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Um tempo depois...
Tay
Já se passou um ano desde que estou no Japão. Durante esse período, muitas reviravoltas ocorreram. Descobri que a empresa da família estava à beira da falência e me dediquei intensamente para reverter a situação. Meu avô tomou a decisão de afastar meu pai do cargo, pois ele não estava bem mentalmente. Nesse intervalo, assumi definitivamente a presidência; abaixo de mim, Kamon, meu primo responsável pelos negócios nos EUA.
Consegui organizar a confusão e atrair novos investidores para os hotéis, colocando a economia da empresa em pleno vapor, resultando em um aumento significativo nos ganhos.
Minha vida estava relativamente tranquila. Havia passado um ano em terapia com uma excelente psicóloga. Não tive envolvimentos amorosos bem-sucedidos nesse tempo, mas ocasionalmente me relacionava com alguém. Mantinha contato com Kinn, embora tenha surtado quando descobriu que não morava mais em Bangkok. Tive que explicar os acontecimentos, e ele, de certa forma, compreendeu. Havia uma ironia, já que ele expressou vontade de confrontar Time, apesar de saber das traições e nunca ter agido. Optei por deixar essa situação para trás.
Porsche pediu desculpas por Tem, mas eu ressaltei que a responsabilidade não era dele; havia apenas um culpado. Ambos comentaram que Time ficou desesperado ao saber que eu não estava no país. No entanto, mais tarde, descobri que ele tinha iniciado um relacionamento com Tem. No começo, isso me entristeceu, mas, com a terapia, compreendi dolorosamente que nosso amor já havia se desfeito há muito tempo. Com o passar do tempo, a tristeza foi se dissipando, embora eu ainda enfrentasse traumas e episódios de choro. Com o tempo, esperava que essas emoções se amenizassem.
Ao sair do escritório em direção ao elevador, após concluir os relatórios, mandei uma mensagem para uma amiga pegar o Anúbis e cuidar dele durante o fim de semana. Era sexta-feira, e planejava ir a um bar com alguns amigos do trabalho. Não pretendia ficar embriagado, pois precisava depois visitar meu avô, provavelmente passaria a noite lá. Quando saí do prédio, eram 23:15. Acionei o alarme da BMW preta estacionada, mas mal tive tempo de colocar as coisas no carro quando senti ser puxado para fora. Tentei me desvencilhar da pessoa, mas ela era forte demais. O pano foi colocado sobre meu rosto, e só consegui ouvir o som da porta do carro sendo fechada antes de tudo se apagar. Sabia que era um homem pelo cheiro, e então, tudo ficou escuro.
Ao recobrar a consciência, resisti à tentação de abrir os olhos por dois motivos. Primeiro, percebi vozes desconhecidas ao meu redor, e em um lampejo, flashes de memória indicaram que eu havia sido sequestrado. Decidi continuar fingindo que estava dormindo, concentrando-me na audição para captar a conversa que se desenrolava. Com fluência em cinco idiomas – tailandês, coreano, japonês, italiano e inglês –, identifiquei dois deles sendo falados. Um, no entanto, era desconhecido para mim; parecia ser russo. Os outros dois eram compreensíveis, sendo inglês e italiano. Quatro vozes masculinas dialogavam: "Tem certeza que é ele?" "Claro que sim, eu mesmo verifiquei." "Vamos dar um jeito nesse prejuízo."
Alguns momentos depois, as vozes cessaram, e percebi passos se aproximando. De repente, uma quantidade significativa de água gelada atingiu meu corpo, fazendo-me abrir os olhos abruptamente, sem fôlego. O responsável por tal ação ria sadicamente.
- Olá, príncipe, vamos começar a brincadeira - falou em tailandês agarrando minha cara e me olhando divertidamente, todos os quatro homens se divertia, e eu não conhecia nenhum deles.
- O que vocês querem? - falei com dificuldade.
- Bom você não me conhece, mais conheço você, ou melhor, sua família. Sabia que seu avô já foi amigo próximo meu? - disse tirando a mão do meu rosto, sorrir internamente pela resposta que iria dar.
