Como criar um bom Shizun

By Fujoshi_Lombrada

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Enquanto Luo Binghe Original tentava acessar a dimensão onde tinha um Shizun bom, ele acaba caindo em um mund... More

Pequeno Shizun
Não há ninguém como o Pequeno Shizun!
Só Jiu pode chamar de Luo-gege!
Luo-gege não é bonzinho...
Shen Jiu e a Família Qiu - Parte 2
Uma esposa para o Irmão Gelado
Onde está Qi-ge?
Extra 01: A Procura de Uma Esposa
O Jovem Shizun está desabrochando
Extra 02: A Paisagem dos Sonhos de Luo Binghe - Parte 01
Extra 02: A Paisagem dos Sonhos de Luo Binghe - Parte 02
Extra 02: A Paisagem dos Sonhos de Luo Binghe - Parte 03
Extra 02: A Paisagem dos Sonhos de Luo Binghe - Parte 04
Extra 02: A Paisagem dos Sonhos de Luo Binghe - Parte 05
Segredinho
Como matar o homem mais forte do mundo?
O Shizun fica tão fofo bêbado
A perversão de Luo Binghe é contagiosa
A-Jiu, isso não é um hotel...
A natureza de um demônio
Tudo o que vejo é sangue

Shen Jiu e a Família Qiu - Parte 1

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By Fujoshi_Lombrada

Shen Jiu já estava vivendo há dois anos com Luo Binghe e suas esposas — lê-se loucas. Ele estava impressionado com a criatividade delas em suas formas de tentar se livrar dele. Por sorte, quando Luo Binghe não estava ao seu lado, o Irmão Gelado sempre surgia do além para salva-lo.

Devia já ter conhecido de 50 a 100 mulheres naqueles dois anos, todos encontros que gostaria de não repetir.

Nesse meio tempo, ele também cresceu alguns bons centímetros, mas Luo Binghe continuava estupidamente alto e sempre o colocando em seus braços.

O quanto ele ainda teria que crescer para que Luo parasse de trata-lo como um bebê?

Luo Binghe o ensinou a cultivar e usar a espada que deu a ele. Em seu tempo livre, Jiu praticava esgrima, se imaginando derrotando Binghe e o fazendo jurar sempre cozinhar sobremesas para ele. Enquanto treinava, o Irmão Gelado julgava sua técnica —, ou melhor dizendo, ele dizia "errado" quando errava e ficava calado quando acertava.

Jiu repetiu o movimento que Luo havia o mostrado com a espada. Mesmo sem toda aquela luz cegante e o que parecia uma trilha sonora legal de quando Binghe fez, Shen conseguiu fazê-lo bem.

— Aqui — Mobei-Jun disse, chamando a atenção do menino. Ele ofereceu a Shen um picolé de morango. — Luo Binghe disse que deveria dar um a você toda vez que aprendesse um movimento.

— Ele acha que eu sou um cachorro pra me dar uma recompensa quando aprendo um truque novo? — Jiu resmungou, pegando o picolé. — Obrigado, Irmão Gelado.

Durante a maior parte da sua vida, ele não comeu nem um doce e os poucos que provou foram dados por Haitang e Mestre Qiu o fez pagar por cada um deles. Então, toda vez que podia sempre comia doces, como se tudo aquilo pudesse acabar de repente e ele nunca mais pudesse prova-los.

Jiu ouviu batidas na porta antes dela ser aberta e algumas servas entrarem trazendo bandejas de comida. Ele estranhou aquilo, não havia pedido comida. Uma mulher, que lhe parecia muito familiar, usando roupas caras e com jóias em formato de flor de haitang entrou depois das servas.

— Olá, Shen Jiu — ela disse sorrindo, mas seu sorriso não chegava aos olhos. — Finalmente podemos nos ver.

Ela falava como se o conhecesse, mas Jiu nunca tinha a visto. Mesmo assim, ele sentiu um calafrio passar por sua espinha ao olhar para ela.

— Estou atrapalhando algo? — A voz de Luo Binghe soou do corredor. Ele caminhou até o quarto, se juntando a eles.

— Marido — ela o saudou, sua postura mudando completamente e ela parecendo radiante e gentil.

Qiu Haitang — Luo Binghe a cumprimentou, mas não parecia em nada com uma interação normal de marido e mulher.

