OLIVIA
Ainda não acredito em toda loucura que foi essa viagem! Sinto que estou realmente perdendo a minha cabeça, estou ficando louca nível sanatório e tudo por conta desse bendito homem. Eu sou uma péssima pessoa, eu sei!
Eu fico tentando entender quando tudo isso passou de ser uma admiração e um desejo platônico para esse sentimento louco que me consome, que somente de pensar nele ou em ver ele sinto meu coração palpitar como um louco, sinto um frio na espinha se imagino que não vou vê-lo de novo.
Me sinto nervosa com minha mente girando como louca, meus pés se movem com inquietude mostrando a confusão dentro mim, enquanto meu marido dirige calmo e sereno cantarolando a música que está tocando, ele está me levando para o hospital para o meu plantão, estamos todos voltando a rotina normal. Já faz dois dias que chegamos de viagem, dois dias que não vejo o doutor, que não nos falamos nem damos sinal de vida depois da nossa noite na cabana. Ontem ele e o Tomás foram a um bar "só meninos", o que pode ser o motivo de eu estar tão nervosa. O que eles falaram? Isso não para de dar voltas e voltas na minha cabeça.
– Está bem amor? – Tomás pega na minha coxa me assustando. – Wow, calma, o que foi Olivia? Você está muito nervosa. – Ele me olha preocupado.
– Nada, estou bem! Você sabe que me assusto fácil. – Sorrio nervosa disfarçando a verdade clara, estou uma pilha de nervos.
– Tem certeza? – Ele pergunta ainda sério.
– Sim amor, não é nada. – Digo sorrindo meiga.
– Tudo bem, chegamos! – Ele para em frente a porta da emergência.
– Até mais tarde. – Digo e depois toco os seus lábios com os meus de forma rápida.
Entro no hospital direto para o vestiário para mudar de roupa, depois procuro Linda na recepção para ver os pacientes que tenho que atender. Estou achando um pouco estranho não ter visto o doutor pois ele passa com frequência por essa parte do hospital que estou, mas talvez só seja minha ansiedade.
– Olha quem está de volta!!! – Linda me olha de longe e já fala toda animada e sai da recepção me abraçando.
– Oie amiga... Voltei... – A abraço de volta.
– Então, foi boa as férias com o maridão? – Ela pergunta toda animada.
– Ah! Sim é claro! Foi ótimo. – Sorrio sem graça.
– Estou feliz, vocês precisavam! – Ela pega minha ficha na recepção e me entrega.
– Obrigada linda, é... Você saberia me dizer onde o Dr Villa está? – Pergunto inocente.
– Como assim? Você não sabe? – Ela pergunta confusa.
– Saber o que? – Pergunto já nervosa e confusa.
– Ele não está mais trabalhando aqui, ele veio ontem e se despediu de todos. já temos outro medico chefe que começou hoje, o bonitão australiano. – Ela fala sorrindo.
– Como assim ele não trabalha aqui, eu... Eu não sabia. – Falo sem entender nada me sentindo nervosa, ignoro os resto.
– Não sei bem o que aconteceu mas ele não trabalha mais aqui, e eu não tenho muitas informações do que aconteceu ou do porquê, sei que vocês são amigos, sinto muito. – Ela me olha com compaixão. – Você está bem?
– Obrigada linda, sim! Preciso ir. – Digo saindo meio sem rumo pelo corredor arrumando meu cabelo como se esse fosse o motivo do meu estresse.
Caminho respirando fundo, fecho e abro os olhos balançando a cabeça sem acreditar, ele não iria embora, iria? Fico mais nervosa quando de repente bato de frente em alguém, caio de bunda no chão, sinto dor pela força.
– Meu deus, me desculpa... – Uma voz rouca me chama atenção, quando menos percebo ele já me colocou de pé e me olha preocupado. – Não quis derrubar você, tenho costume de andar rápido olhando minhas fixas. – Ele sorri sem graça falando apressado. – Sou o Dr Colin.
