Narradora.
Era de manhã, adalind estava com Beth, Lori, Carl e Hershel. Eles estavam dando um passeio no pátio para o mais velho se movimentar um pouco.
Era aniversário de 19 anos da adalind, quase todos a parabenizaram já que ela demorou um pouco para acordar hoje e os outras estavam fazendo suas tarefas.
— tiraram todos os corpos daqui? — o mesmo pergunta. — está começando aparecer um lugar onde podemos morar.
— cuidado a onde pisa Hershel, a última coisa que queremos é que você Caia.
— está indo bem, pai.
— tá pronto pra correr, Hershel? — adalind dá um tapa no ombro de Carl.
— me de mais um dia, você vai comer poeira.
Adalind riu e olhou para frente, no corredor ela viu glenn, Rick e daryl e sorriu para os mesmos.
A mesma estava ao lado de Lori, ela sempre ajudava a grávida em tudo seja em pegar algo no chão ou se sentar, adalind sempre ajudava.
— Errantes, cuidado! — gritou Carl, adalind olhou para trás e viu cerca de onze Errantes vindo até eles.
— meu Deus!
— Hershel, sai daqui! — adalind gritou, ela pegou sua arma e começou atirar.
Cada vez mais aparecia errantes, adalind escuta T-dog falar que o portão estava aberto então vai até lá.
— Lori! Aqui! — a mesma grita pela mulher.
Lori e Carl correm até adalind e entram para o bloco de celas, mas Errantes apareceram fazendo elas mudarem o caminho.
Elas estavam caminhando pelos corredores até que Lori para se encostando na parede.
— tem algo errado. — a mesma diz, adalind e Carl pararam de caminhar e vão até a mesma.
— o que foi? Não foi mordida, né?
— acho que o bebê vai nascer. — ela disse fazendo a garota arregalar os olhos.
Quando ela iria dizer algo, mais Errantes apareceram.
— meia volta, vamos! Lori. — adalind gritou, ajudou Lori a andar.
Carl estava caminhado na frente, mas onde iam tinham Errantes vindo, até que o garoto achou um lugar que poderiam ficar.
— Lori, acho melhor você se deitar, as contrações estão fortes.
— não, o bebê já vai nascer.
— temos que voltar para o nosso bloco para o Hershel ajudar.
— é perigoso se sairmos, Carl. — adalind encara Lori. — você vai ter o bebê aqui mesmo.
— ótimo. — disse ela.
— ela tá bem, ela pode respirar? — Carl perguntou preocupado.
— ela tá bem Carl. Vem cá, preciso tirar sua calça. — adalind deitou Lori no chão e tirou a calça da mesma. — vai ter que me ajudar com o parto, acha que dá conta?
O mesmo concorda, adalind sabia que era muita coisa para ele.
— vou examinar sua dilatação.
— como sabe? — perguntou Carl.
— aprendi na faculdade, mas é minha primeira vez. Droga, eu não sei dizer.
Adalind ajudou Lori a levantar, a mesma pediu para que ela empurrasse, ela estava abaixada e quando viu sangue saindo entre as pernas de Lori pediu para que a mesma parasse de empurrar e que se deitasse novamente.
— precisamos te levar até o Hershel.
— mãe, olha pra mim, fica de olhos abertos.
— precisamos te levar até o Hershel.
— eu não vou conseguir.
— Lori, com todo esse sangue eu nem sei se a dilatação tá completa, não adianta forçar. — adalind estava desesperada, o que ela havia aprendido na faculdade de medicina foi como se tivesse sumido.
— eu sei o que significa, eu não vou perder o meu bebê. — ela diz. — vai ter que abrir minha barriga.
— Lori... não, não. Eu não consigo fazer isso.
— o Carl tem uma faca. — adalind negou com a cabeça, seus olhos marejados tentando ao máximo não chorar.
— você não vai sobreviver. — ela disse olhando para Lori.
— meu bebê tem que sobreviver. Por favor, meu bebê. — a mesma estava com a respiração acelerada. — por todos nós. por favor, adalind. Por favor!
Adalind esticou a mão até a barriga de Lori e levantou sua blusa.
— vê minha cicatriz de cesariana? — Lori perguntou
— não me faz fazer isso. Lori, por favor. — ela pedia, ela não poderia fazer isso a mulher teria uma hemorragia e morreria.
