Promise | G!P ✔️

By Bellacky

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Depois de oito meses de namoro, Amara D'angelo não esperava que sua namorada fosse uma assassina de sangue fr... More

Memorie (prólogo)
Billie?
Circondato
The promise?
Arretado
Night
Nightclub
Disturbo Della Personalità
Ospedale
Invasive Feelings
Complicazioni
Tommy
Marche
Blatant
One step forward
Challenge Cookies
Stanza
Passeggiata
Red Room
Vecchi Tempi
Dina
Victória
l'arancio
Peluche
Kaya and Billie
Ufficio
Capelli Rossi
Floco de neve
Alucinação
Drowned
Drowned 2
Doubts
Limbo

Falsa personalità

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By Bellacky

Oi pessoal, como foi o dia de vocês hoje?

Vocês sabem que gosto muito de conversar com vocês, saber como foi o dia, como vocês tão e etc, mas milagrosamente, não tenho assunto hoje 🤠🤠

Qual o filme preferido de vocês?

O meu sempre será coraline, ícone.

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Memories > casos recentes

Assinei minha fixa do serviço, confirmando que vim trabalhar hoje e ficar até minha hora de saída. Tommy já tinha assinado e ido para uma reunião no jornal, que felizmente, não fui convocada.

São tão chatas.

Enquando assinava, Michelle e Olívia chegaram no balcão, cada uma pegando uma folha. Estavam fofocando sobre algo na qual não era do meu interesse, ou pelo menos, achava que não era.

ㅡ Isso tá muito estranho. Nada tira da minha cabeça que foi o mesmo assassino em cada caso. Primeiro, o policial morto com os restos do corpo encontrados triturados e entupidos no cano que conectava na privada do banheiro público, na manifestação de 4 de julho. Agora esses outros três policiais, que foram mortos em uma festa privada entre só eles.

Meu corpo gelou por alguns segundos. Respirei fundo, continuando escrever meu nome e o motivo de ter faltado na semana passada.

ㅡ Tem razão. E o pior, é que esses três policiais mortos eram amigos do outro policial morto, eram do mesmo turno e sempre iam para o mesmo bar. Te falaram o que descubriram com as esposas deles? Jhones me disse que fizeram aquele encontro na casa de uma das vítimas, para homenager o amigo. Coitados, não poderiam imaginar que morreriam naquele mesmo dia, no mesmo lugar.

Fofocavam tão alto, era impossível de não ouvir sobre o caso que chocou os Estados Unidos inteiro no ano passado.

Coitados, pensam que aqueles mostros são pessoas normais.

ㅡ Sabe o que acho? Acho que esses casos se ligam com os outros oito casos desse ano. Daqueles caras, suspeitos de abusarem de duas crianças e outras duas moças.

Larguei a caneta com força no balcão, tenho certeza que minha assinatura saiu toda tremida. Comecei a andar pelo corredor quase vazio da agência, ouvindo o barulho do meu salto alto, passando uma mão na outra enquando arrumava meu cabelo, fazendo um som com a boca, cantando de boca fechada.

Minhas unhas estavam lindas e enormes, vi algo vermelho embaixo de uma delas, coloquei uma unha dentro da outra, retirando o líquido vermelho com cheiro de ferro enferrujado. Limpei minha unha no meu vestido vermelho sangue.

Memories - Off

Abro meus olhos bruscamente quando escuto a porta sendo fechada com força, me sento na cama no mesmo momento, conseguindo enxergar Billie e um homem loiro, se não me engano, Lucas, o irmão da Beatrice, segurando cada um uma arma.

ㅡ Meu Deus. O que aconteceu? ㅡ Meu coração estava disparado. Billie correu até a cama, me levantei. ㅡ Billie, o que...

Não consegui terminar, Eilish colocou a mão na minha boca e me segurou com força, me arrastando pra trás da porta, tentei me soltar ou gritar, comecei a chutar o ar, tentando fazer com que essa louca me solte.

ㅡ Para com isso, bambina. Fica quieta. ㅡ Sussurrou no meu ouvido. Ia falar alguma coisa, mas fui interrompida pela porta, que abriu outra vez.