O corpo de Jiu ficou paralisado. O coração disparando, batendo tão rápido e forte ao ponto de doer. De repente, o ar se tornou rarefeito e foi como se seus pulmões se enchessem de água.

Qiu Haitang?

Se ela era Qiu Haitang e estava ali, então... Qiu Jianluo também devia estar por alí, ele nunca ficava longe da irmã.

Precisava sair dali e rápido. Precisava fugir para o mais longe possível.

— A-Jiu, você está bem? — Luo Binghe perguntou, tirando o garoto de seus pensamentos.

— E-Eu quero ir embora — Shen disse, agarrando a manga de Luo. — Por favor...

Binghe não entendeu o porquê da mudança súbita dele e seu medo. Ele trouxe o garoto para perto, o abraçando e tentando acalma-lo. Ele olhou friamente para Haitang. Ela se assustou com aquele olhar, mas se esforçou para disfarçar.

— O que você fez? — Luo Binghe perguntou sério, sem mascarar o tom de acusação.

— Eu apenas vim tomar chá com um velho amigo — Haitang disse, soando como se estivesse chateada pela acusação.

O aperto de Jiu se tornou mais forte e ele começou a tremer levemente.

— É mesmo? Então, você não se importaria se eu participasse também, não é? — Luo Binghe perguntou com um sorriso cruel.

Era óbvio que qualquer coisa que acontecesse nesse chá poderia terminar com a morte de alguém.

— Claro, vamos todos nos sentar e aproveitar essa linda tarde — ela respondeu e acenou para que eles se sentassem primeiro.

Luo Binghe se sentou relaxadamente com sua aura dominando o local. Haitang parecia graciosa e suave em seu lugar. O único a quebrar aquela atmosfera impecável era Jiu que, parecia transtornado e pálido, sentando-se tão ereto e ficando tão imóvel e sem expressão quanto uma estátua.

— Shen Jiu, pode nos servir? — Haitang pediu como se ele fosse um mero servo e depois começou a conversar com Luo Binghe como se ele não existisse. — Já faz tempo que não nos vemos, marido.

— Tenho estado ocupado — ele respondeu e impediu que Jiu servisse chá a Haitang.

— Foi o que você me disse depois de se casar com aquelas três freiras. E é o que você tem repetido desde então — ela disse com um sorriso cortês. — Jiu, estou aguardando meu chá.

O menino se apressou em servi-la, seus movimentos eram mecânicos como se fosse uma máquina, ignorando quando Luo Binghe mandou que parasse.

— Muito bem. Sirva para você também — ela falou como se fosse um ato de caridade.

Normalmente a língua afiada de Shen seria rápida em insulta-la, mas ele ficou estranhamente calado.

Binghe não sabia nada sobre o passado de Shen Qingqiu com a Família Qiu, além do que Haitang contou. Ele ainda estava tentando entender aquela relação e saber quais cabeças deveriam rolar, embora a de sua esposa esteja no topo da lista no momento.

Jiu encheu sua própria xícara e obedeceu quando Haitang mandou que ele pegasse um dos doces que ela trouxe.

— Por que você não come primeiro? — Luo Binghe perguntou, tirando o doce da mão de Shen e oferecendo a ela.

Ele sorriu enquanto aproximava o doce da boca dela. Uma cena que poderia facilmente ser confundida com a de um marido amoroso oferecendo comida na boca para sua esposa, se não fosse pelos olhos completamente enegrecidos de Luo Binghe, sem nenhuma luz para ilumina-los.

Ela congelou no lugar, sorrindo nervosa. Suor frio escorreu por sua testa delicada quando lentamente abriu a boca e aceitou o doce. A expressão em seu rosto era como se comesse algo nojento, embora o doce estivesse delicioso.

— Está feliz agora? — ela perguntou amarga. — Este doce de caramelo está ótimo, tenho certeza que você vai adorar, A-Jiu — ela disse, aproximando o prato de doces em sua direção. — Coma.

O menino obedeceu rapidamente, engolindo o doce antes de mastigar e usando o chá para ajudá-lo a descer.

— Não o chame assim — Luo Binghe ordenou sério. Haitang corou, pensando que ele estava com ciúmes dela, sorrindo timidamente para ele. — Só eu posso chamá-lo assim.

O rosto dela azedou imediatamente, mordida pelo ciúmes e indignada por aquela escória ser mais importante para Luo Binghe. Ela ordenou que Jiu comesse todos os doces do prato.