Olho para ele e a ultima coisa que pensaria é que ele é médico, sem querer julgar ninguém, mas ele parece qualquer outra coisa, talvez um cowboy perdido no meio do hospital, não um médico. Me recomponho e pego meus papéis no chão.
– Você não devia andar assim, tudo bem que eu também estava com pressa mas... – Paro um pouco e penso que nunca o vi aqui, e conheço a todos. – Você trabalha aqui? – Pergunto cortando o assunto.
– Sim, faz pouco tempo. – Ele sorri, noto que ele tem um sotaque e que ele não é daqui. – Você não lembra de mim, mas cuidei de você quando você estava isolada, eu sou Ethan. – Ele estende a mão para mim.
– Ah, Você que entrou no quarto, agora entendo porque não te reconheço. – Pego na mão dele. – Sou Olivia, ah, você ja sabe. – Sorrio sem graça. – Um prazer doutor. – Falo pensando em seguir meu caminho.
– Bom, já que você está aqui precisamos conversar. – Ele fala quando já tinha começado a andar.
– Precisamos? – Pergunto confusa.
– Sim, sou o novo médico chefe e me avisaram que você vai me ajudar a conhecer tudo nos primeiros dias já que trabalhava diretamente com o antigo. – Ele fala já mais profissional.
– Então é mesmo verdade. – Falo mais para mim do que para ele.
– Você está bem? – Ele me olha confuso.
– Voce é a terceira pessoa a me perguntar isso, e sim! Estou ótima, vamos preciso ir ver um paciente, conversamos no caminho. – Tiro a cara de derrota e começo a ser quem realmente sou.
– OK. – Ele sorri e move a cabeça aceitando, então caminhamos juntos.
Chego em casa mental e fisicamente exausta, deixo minha mochila no chão, me sento no sofá me sentindo péssima, meus olhos se enchem de lagrimas, respiro fundo.
Por que ele fez isso? Por que ele saiu do hospital? Por que não me disse nada?
Tínhamos combinado na cabana que não iríamos nos afastar, e ele simplesmente faz isso, me sinto perdida e cansada. Extremamente cansada de não saber o que fazer, de querer o que não posso ter, e de me sentir culpada e mal todo o tempo, me sinto esgotada.
– Olivia, é você? – Por um momento tinha esquecido que não estou sozinha, escuto o Tomás vir, limpo meus olhos com rapidez.
– Oi, sou eu. – Falo quando ele entra na sala.
– Oi amor, Você já jantou? Está com fome? – Ele caminha e senta ao meu lado.
– Sim tenho fome. Tomás. – O chamo normal. – Você sabe o porquê do Arthur sair do hospital?
– Ah, ele me disse ontem que iria se mudar para Londres de novo, ele aceitou uma oportunidade de emprego incrível que valeu a pena voltar para casa. – Ele fala normalmente.
– O que? Ele voltou para Londres? – Pergunto sentindo uma pontada no peito.
– Sim, ele mandou um abraço para você, tinha esquecido de dizer. – Ele levanta para pegar o controle da tv falando normalmente.
Fico sentada no sofá sem me mexer enquanto Tomás mexe no celular e pergunta o que eu quero comer, mas eu fico ali fingindo estar na conversa mas minha mente está explodindo com essa informação, e estou a ponto de desabar no pior lugar possível.
O diabos aconteceu? Por que ele fez isso?
Pego meu celular, e mando uma mensagem disfarçada para ele, sentindo meu peito ardendo.
– Arthur, por que que você foi embora? e... Nossos planos? –
Bloqueio o celular e me viro para o meu marido que me olha inocente, me sinto pior.
– Macarrão amor, alguma pasta. – O abraço e ele me abraça de volta sem entender.
– Tá bom amor. – Ele me abraça firme de volta.
DR ETHAN COLIN
aeEEhhhh GALERA
Voltei gente, mil desculpas pela demora... Foi um ano de cão.
VOTEM E DEIXEM SEUS PITACOSS... BJS