Depois de passar a semana inteira indo e vindo da costureira, finalmente tudo estava pronto, minha mãe insistiu em fazer novas camisolas, e vestidos mais largos. O meu vestido de casamento era o mais simples, sem muitas bugiganga, porém era todo de renda, com um branco marfim tão lindo que ofuscava até o olhar, pelo menos era isso que imaginava, eu estava casando com uma pessoa que não conheço, mas é meu casamento quero pelo menos está bonita.
Por volta das 14:00 minha mãe bateu na porta do quarto avisando que já estava na hora de ir. Pegamos a carruagem e partimos direto para o centro da cidade, pra ser bem específica a igreja católica local, eu não sou muito de ir pros cultos só vou aos domingo, porém minha família é muito devota. Chego na base de 14:30 na hora certa do casamento.
Quando saio da carruagem tudo ficou mais real. Olhando para aquela igreja imagino o que será de mim após tudo isso, o que será do meu filho, e como em nome de tudo que é mais sagrado pude confirmar em casar com esse tal Tomás. pelo o que as pessoas falam, ele é um conde importante, suas finanças e apoio são o que mexe com a estrutura da cidade, o que dá vida a nossa sociedade, ele cedeu empregos a pessoas em todas as suas fazendas mesmo não precisando de tanta gente trabalhando nelas, mas isso não significa que seja uma boa pessoa, dizem ainda que ele não sai mais de casa, já tem anos que não é visto nas ruas da cidade, e que provavelmente virou um monstro desfigurado por alguma besta para nunca mais sair em público.
Engulo em seco passo as mãos pela saia do meu vestido e aceno dando permissão para o meu pai abrir a porta.