CORTE DE PAIXÕES E SACRIFÍCIO...

By DinHunterxx

160K 18.5K 1.5K

Dustina é a terceira filha do casal Archeron, a jovem caçadora carrega uma pilha de duras responsabilidades n... More

Esclarecimentos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15 - Bônus
Capítulo 16
Capitulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24 - Bônus
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27 - Bônus
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 34
Capítulo 35 - Bônus
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capitulo 41 - Bônus
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46 - Bônus
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61 - Bônus
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66 - Bônus
Capítulo 67

Capítulo 33

2.6K 308 21
By DinHunterxx

Minha mente estava pior do que uma gelatina após quebrar e levantar tantos escudos, tentei mantê-los firmes com muito esforço, mas não consegui quando Rhysand nos informou sobre a catástrofe que estava estava por vir. Na realidade, ele apenas confirmou o que eu temia, afinal, Amarantha era apenas uma comandante enviada por um rei do quinto dos infernos. Lembro-me perfeitamente da primeira conversa que tive o com o Suriel.

Ainda não estamos seguros, ninguém está e isso anda me preocupando bastante. Não sei se tenho competência para lutar uma guerra nesse momento, eu preciso descansar depois de Sob a Montanha. A grande questão, é que são vidas em jogo! Isso vai me atormentar eternamente, se eu encolher em uma falsa bolha de sossego.

Ele não existe, inferno! Nem sei o que é me sentir em paz desde que era uma menininha. Parece que minha vida é regada de infinitas batalhas! Minha tranquilidade não importa em uma situação complicada como esta, deixou de ser minha prioridade depois de tudo que escutei sair da boca de Rhysand.

Preciso ser destemida, bem ou não. Consigo fazer isso, vestir uma armadura se tornou minha maior habilidade.

"Ainda há batalhas piores."

"Muitas, não baixe a guarda."

As sombras sussurravam cobrindo e rodeando meus ombros. Rhysand nos contou o que planeja, ele precisa das nossas habilidades de caça, das minhas, na verdade. Alegou que Feyre precisa treinar seus limites humanos antes de enfrentar qualquer coisa, para não acabar se machucando feio.

Eu concordei depois de pensar no aconteceria se eu não tentasse, não posso deixar minha família fora da muralha desamparada. Há centenas de humanos lá fora, totalmente alheios a ameaça que vem chegando, se eu posso, então vou lutar por eles enquanto meu coração pulsar.

Depois de nos alertar, Rhysand sumiu pelo resto da semana. Aproveitei esse tempo para fazer o que não consigo na Primaveril, estudar planos mirabolantes, ver tudo que posso a respeito das demais Cortes de Prythian. Tamlin sempre coloca seus sentinelas em meu encalço, aqui pelo menos ninguém me incomoda.

Descobri com a ajuda de Morrigan, que domino as chamas da Outonal, quando sem querer, queimei umas das roupas, deixando um buraco com a marca da minha mão na barra da saia. Rhysand tinha razão, definitivamente possuo poderes.

Ele nunca vai me escutar dizendo isso em voz alta.

Uma batida familiar me tirou dos pensamentos conflituosos, larguei o livro na pilha da cômoda, indo abrir a porta. Feyre entrou mastigando, segurando uma poção de frutas. Ela pousou o olhar na bagunça que eu fiz, franzindo a testa.

— Pensando demais? — Sentou na cama.

— Apenas me precavendo, da última vez que corremos para algo perigoso sem preparo, quase partimos dessa para melhor. — Respondi com um suspiro exausto.

— Não me lembre, por favor. — Ela sussurrou num fio de voz. — Não sei se consigo enfrentar mais problemas, logo agora que nos livramos daquele tormento.

— Precisamos, talvez haja uma luz no fim do túnel. — Me encostei na cômoda.

— E se não houver?

— Guarde seu pessimismo. Nunca saberemos se não tentarmos.

Feyre encarou os joelhos em silêncio, seu semblante carregado de angústia. Me sentei ao seu lado, segurando seus ombros em um abraço.

— E se não houver uma luz no fim do túnel, Dustina? — Ela repetiu, me encarando com dúvida. — O que eu faço? Não vou mentir, estou com muito medo de não conseguirmos novamente.

— Continue a lutar, faça qualquer coisa, mas não desista. — Murmurei. — Eu vou estar com você para qualquer fim. Vamos entrar juntas e sair juntas.

Feyre sorriu levemente.

⚔️

O último dia na Corte Noturna foi tenso, eu pensava nas mil maneiras nada hospitaleiras que seríamos recebidas. Em um silêncio perturbador segurei a mão de Rhysand, meu aperto esmagador deixou o grão-senhor desinquieto, talvez por causa da força exacerbada que eu ainda não sabia medir.

Escuridão nos engoliu, aquela névoa esmagadora balançando nossos corpos enquanto tropeçávamos em diversos mundos. E então, claridade ofuscante, pássaros cantantes e o cheiro suave da primavera. Feyre não esperou e disparou em passos rápidos pelo jardim.