- Sério? Se você fosse amigo ou alguém importante, acho que se lembraria de você, ou você nem serviu para tampar algo? - Não deu nem tempo de respirar e sentir um soco no estômago e outro no olho, a cadeira caiu para trás, e eu fiquei sem ar com dor. A cadeira foi posta em pé, e senti sangrar no rosto.
- A vadia é corajosa - outro cara falou.
Permanecemos nesse tormento por horas; ele questionava, e eu respondia à altura. Sofri vários chutes no rosto, na cara, no corpo, além de uma facada leve na perna. Pelo que deduzi, ele buscava vingança pelo ocorrido há um ano, quando encerrei os negócios deles, envolvendo a empresa da minha família no roubo que quase levou à falência. A máfia italiana estava por trás disso, visando obter informações sobre clientes frequentadores dos hotéis. Essa última peça do quebra-cabeça se encaixou, pois se buscavam vingança, poderiam ter simplesmente me matado. No entanto, eu continuava vivo, sofrendo espancamentos e torturas.
A presença simultânea do italiano e do russo não era coincidência; a máfia italiana estava estabelecendo laços com os russos. Se estavam ali, era porque envolvia o império de Kinn e, consequentemente, todos ao seu redor, inclusive eu e a empresa. Os hotéis eram frequentemente utilizados para reuniões ultra secretas da primeira e segunda família. Essa informação era altamente confidencial.
Revelaram detalhes e continuavam perguntando "onde ele está?" e "qual hotel?". O desejo de vingança se intensificava, refletindo em mais brutalidade. Eu já estava completamente machucado, apenas gemendo de dor, sem pronunciar uma palavra sequer. Agradeci por ter alguém cuidando do Anúbis e, em meus pensamentos, rezava para que estivessem me procurando, até que finalmente desmaiei.
Três dias se passaram, eu estava faminto e sedento por água, recusando a comida oferecida e sofrendo ainda mais espancamentos. Um dia, surgiu uma menina, aparentemente vítima de sequestro também. Não conseguia interagir com ela; estava gravemente machucada e permanecia desacordada. Meu corpo enfraquecia, o local era sombrio, fedido, contendo apenas uma cadeira onde passava boa parte do tempo e um colchão deteriorado ao qual me acorrentavam. Estava nele agora; minha visão repleta de pontos pretos devido à falta de comida, enquanto o sangue seco em mim causava desconforto estomacal.
Ao amanhecer, ouvi vozes. Virei-me de lado, apoiando-me na parede com dor, observando a porta. Resmungando devido à dor, suspirei ao notar que a menina ainda estava desacordada, o que me preocupou. Concluí que ninguém viria me salvar; havia me conformado. Emiti um último suspiro, minha visão começou a escurecer, meu corpo ficou mole, preparando-me para a morte. Escutei tiros e gritos, e a visão escureceu completamente.
Vegas
Em um ano, minha vida passou por mudanças significativas, saindo de um relacionamento instável, um tema sobre o qual prefiro não me estender. Assumi o papel de chefe da segunda família após a morte de meu pai; no enterro, Macau e eu não derramamos uma lágrima pelo canalha.
O dia começou agitado, com algumas dívidas que precisariam ser cobradas ao longo do dia. Pela manhã, uma reunião com a primeira família estava agendada, mas teve de ser adiada devido a um acontecimento urgente, o que, por enquanto, não me importei.
Enquanto discutia estratégicas com Nop sobre um fornecedor que desviou cargas importantes do clã, o plano era uma emboscada para encontrá-lo e lidar com a situação ainda hoje. Estávamos determinados a recuperar a mercadoria, e minha fúria era evidente.
Após uma visita à cozinha para uma refeição rápida, segui para o quarto de Macau. Encontrei-o deitado, lendo e ouvindo música com fones de ouvido. Aproximei-me, e ele percebeu minha presença, abaixando os fones.
- Já vai irmão? - questionou sentando na cama e me olhando.
- Sim, irmão, vim dar um abraço e falar que volto - digo e vejo ele estendendo o braço para abraçar, correspondo o gesto e ele coloca a cabeça na minha barriga.