Meu corpo ficou rígido quando vi uma figura estranha entrando no quarto, não só uma, mas sim, três. Estavam armados e todos com a mesma vestimenta preta.

Não tentei me soltar ou gritar, fiz ao contrário, tentei preensar meu corpo mais ainda ao de Billie, com medo de que essas pessoas nos vissem. Eilish estava com o braço enrolado na minha cintura e me puxava ainda mais para perto, coloquei minha mão por cima do braço dela no automático, quando um dos fardados chegou ainda mais perto.

Um barulho fez com que ele se afastasse, Billie aproveitou e saiu de trás de mim, começando uma briga com dois deles, enquando Lucas também estava em uma briga de mano a mano contra um.

Não pude reagir e nem fazer nada, meu braço foi puxado por outra pessoa com força, por uma mulher de longos cabelos loiros, andulados e volumosos.

ㅡ Meninas, aqui! ㅡ Ouvi a voz de Cláudia, ela estava no outro lado, acenando com a mão. ㅡ A fumaça já tá por todo lado nessa parte. Venham!

Franzi o cenho. Parecia que eu ainda estava dormindo, sonhando com alguma coisa. Não perguntava e nem falava nada, apenas corria junto de Beatrice, que parecia tão desesperada e confusa quanto eu.

Descemos por outra parte da casa. Enquando desciamos juntas, ambos gritamos quando vimos uma pilha de corpos empilhados um em cima do outro. Senti vontade de chorar pela adrenalina que senti na hora que vi todo esse sangue e essa matança. Zoe, Harry e Kaya estavam espalhados, corriam de um lado para o outro segurando baldes de água.

ㅡ O que tá acontecendo? ㅡ Solto a mão de Beatrice, percebo que seus olhos estão tão marejados quando os meus. ㅡ Isso só pode ser um pesadelo. Não é possível. ㅡ Passei minha mão pelos meus fios de cabelo.

ㅡ E-eu também não sei. ㅡ Gritou, respirando fundo. ㅡ Acordei com duas pessoas invadindo meu quarto. Se não fosse pelo Lucas, não estaria aqui agora.

ㅡ Patrick chegou a cidade. ㅡ Cláudia disse, olhando de um lado para o outro dentro da casa. ㅡ Isso foi um aviso. Um aviso pra Billie. Tenho medo de como vai ser de hoje em diante. ㅡ Franzi as sobrencelha, engolindo a seco.

Patrick não tinha morrido?

Coloquei a mão no nariz quando a fumaça fez com que minha respiração fosse menos circulada. Saia fogo por baixo de uma porta que estava fechada, metade da sala estava em chamas, a maioria da casa iria desmoronar em menos de uma hora por conta do fogo, que se espalhava cada vez mais.

Parei de ficar parada e resolvi fazer alguma coisa. Corri até Zoe que estava mais perto, parando a loira de seguir seu caminho. Ela me olhou confusa, seu rosto estava vermelho e o cabelo curto bagunçado.

ㅡ O que eu posso fazer pra ajudar? ㅡ Tirei a mão da boca pra falar, mas depois coloquei de novo por cima do nariz.

ㅡ Nada. É melhor vocês três saírem e esperarem no lado de fora. ㅡ Gritou, por conta do barulho dos tiros que estavam lá em cima. Não paravam. ㅡ Se continuarem no caminho, vai atrapalhar.

Dito isso, Zoe saiu, deixando nós três paradas sem saber o que fazer. Respirei fundo, criei coragem e segui Zoe, que corria em direção a um tanque de água. Ouvi Cláudia gritar meu nome, mas continuei sem olhar pra trás.

Peguei um balde que estava no chão, Zoe mergulhou o que estava segurando na água e quando se virou, acabou esbarrando me mim, vi seu semblante mudar para um irritado, pensei que diria algo, mas ela deixou que ajudasse.

Segurei o balde com força, andando o mais rápido que pude até outro cômodo cheio de fogo, joguei a água naquele perigo, levando um susto com o tanto de fumaça que saiu. Abanei minha mão enquanto saia de lá, tossindo como nunca e com garganta e olhos ardendo.

