ALMA REVEL - FR

By srtafecam

215K 15.3K 2.8K

Duas famílias e uma briga antiga. Em meio ao caos da melancolia e dos segredos, duas pessoas que sentem uma c... More

main characters and warnings
chapter one
chapter two
chapter three
chapter four
chapter five
chapter six
chapter seven
chapter eight
chapter nine
chapter ten
chapter eleven
chapter twelve
chapter thirteen
chapter fourteen
chapter fifteen
chapter sixteen
chapter seventeen
chapter eighteenth
chapter nineteen
chapter twenty
chapter twenty-one
chapter twenty-two
chapter twenty-three
chapter twenty-four
chapter twenty-five
chapter twenty-six
chapter twenty-seven
chapter twenty-eight
chapter twenty-nine
chapter thirty
chapter thirty-one
chapter thirty-two
chapter thirty-three
chapter thirty-four
chapter thirty-five
chapter thirty-six
chapter thirty-seven
chapter thirty-eight
chapter thirty-nine
chapter forty
chapter forty-one
chapter forty-two
chapter forty-three
chapter forty-four
chapter forty-five
chapter forty-six
chapter forty-seven
chapter forty-eight
chapter forty-nine
chapter fifty
chapter fifty-one
chapter fifty-two
cast: main characters ♡
chapter fifty-three
chapter fifty-four
chapter fifty-five
chapter fifty-six
chapter fifty-seven
chapter fifty-eight
chapter fifty-nine
chapter sixty
chapter sixty-one
chapter sixty-two
chapter sixty-three
chapter sixty-four
chapter sixty-five
chapter sixty-six
chapter sixty-seven
chapter sixty-eight
chapter sixty-nine
chapter seventy
chapter seventy-one
chapter seventy-two
chapter seventy-three
chapter seventy-four
chapter seventy-five, part one
chapter seventy-five, part two
chapter seventy-six
chapter seventy-seven
chapter seventy-eight
chapter eighty
chapter eighty-one
chapter eighty-two
chapter eighty-three
chapter eighty-four
chapter eighty-five
chapter eighty-six
chapter eighty-seven
chapter eighty-eight
chapter eighty-nine
chapter ninety
chapter ninety-one
chapter ninety-two
chapter ninety-three
chapter ninety-four
chapter ninety-five

chapter seventy-nine

1.3K 140 46
By srtafecam





JOGO MINHA JAQUETA NO SOFÁ e sigo diretamente para a cozinha pegar um copo de água. A adrenalina tornou tudo um borrão após eu sair da mansão Mesquita com Gael me abraçando de lado. Se eu tivesse que dizer um mínimo detalhe do caminho de lá até a nossa casa, eu definitivamente não saberia.

- Precisamos fazer algo. Não aceito que continuemos assim, sócios de alguém que desrespeitou um membro da família. - Vincenzo diz nervoso, passando a mão pelo próprio cabelo.

- Calma, vamos agir com cautela. Roberto é um dos sócios mais importante que temos. Mas de fato, é inadmissível passar a mão na cabeça do filho dele. - Raul diz sério e Gael me olha em silêncio.

- Caraca! Eu adorei ver Davi levando uma coça do Ret. - Enzo diz sorrindo e eu balanço a cabeça concordando.

- E precisava agir com violência?! Às vezes esqueço que ainda estou lidando com homem e sua forma bizarra de resolver as coisas. - Antonella fala pela primeira vez desde que chegamos.

- Ele estava se jogando na maldade para você, Nella. Eu não aguentei. - Respondo encolhendo os ombros.

- Eu não preciso que me defenda, Lipe. Sei impor limites também e era o que eu ia fazer. - Ela permanece chateada e eu balanço a cabeça em negação.

- Espera, eu estou errado por dar uma lição naquele mané? - Falo bolado.

- Calma, crianças! Vamos para nossos respectivos quartos e amanhã conversamos sobre. Tá bom? - Gael propõe e eu passo por todos da sala indo para o meu quarto.

Antonella só pode estar de sacanagem. Tudo bem que eu me descontrolei um pouquinho, mas era para eu engolir tudo calado?

Tomo um banho gelado e me jogo na cama sentindo meu sangue queimar nas veias. Toda aquela situação me deixou puto.

Pego meu celular indo no contato de Gustavo e ligo para chamar ele para sair. Preciso me distrair ou vou surtar.

