Um Amor pro Resto da Vida - S...

By MrWho145

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Anne e Sasha sempre viveram um ralacionamento complicado e tudo se agrava quando Marcy, a nova patricinha da... More

Mais um ano chato
Marcy quem?
Uma dupla para Wu
Passeio à três
Grime na cidade
Nada fácil de lidar
Você importa
Encarando de frente
O que nunca dissemos
Mocinhos e Vilões
Um pouco de verdade
Vamos fazer um baile
Apenas três garotas
História de uma vida
Uma dor em comum
Wu's
Kate Lennox
O último adeus
Nada dura pra sempre (final)
sobre o final

Como posso te odiar?

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By MrWho145

Capitulo novo chegou... Então boa leitura

●●●●

Acho que eu nunca tive um dia tão ruim quanto ontem, a ironia é que hoje eu estou indo na casa da garota que indiretamente causou tudo isso. Não acredito que aceitei vir na casa de uma pessoa que Sasha está pegando, e ainda por cima essa pessoa é uma bilionária esquisita.

Observo as ruas por onde o carro do meu pai passa e acho estranho que mesmo estando bem perto do endereço as casas não são diferentes, o bairro não parece ser tão luxuoso e as pessoas na rua parecem bem comuns, é só um bairro de classe média. Sinceramente quando ela me passou o endereço eu já achei estranho pois esperava algo como Beverly Hills, Bel Air ou Venice Beach, mas não, é só mais um bairro comum de Los Angeles.

Tudo bem que Marcy não está morando em sua casa de verdade porque ela mora com uma família que a acolheu durante o intercambio mas acho que uma garota tão rica não iria aceitar ficar em uma família de classe média.

— Chegamos. — meu pai anuncia e eu olho pra casa que o endereço indica.

Até que é bem grande, é toda branca e tem um pequeno jardim na frente com uma fonte e uma pequena estátua de dragão feita de pedra.

- Eu venho te buscar as cinco e pode aproveitar e marcar um jantar lá em casa com sua nova amiga, eu e sua mãe queremos conhecê-la. - ele com certeza não falaria isso se soubesse o que aconteceu ontem.

- Primeiro, eu não conheço ela nem a uma semana. Segundo não somos amigas só estudamos na mesma turma.

- Ok Anne, então quando forem amigas convide ela pra jantar lá em casa, e me ligue se precisar. - meus pais são tão exagerados, até parece que vamos nos tornar algo amais depois de hoje.

Saio do carro e vejo meu pai dar partida e ir embora, sigo em direção a entrada da casa, toco a campainha e escuto passos rápidos se aproximando mas nada acontece. Toco novamente e acho que escutei a voz de alguém lá dentro e me aproximo mais para escutar.

- Por que você não abre logo essa porta?

- É que se eu abrir imediatamente depois da campainha tocar ela vai me achar muito desesperada.

Que fofo...

Droga Anne, o que você tá pensando!? Essa é só mais uma Mei na sua vida, só mais uma pessoa na lista da loira que eu gostaria que fosse só minha. Toco a campainha de novo e de novo e a riquinha finalmente me atende.

- Ah, oi Anne, seu nome é Anne né? - Sorrio involuntariamente por ela fingir muito mal, é tão bonitinha a maneira que ela está tentando se fazer de desinteressada pra disfarçar que na verdade se importa.

- Como pode não lembrar da menina de quem ficou falando desde a Segunda-feira!? - uma voz feminina vinda de dentro da casa comenta e a face e orelhas da mais baixa ficam extremamente vermelhas.

- Yunnan! - Marcy repreende a mulher e a escuto rir.

- Acho melhor começarmos logo o trabalho, meu pai vai vir me buscar as cinco. - quanto mais rápido isso começar mais rápido vou poder voltar pra casa.

- Ah sim, claro, pode entrar. - Ela me dá espaço para que eu entre na casa que por sinal é bem aconchegante, espaçosa e tem moveis bonitos, não por serem elegantes ou sofisticados mas por combinarem perfeitamente com o ambiente.