Cocei meus olhos enquanto andava, acabei esbarrando em alguém, senti meu corpo sendo segurado com força para que não caísse de costas no chão, automaticamente segurei com força o braço da pessoa, levando um susto quando vi quem era. Senti minhas bochechas vermelharem.

ㅡ Calma. ㅡ Kaya riu baixo, ainda me segurando. A vi engolir a seco. ㅡ Precisa sair daqui. É perigoso de mais.

ㅡ Quero fazer algo pra ajudar. ㅡ Soltei seus braços, peguei o balde e comecei a caminhar. ㅡ Não consigo ficar parada enquanto vejo tudo isso. Preciso fazer algo, nem que ser for mínimo. ㅡ Meu braço foi puxado com força, encarei Kaya.

ㅡ Todos já saíram, só faltava você. Vai ficar aí pra morrer? ㅡ Engulo a seco. Não consegui falar nada, a mulher de cabelos castanhos voltou a me puxar para outro lugar.

Assim que vi o gramado e todos juntos, senti um alívio por dentro. Espero que o máximo de pessoas fiquem bem e sem ferimentos.

Me juntei aos outros, que olhavam para o casarão pegando fogo, os funcionários estavam em um lado separado, juntos e abraçados. Franzi o cenho, sentindo falta daquele homem estranho que vi naquele dia do galpão. Cadê o jardineiro?

Quando olhei para onde estava a procura dele, senti falta de uma pessoa que não sei como não senti antes.

ㅡ Cadê a Billie? ㅡ Perguntei, atraindo a atenção de todos que estavam ali. Vi a maioria olhar para os próprios pés, Lucas suspirou. ㅡ Você estava com ela. Por que ela não tá aqui?

ㅡ Ela ficou presa no seu quarto. Um pedaço da parede caiu na frente da porta que Billie estava quando ainda atirava nos outros. Eu tentei ajudar, mas não tinha como, então tive que...

ㅡ VOCÊ DEIXOU ELA LÁ? ㅡ Gritei de apavoro, a homem loiro passou a mão no rosto. Neguei com a cabeça, soltando uma risada irônica. ㅡ Belos amigos você arranjou, Billie.

Meu corpo não controlou meus impulsos, saí de perto daqueles covardes, começando a correr pelo gramado da casa em direção a aquela destruição, enquanto escutava os gritos das meninas pedindo pra que voltasse.

Abri a porta, fechando em seguida, vendo todo aquele fogo por todo lugar, tinha uma linha não muito grossa de fogo na frente da escada, olhei todos os lados a procura de alguma parte da casa que iria até o segundo andar que não estivesse em chamas, mas melhor que isso, encontrei uma marreta enorme, que me ajudaria bastante. Corri até onde o objeto estava, usei minhas forças para arrastar até a ponta da escada, tinha que arriscar.

Joguei a marreta por cima do fogo, usando uma força que nem eu mesma sabia que tinha, vi a madeira fraca da escada ceder por conta do peso. Dei vários passos para trás, me preparando para pular, comecei a correr, fechei meus olhos quando pulei, com medo de bater em alguma parte do fogo, abri meus olhos podendo sentir um pouco de alívio, percebendo que a única coisa que senti foi uma queimação pelo meu corpo enquando pulava. As aulas de ginástica renderam bem.

Peguei a marreta, que por sorte, não caiu embaixo da escada, subi o mais rápido que pude. Soltei um grito quando uma parte da escada de madeira cedeu, minha perna ficou no ar, perto do fogo que já estava enorme. Usei a força dos meus braços para conseguir levantar.

Voltei a andar, carregando a marreta e uma dor enorme no tornozelo, não consegui andar sem mancar. Por sorte, a porta do meu quarto ficava no fundo do corredor, consegui andar pelo canto da parede, com medo de encostar no fogo.

