Chrystal se levantou rapidamente, olhava em sua volta de maneira frenética e desesperada, ela sabia que Reiji não a deixaria ali, sem mais nem menos e sem dar as devidas explicações, por este motivo o desespero. A bruxa começou a andar de um lado pro outro até sentir o toque gelado do clone sobre sua pele, ela o encarou nitidamente preocupada com seu companheiro.
- Minha cara, eu peço que se acalme, certo? Tenho quase certeza de que seu acompanhante apenas se perdeu de nós. Deve ter se distraído com as inúmeras e belas obras de meu museu.
- Não, não, isso é impossível. Reiji nunca iria se distrair com algo, seria mais fácil se eu fizesse isso e me perdesse. Olha, me desculpe, mas eu preciso encontrar ele.
Chrystal forçou sua mão para se soltar do clone que a segurava. Porém, a garota não conseguiu se soltar do mesmo que agora apertava seu pulso cada vez mais forte.
- Eu temo que possamos nos distanciar ainda mais de seu parceiro, devemos seguir até a sala que eu disse que levaria vocês dois. Se ele não se perdeu certamente irá nos encontrar lá.
O clone havia dado seu primeiro passo, mas ainda sim Chrystal exitava em acompanhá-lo. Mesmo assim ela sabia que aquele ser tinha razão, por isso o acompanhou em passos curtos, olhando de um lado para o outro totalmente em alerta. Ela estava sendo capaz de escutar até mesmo um grão de poeira caindo no chão
Em mais alguns passos por aqueles corredores enormes e escuros, ambos chegam em frente a uma grande porta de madeira na qual logo foi aberta pelo clone que deu passagem para a moça entrar. A sala em questão se assemelhava mais a uma enorme sala de jantar com um mesa ao centro e alguns móveis de cozinha junto a alguns utensílios.
- Por favor, senhorita, sente-se. Vou preparar um chá para nós dois.
Ouvindo a então sugestão do clone, a bruxa olhou em volta daquela sala, juntou suas mãos em frente ao seu corpo, mexendo seus dedos uns contra os outros, ela engoliu seco não deixando de ter aquela terrível sensação dentro de si.
- Senhorita? -Disse o clone chamando a atenção da moça após perceber que estava estava em devaneios- Não vai se sentar? O chá está pronto.
- Claro... Perdão.
Chrystal se sentou em uma das bonitas e acolchoadas cadeiras que havia ali, enquanto o clone servia para ela um pouco de chá. Aquela cópia de Reiji percebeu o olhar distante da moça, ela olhava para o nada, o clone já desconfiava o que poderia ser mas não disse nada até então, ele apenas se sentou ao lado da moça e pegou suavemente um das xícaras.
Com o chá servido, as mãos delicadas de Chrystal segurou a xícara, ela suspirou e olhou bem para o líquido e pouco antes que sua boca pudesse encostar na borda do copo um arrepio intenso passou por seu corpo a fazendo arrepiar e soltar a xícara que assim que atingiu o chão se transformou em um poça de tinta. Surpresa com aquilo olhou pelo canto de seus olhos para o clone, ele estava irritado. Em um suspiro forte, este se levantou e se abaixou diante a poça de tinta.
- Eu peço perdão por isso, não foi a minha intenção -Disse a moça se levantando e se afastando um pouco.
Ao terminar sua fala pudesse ouvir uma risada alta e maligna vinda do clone que acabou de transformar aquela poça de tinta em uma xícara nova em folha. Ele levantou um olhar sério para a garota que por sua vez não abaixou sua cabeça.
- Eu realmente achei que fosse mais uma humana burra, ingênua e fácil de se manipular. Porém, creio eu que aquele vampiro lhe educou bem, você é uma presa muito bem treinada. -O clone ditava as palavras enquanto se levantava lentamente- Deveria ter tomado o chá, senhorita. Iria me poupar do trabalho de usar a força bruta, seria um jeito indolor de ter seu corpo ao meu comando.
- Acha mesmo que eu tenho medo de você? Não me faça rir.
A cópia não disse nada, bastou um vento forte e o corpo de Chrystal já estava prensado contra a porta, com o clone segurando seu pescoço com uma mão e a outra sua cintura.