Ela me guia até o andar de cima da casa e me leva para a última porta do corredor. Quando entramos no cômodo a primeira coisa que noto é o quão grande ele é.

A cor das paredes é um verde bem claro que reflete muito bem a luz que entra da grande janela com um banco embutido abaixo dela. A cama parece confortável e tem um monte de pelúcias em cima dela, o quarto também tem dois pufs, uma estante de livros, uma escrivaninha com um computador que parece que veio de 2060 e meu Deus tem até uma bateria.

- Pode ficar a vontade. - a taiwanesa se senta na cadeira da escrivaninha e a roda para ficar de frente para mim enquanto eu me sento em um puf.

- Então - começo para já ir direto ao ponto, não quero perder muito tempo com ela. - Temos que fazer uma redação falando uma sobre a outra e o que aprendemos em um ano convivendo juntas. Nenhuma de nós quer passar um ano nessa idiotice então só vamos falar coisas importantes sobre nós duas e inventar que aprendemos alguma coisa com isso.

- Eu não me importaria de passar um ano convivendo com você. - sinto o meu rosto esquentar um pouco com o comentário da mais baixa e vejo que sua face também fica vermelha. - Quer dizer, você parece ser legal.

Ficamos em silêncio por um tempo e o clima só vai ficando mais constrangedor.

- Acho melhor começarmos logo, não podemos perder tempo. - falo para me livrar daquela situação estranha.

- É, vamos fazer isso logo. - a taiwanesa concorda enquanto encara o chão.

- Eu fiz algumas perguntas, se alguma for pessoal demais você pode passar pra outra. - explico e ela acena positivamente com a cabeça enquanto pego meu bloco de notas onde estão as perguntas.

- O que você gosta de fazer no seu tempo livre?

- Eu gosto de jogar Minecraft, ler, escutar música, tocar minha bateria, fazer edits de anime... - pigarreio para interromper Marcy que provavelmente não pararia de falar se eu não impedisse.

Mesmo achando que essa menina fala demais prestei atenção no que ela disse e, sinceramente, os interesses dela são bem comuns. Sendo de uma das famílias mais ricas do mundo esperava algo como equitação na Inglaterra ou assistir a óperas na Itália, mas não, só uma nerd qualquer.

- Sua idade? - não tem como ela tagarelar nessa pergunta.

- Fiz quinze em Janeiro.

- Então você é a mais nova da nossa turma.

- É que acabei pulando um ano. Era pra eu estar no primeiro mas eu basicamente já sabia de tudo de todas as matérias então não valia a pena. - Marcy fala normalmente com se isso acontecesse com todo mundo.

- Ok então senhorita humilde. - falo com um sorriso e a garota ri.

- E você Anne, quanto anos você tem?

- Dezesseis, vou fazer dezessete em Junho. - respondo enquanto anoto as respostas.

- Isso tá parecendo até um teste do Buzzfeed. - dou uma risada nasal do que a taiwanesa disse enquanto ainda faço anotações. - Tipo: você é gay, bi ou pan. Só que daí uma das perguntas é "qual sua comida favorita".

- Claramente o que gostamos de comer define nossa orientação sexual. - respondo levantando o olhar pra Wu.

- Acho que depende do sentido em que estamos falando. - fico pensativa por um tempo até finalmente entender.

- Aí meu Deus, que mente suja. -
nós duas começamos a rir e decido deixar o bloco de notas com as perguntas de lado.

Ficamos em silêncio por um tempo mas não era mais constrangedor, chegava até a ser agradável.

Reparo que na escrivaninha tem uma foto de uma criança que imagino ser Marcy mais nova e de um homem atrás dela muito assustador. Ambos estão sérios e com expressões indecifráveis.

- Aquele é seu pai? - pergunto apontando para a foto. Ela se vira e pega o porta retrato olhando para a foto que está nele.

- Sim, esse é meu pai. - ela responde em um tom meio baixo.

- Sem ofensas mas ele parece um membro da Máfia. - ela ri e põe o porta retrato de volta no lugar.