Quando cheguei de frente a porta, engoli a seco, vendo o pedaço da parede nem tão grosso. Respirei fundo duas vezes, pegando com força no cabo da marreta, usando toda a força que me sobrava, fechei os olhos antes de bater a marreta na parede, senti vários farelos e pedacinhos de pedra no meu rosto. Respirei fundo outra vez, gritei depois que acertei a segunda e última marretada na parede. Meus braços estavam doendo, meus músculos nem se fala.

Entrei pelo buraco que fiz na porta, larguei a marreta lá mesmo. O quarto ainda não estava totalmente em chamas, mas a maioria estava.

Entrei bruscamente no banheiro, vendo Billie sentada no chão toda molhada, com o chuveiro ligado enquanto tossia e segurava uma máscara de ar. Seu espanto ficou bem aparente quando me viu, ela tentou levantar, mas gemeu de dor, continuando no lugar.

ㅡ Billie! ㅡ Corri em sua direção, me agachando na frente dela. Tirei os cabelos que estavam na frente de seu rosto. ㅡ Vem, ainda dá tempo de sair. Vamos. Você consegue, eu te ajudo.

Passei meu braço por baixo das suas axilas, conseguindo levanta-la com cuidado. Vi que Eilish estava com um pano cheio de sangue nas mãos, que estavam todas cortadas, como se tivesse feito muita força ou socado muitas vezes algo.

Coloquei seu braço em volta do meu ombro, segurei firme o braço da mulher, começando a andar com ela até a porta do quarto. Billie também me segura com força, como se estivesse me protegendo.

Comecei a tossir enquanto andava pelo corredor, tinha até mesmo esquecido de fechar a porta. Senti algo no meu rosto, coloquei a mão, percebendo que era a máscara de ar que Eilish estava usando. Quando ia devolver, um barulho estridente fez com que abraçasse Billie com força, a mão dela foi na minha cabeça, me protegendo do que tinha acabado de cair na nossa frente.

Senti minha vontade de chorar aumentar, juntos das minhas dores, quando vi que outro pedaço da parede tinha acabado de cair, cercando nós duas em um canto apertado, que logo seria deminado pelo fogo. Meu coração estava disparado.

ㅡ POR QUE VOCÊ VEIO? ㅡ Gritou, segurando meu rosto, para que olhasse direto para seu rosto triste. ㅡ ERA PRA TER FICADO COM OS OUTROS, ESTARIA SEGURA AGORA!

ㅡ EU TENTEI TE AJUDAR, E FARIA TUDO DE NOVO! ㅡ Gritei na mesma altura. Não tinha como conversar sem gritar, o fogo é silêncio, mas barulhento ao mesmo tempo. ㅡ NÃO PODERIA DEIXAR VOCÊ AQUI.

Billie segurava meu rosto com as duas mãos cheias de sangue, e me encarava tendo alguns tiques na sobrancelha, era uma mistura de raiva com tristeza, até que juntou minha testa na sua, enquanto me apertava com força.

ㅡ Me desculpa, Amara. Me desculpa. ㅡ Mordeu o lábio infeiror. ㅡ Não queria ter estragado sua vida, essa nunca foi a minha intenção. Eu juro que se pudesse voltar no tempo, não iria falar com você, pra que vida fosse melhor. ㅡ Engulo a seco, úmideci meus lábios secos. ㅡ EU TE AMO! TE AMO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS E FARIA TUDO PRA TE TER DE VOLTA, GASTARIA TODAS MINHAS ENERGIAS, DEIXAVA MEU CORAÇÃO SER QUEBRADO, MAS NUNCA DEIXARIA DE TE AMAR OU DE TENTAR TE TER DE VOLTA!

Seus olhos cheios de lágrimas, fizeram a primeira lágrima escorrer pela minha bochecha. As palavras que foram jogadas na minha cara foram tão impactantes, tão verdadeiras, me tocou de uma forma e me fez sentir o que nunca senti antes.

ㅡ EU TAMBÉM NÃO CONSEGUI FAZER IR EMBORA! ㅡ Billie respirou fundo, mordendo o lábio infeiror outra vez. ㅡ EU TENTEI TANTO. JURO QUE TENTEI. MAS AINDA TÁ AQUI. ㅡ Peguei a mão dela, levando até o meu coração.

