ㅤㅤEm uma noite sombria e fria, uma pequena garota, linda como uma flor e gentil como um anjo. Filha de nobres egocêntricos e apáticos com o seu derredor, negligenciaram até mesmo a criação de sua linda filha, deixando seus criados e funcionários cuidando dela.
ㅤㅤA garotinha nunca se queixou, adorava receber o tratamento diferente de outras crianças, essa mesma garota antes feliz, agora chorava em meio à uma floresta, clamando pelos seus pais.
ㅤㅤO que aconteceu? Uma garota não devia estar sozinha em uma floresta assim, no meio de uma noite severamente escura e tenebrosa; medo era um sentimento comum nos devaneios da garota, uma imaginação fértil podia ser prejudicial para algumas crianças.
ㅤㅤEla refletia que foi realmente irresponsável em sair por aí em uma noite tão severa, mas a criada que cuidava dela, disse que na floresta tinham ursos que falavam, e eles até davam mingau para as crianças, ela inocente como era, foi atrás do mingau dos ursos. Que idiotice, ursos falantes podiam existir, mas odiavam a companhia humana, claro que eles não iriam oferecer uma comida para a pequena.
ㅤㅤClaro, a criada não fez aquilo de toda bondade e ingenuidade, Dolores era o nome da mais velha que contou essa mentira para a garotinha, queria que ela fosse e morresse na floresta. Assim iria se livrar do fardo de cuidar de uma garotinha tão rude e mesquinha, espera. . . Rude, mesquinha? Realmente, a parte doce da garota era apenas em sua própria percepção, a realidade é que a mesma era semelhante demais com seus pais, indiferente com o sentimento das outras crianças mais necessitadas, era um clássico monstrinho mimado.
ㅤㅤQue agora, se via em um momento de fraqueza e desespero, até que em um momento totalmente silencioso, vozes vieram em sua cabeça, várias, elas diziam a mesma coisa em um coro perfeito. - Garotinha, ainda sente medo? - Ela parou até mesmo de chorar, ficou em choque.
ㅤㅤ- Q-quem está aí? - Em mais uma pausa dramática, elas voltaram a falar com a garota, ela tampava os ouvidos mas não surtia efeito, as vozes eram internas. - Não devia sentir medo. . . Estamos sempre com você, cachinhos dourados~ - Aquilo era o apelido que sua criada Dolores sempre a chamava, ela não entendeu, como outra pessoa ou coisa sabia daquilo? Era uma coisa entre ela e Dolores.
ㅤㅤ- C-como você sabe sobr-. . .
ㅤㅤ- NÓS CACHINHOS! Somos nós!
ㅤㅤEla se assustou e forçou suas mãos contra os ouvidos, evitando escutar mais. - Me deixem em paz! Eu vou chamar o papai!
ㅤㅤ- E o que ele vai fazer? Nós estamos dentro de você querida, nós somos você~ - As vozes começaram a fazer a garota enxergar a verdade, Dolores planejando contar para ela aquela mentira maldosa para que ela fosse até a floresta, Cachinhos ficou possessa de tanta raiva, rangendo os dentes e deixando cair mais lágrimas. - Ela não faria isso comigo. . . Sim Cachinhos, ela faria isso! - Agora as vozes não eram mais internas, o coro de vozes saia junto das palavras da garota, como se fossem um só. ㅤㅤO nome daquela garota era Heloise, isso antes dela se fundir com aquelas vozes em sua cabeça, hipnotizantes como um aroma doce, ela sorria feliz.
ㅤㅤCantarolava em um coral perfeito de sua única boca, passando pelos troncos e galhos caídos das árvores, até que parou, vendo quatro ursos, a mãe dos três filhotes era enorme, chegava quase em quatro metros de altura se ficasse em pé, mas a garota não se assustou.
ㅤㅤEla queria acariciar os filhotes, queria criar uma conexão com eles, iria os tratar bem e cuidar deles, assim como fazia com seus brinquedos e bonecas, era assim que ela os via, não seres vivos que deveriam ser respeitados, mas sim algo que podia se usar e então. . . Jogar fora.
