𝗙𝗔𝗞𝗘 𝗗𝗔𝗧𝗜𝗡𝗚, JOHNNY...

By nacttarina

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Jane Higgins é invisível para Tommy ― O garoto que gosta ― E todos no colégio, com exceção de alguém, Johnny... More

[♥︎]
𝗣𝗥𝗢𝗟𝗢𝗚𝗢
𝗜. CARONA
𝗜𝗜. TREINO DE KARATE
𝗜𝗜𝗜. FLIPERAMA
𝗜𝗩. JANTAR E FILMES
𝗩. CLUBE DE RICOS
𝗩𝗜. GATINHA
𝗩𝗜𝗜. VISITA DO PAPAI
𝗩𝗜𝗜𝗜. DESAFIO PERFEITO
𝗜𝗫. RESSACA
𝗫. CLUBE DE DEBATE
𝗫𝗜. CLÁSSICO DO LAWRENCE
𝗫𝗜𝗜. REVISTA ADOLESCENTE
𝗫𝗜𝗜𝗜. AZUL
𝗫𝗜𝗩. TORNOZELO TORCIDO
𝗫𝗩. AÇÃO DE GRAÇAS
𝗫𝗩𝗜𝗜. DECORAÇÃO DE NATAL
𝗫𝗩𝗜𝗜𝗜. PESSOAS NORMAIS
𝗫𝗜𝗫. ANIVERSÁRIO SEM ANIVERSARIANTE
𝗫𝗫. TORNEIO REGIONAL
𝗫𝗫𝗜. GOLPE ILEGAL
𝗫𝗫𝗜𝗜. BOM MENTIROSO
𝗫𝗫𝗜𝗜𝗜. PRESENTE ADIANTADO
𝗫𝗫𝗜𝗩. FESTA DE NATAL
𝗫𝗫𝗩. ANEL NOS ARBUSTOS
𝗫𝗫𝗩𝗜. PRAIA VAZIA
𝗫𝗫𝗩𝗜𝗜. VALENTINE'S DAY
𝗫𝗫𝗩𝗜𝗜𝗜. ENCONTRO DUPLO
𝗫𝗫𝗜𝗫. CENTRO DAS ATENÇÕES
𝗫𝗫𝗫. PARQUE DE DIVERSÕES
𝗫𝗫𝗫𝗜. DIA PERFEITO
𝗕𝗜𝗟𝗛𝗘𝗧𝗘𝗦 𝗗𝗘 𝗔𝗠𝗢𝗥
𝗫𝗫𝗫𝗜𝗜. DEZOITO IGUAL AOS DEZESSETE
𝗫𝗫𝗫𝗜𝗜𝗜. TESTE VOCACIONAL
𝗫𝗫𝗫𝗜𝗩. CHAPELARIA
𝗫𝗫𝗫𝗩. COOKIES
𝗫𝗫𝗫𝗩𝗜. COUNTRY CLUB
𝗫𝗫𝗫𝗩𝗜𝗜. ANUÁRIO
𝗫𝗫𝗫𝗩𝗜𝗜𝗜. CARTA DE ACEITAÇÃO
𝗫𝗫𝗫𝗜𝗫. BAILE DE FORMATURA
𝗫𝗟. DESPEDIDA
NOVO LIVRO

𝗫𝗩𝗜. GOLF N'STUFF

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By nacttarina

𝗖𝗔𝗟𝗜𝗙𝗢𝗥𝗡𝗜𝗔¦1984

— Boa tarde, JJ — Se despede.

— Boa noite, pai. Te amo — Coloco o telefone de volta no gancho. Essa era como uma espécie de brincadeira nossa, já que o fuso era diferente para cada lado da ligação.

Passei horas deitada no sofá, contando sobre o feriado e os últimos acontecimentos para o mais velho. Não tinha ido para aula, descobri da pior maneira que um tornozelo torcido e andar quilômetros de salto, não eram uma boa combinação.

Pressionava a compressa de gelo no ferimento, tentando amenizar a dor.

Me incomodei com o silêncio da residência, já que esse horário minha mãe está em seu clube do livro. Antes que pudesse ligar a televisão, o som da companhia ecoou pelo local.

Andei até a porta, esperando que fosse ela, por ter esquecido alguma coisa. Mas me surpreendi ao ver o garoto na minha porta.

— A que devo sua presença?

— Por que não foi para colégio? Fiquei preocupado.

— Fofo — Puxo seu pulso, o trazendo pra dentro — Como ainda lembra meu endereço? É algum tipo de perseguidor, LaRusso?

— Sim, devia tomar cuidado com quem fala onde é sua casa — Nós dois rimos — Mas, então, vai responder minha pergunta?

— Torci meu tornozelo, só uma queda boba — Sento no sofá, e bato no lugar do meu lado.

Daniel se junta a mim.

— Algum plano para tarde? — Pergunto. E ele nega — Quer ficar aqui? Assistir um filme.

— Não é uma ideia péssima... Mas tenho uma melhor.

— Sou toda ouvidos.

— Vamos ao Golf N'Stuff — Cemiserrei os olhos.

— Quer fazer ciúmes na Ali?

— Nunca faria isso — Joga o corpo para trás — Então, o que diz? — Levanta apenas a cabeça para me olhar.

