbrante usando o vestido que lhe dei. Meus olhos percorrem sua silhueta da cabeça aos pés, analiso minuciosamente a beleza dessa mulher.
U ― Está tão linda, Dulce! (Dou um sorriso bobo) ― 'Deslumbrante' é um adjetivo que não faz jus a você.
D ― A baba está escorrendo aí. (Brinca e aponta para o canto da minha boca)
U ― Algo aqui mais embaixo já tá todo babado também. (Olho pra baixo e me refiro ao meu pênis)
D ― Christopher, você não tem jeito! (Ela ri, entrelaça os braços em volta do meu pescoço e me beija) - Não mude nunca! (Me dá um selinho) ― Eu gosto tanto de você assim. (Me dá outro selinho e desvia seu olhar para o interior da sala) ― Por que tá tudo escuro aqui? Não pagou a conta de luz, Playboy?
U ― Engraçadinha.
Não tá totalmente escuro, pois há velas artificiais iluminando o ambiente. Acendo a luz elétrica enquanto Dulce passa pela porta.
U ― Gostou da surpresa?
A ruiva observa tudo ao redor boquiaberta. Seu semblante está pasmo e ao mesmo tempo admirado. Fiz uma decoração por aqui. A sala está repleta de balões vermelhos em forma de coração, as velas artificiais no chão e sobre os móveis dão um toque mais especial, e uma música romântica toca em volume baixo no home theater que peguei emprestado do Christian.
D ― Uau.
U ― Ainda tem mais por aí. Vem. (Seguro sua mão e vou nos guiando até o quarto)
Acendo a luz e sobre a cama há pétalas de rosa espalhadas no colchão. Letras em papel E.V.A formam a seguinte frase: "Quer namorar comigo?"
U ― Tô tentando resgatar o meu lado romântico que tá adormecido há anos.
D ― Christopher.. (Acho que ela ia falar mais alguma coisa, porém fica sem palavras)
U ― Eu ia te fazer esse pedido lá no restaurante. Mas acho que não ia ser tão romântico assim. E desculpe ter demorado tanto.
Seguro suas mãos e a encaro fixamente nos olhos.
U ― Então, Dulce? Você aceita ser a minha namorada?
D ― Sim. (Sorri emocionada e seus olhos lacrimejam) ― Eu quero muito ser a sua namorada.
U ― Ok. Já tenho uma resposta positiva. São duas propostas em uma.
Ela fica confusa. Tiro as letras 'N' e 'A' da palavra 'namorar'. Agora a frase fica assim: "Quer morar comigo?"
D ― Você quer...?
U ― Sim, quero dividir esse apartamento com você. Aliás, ele é seu, então eu quero que você o divida comigo. (Peço acanhado)
D ― Tem certeza disso? É um passo muito grande e...
U ― Rápido, eu sei. Mas tenho convicção de duas coisas: você é a mulher da minha vida, Dulce e eu te amo como nunca amei alguém.
D ― M-me ama? (Sua voz falha)
U ― Amo! Amo muito! (Seguro seu rosto com as mãos) ― E descobri isso da pior forma: quando você se afastou de mim. Agi tão errado com você e nem mereço uma mulher maravilhosa assim. Me perdoa?
Ela afirma com a cabeça.
D ― Eu também te amo, Christopher. (Declara chorosa) ― Venho guardando a vontade de te dizer isso há dias. Já estava até me consumindo. Tive medo.
U ― Eu também. Mas é isso o que sinto. Te amo e não posso mais guardar esse sentimento pra mim.
D ― Aceito os dois pedidos. (Ela ri e chora) ― Eu te quero tanto e te amo tanto. (Acaricia minha mandíbula) ― Se tudo isso for cedo demais, eu não tô nem aí.
U ― Não é cedo, Moranguinho. O amor chega sem aviso prévio e nos obriga a expressar o que sentimos. Prometo fazer por merecer o seu amor. (Sua boca vem de encontro a minha. O beijo é quente e apaixonado)
D ― Quero você. Agora! (Dulce segura a barra da minha camisa e ajudo-lhe a me livrar da mesma)
Jogo a roupa no tapete ao lado da cama e Dulce me pede ajuda para se despir. Após feito isso, ela vem até mim, espalma as mãos em meu tórax e seus dedos percorrem minha pele. Me arrepio só com esse simples toque. Essa mulher me fascina, me enlouquece! A ruiva se apoia em meus ombros e se abaixa para beijar meu peitoral. Sua língua quente umedece meus mamilos alternadamente e ofego em resposta.
Dulce se abaixa mais um pouco e acaricia o volume visível da minha ereção na bermuda. Segurando em sua cintura, nos arrasto até a cama e nos livramos do restante das nossas roupas. Meu pau é liberado em desespero, está duro, esticado, as veias grossas salientes e a cabecinha babada. Dulce se debruça sobre mim, agarra meu membro e dá uma rápida lambida pelo comprimento antes de enfiá-lo na boca.
Seus lábios sobem e descem deliciosamente, em um ritmo lento torturante. Ela não demora para aumentar a velocidade e enrosco meus dedos em seus fios vermelhos ondulados, também acaricio o couro cabeludo. Dulce demonstra muito prazer em me proporcionar prazer e isso torna tudo mais sexy e a sensação é ainda mais maravilhosa.
U ― Oh, Dulce. Gosta de me chupar, é? (Murmuro em êxtase)
Ela afirma com a cabeça enquanto continua se movendo indo e vindo, sua boca quente deixa meu pênis brilhoso com sua saliva. Vez ou outra ela lambe meu saco e volta a me chupar com a mesma intensidade e ritmo viciantes.
