Acordei no dia seguinte meu cérebro ficou dando bug durante alguns segundos, processando a minha filha da putagem de acordar tão cedo.
Me levantei e fui para o banheiro tomar um banho, tempo depois saio do banheiro e fui me vestir no quarto.
Escolhi uma roupa simples e coloquei.
Sai do quarto e passei pela cozinha e Wakasa estava sentado tomando alguma coisa enquanto me encarava com um olhar sugestivo.
— bom dia... - falei me aproximando e sentando na frente dele.
— bom dia,[nome]... - ele falou bebendo sei lá o que.
— tá me encarando por que? - perguntei semicerrando os olhos.
— nada ué...quer chá? - ele falou apontando para a xícara com um sorriso ladino.
— eu aceito... - falei pegando a xícara dele.
Tomei um pouco e senti um gosto forte,mas não era tão ruim.
— é chá de que? - perguntei enquanto tomava mais um pouco.
— de maconha... - ele resmungou me encarando desanimado.
— sério? - falei colocando a mão na boca e ele deu risada.
— talvez... - ele falou enquanto pegava a xícara da minha mão.
— me devolve... - falei fazendo beicinho.
— ué, é meu... - ele falou enquanto tomava um pouco do chá.
— tá. - falei fazendo cara de choro.
— não adianta fazer birra,e não é de maconha... é de camomila. - ele falou dando um suspiro forte.
— ah...tá me dopando é? - perguntei semicerrando os olhos.
— não,o chá é meu, você que quis... - ele resmungou terminando de tomar o chá.
— tá precisando se acalmar é? - provoquei encarando ele com um sorriso ladino.
— pior que sim...eu realmente preciso. - ele falou passando o dedo na xícara enquanto me encarava.
— eu achei que você fumava um baseado pra começar o dia.... não um chá de camomila... - falei enquanto olhava os dedos dele que estavam passando ao redor da xícara.
— as vezes eu fumo, outras vezes eu tomo um chá... - ele falou dando um sorriso ladino.
— sei... - falei enquanto nos encaravamos profundamente.
Ficamos alguns minutos nos encarando,e eu nem sabia o motivo de ficar vidrada nos olhos dele,só sei que era hipnotizante ficar olhando aquele lilás dos olhos dele. Além de ser um olhar provocativo tinha um ar conforto,era como estar na praia pela primeira vez, você tem um pequeno medo mas tem algo que te deixa hipnotizada,e te faz querer ficar pra sempre lá...
— vamos arrumar a sala... - ele falou limpando a garganta e desviando o olhar.
— vamos... - falei me levantando.
Após arrumar a sala pra dar um espaço,para bagunças do Hajime, limpando o quarto que seria dele e pra minha sorte,era bem longe do meu peguei a chave do quarto e guardei no bolso da calça,e fomos para o escritório.
— bom... pronto. - Wakasa falou encostando na porta.
— ótimo... - falei me aproximando dele.
Ele deu um pequeno sorriso e puxou meu corpo me pressionando na porta.
— Waka... - resmunguei dando um sorriso.
Passei a mão no pescoço dele e puxei ele para um beijo.
Era um beijo lento,os lábios dele tinham um sabor agradável...o sabor parecia de gloss de morango,ele passou a mão na minha cintura e apertou quando tocou a língua dele na minha, fazendo elas ficarem em sincronia enquanto ele descia a mão na minha bunda apertando com força.
— eu achei que ontem fosse a última vez... - sussurrei entre o beijo.
— eu falei do sexo...não do beijo... - ele sussurrou me fazendo arrepiar e dar um pequeno sorriso.
— sei... - falei passando as mãos na costa dele, enquanto ele passava a língua no meu pescoço, deixando algumas mordidinhas.
— chega... - ele falou se afastando com um sorriso no rosto.
— você vai me pagar... - falei semicerrando os olhos.
— é melhor a gente ir pra sala...o Hajime já vai chegar... - ele falou.
— infelizmente. - resmunguei enquanto abri a porta e saímos indo pra sala.
Fui em direção ao sofá e quando fui me sentar, alguém abriu a porta com tudo.
Semicerrei os olhos e me preparei pra reclamar, Inupi e Kokonoi entraram em seguida com algumas caixas.
