o conceito do amor » joseph...

By onlyforquinn

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"Ninguém sabe do tamanho da profundeza do que é o amor até o encararmos dentro de outros olhos. Joseph levava... More

Prólogo
01 sala de espera
02 avião
03 londres
04 hotel
05 central park
06 central park II
07 starbucks
08 estúdio de gravação
09 hamptons
010 restautante
011 quarto de hotel
012 quarto de hotel II
AVISO
013 quarto de hotel III
014 carro
015 tiffany
016 café da esquina
017 upper west side
018 upper west side II
019 tobby's estate
020 frente ao prédio
021 bed, bath & beyond
022 bed, bath & beyond II
023 corredor
024 apartamento 75A
025 apartamento 75B
026 apartamento 75A II
027 apartamento 75B II
028 sede da netflix
029 house party
030 corredor
031 corredor II
RECADO
Fim

032 restaurante II

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By onlyforquinn

• Narrativa de Joseph •

Eram dezenove horas em ponto quando três batidas soaram da minha porta. Eu sabia que era ela. Meu estômago revirava, tinha receio mesmo Olly dizendo que realmente era uma coisa boa. Como ele havia descoberto aquilo? Abri e lá estava ela, deslumbrante, dessa vez não era simples, era algo elegante, eu vestia um terno conforme instruções que recebi de Charlotte. Todo mundo tava nesse esquema ou o que?

- Não brinca! - Eu ri surpreso ao ver o enorme buquê em suas mãos. Ela me olhava com orgulho e ao mesmo tempo timidez.

- Bom, ao contrário de você, que rouba um única florzinha do saguão do hotel, eu te comprei algumas a mais. - Disse no mesmo tom irônico de sempre, eu o odiava quase sempre, mas ali naquele instante eu amei como nunca. - Pronto? - Claro que eu estava mais do que pronto! Eu não via a hora de saber o que ela estava armando e agora mais do que nunca, depois daquele começo havia atiçado ainda mais a minha curiosidade.

mariwentz on stories • 2 minutos atrás

Eu não me contentava, tudo o que eu mais queria era puxa-lá para perto de mim, beija-la e sentir o seu cheiro de tão de perto. Ah como ela estava cheirosa, meu Deus! Mas eu me controlei até chegarmos na porta do nosso prédio e ver Steve ali de pé, nos aguardando.

- É o que? Motorista particular hoje? - Olhei rapidamente para Mariana e depois para Steve. O cumprimentei e entrei atrás como ordenado. Eu estava amando toda aquela coisa de ordens e regras. Me fazia gelar a espinha, mas finalmente entendi que era uma coisa boa. Mariana então sacou uma revista e começou a ler ali ao meu lado.

- "A música que me salvaria do Vecna é com certeza Up & Down - Me olhou brevemente com um olhar de julgamento. - do Vengaboys." - Recitou o que estava escrito ali. - Solta o play Steve e vamos! - Disse animada já rindo da minha cara. Eu não acreditava que ela estava fazendo isso.

- Isso foi só uma piada ok? - Eu ria junto dela um tanto envergonhado de ter dito aquilo em uma entrevista. Claro que Mariana havia entendido a ironia, ela era mestre nisso. A loira balançava os braços fingindo dançar e eu não podia fazer nada a não ser acompanhá-la naquela animação toda. Por incrível que pareça aquilo me fez relaxar.

Não demorou muito até o carro parar. Tentei enxergar pelo vidro mas antes de conseguir Mariana prosseguiu com a sua leitura. Notei que ela tinha mais de uma revista em suas mãos, aquilo era obra de Charlotte.

- "Joseph Quinn nos contou que sua comida favorita é a italiana e que também aprecia frutos do mar." - Mais uma vez recitou em alto e bom som. Tirou a revista de sua cara e me analisou brevemente. - Bom, pelo tanto de macarrão que eu te vejo comer, acho que essa aqui está certa. - Aquilo me fez gargalhar, droga ela sabia ser tão boa em ser irônica.

Entramos no restaurante, estava fechado só para nós dois. Eu não acreditava no que ela estava fazendo. Para mim, um romântico incorrigível, aquilo realmente era um encontro perfeito. E era mais engraçado ainda que eu estava recebendo esse tratamento todo ao invés de fazê-lo. Compreendi então o que Mariana estava fazendo, assim como lhe prometi um dia conquista-lá, estava me mostrando seus esforços para eu entender que ela faria o mesmo por mim. Fazia da maneira que saberia que eu iria gostar.

O garçom chegou para nos atender e claro, a bebida vinha antes. Esperei que a loira sacasse mais uma vez sua coleção de revistas e entrevistas sobre mim. Ela levantou delicadamente o seu indicador para o garçom, fazendo um gesto para que ele esperasse um minuto. Havia post its por todo lugar, ela realmente havia se esforçado naquilo.