U ― Dulce, eu vou...
E ela não para. Ela quer isso, quer que eu finalize ali mesmo. E assim faço. Sinto um orgasmo tão forte que me faz perder todos os sentidos, fico fora de mim. O gozo é instantaneamente sucedido pela sensação do prazer. Preencho sua boca esguichando jatos que saem em grande quantidade. Aperto meus olhos, mas logo torno a abri-los para assistir Dulce consumindo o restante do meu prazer.
U ― Eu te amo! (Declaro ofegante)
D ― Eu te amo! (Deita sobre mim) ― É tão bom dizer isso sem receio. Eu já estava ficando louca. (Se aconchega em meu corpo)
U ― Diga o quanto quiser. É recíproco. (Aliso suas costas)
D ― Eu te amo, Christopher. (Trocamos sorrisos bobos)
Iniciamos um beijo calmo que se torna mais e mais afoito. Com o passar dos minutos, meu membro endurece novamente.
U ― Tô pronto pra você de novo. (Ela sente a minha rigidez em sua virilha e se esfrega no meu pau) ― Ohhh!
Dulce senta em mim, ergue o quadril, encaixa nossos sexos e começa a se mover. Nos encaramos fixamente. Seu olhar exala paixão e está flamejante de desejo. Tenho certeza que o meu está exatamente igual. Sento-me no colchão, aperto a cintura de Dulce ao mesmo tempo em que chupo cada um de seus peitos. O ato permanece no mesmo ritmo e intensidade. Sua bunda bate violentamente em minhas bolas e a ponta do meu membro atinge o mais fundo de sua intimidade. O seu líquido escorre, deixando-me ainda mais molhado.
Após ela gozar gritando meu nome, sinto que o meu orgasmo está próximo. Saio rápido de dentro de Dulce e despejo o sêmen em sua perna e virilha. Ficamos ali no quarto até nos recuperar. Tivemos um jantar agradável, fizemos amor de novo no tapete da sala e finalizamos uma última vez na cama. Ali permanecemos por longos minutos, nos beijando e trocando carícias até cairmos no sono. Vai ser maravilhoso dormir e acordar ao lado da minha Moranguinho todos os dias.
[»»»]
Meu pai mandou um motorista nos buscar para ir ao aniversário, que a essa altura já começou na casa da mãe da buldogue. Bando de puxa-saco! Dulce disse que vai me acobertar enquanto vasculho a casa. Mas não tenho esperança de encontrar alguma coisa. Se a megera mãe esconde algo importante, aposto que deve guardar em um cofre e não debaixo da cama.
D ― Essa é a casa onde meu pai trabalhou? (Pergunta assim que saímos do carro)
U ― É. (Percebo o nervosismo da minha namorada) ― Ei, não precisa ficar nervosa. Eu tô aqui com você. (Dou-lhe um selinho)
D ― Pelo que me diz da sua família, eles são terríveis até mesmo com você. Não quero nem imaginar o que vão pensar de mim.
U ― Não estará perdendo nada! São todos uns idiotas e só estamos aqui pra espionar.
Abraço sua cintura de lado e entramos na mansão dos Drummond. A energia do ambiente aqui é tão ruim quanto a de um cemitério.
D ― Nossa! (Exclama fascinada) ― Que casa bonita e chique. Ou melhor, que bela mansão! A sua é assim também? Aposto que é muito mais...
U ― Minha não, do meu pai, Dulce. (Corrijo) ― E sim, a mansão dele é bem mais avaliada do que essa aqui e acho que vale quase o dobro.
D ― Uau. É tudo muito luxuoso. Parece aquelas casas de rico que vemos nas novelas.
U ― É. Vamos ficar em um canto afastado. Vou falar só com quem vier falar com a gente e apenas por educação.
Sento em um dos sofás e Dulce senta ao meu lado.
D ― Cadê o seu pai?
U ― Ali. (Aponto para o canto oposto da sala) ― Ele tá conversando com a minha tia que mora no Canadá. O único evento de família que faz ela vir pro Brasil é o aniversário da mãe dela.
D ― Não sabia que seu pai tinha irmã.
U ― Ela vendeu a parte dela na empresa pro meu pai. Assim como a minha avó.
D ― Qual dessas senhoras é a sua avó?
U ― A que você julgar a mais anciã e que tem a cara mais rabugenta. (Nós rimos)
D ― Aquela de vestido listrado sentada na poltrona?
U ― A própria! (Nós rimos)
D ― O tamanho dessa sala é praticamente os metros quadrados do meu apartamento todo. E tem uma bela escada.
U ― Ah, meu amor. Você tá parecendo uma criança deslumbrada. (Rio e dou um beijo em sua têmpora)
D ― Agora eu entendo por que você detestou perder sua mordomia. Eu me acostumaria com isso aqui fácil.
U ― Com certeza. (Nós rimos)
D ― Você acha que vai encontrar alguma prova aqui? Qualquer pista sobre seu irmão?
U ― Quero tentar pelo menos.
D ― Difícil procurar por uma coisa que não se sabe o que é.
• Próximo capítulo teremos treta pra agitar essa festa tediosa 🗣️👀
• Logo vamos ter uma passagem de tempo também e Christopher virá com uma nova proposta para Dulce 😬
• Hamilton vai contar um pouco mais de sua vida e já vamos poder descartar 1 dos 3 possíveis irmãos de Christopher 🙊 Tipo BBB. Quem vai ser eliminado? Renan, Alfonso, ou Hamilton?