- Não tem? Ora, mas que presa insolente você é. Não se deve falar assim com seu mestre. Eu vou dar-lhe um prazer que aquele inútil jamais lhe proporcionou.
O clone soltou uma risada nasal enquanto a moça começava a fazer força para conseguir se livrar dali. No entanto, o clone usava cada vez mais e mais força ao ponto de sufocá-la. Com seus olhos concentrados na pele da moça a cópia passou sua língua contra a pele quente e macia de seu pescoço logo sorrindo de canto.
- Ora, veja isso, você ficou excitada só com um passar de língua? Acho que não importa o ser desde que tenha a aparência daquele homem, não é? Eu não vejo mal algum nisso.
- Vai a merda!
- Oh não, não. Uma moça bonita como você não deveria falar uma coisa tão chula como esta.
Ele soltou mais um riso e rapidamente cravou seus dentes contra a pele da garota, naquele momento Chrystal sentiu uma dor indescritível ao ponto de arrancar lágrimas de seus olhos. Com o gosto do sangue da bruxa escorrendo pela garganta da cópia isso só o fez se empolgar ainda mais e quanto mais sangue ele tomava dela menos consciente a garota ficava até chegar ao ponto que está finalmente desmaia em seus braços.
Com a bruxa sem consciência nos braços daquela cópia, o falso Reiji a carregou pelos corredores escuros daquele museu.
(...)
Estava tudo escuro, Chrystal se encontrava com os olhos fechados, sentindo algo frio contra suas costas ao mesmo tempo que sentia uma forte dor em seu pescoço.
- Chrystal... -Uma voz a chamou, parecia perto desta, não só isso. A voz era um tanto quanto familiar.
Aos poucos a garota ia abrindo seus olhos e sentindo arder pela claridade do ambiente, ela se sentou, colocou uma mão na cabeça resmungando baixo pela dor que sentia naquele momento. Em um suspiro a bruxa começou a olhar para os lados, até que sua visão parou diante de uma figura na qual parecia ser Reiji. Com isso ela se afastou rapidamente assustada.
- Calma, calma -Disse o homem vendo o receio da garota- Sou eu, Reiji. O verdadeiro.
- E como é que eu vou saber que você é o verdadeiro, hein?
- É bem, você está certa. Me frustra não ter como provar que sou eu mesmo. -Ele apenas suspirou baixo- Aquele homem, imagino o que deve ter ocorrido para que você fique com tamanho receio, mas no momento a única coisa que tenho para ti como prova de que sou o real é minha palavra.
Chrystal não disse nada, ela ainda o olhava de cima abaixo intrigada por não saber diferenciar, ainda mais porque estava tão eufórica. Passou uma mecha de seu cabelo para trás da orelha, engoliu seco e se aproximou do rapaz o encarando fundo nos olhos.
- Fique ciente de que se não for o verdadeiro eu vou te transformar em nada menos que uma poça inútil de tinta.
- Certo.
No entanto, aquela marra toda da garota acabou sumindo de uma vez quando ela o abraçou, lógico que ela estava ciente dos riscos dele não ser o original mas ainda sim, se for, para esta já estava sendo uma alívio.
- Minha nossa, uma hora você me ameaça de morte e na outra me abraça... Isto é um tanto quanto curioso ao meu ver. -Mesmo falando isso o vampiro também retribui o abraço dela- Se me permite dizer: Você está com um forte cheiro de tinta, não só isso -Reiji separou o abraço a olhando nos olhos- Quando chegou aqui estava com uma marca de mordida que escorria tinta preta.
Dita tal frase a moça colocou a mão no local onde antes havia sido mordida pelo clone. Agora já não havia mais nada além da dor que ele deixou.
- É. Ele me mordeu. -Ela suspirou bem fundo- Bem, a gente tem que dar um jeito de sair daqui.
- Sim, eu concordo. Porém, você realmente se sente bem? Está mais pálida do que o normal.
- Sim, não se preocupe comigo, tá bom?
Reiji não acreditou em uma só palavra que saiu da boca da garota, com isto ele os ajeitou, fazendo com que a garota ficasse com sua cabeça deitada nas coxas dele, ela o olhou confusa com o rosto um tanto quanto vermelha.