- Fala, irmão! - Gus atende no segundo toque.

- Vamo colar no Deluxe? Eu tô com a cabeça cheia, preciso de maconha e whiskey. - Falo.

- O que pegou, cara? - Ele pergunta e eu ouço ele abaixar o som de uma música que estava ouvindo.

- Lembra do Davi? - Ele murmura que sim. - Pois, eu desci o cacete na cara daquele cuzão hoje em um evento do pai dele que fomos convidados.

- Eu deveria me surpreender com isso? - Reviro os olhos. - Ficou com ciúme da sua gata foi?

- Vai se foder, Galhardo! Claro que não. Ele foi um otario comigo e ainda estava desrespeitando a Nella. O pior não foi nem ele me subestimando ou tentando se sentir superior, foi o olhar malicioso dirigido para a loira, deixando ela desconfortável. Aí irmão, não aguentei, parti para a porrada.

- Olha, Tirré! Eu não sei se você sabe, mas isso se encaixa exatamente com o que eu disse de você ter ficado com ciúme. Mas ele mereceu mesmo e fico feliz por você ter batido nele. E por que quer sair? Tonton brigou com você?

- Sim, porra! Ela literalmente disse que sabia se defender sozinha. Nella queria que eu esperasse ele agarrar ela na marra? Não tenho paciência.

- E você agora está bravo por ela estar brava? - Pergunta soltando uma risada. - Relaxa, mano. Amanhã vocês conversam, além disso, não se surpreenda da Tonton estranhar seu jeito peculiar de resolver as coisas.

- Tudo bem, senhor conselheiro. Vamos ou não? A minha maconha acabou faz um tempo e eu esqueci de comprar. - Levanto da cama indo para o meu closet.

- Caralho! Filipe Ret sem fumar maconha? É tipo uma vaca ficar sem produzir leite.

- Mas que porra de comparação é essa? Tá chapado, mané? - Eu falo bravo e ele gargalha. - Tô sem paciência, Gustavo. Você vai ou não?

- Sem chances, mano. Marquei com uma gata de Búzios. Foi mal!

- Você está me trocando por boceta, caralho? - Pergunto indignado.

- O sujo falando do mal lavado! Se liga, Filipe! Você é a pessoa que mais faz isso. Vai dormir que amanhã é outro dia.

- Vá se foder! Espero que você broxe. - Digo sorrindo. - Tchau!

Desligo a ligação e fecho meus olhos jogado na cama refletindo no que ele me falou.

Claro que não é a parte que Gustavo me comparou com uma vaca, mas sim sobre ter ficado com ciúmes de Nella.

Está cada dia mais difícil esconder para todos que eu sou louco por aquela loirinha.

Para acabar de completar, Taby não para de me mandar mensagem pedindo para a gente se encontrar.

Quando estou com Antonella me sinto imerso no paraíso. Não tem espaço para pensar em sofrimento nenhum, me faz até esquecer as merdas que passei.

Mas a vida não é um beck boladinho e eu preciso resolver as paradas ruins também.





• • •



- Gael? - Bato na porta do escritório.

- Tudo bem, garotão? - Ele pergunta sentado na sua cadeira de couro.

- Sim. - Gael me olha meio desconfiado. - Na verdade eu queria pedir desculpa pela confusão toda que causei na casa do seu sócio.

- Está tudo bem, Filipe. Não direi que é certo socar as pessoas, mas você estava com a razão. - Ele sorri tímido. - Não precisa pedir desculpas.

- Eu também queria, bom, pedir uma coisa. - Passo a mão pelo meu cavanhaque e crio coragem. - Quero voltar a trampar na empresa.

- Por mim tudo bem, filho. Aquilo lá também é seu, não precisa pedir. - Sorrio sincero. - Mas essa é realmente tua vontade?

- Como assim? Claro que é. - Me sento em uma das cadeiras que fica em frente a mesa dele.

- Enzo me contou as bobagens que o mané do Davi falou para você. - Prendo um riso ao ouvir Gael falar com sotaque. - Não quero que se sinta obrigado a frequentar a empresa por causa dos outros, filho. Você sabe que tem o meu apoio sempre, desde que sua escolha te faça feliz.