ㅤㅤA mãe dos três pequenos ursos não ia deixar isso acontecer, ela via a garotinha mesmo que tão pequena, como uma ameaça. Uma aura dourada e ao mesmo tempo obscura, rodeava a garota, um ser saia das sombras, apenas na visão do animal, tinha um sorriso largo, indo de uma ponta para a outra do seu rosto.
ㅤㅤEra inteiramente negro, como se fosse o próprio carvão, ele abraça a garota como se fosse sua própria filha e diz em seu ouvido, com ela repetindo em seguida. - Vá Cachinhos, tome o que é seu! - A garota tinha lindos cachos dourados realmente, esses que levantavam para o ar, brilhando como a luz do sol, juntamente de seus olhos, indo até os ursos, a mamãe urso avançou junto, mas em um piscar de olhos, virou pó.
ㅤㅤAquele grande e majestoso animal, virou simplesmente nada, uma energia que emanava nas mãos da garotinha fez isso com ela, destruiu completamente aquela mãe que só queria defender seus filhotes, de algo maligno, sujo e ganancioso.
ㅤㅤCachinhos sem um obstáculo se aproximou dos filhotes, os acariciando e os corrompendo com aquela energia de ouro, os transformando em seus novos brinquedos, aquela entidade escura amava isso, o manto antes cinza que estava sobre seu corpo, se tornava dourado, conforme a garota ganhava mais, tirando dos outros.
ㅤㅤ- Cachinhos, está na hora. . . Na hora de machucar quem quis te machucar!
ㅤㅤA garota olhava para a entidade, concordando com a cabeça, enquanto um sorriso macabro se formava em sua face. Ela foi andando alegremente de volta até sua casa, com a entidade lhe guiando como se fosse sua amiga, ao chegar em sua casa e entrar, trouxe os filhotes e sem nenhuma piedade; matou, ordenou que os filhotes famintos de urso chacinassem todos lá, nem mesmo os pais da garota foram poupados, ela ria como se fosse mais um dia em um parque.
ㅤㅤ- Que coisa mais linda, hihi! - Mas sua festa acabou rápido, ao sentir um toque gentil no seu ombro, mas esse não era o da entidade, esse era real. Ela se assustou e olhou para trás, vendo um homem adulto, de cabelos violeta, eram de Retsu, mestre de nosso príncipe dragão, mais novo, afinal esse acontecimento se originou décadas antes de ser mestre do príncipe dos dragões, Gabriel.
ㅤㅤClaro, o pequeno dragão já tinha nascido, já que vivia mais que um ser humano, mas não estava nem perto de conhecer o grande Retsu, esse que ignorava a garotinha falando com ele e se concentrava na entidade que mesmo sem olhos, parecia o observar atentamente.
ㅤㅤ- Mamon, um dos grandes príncipes do inferno. . . Está tão fraco ao ponto de precisar de crianças? - Um demônio cruel e que era a representação da própria ganância, sentia prazer em trazer sofrimentos e corromper os humanos, e agora estava sendo desmerecido por um simples caçador?
ㅤㅤ- Quem acha que é? Seu humano tolo! Eu não preciso de crianças, afinal e. .- Nem terminou de falar, uma paralisia instantânea ocorreu com Retsu fazendo uma posição com as mãos e começando a recitar um mantra, como se estivesse querendo exorcizar o demônio. Mas para não ser expurgado completamente, ele começava a causar dores à garota, que gritava em desespero.
ㅤㅤRetsu não ligou, ele estava em uma missão séria e então ele mesmo apagou a menina, com um chute fraco na diagonal de sua cabeça, a fazendo cair no chão, desacordada. O demônio se surpreendeu com a atitude enquanto uma espécie de portal abria no chão, saiam chamas fortes dali, como se fosse diretamente para o inferno. - Um homem adulto atacando crianças? Vocês humanos, são mesmo uns erros imundos! - Retsu terminava o mantra e o demônio descia gargalhando de volta para o inferno, um dos maiores seres malignos presentes naquele mundo, expurgado por Retsu, um caçador formidável para sua idade, tão jovem.