- Bem, este local parece que suga a magia dos vampiros e sempre que tentava encostar nas grades acabava tomando uma descarga elétrica. O que mais me intriga é o que este ser quer conosco?
- Somos a janta dele e deste lugar. -A garota viu a expressão do vampiro logo após sua fala- Que? Foi ele quem me disse, o museu inteiro está vivo. Ele vai nos devorar.
- Ha, eu deveria ter imaginado. O museu das sombras não era aberto a visitas às séculos mas de certo que meu pai não está ciente disso, quando sairmos daqui devo reportar a ele que destrua este lugar.
- Hum, ao menos ele sabe fazer algo decente que é cuidar de seu povo. -A garota resmungou baixo.
Logo, voltou a se sentar no chão e olhou para as grades e suspirou lembrando do que Reiji havia falado, o rapaz a olhava confusa enquanto a mesma pensava em um plano.
- Antes que você diga "não" apenas escute -Chrystal afirmou ajeitando sua postura.- Vamos usar me de isca, enquanto isso você vai procurar o quadro de onde aquele clone saiu, eu acredito que se destruirmos o quatro ele também some e a barreira que impede de nós dois sairmos daqui suma.
- Realmente é algo suicida a se fazer, porém... ah, como sei que é você. Talvez não deva me preocupar tanto. Tudo bem, mas antes de tudo como vamos sair daqui?
Chrystal não respondeu, ela apenas se levantou e caminhou até as grades. Reiji já sabendo o que ela faria tentou impedi-la pois a descarga era surreal. Ainda sim, a garota segurou no ferro da grade recebendo uma voltagem de 16,000 volts. Ela berrava, sentia sua pele queimar, seu coração quase explodindo por causa disso mas ela ainda sim arrumou força o suficiente para quebrar a grade e dar espaço para que Reiji pudesse passar, ele vendo a cena de aos poucos a garota está virando carvão passou correndo pela brecha que ela abriu. Vendo o vampiro já fora do local, ela também passou, quando conseguiu soltar a grade Chrystal foi arremessada contra a parede. O ambiente estava com cheiro de carne queimada.
Reiji se aproximou rapidamente do corpo caído, ela estava irreconhecível, o vampiro não pode nem encostar pois ainda havia uma alva voltage passando pelo corpo desta. Ele sabia que ela não morreria mas ainda sim seus olhos começaram a esquentar, ele levantou a cabeça soltando um suspiro de quase choro.
- Você está chorando? Por mim?
Aquela voz em tom suave e irônico o fez olhar rapidamente para a menina, que por sua vez já estava com boa parte do corpo recuperado, faltando só o tecido muscular do rosto se fechar e terminar de crescer seus cabelos. Já que a regeneração de Chrystal acontecia de dentro para fora era meio fascinante para Reiji ver o músculo e pele se fechar, os cabelos, sobrancelhas e cílios crescerem e o globo ocular dela voltar ao normal.
Chrystal estava inteira novamente, ela se levantou como se nada tivesse acontecido limpando apenas os trapos que sobraram de suas roupas. Levou uma de suas mãos até o rosto de Reiji e sorriu.
- Quando eu falo que você não precisa se preocupar comigo é que você realmente não precisa se preocupar comigo, besta.
- Sua falta de preocupação é algo que realmente me fascina. -Ele a puxou contra seu corpo- Aliás, vou tomar as devidas providências sobre este seu pequeno apelido para mim.
Chrystal segurou o riso o abraçando de volta - Apenas uma piada poxa.- Disse a garota enquanto ria. Sem mais tempo pra perder, logo os dois saíram o mais rápido possível daquele corredor de prisão, chegando em um salão oval todo trabalhado em mármore branco e pinturas do tempo renascentista. Reiji se separou de Chrystal como estava no plano, ela que ia começar andar pelo local, logo sentiu a presença do clone, ele dava calafrios.
- Veja bem, o que temos aqui. Confesso que me intriga em saber como conseguiu escapar, mas no momento não importa. já que você terá o prazer de ser devorada por mim.