- Vê se volta - falou abafado pelo abraço.
- Sempre! Depois a gente vai naquele restaurante tá - falei tirando os braços de volta e olhando, ele assentiu, baguncei seus cabelos e sair do quarto escutando seus resmungos por ter bagunçado seus cabelos.
No caminhão, representávamos ser uma marca que fazia entregas semanais ao esconderijo, onde 15 homens fortemente armados esperavam o sinal dentro do veículo para agir. Eu carregava uma metralhadora e mantinha uma glock na cintura.
O motorista indicou que havíamos entrado, sinalizando que o plano estava em ação. O veículo foi estacionado, e ficamos alertas, engatilhando as armas.
- Por que vocês não vêm na quarta? Por que na segunda? - questionou um dos homens deles.
- Na quarta, a empresa não opera, amigo - respondeu o motorista. Escutei a tranca da porta destravar, e, ao abri-la, abrimos fogo contra todos à nossa frente.
No canto do olho, vi o líder correr para dentro, e logo todos os seus homens estavam mortos. Meus comparsas fizeram uma varredura no galpão abandonado e não encontraram nada. Decidi seguir o caminho que o líder tomou, deixando a metralhadora de lado e empunhando a glock. O local era escuro, revelando um corredor à minha frente. Avancei lentamente, mantendo-me alerta, enquanto Nop, meu guarda-costas, vinha atrás de mim, dando cobertura.
Quando adentrei o cômodo, percebi mais três homens armados, atirei rapidamente em dois, e Nop acertou dois tiros no líder, o primeiro na barriga e outro na mão que tinha a arma. O homem escorregou na parede todo ferrado. Vi o símbolo no braço, máfia italiana.
- You almost ruined my week in (tradução: Você quase estragou minha semana em) - falei apontando a arma para a cabeça dele, vendo ele se contorcer de dor. Nop tirou a arma caída próxima dele e sacou outra na direção dele. - Vai para o inferno - atirei na sua cabeça.
Alguns homens chegaram e nem havia visto, me virei para ir embora, mas escutei.
- Chefe, vamos fazer o que com aquele ali - disse um homem apontando para o canto escuro.
Saquei a arma mais uma vez, e me aproximei com uma lanterna, já que só via uma sombra, escutei um gemido bem fraco, quando a luz atingiu todo seu rosto, meus olhos se arregalaram, era Tay, bem ali. Estava todo machucado, cheio de sangue, seu sangue. Meus olhos se encheram de raiva.
- Não atirem - falei me agachando ao lado do Tay - Proíbo qualquer um de fazer alguma coisa contra ele - disse por fim.
Não sabia se ele estava vivo, medi seu pulso, estava bem franco.
-Shit! (Tradução: Merda!)- Xinguei, puxei seu corpo com delicadeza e peguei no colo, ele era muito leve.
Fui andando com ele até o carro que havia ali, Nop veio comigo sem questionar, coloquei ele no banco de trás.
- Nop pede para alguém vim comigo rápido até a casa, ele está morrendo. Leva a carga até em casa - falei e rapidamente o guarda costa prontamente passou a ordem e os capangas obedeceram.
Um deles ligou o carro, e Nop foi pegar a carga. Fomos o caminho todo em silêncio e rápido.
Percebi que em Tay que sua respiração estava bem franca, ele estava tendo uma parada cardíaca, fiz massagem e pedi em pensamentos para ele aguentar firme.
Avisos Importantes!!
▶Olá gente! Não querem me matar por esse capítulo, Vegas apareceu na hora certa no momento certo em?
▶ Gostaria de falar um assunto importante, na próxima semana do dia 11 ao 17 não conseguirei atualizar, principalmente na segunda como venho fazendo. Estarei realizando um procedimento e preciso ficar de repouso.
▶ O capitulo três e quatro estão finalizados, apenas faltando algumas alterações ortográficas. Então estou pensando em compensar vocês fazendo uma atualização na sexta, assim não ficam sem um capitulo na segunda dia 11, o que acham?? Preferem??