Eilish ia falar mais alguma coisa, mas outra vez, foi interrompida pelo barulho de algo pesado caindo, ela passou seus braços envolta de mim como uma maneira de proteção. Estava quase desistindo, deixando que tudo acontecesse, quando vi a ponta da marreta, jogada em um canto estreito.

Desgrudei de Billie, a assustando um pouco, engatinhei até alcançar a marreta, puxei até o buraco que estávamos presas. Comecei a tossir como nunca, não durariamos nem mais 10 minutos aqui.

Peguei o lado contrário da marreta, comecei a usar o restante das minhas forças para tentar quebrar a parede. Senti a mão macia de Billie por cima da minha, ela pegou a marreta, fechou os olhos e bateu com força na parede. Um vento gelado me fez respirar de alívio, mesmo com os olhos fechados.

A parede estava quase sedendo, então saiu um grande pedaço, que daria pra passar tranquilamente até um galho, que parecia mais um tronco, da árvore.

Eilish me colocou pra ir primeiro, fui o mais rápido que pude, com medo de algo ruim acontecer e prender ela de novo, sentei no galho, estendi meus braços para ajudá-la a sair. Só agora consigo sentir o quanto meu corpo dói, sinto que vou desmaiar a qualquer momento de tanta exaustão.

ㅡ EI! ㅡ Gritei, formando como se fosse um cone em volta da minha boca. Billie colocou minha cabeça em seu peito, deitando sua própria cabeça por cima da minha. ㅡ EI!

Cláudia, que chorava abraçada a uma das funcionárias, foi a primeira que me ouviu, ela gritou algo, atraindo a atenção de todos, que vieram correndo na nossa direção como loucos.

Minhas pálpebras estavam quase fechando de tanto que pesavam. Meu corpo dói tanto, só preciso de uma cama agora.

(....)

Acordei em um ambiente bem clareado, fechei meus olhos no mesmo momento por conta da claridade, usei minhas mãos para cobrir meus olhos, senti um pequeno desconforto quando mexi minha mão.

Uma mão se pois por cima da minha, movendo minha mão cuidadosamente para minhas bochechas, com a intenção de me fazer abrir os olhos, e assim fiz, devagar, vendo minha visão desembaraçar por alguns segundos.

Billie estava parada, com o rosto nem tão perto do meu, me olhando e esperando acordar com um sorriso leve no rosto, comecei a piscar duas vezes para me acostumar com a luz, só agora consigo ver que uso uma máscara de ar, que fiz questão de tirar por agonia.

ㅡ Bom dia. ㅡ Sussurrou, fechei meus olhos quando se aproximou e beijou minha testa, fazendo carinho no meu rosto. ㅡ Você dormiu bastante.

ㅡ Todo mundo.... ㅡ Parei de falar, senti minha garganta arder, gritando por água.

Eilish percebeu, se afastou rápido, pegando uma garrafa de água e colocando na minha boca. Bebi a água com tanta rapidez e quando percebi, acabou, e nem ao menos engasguei. Suspirei quando terminei de beber água, sentindo alívio.

ㅡ Todos estão bem? E a sua mão? ㅡ Peguei na mão da mulher com cuidado, estava enfaixada.

Billie, ao invés de me responder, balançou a cabeça pra cima e para baixo, concordando enquando me olhava sorrindo sem mostrar os dentes. Fiquei assustada, sem saber o que fazer, ela estava assim desde quando acordei, vi um brilho que fazia anos que não via brilhando em seus olhos marítimos.

Quando menos esperei, Eilish colocou os braços em volta de mim com o mísero cuidado e me abraçou, colocando o rosto no meu pescoço, fiquei paralisada com os olhos assustados. Até que lembrei do que confessei naquele desespero, achei que iria morrer lá, por isso disse quase tudo que sinto.

Amara, você se ferrou novamente.

Na hora da vergonha, dei dois tapinhas nas costas de Billie, ouvindo e sentindo sua respiração quente enquando ainda me abraçava. Ela estava realmente com saudade. Eilish tirou o rosto do meu pescoço, passou a mão na minha testa tirando alguns fios de cabelo, depois continuando com o carinho feito com o polegar na minha testa.