Ela se manteve imovel durante aquela situação já que qualquer passo em falso poderia colocar tudo a perder. Lentamente a mesma se virou em direção ao falso Reiji que já estava a centímetros de seu corpo a encarando com um sorriso medonho, o clone não tardou em agarra a cintura da garota com uma força esmagadora a fazendo travar o maxilar enquanto o encarava. O clone estava tão perto de seu pescoço que aquela respiração fria dele causava calafrios na jovem.
- Eu vou dar-lhe um prazer inimaginável, você é uma mulher de sorte por ter isso antes de morrer.
Sem mais demora os dentes daquele clone foram cravados contra o pescoço de Chrystal, iam tão fundo na jovem que lhe faltava ar até mesmo para soltar sons de dor. Eram como duas agulhas grossas entrando em sua pele e drenando seu sangue. Aquela mesma sensação de fraqueza começou a se fazer presente na garota novamente, ela puxava o sobretudo que o clone usava pois era a única coisa que a bruxa achou para agarrar no momento.
- Me dói ver que minha garota está na mão de um homem tão sem moral como você que ainda tem a ousadia em roubar minha aparência. Realmente algo que não tem perdão de fato.
Era Reiji, o original, com ele o quadro que antes saiu do clone. O vampiro olhava sério para sua cópia que largou Chrystal no chão com brutalidade, limpou sua boca que escorria sangue da jovem e arrumou sua postura.
- Eu devia ter lhe mandado pro inferno de uma vez.
- Se eu fosse você medir suas palavras ao se referir a mim -Da mão escondida atrás de seu corpo, Reiji tirou uma faca de ouro- No entanto, acho eu que você aproveitará melhor esta ida ao inferno melhor que eu.
- Não ouse encostar um dedo se quer neste quadro, farei você pagar.
- Inacreditável como você continua falando e dando me promessas nas quais você não pode cumprir.
Com raiva o clone ia se aproximando com fúria de Reiji a toda velocidade, no entanto sua perna foi presa por vinhas de espinhos feitas por Chrystal, as vinhas subiam por todo o corpo do clone. Assim a jovem se levantou dando um suspiro.
- Você me cansa. -Disse ela se aproximando de Reiji.
Com isso o vampiro de óculos rasgou ao meio o quadro, sua cópia começou a se debater como um louco desesperado enquanto gritava por clemência e como garantia que este não voltaria mais Chrystal colocou fogo no quadro vendo que aos poucos o clone se resumia a uma poça de tinta sem valor algum.
- Hu! Eu disse.-Chrystal falou com arrogância enquanto dava de ombros.
- Eu acho que acabou mas... Não sinto nada diferente.
O sakamaki não havia nem terminado sua fala quando tudo começou a tremer. Do teto caia poeira, as paredes e o chão começavam a rachar enquanto todos os objetos no museu pareciam que se contorcia em pura agonia.
- Temos que sair daqui imediatamente ou seremos soterrados. -Afirmou o vampiro que logo agarrou a mão de sua acompanhante e saiu daquela sala indo para o piso inferior.
No meio do caminho eles viam os objetos se contorcendo, o chão diante deles se quebrou criando uma enorme fenda da parte onde eles estavam e de onde eles precisavam ir.
- A gente não tem muita escolha... Vamos pular. -Disse a garota olhando em sua volta.
Particularmente, para Reiji tomar decisões imprudentes não era o melhor a se fazer, mas considerando a situação em que eles se encontravam. O Sakamaki segurou firmemente na mão da garota e a olhou com confiança. Tomaram distância, correram e pularam. Por pouco conseguiram chegar ao outro lado, não teve tempo de comemorações pela façanha pois os dois já estavam descendo aquela enorme escada. Desceram rapidamente em passos rápidos, atravessaram o salão que também já estava vindo abaixo. Porém, assim que chegaram na porta de saída ela estava trancada, nem mesmo com a força sobrenatural dos vampiros Reiji conseguiu abrir.
- Eu vou explodir a porta.
- Se fizer isso e a porta não abrir ficaremos soterrados.
- Se eu não fizer isso ficaremos soterrados do mesmo jeito. Confia em mim.