[...]

Sai do quarto após colocar a roupa por cima do maio, chamando Daniel. Desci a escada com cuidado, e o encontrei cochilando no sofá.

— DANIEL — Gritei, o despertando — Nem demorei tanto assim para me arrumar.

— Como pode ser tão difícil escolher o que vestir?

— Foram no máximo 20 minutos — Reviro os olhos, indo até a entrada.

— Sim, 20 vezes 10.

Abro a porta, dando de cara com Johnny, que tinha um dos braços levantados, pronto para bater na mesma.

— Oi — Sorrio — O que tá fazendo aqui?

— Vim te ajudar com o seu... — Aponta — Tornozelo.

— Acho que é o mínimo depois de ser a causa dele estar ferido — Provoco ele.

— Quem está aí? — O LaRusso pergunta saindo da sala.

— Acompanhada? — O Lawrence enfia a cara para dentro sem autorização, procurando o dono do questionamento.

— O que ele está fazendo aqui? — Os dois exclamam ao mesmo tempo.

— Na verdade, estamos de saída — O moreno junto o seu braço ao meu. Legal, Daniel! Ótimo momento para bancar o machão.

— Isso é verdade? — Johnny cruza os braços.

— Por que eu mentiria? — Daniel responde antes de mim.

— Talvez por ser um imbecil — Ambos dão um passo à frente, ficando cara a cara.

Coloco cada uma das mãos no peito dos meninos.

— Nós vamos ao Golf N'Stuff, meu amigo — Dou ênfase — Me convidou. Então, se puder dar licença, Lawrence.

— Eu vou junto! — Mesmo com eu no meio deles, nem um ousava ao menos piscar.

— Você não foi convidado — O loiro revirou os olhos, e então pareceu ter uma ideia, trocando sua expressão corporal tensa, para uma despreocupada.

— Tudo bem... Mas de repente me deu uma vontade enorme de... Dar uma volta. Alguma sugestão? — Morde o lábio inferior, contendo o sorriso que se formava.

— Imbecil — O empurro para o lado, e junto minha mão com a de Daniel — Fique à vontade para ir onde quiser, Lawrence, é um país livre.

[...]

— CHUPA ESSA DANIEL! — Danço de forma desengonçada sem me importar com quem observava.

— Admito, é uma ótima pilota — Levanta as mãos em rendição.

— Eu sei dirigir qualquer coisa, meu querido LaRusso. Cometeu um erro me desafiando.

— Só não consegue andar de bicicleta — Sorri, e passa a língua pela parte interna da bochecha.

— Golpe baixo — Soco seu ombro — Mas, ganhei de você com o tornozelo torcido, então... — Abro os braços.

Sorrio também, e ficamos em silêncio, apenas nos encarando.

Até sentir meu corpo ser retirado do chão, por alguém atrás de mim. Meu rosto ficou vermelho de raiva, pensando que fosse Johnny atrapalhando — pela décima vez — e de certa maneira não errei.

— Oi, cachinhos de ouro — Reconheci a voz.

— Oi Tommy, pode me largar, por favor? — Faz o que pedi, e eu aceno com a cabeça, sem graça.

— O que tá fazendo aqui? — Pergunta, fingindo não ver o LaRusso.

— Vim me divertir, igual a você, não é? — Vejo o resto dos Cobra Kai nos observando, e disfarçam quando percebem meu olhar — Preciso ir, mesmo, até mais tarde, Tom — Beijo sua bochecha.

Puxo Daniel para perto do tobogã.

— Pronto para atração principal? — Ergo as sobrancelhas repetidamente.

— Com certeza — Vira a cabeça, conferindo se alguém seguia a gente — Mas não só eu.

— Não dá atenção para eles, foca em mim — Aponto — E nesse tobogã.

A fila não era grande, mas com o tanto de pessoas suficiente para esperar mais do que 10 minutos. Os meninos estavam na nossa cola, jogando indiretas, e prestando atenção na nossa conversa.

Já lá em cima, decidi ficar apenas com a roupa de banho. Um maio branco, aberto nas costas inteira, muito mais escandaloso do que eu me lembrava. Daniel faz o mesmo, expondo o calção do meu pai que o emprestei.

Senti vários olhares caindo sobre mim.

Merda. Merda. Merda.

Quando fui a praia com os rapazes, não fiquei desse maneira em nenhum momento, por não me sentir à vontade em usar tão pouco tecido rodeada do sexo oposto.

— Arrependido? — Dutch pergunta, provavelmente para Tommy — Porque se eu fosse você, com certeza estaria.

Me encolhi, com vergonha. LaRusso percebendo meu desconforto, cobriu meus ombros com sua camiseta xadrez, recebendo resmungos de desaprovação.

Conseguimos uma boia para duas pessoas. Antes do funcionário do brinquedo nos empurrar, pude aproveitar a vista. A noite sem dúvida era muito mais lindo.

Senti um friozinho na barriga com a queda rápida, e fechei os olhos, apenas sentindo meus dedos sendo entrelaçados, e apertados de leve. Acho que Daniel tem medo de altura, pois parecia tão apavorado quanto eu.

— Quer ir mais uma vez? — Pergunto animada.

NOTAS:

vocês gostam dessa amizade?

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