ㅤㅤ- Ahn? S-senhor. . . O que aconteceu? - A garotinha finalmente parecia ter voltado a si mesma, acordando ainda meio confusa.
ㅤㅤ- Um monstro, só isso. - Retsu parecia ser mais severo naquela época, não parecia ter empatia pela criança, mas seu coração apertou um pouco, logo depois dela ver os filhotes de urso voltando após terminar o serviço, a garota chorou e olhou para si mesma e seus cabelos, ambos cheios de sangue.
ㅤㅤ- I-isso fui eu?! Ahhhh! - Ela começou a chorar enquanto gritava, afinal mesmo que não fosse a melhor criança do mundo, não merecia ter passado por aquilo.
ㅤㅤ- Sim, foi. Mas você pode evitar que outros cometam o mesmo erro. . . - Ele entregou uma folha de papel pequena de seu sobretudo, e se virou de costas, iria embora, mas antes olhou para ela uma última vez e apontou para os filhotes. - Cuide deles, afinal você os tirou de sua única família. - E tão rápido quanto surgiu, desapareceu dali.
ㅤㅤApós Duas Semanas. . .
ㅤㅤCachinhos foi encontrada por algumas pessoas da vila aonde ela morava, vendo o estado deplorável em que ela estava, morando na rua e sobrevivendo da gratidão das mesmas pessoas que ela desprezava.
ㅤㅤLevaram ela até o local indicado no panfleto que recebeu. A Organização dos Caçadores, tinham inúmeras bases em todas as capitais do mundo, menos nos reinos que não eram humanos, lá ela foi recebida por um homem que usava um uniforme vermelho, cor de sangue, óculos de sol circulares, aquele era o mestre Vidro, mais novo. - Hm. . . Uma garotinha? Aqui não é uma creche, vá embora por favor. - Com indiferença, ele iria fechar a porta, até que a garota forçou seu braço e esticou o panfleto até o senhor.
ㅤㅤ- Eu fui convidada! - Ele estava confuso, quando pegou o papel, tinha algo escrito, tal qual ele leu em voz alta e clara. - "Cuide bem dessa garota, ela vai ser útil, assinado. . . R." -ㅤㅤㅤㅤVidro não demorou para entender, seu rival de caçadas, Retsu, foi quem enviou aquela garotinha. - Ah. . . Aquele maldito sempre me arrumando problemas. - Olhou melhor para a garota e percebeu os três filhotes de urso atrás dela, como se fossem bichinhos, achou até engraçado; aceitou, finalmente aceitou alguém para ficar com ele, o senhor Vidro iria cuidar para que ela fosse uma ótima caçadora assim como ele.
ㅤㅤCom isso, se passaram em torno de vinte anos, em um piscar de olhos os ursos estavam enormes. Infelizmente, um acabou morrendo e estranhamente, ele reencarnou em um menor, parece que a maldição de Mamon ainda percorria o corpo dos pobres animais.
ㅤㅤA loira ficou uma dominadora em pouco tempo, fazia caçadas perfeitamente, junto de seu segundo pai, Vidro e o Pescador, que se tornara um irmão para ela, um que nunca teve. Mesmo assim, não perdeu sua natureza mesquinha e desprezível, ela nunca se importou muito em ajudar as pessoas, apenas em eliminar os monstros malignos e se alguém morresse? Era consequência.
ㅤㅤVidro não queria que ela vivesse daquela forma, tão solitária, sem amigos ou alguém para conversar além dele, uma icônica frase que ele já disse foi. - Cachinhos, eu espero que você um dia ache alguém, que faça você enxergar o valor das vidas ao seu redor, alguém. . . Que possa chamar de amigo! - Essa frase sempre percorria os devaneios da loira, sempre pensava nessas palavras, mas nunca conseguia achar esse tal amigo, tratando como baboseira de velho; isso iria mudar, em sua última missão.
ㅤㅤEncontro de Maria e Cachinhos, decorrer.
ㅤㅤLogo depois de Maria derrubar Cachinhos de seus ursos, elas estavam as duas sozinhas, até ela conseguir chamar seus animais de volta, claro que a loira não iria facilitar, ela bateu as manoplas uma na outra e balançou as correntes como chicotes, tentando atingir Maria.