Ele parecia ouvir exclusivamente todas as ordens de Qiu Haitang, obedendo sem reclamar como se tivesse medo do que poderia acontecer se não fizesse. Aquilo era muito estranho para quem deveria ser tratado como parte da família. Ele parecia um animal maltratado que tinha medo dos donos abusadores.

— Marido, em meio as suas várias ocupações de sua vida atarefada, por que desperdiçar seu tempo com um escravo traidor? — Qiu perguntou azeda, tomando seu chá elegantemente.

Jiu começou a tremer levemente e se encolher em seu lugar. Luo Binghe colocou sua mão sobre a dele, querendo conforta-lo de alguma forma, quando sentiu algo pingar nas costas de sua mão. O menino estava com a cabeça baixa, impossibilitando de Luo ver seu rosto.

Aquela gota foi como derramar óleo quente sobre fogo. Uma explosão de fúria incendiou seu peito.

No segundo seguinte, sua mão avançou sobre o pescoço de Qiu Haitang. Ela ficou assustada com aquilo, completamente incrédula dele defender aquela cobra asquerosa depois de tudo o que fez com sua família. Jiu, ao ver aquilo, ficou desesperado. Suas lágrimas caindo como uma torrente enquanto ele implorava:

— Para! Para, por favor! Se você fizer isso, ele vai te matar! — ele implorou, segurando a mão de Luo Binghe e tentando fazê-lo soltar. — Mestre Qiu vai te matar se souber! Para!

Luo soltou o pescoço de Haitang e tentou acalma-lo. O menino não sabia que nesse mundo Qiu Jianluo já estava morto a muito tempo. Haitang tossiu muito ao ser libertada e nem tinha recuperado o fôlego ainda quando começou a defender seu irmão:

— Sua cobra traiçoeira! Como ousa falar do meu irmão?! Seu maldito!

— Perdão! Por favor, nos perdoe, Senhorita Qiu! — Jiu implorou, se prostando no chão e fazendo reverência, desesperado, tão pronfuda no chão ao ponto de bater a testa na madeira. — Por favor, me puna, mas deixe Luo-gege fora disso! Ele é um idiota que não pensa direito, é tudo culpa minha!

Não havia como aquilo ser a reação de alguém que era bem tratado e considerado da família. Aquela reação lembrou a Luo de si mesmo, desesperado ao perceber que ofendeu ou insultou Shen Qingqiu de alguma forma, com medo da punição que viria a seguir.

— Mobei-Jun! — o chamou furioso, se controlando para não enfiar Xin Mo pela garganta de sua esposa. O demônio de gelo apareceu no quarto quase que como um fantasma, fazendo a temperatura caiu subitamente. — Leve Qiu Haitang para a Prisão de Água. Ela não deve sair de lá até segunda ordem. Ninguém pode ir vê-la, nem para deixar comida.

— O quê?! Vai me prender e me deixar morrer de fome por causa desse verme?! — ela gritou indignada, tentando se soltar de Mobei-Jun. — Luo Binghe! Você esqueceu de tudo o que ele te fez?!

— Abra sua boca para falar sobre ele mais uma vez e eu te afogo nas águas da Prisão de Água — ele ameaçou, a aura demoníaca vazando.

Mobei-Jun levou ela dali. Luo Binghe se esforçou para se acalmar e ajudar Jiu. Ele o abraçou e tentou consola-lo, mas o garoto chorou até adormecer, completamente assustado. Binghe o aninhou na cama, o deixando descansar e aproveitando o momento para acertar contas com a Família Qiu.

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Esse capítulo ficou muito grande, então tive que dividir em dois.

Achei que ninguém seria melhor que Qiu Haitang para encerrar esse "arco" das esposas loucas. E também porque ela está ligada ao passado de Shen Jiu.

Luo Binghe quer entender Shen Qingqiu e o que fez ele se tornar a pessoa que ele é. E então, usar isso para impedir que Shen Jiu seja igual.

A família Qiu é fundamental para isso, mas não significa que essa verdade será algo fácil de conseguir. A única pessoa que realmente sabe o que aconteceu é Shen Jiu e ele também é o mais afetado.

Mas eu prometo que depois que isso passar, vamos ter muitas cenas fofas para usar na terapia.

Bye bye 👋🏼😘

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