— quem fez o favor de arranhar a minha porta? - falei ficando na frente da porta com as mãos na cintura.
— o Inupi... - Kokonoi falou dando risada.
— tá,sem problemas... entra aí loirinho. - falei deixando ele passar.
Kokonoi semicerrou os olhos e tentou passar,mas encarei ele com ódio.
— o que? Da licença. - ele falou.
— acabamos de arrumar o MEU escritório,se bagunçar vou fazer você arrumar com a língua. - falei me afastando da porta.
Inupi e Wakasa estavam dando risada observando a cena.
— me contem a piada. - falei encarando os dois.
— nada... - Inupi falou olhando para o Wakasa.
— é que tipo, é bem engraçado você tentando ser brava...tem nem tamanho. - Wakasa falou semicerrando os olhos e colocando a mão na barriga voltando a rir.
— você não viu nada ainda. - Kokonoi falou entrando na roda.
— sério? - ironizei semicerrando os olhos. — vocês vão rir muito quando eu meter um chute na bola de vocês. - falei me virando e indo pegar um copo de água.
— tem que ser na bola mesmo,já que você não alcança o rosto. - Wakasa falou dando risada.
Respirei fundo e peguei um copo de água, tomando um pouco enquanto eles davam risada.
Coloquei o copo na pia e me aproximei do Wakasa que não parava de rir.
— Wakasa... - falei ficando na frente dele. — você tá tão engraçadinho hoje. - falei enquanto dobrava meu joelho acertando o membro dele.
— buceta,isso dói. - ele soltou um grunhido de dor enquanto Kokonoi e Inupi riam da cara dele.
Tirei rapidamente meu joelho e acertei mais uma vez,e ele se inclinou para me encarar.
— por que parou de rir? Aliás,com você se inclinando assim...eu posso facilmente meter um chute no seu rostinho. - falei enquanto empurrava ele no sofá.
— castrou o menino... - Inupi disse quase sem ar de tanto rir.
— pegou pesado, tadinho... - Kokonoi falou fingindo ter dó.
— calem...a boca... - Wakasa falou com dificuldade por causa da dor.
— eu não terminei... Waka. - falei me aproximando dele,e inclinando meu rosto perto do dele.
— ahh,já terminou sim, inclusive vai ajudar os meninos lá em cima,vai. - ele resmungou esquivando o corpo. - você me deixou com traumas aqui em baixo. - ele sussurrou com os olhos lacrimejando.
— tá...e eu não tô nem aí,pelo menos você não tá achando engraçado agora. - falei me afastando.
— é injusto você me agredir,por que não faz o mesmo com os dois? - ele falou fazendo beicinho e se encolhendo no sofá.
Voltei meu olhar para os meninos que pararam de rir na mesma hora,saindo rapidamente da sala.
— sei de nada não... - Kokonoi falou metendo o pé da sala com as caixas.
— você não pode me agredir,sou um neném. - Inupi falou fazendo beicinho.
— você tem razão... - falei semicerrando os olhos pra ele.
— ei! - Wakasa resmungou.
Dei um pequeno sorriso e fui atrás dos meninos, subindo no escritório pra arrumar lá, enquanto carregavam as outras caixas.
— o quarto você que vai arrumar, loirinho. - falei enquanto abria uma caixa.
— tá bom, relaxa. - Inupi falou saindo do escritório.
— [nomee]!!! Porra sua assassina! - Wakasa chegou gritando enquanto andava com dificuldade.
— quanto drama Waka,foi só uma joelhadinha. - falei colocando alguns papéis em cima da mesa do Kokonoi.
— uma joelhadinha?! Garota, você matou várias gerações aqui. - ele disse resmungando enquanto se sentava na minha cadeira.
— foi mal...posso te ajudar com isso depois... - falei encarando ele.
— eu também quero uma ajudinha,posso participar? - Kokonoi falou entrando na sala e eu dei risada.
— não! Nem vem, você nunca vai chegar perto dessa região [nome]! - Wakasa falou dando um soquinho na mesa.
—humm...e o Kokonoi? Ele pode? - provoquei Wakasa que olhou assustado e Kokonoi deu risada enquanto colocava a caixa no chão.
