Noriaki trabalhava na floricultura de seus pais desde que se entendia por gente. Simplesmente amava aquele lugar, era aconchegante e amava ver as flores crescendo, ele cuidava delas como se fossem suas filhas, e adorava o fato que podia da-las para outras pessoas e vê-las dando para seus amores. As flores eram uma forma que Noriaki achou para expressar seus sentimentos e o quanto gostava daquelas flores delicadas.
É um dia normal, não muito movimentado, mas ainda assim recebia pedidos de buquês de flores frequentes. Enquanto regava um vaso com um girassol, ouvira o sininho da sua loja tocar, infomando que alguém havia entrado na loja.
Ele se virou para dar-lhe as boas vindas como sempre fazia com os clientes, notou que a expressão daquele homem era calma e serena, até um pouquinho séria. O garoto parecia ter a mesma idade que Noriaki, era bem alto, bem alto mesmo e tinha ombros largos; O cabelo preto caía sobre o rosto e tinha uma postura cordial.
O jovem se aproximou do balcão, Kakyoin esperou até que ele estivesse frente a frente para ele para começar a falar.
-Bem-vindo a floricultura Noriaki- Ele cumprimentou gentilmente- Posso ajudar?
-Bom dia- A voz do garoto era grave, mas, diferente de sua expressão, ela não era séria, e sim calma e suave- Eu gostaria de um buquê médio, por favor.
Caramba, que formalidade, aqui não é uma entrevista de emprego, Noriaki sorriu com esse pensamento.
-Vai dar para alguém especial?- Ele sorriu, viu que o garoto também sorriu, por mínimo que tenha sido.
-Na verdade é um favor para meu primo, ele queria fazer uma surpresa pro namorado mas o idiota esqueceu de comprar o buquê- O moreno revirou os olhos com humor.
-Entendo.- Kakyoin deu uma risada rápida- Seu primo tem uma preferência para flores?- O ruivo perguntou se virando para a mesa atrás dele para pegar um papel de embrulho.
-Na verdade não- O garoto deu de ombros- tem alguma recomendação?- Ele disse se apoiando no balcão enquanto olhava o ruivo cortar o papel de embrulho.
-Se quer minha opinião sincera, eu amo tulipas brancas, são delicadas e tem cheiro bom- Ele se virou com um pedaço de papel de embrulho bege- São as melhores para buquês.
O moreno sorriu, menos um problema para ele, esqueceu de perguntar para seu primo imbecil qual flor ele queria.
-Parecem bonitas, então seram elas.
Kakyoin se sentiu feliz, como havia mencionado anteriormente, ele amava dar buquês para os casais apaixonados, gostaria de saber no que daria essa "supresa" que o primo daquele jovem queria fazer para seu amado.
Ele se direcionou até um pequeno vaso no canto da floricultura, era um vaso cheio de tulipas de todas as cores, ele pegou sua tesoura e cortou com cuidado as tulipas brancas, escolhendo as mais belas para embalá-las.
Depois de ter cortado 7 tulipas, Kakyoin voltou ao balcão e começou a embalagem com o cuidado que sempre colocava em seus pedidos, enquanto o jovem moreno ô esperava com paciência, até se interessando no quanto o ruivo a sua frente tinha movimentos delicados com as flores.
Depois de embalá-las, ele as entregou para o Jovem a sua frente, afim de ver se era do agrado dele (mesmo sendo feito para seu primo). Uma coisa inesperada para o garoto era o fato de ter gostado demais daquele buquê, era lindo, até para ele que não era muito fã de presentes "clichês".
-Está perfeito- Ele disse gentilmente voltando a olhar para Kakyoin- Obrigado. Quanto ficou esse buquê?
Kakyoin sorriu mais uma vez, aquele buquê valia mais ou menos 9 dólares, mas. . .
-Não, por favor, aceite ele como um presente da floricultura, será por nossa conta- A alegria do ruivo era notória em sua voz, a gentileza mais ainda, podendo ser vista tanto em seu rosto suave quanto em sua voz doce- Apenas gostaria de saber o nome do remetente desse buquê- Noriaki apoiou-se no balcão olhando para a expressão calma do garoto a sua frente.
-Sou Jotaro Joestar- O moreno respondeu educadamente, segurando o buquê em suas mãos com todo o cuidado que tinha- Muito obrigado pelo buquê, falarei da sua gentileza pro idiota do meu primo- Ele sorriu, igual a Kakyoin, ele fechou involuntariamente os olhos quando sorriu, o que chamou a atenção do ruivo.
-Não foi nada, espero te ver mais vezes aqui, Jotaro- Retribuiu o sorriso com sua gentileza de sempre.
-Pode ter certeza que vai- Jotaro fez uma rápida reverência de despedida e se direcionou até a porta, mas antes que a abrisse para sair, se virou como se tivesse esquecido alguma coisa- Acabei nem perguntando seu nome, poderia me dizer?
Kakyoin notou que realmente não havia dito seu nome para ele, o que lhe deixou um pouco sem graça por não ter se apresentado.
-Sou Noriaki Kakyoin, é um prazer- Respondeu cimo sempre fazia, gostou de conversar com aquele garoto moreno.