— Diga alguma coisa. — Ele pediu, apertando minha mão. — Sinto que está me ignorando.

— Não estou. — Apenas me preparando para o que está por vir. Meus escudos protegeram esse pensamento. Rhysand ainda me encarava fixamente, seu polegar traçando minha tatuagem. — Obrigada por me mostrar sua Corte, eu gostei de dormir encarando as estrelas.

Sem dúvidas esse acordo me fez bem, consegui controlar minhas crises procurando constelações pela janela do quarto, ganhei mais cor nas bochechas, parecia uma mulher mais saudável do que aquela de sete dias atrás.

— Minha proposta ainda está de pé, se aceitar posso mudar tudo.

Queria dizer que sim, mas...

— Não posso. Não enquanto meus irmãos estiverem nesse lugar, nunca vou deixá-los para trás.

Não apenas Feyre, mas também Lucien, dois cabeças duras que nunca escutam minhas ideias para dar o fora desse lugar enquanto é tempo. Capturei um Suriel de manhãzinha e ele me deu informações tão chocantes, que ainda estou tentando digerir.

Lucien é filho do Helion, obviamente a senhora da Outonal pulou a cerca e ninguém tem noção disso. Nunca descobriram, porque Lucien não costuma acender igual um vagalume por aí, mas eu lembro-me da guerra de tinta que fizemos no ateliê, ele brilhou. O Suriel disse que o melhor a fazer é esperar o momento certo para contar.

Rhysand assentiu, ele compreendia melhor do que ninguém, pelo que eu soube também tem irmãos. No entanto, a preocupação em seus olhos estrelados não diminuiu. Ele pode tentar esconder, mas sou boa lendo as pessoas.

— Vai ficar tudo bem, apenas, não me ignore. — Me soltei dele dando passos pequenos. — Eu escolhi confiar em você.

Isso o deixou estático.

— Vejo você no mês que vem, senhor da noite. — Continuei andando, sentindo seu olhar em minhas costas.

— Até logo, Dusti querida. — Havia um carinho escondido em seu ronronado sensual.

Entrei encontrando Lucien esmagando Feyre em um abraço, não seria nada demais se minha amada irmã não estivesse vermelha como um pimentão.

"É o destino deles."

"Se sua irmã fosse cega de verdade, eu teria medo do cérebro dela."

As sombras sussurraram ao mesmo tempo. O Suriel disse algo parecido quando perguntei sobre um possível futuro para esses dois. Segundo ele; Lucien e Feyre estão entrelaçados, nem mesmo Tamlin pode mudar isso.

— Onde está a outra insolente?

— Eu mal cheguei e você já está me insultando? — Resmunguei sarcástica. — Me abrace primeiro.

Ele sorriu com o canto dos lábios, me pegando em um abraço de urso sem largar minha irmã. Nos apertamos em conjunto, passando aquele sentimento de saudade através do calor.

Não demorou muito para Tamlin aparecer e puxar nós três para seu recanto particular.

Estava sentada encarando a parede, enquanto Tamlin disparava inúmeras perguntas. Minha cabeça doía muito, novamente sentindo-me estranha, como uma boneca sem vida. Ele me olhava predatório, rondando minha cadeira lentamente.

As sombras se agitaram me alertando:

"Ele gosta do que você representa."

"Vê um troféu."

"Besta ridícula."

— Precisamos que nos contem tudo. — Explicou Tamlin. — A disposição da Corte Noturna, quem vocês viram, que armas e poderes eles têm, o que Rhys fez, com quem ele falou, todo e qualquer detalhe de que possam se lembrar.

— Não percebi que éramos suas espiãs. — Feyre cuspiu com desagrado, aquele espírito afiado brilhando em seus olhos.

Lucien se moveu na cadeira desconfortável, mas Tamlin falou:

— Por mais que eu odeie esse acordo, receberam acesso à Corte Noturna. Forasteiros raramente conseguem entrar e, se entram, raramente saem inteiros. E se conseguem se mover, as memórias costumam estar... confusas. O que quer que Rhysand esteja escondendo, não quer que saibamos.

Escondendo? Esfreguei a têmpora exasperada, permanecendo concentrada em respirar fundo.

— O que você tem haver com o que acontece ou deixa de acontecer na Corte Noturna? Cuida da sua que você ganha mais.

Lucien mordeu o lábio inferior, apoiando o queixo na mão com divertimento. Seu olho de metal brilhando em um dourado forte.

— Mais respeito! — Rugiu Tamlin, crescendo na minha frente. — Você está sob minha responsabilidade desde que pisou nessa Corte.

— Por que quer saber? O que vai fazer? — Feyre indagou puxando a barra da túnica dele, o afastando de mim.

— Conhecer os planos de meu inimigo, seu estilo de vida, é vital. Quanto ao que faremos... Isso não interessa. — Os olhos verdes de Tamlin se fixaram em nós duas. — Comecem com a disposição da corte. É verdade que fica sob uma montanha?