— não disse nada... - Wakasa resmungou.
— você é bem gatinho até, eu não me importaria Waka... - Kokonoi falou se aproximando de mim e encarando ele.
— que!? - Wakasa falou com o rosto um pouco corado.
— você não acha,[nome]? Seria uma festinha e tanto...hein? - Kokonoi sussurrou com um sorriso ladino.
—ahh...eu concordo. - falei encarando Wakasa que não estava raciocinando no momento.
— concorda com o que? - Inupi falou entrando na sala.
— com nada,COM NADA! - Wakasa falou semicerrando os olhos.
— humm,que clima é esse... - Inupi falou dando risada.
— vai arrumar o quarto, loiro oxigenado - Wakasa falou.
— tô indo,vim pegar a chave... - Inupi resmungou.
Kokonoi passou a mão na minha cintura, descendo no bolso da calça e pegando a chave.
— toma! - Kokonoi falou jogando a chave pra Inupi.
— buceta, avisa antes de meter a mão no meu bolso! - resmunguei me afastando.
— fica quieta e me ajuda aqui,e você também Waka. - Kokonoi falou e eu encarei Wakasa que estava parado pensando em sei lá o que.
— Waka,não bati na sua cabeça pra você estar viajando assim. - falei me aproximando dele.
— na de cima não,mais me afetou psicologicamente. - ele falou semicerrando os olhos.
— dramático! Toma. - falei colocando a caixa em cima da mesa.
Arrumamos a sala com as coisas do Hajime,tinha muito papéis e coleção de... carrinhos?
— sério isso? - falei inclinando a caixa pra ele.
— não toca ai!! Não não. - ele falou e eu dei um sorriso travesso.
— por que? - falei pegando um dos carrinhos.
— por que você vivia roubando a minha coleção,sua mão leve! - ele resmungou pegando a caixa da minha mão e o carrinho.
— ahh, por isso você tem uns na estante do seu quarto...safada... - Wakasa falou dando risada.
— você já foi no quarto dela? - Kokonoi perguntou animado.
Encarei Wakasa e ele deu risada.
— nossa,ela nunca deixou eu entrar lá...- Kokonoi falou fazendo drama.
— nem tem como,aquele quarto é uma bagunça. - Wakasa falou e os dois deram risada.
— se vocês não ficarem quietos,eu chamo os dois pra um cházinho lá dentro. - falei encarando os dois.
— eu levo a seda. - Kokonoi falou animado.
— para de ser ingênuo...ela não falou nesse sentido. - Wakasa falou dando risada.
— eu não... - falei e Kokonoi me impediu de terminar a frase.
— humm? Minha nossa!! Você tá falando de sexo? - ele ironizou e eu revirei os olhos.
— não! Eu realmente tava falando de maconha... - falei soltando um arzinho pelo nariz.
— aham... - Wakasa ironizou.
Os dois se encararam e ficaram quietos... por um longo período,me aproximei da mesa do Kokonoi e dei um tapa.
— vocês realmente querem tanto assim fumar. - falei semicerrando os olhos.
Os dois concordaram e eu dei um pequeno sorriso.
— hum... amanhã,tá? - falei e eles concordaram em silêncio,me fazendo dar risada.
— bom já terminamos aqui...agora eu vou deixar vocês trabalharem,tô indo nessa. - Wakasa falou se levantando.
— tá bom Waka, valeu. - falei.
— não esquece de fingir a dor,se não ela vai te infernizar até você chorar. - Kokonoi falou dando risada e Wakasa deu um sorriso ladino enquanto se aproximava de mim.
— tchau... e obrigado por me castrar,sua encapetada. - ele falou encarando a minha boca.
— quando quiser mais um chute,só falar... - falei encarando a boca dele e desviando o olhar.
Ele deu risada e saiu da sala, Inupi entrou em seguida todo animado.
— finalmente terminei,vou pegar uma carona com o Waka e vou devolver a chave do seu antigo escritório. - ele falou dando um sorriso.
— tá certo, valeu... - Kokonoi falou dando uma piscadinha.
Inupi mostrou o dedo do meio e saiu da sala,correndo atrás do Wakasa.
— e o que vamos fazer agora? - perguntei me sentando na minha cadeira.