- "A bebida favorita do ator é filthy martini com duas azeitonas!" - Ela lia para o garçom que já anotava balançando a cabeça, parou e pensou antes de prosseguir. - Hm isso parece bom, eu quero o mesmo! - Voltou a analisar a revista concentrada. - Meu Deus Joe, eles adoram te colocar em roupas de marca né? - Ao notar o seu olhar de volta em mim eu sabia que mais um grande deboche estava por vir, apenas aguardei como um bom espectador. - Nem parece que você só tem três camisas e duas calças.

- Hey, não fala assim do meu guarda roupa compacto! - Eu genuinamente estava me divertindo com aquilo tudo. Mariana estava mais uma vez leve como eu nunca havia visto antes. Algo nela brilhava, reluzia, eu me perguntava se eu tinha a ver com aquilo, claro que tinha.

- Sério Joseph, vamos sair comprar umas roupas pra você assim que possível! - Ela seguiu com a ironia mas já se tornou um tanto mais séria. Apoiou o cotovelo ali na mesa e seu queixo em sua mão, olhava em meus olhos atenta como quem queria descobrir algo. Que ironia eu ter feito isso horas antes. - Você estava errado hoje mais cedo.

- Errado? O que eu fiz dessa vez? - Aquilo me deixou curioso mas novamente com receio, era tudo o que me faltava, ela fugir mais uma vez.

- Sempre tivemos algo, eu só não sabia entender o que era. - Aquilo fez minha pupila dilatar, eu podia senti-las fazer isso, se é que tem como. Um sorriso escapou de minha boca e tomou todo o meu rosto. Eu estava tímido, ansioso mas acima de tudo eufórico ao escutar aquilo.

- E agora sabe? - Eu precisava questionar, vocês tem que entender, eu necessitava escutar da boca de Mariana, em alto e bom som que aquilo não era mais um jogo confuso, que agora eu podia estar mais tranquilo com aquele bolo de sentimentos que havia dentro de mim. Ela sorriu.

- Sei, você me fez entender na verdade. - Era isso mesmo? Ela estava confirmando o que afinal? O que ela sentia então? Eram tantas perguntas, eu já estava ficando tonto e o martini em meu estômago não estava ajudando muito.

- E então... - Eu sabia que ela iria prosseguir mas não pude evitar de me expressar. Queria fazer todas as perguntas que rondavam em minha cabeça mas havia de me contentar em esperar.

- Eu posso dizer que já não concordo tanto assim com o Garcia Márquez. - Relutou em dizer o que sentia, mas eu compreendia. Afinal foram tantos obstáculos e problemas nessa história toda.

Aceitei somente aquilo por enquanto e puxei a cadeira para perto dela, já não podia me controlar. Seu cheiro e a maciez de sua pele, eu poderia ficar ali para sempre. Passei meus lábios suavemente nos dela enquanto podia sentir seus cílios batendo nos meus. Finalmente eu estava tão perto quanto eu quis estar a noite toda. Antes de beija-lá, disse ali mesmo com a boca quase encaixada na dela.

- Tá pronta então pra ser a namorada do Joseph Quinn nas revistas? - Tive medo de questionar aquilo, mas mais uma vez eu precisava de certezas. Para o meu alívio ela riu, com os olhos também, esses brilharam. Ela passou os braços em meu pescoço.

- Só se a Charlotte só liberar as fotos em que estou bonita. - Nós rimos sem nos desgrudarmos e eu concordei, para mim não haveria uma a qual ela não estaria perfeita. - E mais uma coisa... - Dessa vez foi ela quem passou os lábios nos meus. Prosseguiu assim que escutou o meu "hm" de curiosidade e atenção. - Você tem que se mudar!

- Eu o que? - Me afastei brevemente para olhá-la tentando entender da onde havia surgido aquilo. Ela ria da minha cara extremamente confusa.

- Eu já vou ter que te aturar como namorada. Agora como vizinho também? - Negou com a cabeça tentando parecer séria. - "Vai rolar uma festinha" - Me imitou em um tom extremamente irônico.

Não aguentei seu momento raro de meiguice e finalmente a beijei, e beijei outra vez e mais uma também. Aquele encontro tinha sido perfeito, havíamos finalmente achado a sintonia. Eu havia aprendido muito com ela e Mariana também havia baixado a guarda para muitas coisas as quais eu queria ensiná-la e fazê-la sentir. Eu não estava louco esse tempo todo, para mim foi amor à primeira vista sim, aquilo existia, eu sabia porque havia acontecido comigo. Para ela foi um amor construído, com paciência, me aturou muito até finalmente entender o que sentia. E estávamos muito bem, cada um do seu modo de entender o que era amor, o que nos bastava era senti-lo.

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