ㅤㅤ- Você não vai fugir, sua cultista imbecil! - Ela remexeu os braços ainda mais rápido, Maria mal podia desviar daquilo, nem teve treinamento físico, então só conseguia se defender usando a grossura das árvores, que conseguiam barrar as correntes. - Depois de acabar com você, eu vou atrás do seu bichinho! - Ela falava de Gabriel, como sempre estava desprezando a vida alheia.
ㅤㅤClaro que Maria não gostou que seu amigo foi comparado com um mero animal de estimação, ela parou de se esconder e decidiu correr até Cachinhos, iria encurtar a distância.
ㅤㅤA loira nem ao menos esperava que ela avançasse igual uma idiota, carregando um soco com sua manopla, iria esmagar o crânio que encostasse, mas não, tudo que surgiu daquele impacto foi fumaça, Maria em poucos segundos jogou sua bolsinha no ar e fez Cachinhos acertar a mesma, que estava cheia de poeira mágica, essa que começou a tomar conta do ambiente, fazendo a loira tossir desenfreadamente, ficando com dificuldades de respirar.
ㅤㅤA corrente de uma das manoplas foi agarrada por Maria, que puxou com força conseguindo pegar uma das manoplas enormes para si, colocando bem rápido antes que a loira se recuperasse.
ㅤㅤ- Agora sim, eu posso lidar com você!
ㅤㅤA loira se ofendeu com o comentário, sendo desmerecida só por ter um de seus brinquedos tirados de si? - Não se ache idiota, eu ainda não acabei! - Um brilho começou a surgir da mão livre de Cachinhos, quando apontou na direção de Maria, uma marca de mão surgiu marcando seu peito.
ㅤㅤ- Agora você está marcada como alimento deles! - Deles? Sim, os ursos já estavam voltando e pareciam mais ferozes do que antes, estavam salivando, enxergando Maria como um simples pedaço de carne que precisava ser rasgada.
ㅤㅤA garota se desesperou, eram animais grandes demais para se lidar, mas pensou e percebeu. . . A coleira deles estavam brilhando, conforme chegavam mais perto, aquilo era a fonte de sua raiva.
ㅤㅤAnimais selvagens não foram feitos para servir como domésticos, eles serviam para estarem livres e continuarem com o ciclo da vida, a loira apenas interrompia o processo, e Maria, sentia toda a angústia dos animais, então ela tentou deixar o medo de lado e correu até os animais, mesmo com as pernas trêmulas.
ㅤㅤAo chegar perto, se jogou por baixo de um, mesmo levando um ferimento no rosto, conseguiu agarrar a coleira, amassando ela com a manopla, o animal parou de agir de forma violenta e parecia ter saído de um transe muito forte, estava desnorteado. Até, que correu para o meio da mata, parecia finalmente feliz para conseguir viver como sempre quis.
ㅤㅤ- NÃO! MAIS UM BRINQUEDO MEU SUA IDIOTA! - Cachinhos estava louca de raiva, Maria estragava mais ainda sua felicidade fazendo todos os seus bichinhos irem embora. Mesmo assim, a pequena aprendiz de mago nem deu ouvidos, estava ocupada tentando escapar do outro urso que ainda estava lá, sem falar do filhote, que era rápido demais.
ㅤㅤO objetivo de Maria não era matar os animais, ela queria os deixar livres daquela garota com claros problemas de atenção, sofrendo bastante no processo, o urso maior conseguia ferir seu abdômen e áreas no seu busto, o filhote conseguiu até morder sua perna, deixando feio ali.
ㅤㅤ- Farei que você perceba o quanto eles são valiosos pra você, loira imbecil! - Maria estava machucada e com dificuldades de se mover, mas ainda conseguiu dar um soco cheio de raiva, em cheio na coleira, a fazendo se romper do urso maior.
ㅤㅤ- Já chega! Cansei de você. . . - A loira avançou ignorando o urso que ainda estava lá e antes de conseguir chegar em Maria, levou um golpe da palma do próprio animal que antes controlava, o animal parecia querer vingança.