Jotaro sorriu para o atendente antes de se virar e sair daquela floricultura, o sininho havia tocado e aamente de Kakyoin pulsava.
Nunca vi ele por aqui, talvez seja novo. . . Ele é gentil, realmente espero vê-lo mais vezes, Kakyoin pensava enquanto voltou a regar seu Girassol.
Jotaro havia saído daquela floricultura com a expressão leve, não era a expressão carrancuda de sempre. Andava pelas ruas da cidade até o parque, pois marcou de se encontrar com seu primo Joseph para lhe entregar o buquê. Xingava mentalmente o primo estúpido por ser tão esquecido e não se lembrar de ter comprado o buquê para seu namorado, mas também agradecia, gostou de conversar com aquele ruivo, ele também fechava os olhos quando sorria, suas feições eram delicadas e seus movimentos para cuidar de suas flores eram limpos e suaves, como se fossem uma pena. Jotaro realmente gostaria de vê-lo de novo. Bizarro.
O moreno já estava no centro do parque, não se surpreendeu ao ver que tinha chegado primeiro que seu primo, Joseph sempre teve o mal hábito de se atrasar para compromissos, o único compromisso que Joseph não se atrasava era para ver seu namorado Caesar, o que reforçava a ideia de Jotaro que Joseph era um grande tarado que só chegava na hora para ver seu namorado.
Jotaro viu de longe seu primo chegando perto com uma cara de alívio e agradecimento, Jotaro se segurava para não apontar o dedo do meio para Joseph quando viu o jovem de 19 anos acenar carinhosamente para ele. Jotaro queria xingar Joseph quando ele se aproximou, mas não fez isso, nem ele mesmo sabia o que era.
-Tá atrasado, seu idiota!- Jotaro dizia em tom irritado, de fato, com razão.
-Ah, pra que isso, Jojo? O importante é que você é o melhor primo do mundo e comprou o buquê pra mim- Joseph sorria para seu primo e dizia cada palavra em tom iperativo- Aliás, que buquê lindo! É a cara do Caesar!
-Segura ele com cuidado- Jotaro entregou o buquê para ele- O garoto que fez esse buquê cuidou muito bem dessas flores, se não tivesse que dá-lo pra você eu certamente ficaria com ele- Jotaro dava seu sermão no primo, que por sinal, nem prestava atenção, estava ocupado demais pensando na expressão de felicidade de seu namorado quando visse o buquê e como o branco combinava com o corpo juvenil daquele italiano.
-Então meu priminho está sendo gentil com alguém pela primeira vez na vida! Que orgulho! Como é o garoto? Ele é bonito?
-Vai pro inferno, Joseph
-É um começo- Joseph deu de ombros- Mas relaxa, Jojo, vou cuidar muito bem desse buquê.
-Assim espero- Jotaro colocou suas mãos nos bolsos- Manda um abraço pro Caesar por mim- Jotaro se despediu de seu primo e voltou a caminhar direto para sua casa.
A alegria daquele garoto nem parecia ser humana. Jotaro pensava enquanto caminhava para sua casa. Mas é gentil, muito gentil, aquela floricultura tem um cheiro bom. Jotaro sempre gostou de alguns tipos de flores por terem cheiros bons, alguns diriam que ele é um "afeminadinho", mas sua flor favorita era a Peônia, tinha um cheiro bom e era muito bonita, ele nem ligava quando riam dele quando comentava sobre seu gosto por flores, talvez um dia ele pudesse comentar sobre isso com o ruivo da floricultura Noriaki, Kakyoin.
Aquele garoto com cabelos vermelhos havia atiçado a curiosidade de Jotaro, o garoto era delicado e cuidava muito bem de suas flores, dava para ver no olhar dele o quanto ele gostava daquelas flores, Jotaro nunca havia conhecido alguém que ri ou achar estranho um jovem tão "masculino" gostar de flores. Os únicos que sabiam sobre o amor que Jotaro tinha por flores eram Joseph e Caesar, e, por Caesar ser italiano, também gostava de flores, até conversa as vezes com Jotaro sobre elas, mas não tinha tanto domínio sobre o assunto.
Talvez eu volte lá, com o tanto de flores que tem naquele lugar, é provável que também tenha Peônias. O Joestar pensava numa maneira de preservar essa flor se realmente for comprar, até que chegou em sua casa e se trancou em seu quarto, talvez para não ser incomodado enquanto pesquisava se dava para secar uma flor sem danificá-la.
Kakyoin já estava fechando sua Loja, desde que Jotaro saiu pela porta naquela tarde, Kakyoin tinha dado um pouco mais de atenção para suas tulipas, fazia um tempo que não opinava em relação em alguma flor, na maioria das vezes os clientes já tinham uma em mente, o que na verdade não era ruim, isso apenas mostrava o quão variáveis eram os gostos das pessoas, outra coisa que Kakyoin amava, mas gostou de ter opinado sobre uma flor que tanto gostava, esperava genuinamente que o moreno aparecesse mais vezes na floricultura, achou o jovem interessante, gostara de ter conversado com ele, por mais curta que tenha sido a conversa.
O garoto cereja gostaria de ver aquele rosto encantador mais vezes ♡