- Você é uma pessoa foda, Gael! É um exemplo de pai. - A palavra que antes tinha um peso negativo em mim, sai com mais facilidade que o normal. - Obrigado por tudo, beleza? Me desculpa se eu não sou um exemplo como o Enzo ou a Tonton. Eu ainda vou te decepcionar muito, mas eu juro que tô tentando.

Gael levanta na cadeira dele e se senta ao meu lado apoiando uma de suas mãos no meu ombro.

- Você me orgulha igual à eles, meu garoto. Você não precisa ser ninguém, só ser o Filipe Garcia ou Filipe Ret, se preferir. - Ele diz sorrindo e eu deixo a timidez de lado, puxando Gael para um abraço. - Amo você, Filipe. A Violeta fez um ótimo trabalho sem mim, mas eu estou feliz em poder assumir daqui.

- Obrigado, pai! - Sinto uma lágrima escorrer pelos meus olhos e um alívio gigante toma conta do meu corpo.

- Do que você me chamou? - Ele segura no meu rosto com suas mãos e seus olhos brilham destacando o verde.

- De pai! - Eu respondo sorrindo.

Gael volta a me abraçar e eu apoiando minha cabeça em seu peito, sentindo uma conexão inexplicável.

- O seu pai sente orgulho de você, Filipe Garcia. - Ele fala e ouço seu coração acelerar.

- Pai, o senhor pode me emprestar sua lancha? - Nella entra no escritório distraída olhando para o celular, mas se cala assim que percebe que interrompeu alguma coisa. - Desculpa, não vi que vocês estavam aqui.

Ela sai fechando a porta e eu conserto minha postura limpando minhas bochechas.

- Vai falar com ela, filho. A Tonton é uma princesa, mas ela também sabe se defender. Eu confio na sua proteção, mas só interfira quando tiver certeza que ela não dá conta. Assim como garotos fortes, eu também tenho uma garota corajosa como filha. - Ele diz sorrindo e eu concordo com a cabeça. - E avise à ela que seja lá o que for, pode pegar. A lancha ou o que mais quiser.

- Jaé! Tô indo. - Me despeço dele e saio à procura da loira.

Ouço umas vozes vindo da área de lazer da mansão e vou até lá encontrando Steff, Mel e Nella.

- Nosso pai disse que tudo bem, você pode pegar o que precisa. - Falo para a loira que acena positivamente com a cabeça. - Oi, meninas! Tudo beleza?

Mel e Steff me cumprimentam.

- Tonton, você precisa escolher a paleta de cores da festa. - Mel fala.

- Na verdade não é festa, amiga. Vai ser só um passeio de lancha. Não tô no clima para comemorar aniversário. - Minha princesa fala meio desanimada.

- Sabe que a sua mãe não merece você, né? - Steff diz parecendo entender a razão pelo desânimo de Nella.

- Podemos não falar disso? - Ela pede e a amiga concorda. - Filipe, você está precisando de algo?

E então percebo que estou parado observando e ouvindo a conversa delas.

- Porra, loira! Tá boladona mesmo, né? - Suspiro cansado. - Vamos conversar ali rapidão?

Ela me olha calada por um instante, mas segura na minha mão me puxando para a área gourmet.

- O que aconteceu? - Ela pergunta cruzando os braços.

- Você fica gostosa demais quando tá bolada. - Deixo escapar e ela acaba soltando uma risada sem querer. - Me desculpa por ter sido grosso. Não deveria ter perdido a cabeça naquele jantar. Eu entendo que você sabe se defender.

- Eu fiquei com medo de você se machucar. - Ela assume. - Não gosto quando age de forma agressiva. Eu perdoo, mas precisa se controlar.

- Tudo bem, gata! Eu prometo. - Agarro Nella para um abraço e puxo a respiração sentindo o aroma delicioso do perfume dela. - Vai ficar velhinha, hein?

- Vou sim! Mas o aposentado aqui é você. - Provoca.

- Quando eu tô metendo e você sentando eu não sou aposentado, né? - Nella se afasta batendo no meu peito.

- Cazzo, Lipe. Se controla! - Levanto minhas mãos em rendição. - Agora vou voltar, pois preciso organizar meu jantar de aniversário com a nossa família e o passeio de lancha com nossos amigos.

- Beleza! Posso roubar um beijo ou não? - Ela nega com a cabeça. - Loira malvada.

- Tchau, Ret. Você é muito persuasivo quando quer e eu não quero correr o risco de parar nessa bancada com você entrando em mim e alguém pegar a gente.