ㅤㅤ- Que irônico, parece que seu "bichinho" não gosta tanto de você sem isso! - Ela estilhaçou a coleira na frente dela enquanto Cachinhos percebia o urso avançar cheio de raiva contra ela, mas. . . Como alguém que cansa de brincar com algo, a loira quebrou o seu brinquedo, agarrando a cabeça do animal com facilidade e a girando, quebrando seu pescoço e consequentemente, o matando.
ㅤㅤ- Ainda se achando? Não preciso de bichinho nenhum pra acabar contigo! - Maria ia tentar libertar o filhote, mas a loira queria mostrar sua frieza e despedaçou o crânio do filhote com um soco. Mas a mão da loira ficou trêmula, como se nem quisesse ter feito aquilo, mas sentindo que precisava. . .
ㅤㅤAgora, eram só as duas se encarando em uma floresta densa e sombria, os olhos de Cachinhos brilhavam como ouro e os de Maria? Rosados como uma linda rosa, elas não conseguem ver, mas suas auras estavam perceptíveis, eram belíssimas, ofuscando o sangue presente no ambiente.
ㅤㅤLogo, elas começavam a andar uma na direção da outra, ambas mancando por conta dos ferimentos que os animais causaram, e logo, ambas fizeram um movimento com as correntes de suas manoplas, aquele monte de metal se colidiu, fazendo um brilho dourado estranho, que ofuscava toda a escuridão presente ali antes, causando certos tremores e nesse mesmo instante, Gabriel tinha levado a mordida de megalodon do Pescador.
ㅤㅤAcabou que depois desse brilho, percebia que causou também uma explosão. Essa que jogou Maria e Cachinhos em direções opostas, ambas com ferimentos e hematomas por dentro das suas roupas, estavam bem feios. - V-você... Por que você tá ajudando a-aquele dragão? - A loira perguntou para Maria, que ainda estava se levantando com dificuldades. - A-amizade! Só isso, já basta. . . - A resposta não parecia ter deixado Cachinhos feliz, afinal ela ficou com uma inflação nas bochechas.
ㅤㅤ- Amizade? Com um monstro que vai destruir o mundo? Idiota!
ㅤㅤ- Destruir? - Maria não concordava com isso, Gabriel não era um monstro.
ㅤㅤ- Amizade é uma coisa passageira, quando você menos esperar ele vai te jogar fora. . .
ㅤㅤ- Que moral você tem para falar isso, em?!
ㅤㅤ- A minha melhor amiga me jogou em uma floresta para que eu morresse sozinha, eu tenho muita moral, acredite! - Ela ficou em uma posição estranha no chão, parecia que a loira ia avançar como uma corredora em Maria.
ㅤㅤ- E se você não enxerga isso, vou te fazer ver! - Ela avançou com tudo, veloz como uma flecha, ao agarrar Maria ela a jogou no chão, com tudo. Aquilo não era fatal, era só para incapacitar, inconscientemente ela decidiu proteger Maria por achar que ela também estava sendo manipulada por um ser maligno, assim como ela, quando era criança.
ㅤㅤIsso rendeu traumas na loira que a fez ser apática na maioria do tempo, era raro ela se importar com alguém, ainda mais alguém que tinha que caçar, pela primeira vez ela achou que tinha se identificado com alguém.
ㅤㅤInfelizmente não era bem assim, Maria ainda conseguiu se levantar enquanto a loira tinha seus pensamentos. Um brilho vermelho saia do bolso de Maria, que retirava mais uma daquelas pedras com runas mágicas, pareciam ser mais um presente de seus amigos médicos, ela era uma runa vermelha com um símbolo que parecia uma gota de sangue. - Você entendeu errado loira, ele não é nada disso e agora. . . Eu que vou te fazer ver! - Maria apertou com força a pedra, um brilho ofuscante saia do objeto e ia em direção de Cachinhos, que soltava um grito estridente, mas ainda com a luz, era impossível ver o que tinha acontecido com ela.
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤCONTINUA. . .
Essa é a nossa loirinha mimada, Cachinhos Dourados, uma mulher com grandes traumas e uma forma distorcida de ver o mundo.