ㅡ Você foi tão corajosa. ㅡ Murmurou baixo, olhando cada detalhe do meu rosto, que aposto que está como um morango agora. ㅡ A única que de importou verdadeiramente comigo, e se arriscou, mesmo depois de tudo.

ㅡ Não podia deixar você morrer lá, e... e eu faria isso por qualquer pessoa. ㅡ Senti vontade de dar um tapa bem forte na minha cara quando gaguejei. Saco.

Billie riu pelo nariz, sorrindo outra vez, meus olhos quase soltaram pra fora junto do meu corpo que ficou endurecido quando se aproximou mais do que deveria, achei que me roubaria um beijo, mas Billie beijou o canto da minha boca, demorando uns segundos para desgrudar seus lábios da minha pele.

Preciso esclarecer para Billie que mesmo gostando muito dela, não sei se podemos ter alguma coisa nesse momento. Não sei se posso confiar verdadeiramente nela depois de todas aquelas mentiras, mentiras que foram escondidas pelo meu bem - nas palavras dela - mas que mesmo assim, foram mentiras.

Quase caí da cama quando a porta foi aberta, Eilish se afastou de mim. Kaya passou pela porta, ela carregava alguns balões coloridos e se assustou quando me viu acordada, mas colocou um sorriso pequeno no rosto e aproximou, segurando as cordinhas dos balões.

ㅡ Que bom que acordou, Amara. Como se sente? ㅡ Apoiou as mãos na cama de hospital, deixando os balões no chão.

ㅡ Péssima. ㅡ Fui sincera, sentindo meu peito doer.

Minhas roupas, meus acessórios e tudo o que lutei muito para comprar, foram derretidos e servidos como alimentos para o fogo. Não só minhas coisas, quanto as outras coisas da casa, que mesmo não sendo minhas, me afetaram como se fosse.

ㅡ SOLTA! ㅡ Franzi o cenho, quando Cláudia e Beatrice entraram pela porta, quase que de matando, disputando uma caixa de chocolate. ㅡ FOI EU QUE COMPREI, NAO É JUSTO. EU QUE TENHO QUE ENTREGAR!

ㅡ MAS FOI EU QUE ESCOLHI, E PARA DE GRITAR SE NAO ELA VAI ACORDAR! ㅡ Beatrice gritou no mesmo tom. Fiquei alguns segundos tentando entender qual a lógica.

ㅡ É VOCÊ QUE TA GRITANDO! ㅡ Cláudia puxou a caixa de chocolates com força, e foi quando se virou e me viu, assistindo as duas com o rosto mais confuso de todos. ㅡ Acordou!

Tanto Cláudia, quando Beatrice se aproximaram da cama com sorrisos grandes. Beatrice colocou a caixa com lacinho amarrado em cima da minha cama.

ㅡ Olha o que compramos os você. ㅡ Sorriu. Apontando para a caixa.

ㅡ Você não, eu. ㅡ Cláudia interrompeu o meu obrigada, começando outra briga. ㅡ E você ia pegar chocolate branco, a Amara odeia chocolate branco.

ㅡ Obrigada, meninas. ㅡ Fui rápida em falar alguma coisa, quando vi que Beatrice abriu a boca pra continuar a discussão.

No meio de todas aquelas pessoas na minha volta, que provavelmente queriam o meu bem, comecei a ficar preocupada. De acordo com Cláudia, Patrick ressurgiu das cinzas depois de um longo tempo.

Ele é um homem perigoso, sabia disso quando Billie e eu éramos namoradas, mas só fui perceber que era realmente um mostro quando resolvi pesquisar fundo no ano passado. Seu histórico de crimes era enorme, uma grande lista, mas não tinha nada a uns anos. Ele realmente ressurgiu.

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Oi gente 😁

Pessoal, queria explicar que tenho demorado pra escrever alguns capítulos porque tá realmente confuso pra mim, não consigo entender alguns personagens dessa história, e preciso entender bem antes de escrever sobre eles.

Enfim, fiquei bem, amo vocês, obrigado por terem lido <3

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