- Isso é porque você ainda não viu meu avô.

- Você é próxima deles?

- Não muito, eles são bem ocupados, desde que eu nasci eu convivo mais com babás e professores particulares do que com minha família. Sem contar que eles fizerem coisas que eu não aprovo muito.

- Eu sinto muito. - não faço a menor ideia do que aconteceu na família de Marcy mas senti que era isso que deveria falar.

- Mas enfim, você tem mais alguma pergunta? - a mais nova me pergunta com um olhar que me faz ficar toda perdida e eu demoro a ter uma reação. Essa garota me deixa toda estranha.

- S-sim, com quem você está morando aqui nos Estados Unidos?

- Com a minha tia Olivia e sua esposa Yunnan.

- Eu tenho que admitir, vocês Wu's são mais interessantes do que eu pensava, sinceramente achava que vocês só eram mais uma família rica e super conservadora. - comento com um pouco de humor e Marcy faz um barulho nasal sarcástico.

- Na verdade nós somos mais uma família rica e super conservadora e é isso que eu não aprovo no meu pai e no meu avô. - a garota curva as costas e apoia seus cotovelos em seus joelhos depois solta um suspiro.

- Sabe por que ser o estranho no ninho de uma familia difícil é algo bom? - indago com uma voz acolhedora e ela levanta sua cabeça em minha direção e se esforça para dar um meio sorriso.

- Não, por que?

- Porque isso muito provavelmente quer dizer que você é a parte boa dela. - a mais nova faz um bico fofo e uma expressão de "obrigada" fazendo um sorriso genuíno aparecer em meu rosto.

- Se eu te fizer uma pergunta meio pessoal você promete não ficar brava? - ela pergunta enquanto brinca com seus dedos.

- Estamos aqui pra isso.

- Você e Sasha tem alguma coisa. Não que eu esteja interessada nela, é que ontem deu pra sentir seu desconforto e não tem nada de errado com isso. É só que eu pensei... Caramba, eu me enrolei toda. - a taiwanesa fala tudo rapidamente e cheia de nervosismo e eu acho isso meio bonitinho.

- Eu e Sasha temos um relacionamento só que ele é meio complicado mas se você quiser ficar com ela eu não vou impedir nem nada do tipo.

Sobre a primeira parte eu fui sincera mas sobre a segunda nem tanto assim. Só que agora eu estou meio confusa, ainda sinto uma espécie de ciúmes mas é agora é como se ele tivesse se transformado. No inicio era uma coisa mais como "eu quero essa garota longe da Sash" mas sei lá, depois de conhecer ela melhor meu único pensamento é que Sasha não merece ela.

- Ontem não foi um dia fácil - me pronuncio chamando a atenção dos seus olhos brilhantes - Eu agi como uma idiota, principalmente com você, é meio vergonhoso pra mim ver o quão legal você é e como eu não percebi isso antes. Sinto muito por isso.

- Olha, eu não sei se vou conseguir te perdoar por ter me ignorado quando eu perguntei qual sabor de sorvete você queria mas talvez daqui a alguns anos essa ferida feche. - nós duas rimos e sinto minha face voltar a ficar quente.

O som de uma buzina de carro começa soar pelo quarto e Marcy se levanta para olhar o que está acontecendo pela janela do quarto.

- Acho que é seu pai. - nossa, nem vi o tempo passar.

- Bom, então eu já vou, te vejo na escola. - aceno com um sorriso e ela retribui só que acabo parando no meio do caminho e me volto para a taiwanesa. - Olha, isso é uma ideia meio boba dos meus pais e eu vou entendo totalmente se você rejeitar, tipo, eu nem queria fazer isso mesmo, mas você quer vir jantar na minha casa qualquer dia, não vai ser nada demais mas...

- Eu adoraria Anne. - ela corta minha fala constrangedora e abre um sorriso que me deixa toda desconcertada.

- Combinado então Marbles.  

●●●●

Até o próximo capitulo...

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é a minha primeira Fanfics portanto pode n ficar mt bom *Peguei a capa no Pinterest*