- Porra! Criou uma nova fantasia na minha mente. Foder você na bancada da área gourmet.

- Filipe Ret! Pelo amor de Dio. - Ela me empurra e eu saio rindo. - Vai me dar o que de presente?

Ela pergunta antes de chegar perto das meninas e insinuo pegando no meu pau.

- Você é terrível! - Ela diz sorrindo.






• • •




- Hoje eu consegui chamar o Gael pela primeira vez de pai, acredita? Me senti seguro da mesma forma que me sentia com você.

Falo enquanto deslizo o dedo no nome cravado na lápide da minha mãe.

- Sinto sua falta, mãe. Mas eu tô mandando bem por aqui. Estou aprendendo a me abrir e falar mais sobre meus sentimentos. Me permitindo sentir e dar afeto. Eu até acho que eu estou apaixonado por uma loirinha aí. Você conhece e já até disse que era uma boa pessoa.

Qualquer pessoa me mandaria ir para a terapia se me visse conversando com uma pedra, mas de alguma forma eu sinto a presença da minha mãe aqui. Violeta continua queimando no meu coração em qualquer lugar que eu for.

Fico em silêncio ouvindo o balançar dos galhos da árvore e o canto dos pássaros. Logo, penso no que irei dar de presente para Nella.

É difícil escolher algo para uma pessoa que já tem tudo.

- O que você acha que dou de presente para a mulher que eu sou louco, dona Violeta? - Fico em silêncio como se ela fosse me responder. - Com certeza você teria uma ideia foda!

Suspiro tentando silenciar a angústia de não ter mais ela aqui comigo e fecho meus olhos buscando uma resposta.

- Uma música? - Falo sem pensar direito. - Olha, mãe, se isso for coisa sua eu não sei não hein?!

Olho ao redor procurando se tem alguém me julgando ou olhando como se eu fosse um esquizofrênico por estar conversando sozinho, mas não vejo ninguém.

Puxo meu celular abrindo o bloco de notas e começo os rascunhos.

Penso nos momentos que vivi com a minha princesa. Penso nos seus olhos de oceano, nos seus fios loiros, do jeito que ela reage ao meu toque e nisso sigo escrevendo, descobrindo que falar sobre ela é fácil na mesma proporção que é difícil.

Ela é tão extraordinária que as palavras parecem muito limitadas para definir sua dimensão.

Perco a noção do tempo escrevendo e quando faço o último verso levanto sorrindo igual a uma criança quando faz algo diferente e quer mostrar para mãe.

- Obrigado por me ajudar de alguma forma, dona Violeta. Te amo pra caralho e desculpa pelo palavrão. - Me despeço beijando uma rosa que colhi no jardim do condomínio e coloco junto das outras que estão ali perto da sua lápide.

Mando mensagem para BK pedindo o contato do produtor de uma gravadora chamada Tudobom Records que conheço. Mãolee é cria da área do TTK também e eu tenho certeza que ele vai me ajudar a gravar o presente da minha princesa.




















NOTAS



Olá, minha vidas! Estão bem?

Capítulo para deixar nossos corações quentinhos. Eu estou muito orgulhosa da evolução de Lipe <3

Qual música do Ret vocês acham que é?
Eu quero um amor para escrever uma música para mim também, alguém faz alguma coisa!!!

Votem e comentem bastante. Obrigada por tudo, eu amo vocês!

Perdoem qualquer erro ortográfico.




ATÉ MAIS, VIDAS!

Continue Reading

You'll Also Like

211K 16.7K 59
𝐋𝐮𝐠𝐚𝐫𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐯𝐨𝐜𝐞𝐬. 💗
124K 7.8K 82
De uma hora pra outra. Um olhar diferente. Uma discussão com a vizinha e tudo muda na vida de Richard. " O que essa morena tem de diferente?"
123K 8.9K 93
"Eu não sabia que você tinha uma irmã, Potter." ... Draco Malfoy x OC Uma fanfic do Draco Malfoy. Baseado no universo de Harry Potter de J.K. Rowling.
My Luna By Malu

Fanfiction

918K 73.9K 44
Ela: A nerd ômega considerada frágil e fraca Ele: Um Alfa lúpus, além de ser o valentão mais gato e cobiçado da escola Ele sempre fez bullying com el...