— Isso parece muito com um interrogatório.

— Não parece, é um interrogatório. — Murmurei impaciente com a situação.

Lucien inspirou encarando Feyre como se quisesse levá-la para o mais longe possível, mas permaneceu em silêncio, a marca de garras em seu ombro indicava que ele tinha lutado com o loiro detestável. Um embargo subiu por minha garganta, mas o segurei.

Tamlin abriu as mãos sobre a mesa.

— Precisamos saber essas coisas. Ou... ou não conseguem se lembrar? — Garras brilharam nos nós dos dedos.

Levantei em silêncio, aproximando de seu rosto inexpressiva. Nada me afetava a essa altura, muitas coisas se tornaram insignificante nos últimos meses.

— Rhysand não tocou na nossa mente, — Ele nos ensinou a protegê-la. — Me lembro de tudo, mas não vou contar nada, eu tenho mais o que fazer. Procure algo também e pare de tentar criar uma guerra com quem está quieto.

Saí do escritório com passos largos, passando em frente ao ateliê, parei imediatamente recuando passos até encarar as telas que eu e Feyre não terminamos. Nossa bagunça estava intacta, do mesmo jeito que deixamos. Sem pensar entrei encarando o chão, as mãos apertadas em punhos.

Ficava catatônica cada vez que tocava nas tintas. Estava prestes a sair, quando me deparei com o quadro retratando o céu estrelado, meus dedos tocaram nos traços minuciosos que usei para pintar cada constelação escondida.

Recuei sem tirar os olhos da imagem, esbarrando sem querer nas tintas. Elas pintaram o chão, vermelho e azul se misturando no chão. Os olhos da feérica, o sangue dela. Arfei sentindo as mãos frias tremendo, corri para fora de imediato, esbarrando em alguém no corredor.

— Menina! Por que está tão pálida?

⚔️

O dia do Tributo chegou, me mantive quieta observando o desenrolar na multidão, enquanto Tamlin jazia em um trono, com Feyre ao seu lado. Minha indignação ficou nítida com cada asneira que saía da boca do grão-senhor, ele não tinha compaixão do próprio povo, explorava aqueles espectros da água sem misericórdia. Feyre estava petrificada com a ação de seu companheiro, nós sabemos o que é passar fome.

Não consigo ver tamanha injustiça de braços cruzados, apesar de não ter poder para fazer grandes mudanças, eu planejava ajudar de alguma forma.

Feyre levantou e veio em minha direção fazendo gestos casuais como se me cumprimentasse. Ela me abraçou e senti quando passou uma dúzia de jóias para dentro da minha túnica verde. Retornou para o trono e assim que me viu seguir o espectro, abriu um pequeno sorriso cúmplice.

Fiz uma corrida até alcançar o espectro que seguia rumo ao lago.

— Espere!

Parando no final da extensa fila e virando-se com leveza, seus olhos extraterrenos atentos me encarou com atenção e fome, estudando minhas sombras. O espectro se curvou rapidamente, me deixando encabulada.

— Quebradora da maldição. O que quer?

— Quero saber quanto é o seu Tributo? — Fui direta reunindo as poucas jóias que eu usava, misturando com as de Feyre, me aproximei corajosamente nem esperando sua resposta. — Esqueça, apenas tome isto. — As riquezas encheram seus braços, ela arregalou os olhos desacreditada. — Dê para aquele animal o que deve e compre comida.

As risadinhas das sombras soaram altas até para o espectro escutar. Sei que isso não vai durar muito, li que são seres insaciáveis. Espectros da água comem qualquer coisa.

— Qual pagamento você requer?

— Nenhum, não estamos fazendo um acordo. Eu nem gosto dessas jóias mesmo.

— Não deseja nada em troca? — Os feéricos na fila me encaravam perplexos.

— Nada, por favor leve rápido. — Mandei espiando por cima do ombro. Se a víbora vestida de sacerdotisa ver isso, vai abrir aquela boca grande aos quatro cantos do mundo.

— Obrigada. — Acenei correndo sem esperar mais palavras, podendo escutar um resmungo dela me repreendendo.

×

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK exatamente assim.

Continue Reading

You'll Also Like

187K 5.6K 36
Ellen é uma filha muito mimada e controlada pelo seu pai, então o pai de um dos homens mais importantes do mundo da máfia faz uma proposta de casam...
456K 50.9K 93
"O caos é apenas o início de uma nova ordem..." ────୨ৎ──── Cheryl e Eminem eram como água e óleo, sempre se repelindo, desde o dia em que seus caminh...
72.4K 4.3K 62
De uma hora pra outra. Um olhar diferente. Uma discussão com a vizinha e tudo muda na vida de Richard. " O que essa morena tem de diferente?"
467K 39.4K 60
Lilly Miller é uma jovem bailarina que é dada em troca de uma dívida de seu pai aos irmãos Fox, que controlam e manipulam todos os seus passos e açõe...