Ele confiava nela, mas era orgulhoso demais para admitir isso. Ainda sim, não questionou, Reiji se afastou e Chrystal suspirou fundo, usando seu desespero atual ela explode a porta, mas como condição disso o lugar todo começou a desmoronar mais rápido, Chrystal agarrou o braço de Reiji pulando para fora com ele segundos antes de todo o museu cair, com isso uma enorme nuvem de poeira se espalhou por toda parte, parando assim o carnaval inteiro.
Naquele beco, os dois ainda estavam no chão, Chrystal estava sobre o corpo de Reiji, ela abriu seus olhos, os dois se encararam a garota começou a rir fazendo com que o vampiro a olhasse confuso, ele até se sentou no chão a vendo rir.
- O que houve? Por que está rindo desta forma?
- Desculpa, desculpa. É que... -Ela não parava de rir- A gente acabou de destruir um museu inteiro! Quantas pessoas podem falar isso?
Reiji, que também havia sido contagiado pelo riso da moça, ria sem graça enquanto passava a mão em seus cabelos cheios de poeira.
- De fato, olhando por este lado não são todos os casais que podem falar isto. -Dito isso ele se levantou ajudando a garota também a se levantar- Estamos horríveis, vamos achar um lugar para se limpar.
- Não se preocupe com isto -Com um estalar de dedos a garota limpou os dois- Mas é... Você fala sério quando se refere a nós dois como um casal? -Chrystal perguntou sem graça para ele.
- Hu? Sim, por quê? Isso não lhe agrada?
- Não, não. Não é isso. É só... Besteira minha, esquece. -Outra vez a garota se encontrava totalmente sem graça.
Reiji soltou um riso nasal, ele segurou com cuidado a mão da garota a fazendo o encarar nos olhos ao mesmo tempo que engolia seco.
- Muito bem, vamos aproveitar o que sobrou do carnaval. De preferência evitando meus irmãos e aqueles caras da outra família, sim?
- Sim. Eu realmente quero evitar a todo custo algum tipo de problema extra.
Ao final desta fala Reiji e Chrystal saíram de perto daqueles entulhos, ambos aproveitaram o resto do Vandead Carnival juntos evitando a todo o momento os irmãos de Reiji e os Mukamis. Lógico que ao fim da noite Reiji reportou aos seus familiares o ocorridos e estes foram de imediato contar a Karl-Heinz sobre o infeliz acidente, como Rei vampiro ele mandou condolências as famílias que perderam algum ente querido por culpa do museu, enquanto ao que sobrou do lugar foi posto em uma área secreta do Castelo Sakamaki para que ninguém mais possa correr risco. Chrystal sabendo disso ficou impressionada, Karl podia ser um lixo de pessoa e de pai, mas como Rei ele ao menos sabia fazer um trabalho decente, segundo a garota.
De volta a mansão Sakamaki os dois tiveram que aturar o caminho de volta todo com os questionamentos dos irmãos de Reiji, ele apenas respondia que havia se perdido com Chrystal pelo carnaval e sobre o ocorrido com o museu ambos se faziam de surpresos ao saber, claramente nenhum deles acreditou neste teatrinho feito pelos dois.
(...)
As horas se passaram e toda aquela euforia pós carnaval logo acabou. Chrystal estava pronta para dormir quando foi convocada por Reiji. Mesmo cansada ela foi até o quarto dele, com má vontade mas foi. Chegando em sua porta ela bateu, esperou alguns segundos até receber a permissão de entrar.
- Desculpe lhe chamar a esta hora. Eu só pensei que após tudo aquilo você gostaria de dormir aqui.
Claramente Reiji falava aquilo engolindo seu orgulho e vergonha, estava nítido em seu rosto. No entanto, a garota apenas se aproximou mais do vampiro e entrou no jogo dele para não deixá-lo ainda mais sem graça.
- Bem, considerando que eu realmente fiquei um tanto paranoica com aquela figura tua, eu vou aceitar seu pedido.
Ela soltou um riso nasal. Mesmo morrendo de amores por ele realmente não saber se portar em situações como aquela, Chrystal se conteve para não falar nada constrangedor para Reiji.
Eles se deitaram, na visão do Sakamaki tê-la ao seu lado e por desfrutar de uma visão tão bonita quanto dela dormindo era algo que dinheiro nenhum lhe podia proporcionar.