— você consegue, confio em você. — ela sorri para adalind e logo olha para Carl. — querido, eu não quero que se assuste, tá? Eu não quero isso, mas é o certo. Cuide do seu pai por mim. Os dois, cuidem dele. E cuidem do irmão ou irmãzinha de vocês.
Adalind a olhava confusa e ao mesmo tempo queria chorar, como assim irmãozinho ou irmãzinha dela? Ela não entendia.
— não precisa fazer isso.
— você vai ficar bem. Você vai ganhar desse mundo, eu sei que vai. Você é inteligente, forte, muito corajoso e eu te amo
— também amo você.
— tem que fazer o que é certo meu amor, me prometa que vai sempre fazer o que é certo. É tão fácil fazer coisa errada nesse mundo. Então... Se parecer errado, não faça, ouviu? Se parecer fácil, não faça. Não deixe esse mundo ferrar você. — Lori leva sua mão até o rosto do filho limpando as lágrimas. — Você é tão bom. Você é meu filho querido. Você foi a melhor coisa que eu já fiz. E eu te amo.
Carl abraçou Lori. Adalind só conseguia chorar.
— adalind quando acabar, você tem que fazer. Não pode ser o Rick. — ela concordou tentando ser forte para Carl. Ela não poderia desmoronar agora, não agora.
Carl entregou sua faca para adalind mas antes Lori segurou a mão dela.
— eu sinto muito se passou por uma vida ruim antes disso. Sinto muito por não ter tido uma boa mãe. — Lori suspira deixando lágrimas caírem e sorri. — você se parece tanto com o Rick, eu não tenho dúvida que não seja filha dele. Você é uma mulher forte, passou por muita coisa e continua de pé. Por favor, cuide dos seus irmãos por mim, tudo bem? Cuide do seu pai adalind.
Adalind olhava para mesma não conseguindo acreditar. Rick era seu pai? Então, a sua frente quem ela iria ter que matar seria sua madrasta?
— Lori, não me faça fazer isso... —
— eu sei que consegue. Como eu disse, você é uma mulher forte. Sei que irá vencer esse mundo ao lado de Carl. — adalind já não conseguia mais controlar suas lágrimas, ela não queria fazer aquilo. — faça.
Ela levou a faca até a cicatriz.
— eu sinto muito. — ela disse e cortou a barriga.
— o que tá fazendo com ela? — Carl gritou o que fez adalind chorar ainda mais.
— me desculpa Carl. — ela se desculpa. — Carl me dá suas mãos. Carl, por favor. Mantenha esse lugar limpo, ouviu? Se eu cortar demais, acerto o bebê.
Ela corta mais um pouco.
— eu tô vendo. Eu tô vendo as orelhas. Vou tirar o bebê. — ela tenta tirar o bebê, e quando tira o segura mas se desespera quando o mesmo não chorava.
Mas aí se lembrou das aulas que tinha, virou ele de costas e deu algumas batidinhas em suas costas e logo o mesmo chorou.
Ela cortou o cordão umbilical, e logo viu que era uma menina. pega a jaqueta de Carl que o mesmo havia tirado.
— precisamos ir. — ela põem a bebezinha contra o peito e se levanta.
— não podemos deixá-la aqui. Ela vai se transformar.
Adalind foi pegar sua arma mas Carl pegou a dele.
— Carl, não... — ela nega com a cabeça não querendo que o garoto fizesse aquilo.
— ela é minha mãe. — ela o olhou com pena, ele era apenas um garoto.
— me desculpa Carl, mesmo. — ele apenas assentiu. Ela saiu e escutou o tiro a fazendo se assustar e agarra a garotinha. Carl apareceu passando direto por ela.
Ela e o garoto iam para fora do Bloco, e quando finalmente foram para o lado de fora, adalind olhou direto para Rick.
Adalind tentava não desmoronar ali, na frente de Rick. Suas mãos estava coberta de sangue segurando a bebezinha.
— onde....onde ela está? — ela não respondeu. Rick negou com a cabeça não querendo acreditar.
— não. Rick, não! por favor. — o mesmo passou por ela, ao ouvi-lo chorar ela começou a chorar também.
Maggie e glenn fora até ela e a abraçaram, mas maggie se afastou indo até sua irmã e seu pai e Glenn também. Daryl passou por ele indo até adalind a puxando para um abraço.
A mesma fungava no ombro do mesmo.
— eu tô aqui. Tá tudo bem. — ela escutava daryl dizer em seu ouvido. — vou estar sempre aqui.