— bom, tenho que passar umas informações pra um cara,ele já entregou o dinheiro. - ele falou mostrando uma boa quantidade de grana.
— só? - perguntei desanimada.
— por hoje...sim...- ele falou pegando um pen-drive.
— tá. - resmunguei enquanto rodava na cadeira.
— com licença... - um homem baixinho entrou na sala após bater na porta.
— pois não? - Kokonoi perguntou encarando ele.
— vim pegar o pen-drive... - ele falou se aproximando enquanto eu girava que nem idiota na cadeira.
— ah, claro... tá na mão. - Kokonoi falou enquanto entregava.
— obrigado. - o homem falou animado.
— por nada... tchau. - Kokonoi falou acompanhando o homem até a saída.
Kokonoi entrou na sala e trancou,e veio em minha direção.
— para de girar, idiota. - ele resmungou.
— ahh,tá. - falei prestando atenção nele.
— posso fazer uma pergunta? - ele falou se sentando no sofá que tinha no canto da sala.
— faz,vai. - falei me sentando ao lado dele.
— você gosta do Wakasa? - ele perguntou dando um sorriso.
— como assim? - perguntei semicerrando os olhos.
— gostar ué...além do sexo é claro. - ele disse.
— sim,ele é meu amigo... - falei.
— não falei nesse sentindo... - ele disse passando o dedo no meu rosto, fazendo carinho.
— ah,sei lá... - falei fechando os olhos e aproveitando o carinho dele.
— pode me dizer as coisas sabia? Somos melhores amigos... - ele falou e eu abri os olhos.
— se somos melhores amigos...por que não estava ao meu lado quando eu estava mal? - perguntei segurando a mão dele.
— por idiotice...eu só não queria te envolver nos meus problemas... você sabe disso. - ele falou desviando o olhar.
— porém...não adiantou né? Pois estamos trabalhando juntos agora...em uma das gangues mais fodonas... - falei dando um sorriso.
— eu sempre estarei ao seu lado...se não for pessoalmente,vai ser aqui... - ele falou apontando pro meu coração.
— você sabe que eu nunca quis ficar longe de você... - falei passando a mão no rosto dele.
— eu sei...foi vacilo meu... - ele disse.
— tá tudo bem agora... - falei abraçando ele.
Ficamos alguns segundos abraçados, enquanto ele fazia carinho no meu cabelo.
— então... o que tá rolando entre vocês. -ele perguntou.
— nada...eu acho...bom,transei com ele...mesmo sabendo das regras... - resmunguei.
— foi bom pelo menos? - ele falou e eu me afastei dele dando risada.
— é sério? - perguntei.
— [nome]... - ele disse me encarando.
— uhum...foi...mas ele disse que não podemos ter nada. - falei desviando o olhar.
— apesar de tudo...ele é bem profissional e não quebra regras que a brahman impõe... né? - ele falou.
— pois é...mas,acho que não daríamos certo...- falei.
— vocês são totalmente diferentes... - ele falou e eu dei um pequeno sorriso.
— isso que me irrita. - falei.
— mas...sabe? Eu perguntei sobre isso...por que...eu vejo como ele te olha. - ele falou.
— não tem nada demais. - falei.
— ah,tem sim...sem contar o climão que fica entre vocês dois. - ele disse dando risada.
— é minha raiva que deixa um climão. - falei semicerrando os olhos.
— sua raiva se chama tesão sexual por um acaso? - ele falou me encarando.
— para de ser besta... - falei fitando o teto.
— é sério...e quando você fala dele,nem que seja pra xingar...seus olhos brilham... é bom ver você assim... - ele disse dando risada.
— é bom ver eu confusa? - ironizei.
— não... é bom ver você feliz... - ele disse.
— sei... - falei desanimada.
— a única coisa ruim disso tudo...além do Waka...ser orgulhoso, é que...a gente vai ter que dar uma festinha de despedida. - ele falou e eu dei risada.
— não podemos... regras...- falei.
— eu não ligo pra elas... - ele falou se aproximando.
— sentia saudades disso... - falei dando um sorriso.
— eu também minha gatinha...eu também... - ele falou enquanto me deitava no sofá e aproximava nossos lábios, ficando em cima de mim.