CORTE DE PAIXÕES E SACRIFÍCIO...

By DinHunterxx

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Dustina é a terceira filha do casal Archeron, a jovem caçadora carrega uma pilha de duras responsabilidades n... More

Esclarecimentos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15 - Bônus
Capítulo 16
Capitulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24 - Bônus
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27 - Bônus
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35 - Bônus
Capítulo 36
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capitulo 41 - Bônus
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46 - Bônus
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61 - Bônus
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66 - Bônus
Capítulo 67

Capítulo 37

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By DinHunterxx

As gêmeas espectros me deixaram no jardim que tinha no telhado da casa, o vestido roxo escuro salpicado com pontos brilhantes e aspirais prateados, me deixou apresentável para o jantar. Caminhei mais rápido ao escutar uma discussão familiar, entre duas pessoas. Rhys e Feyre se insultavam com xingamentos bobos, enquanto Azriel encarava tudo entediado.

— Você é burra? — Rhysand rolou os olhos apontando as asas. — Ou vamos voando, ou você pode ir de escada!

— Vou pelas escadas.

— Vai lá então, o jantar não vai esperar até amanhã de manhã. — Ele debochou. — Se morrer de cansaço não reclame.

— Eu nem conheço ele! — Ela apontou o espião acusatória. — E se ele me derrubar?

Azriel a encarou insultado, mas permaneceu quieto.

— Se você for menos irritante, talvez ele não derrube. — Rhysand resmungou estressado.

Meus passos fizeram barulho e eles se viraram, Rhysand tensionou prestes a ter um derrame me encarando boquiaberto, suas asas farfalhando abertas. Minhas sombras soltaram risadinhas, cheguei próxima do grão-senhor, acenando com a cabeça para o mestre-espião.

Feyre usava um lindo vestido azul, evidentemente não estava nada feliz com a ideia de voar, e eu entendo seu receio. Desde pequena ela nunca gostou de altura, enfrentar esse medo nos braços de um desconhecido não é confortável.

Senti Rhysand em minha mente, logo sua voz reverberou:

Você está...

Se disser atrativa eu queimo seu traseiro.

Ele sorriu felino, erguendo as mãos em rendição.

Eu iria dizer linda, mas atrativa também serve.

Perdemos a conversa quando Feyre me abraçou ostentando sua carranca, ela sussurrou elogios em meu ouvido e deixou um selar em minha bochecha.

— Já disse que não quero voar. — Ela disse novamente, deixando os homens impacientes.

— Feyre, eu tenho certeza que Azriel não vai deixar você cair, ele não seria nem louco. — Passei confiança, ou pelo menos tentei, sentindo a atenção do mestre-espião em nós duas.

— Você sabe que tenho medo. — Feyre sussurrou incrédula, como se eles não pudessem escutar.

— É hora de tentar superar isso, dê apenas um voto de confiança. Se deixa você mais segura, elas vão junto. — Minhas sombras se enroscaram no braço dela contragosto.

Não sei o motivo de tanta agonia, elas vivem em cima do Rhys com frequência, soltando milhões de elogios que me deixam entediada. Feyre tocou nas sombras soltando um sorriso tenso e ao mesmo tempo confiante, logo ela se aproximou de Azriel.

— Mãe acima, ainda bem que apareceu, pensei que teríamos que arrastar sua irmã pelos cabelos. — Rhys ficou muito próximo, sua mão passando por minha cintura, ele me ergueu sem esforçar nenhum músculo.

— Ela tem aversão a altura, mas consegue enfrentar uma sessão de vôo. — Comentei, lentamente abraçando seu pescoço, ele não disse nada, pareceu não se importar.

As asas me cercaram como um casulo, mas bastou um olhar temeroso para que ele as abrisse. Rhysand compreendia minhas emoções conturbadas, isso me deixava confortável perto dele, hoje agradeço imensamente por tê-lo conhecido no Calanmai.

Obrigada. Pensei encarando o lindo céu de Velaris, o grão-senhor me segurou mais forte se preparando para decolagem.

— É só dizer uma palavra esta noite, e voltamos para cá, sem perguntas. E se não aguentar trabalhar comigo, com eles, então não farei perguntas quanto a isso também. Podemos encontrar alguma outra forma de você morar aqui, de se sentir realizada, independentemente do que eu precise. A escolha é sempre sua, Dusti.

Liberdade, ele representava com todas as palavras e ações.

Antes que eu dissesse algo, tanto ele, quanto Azriel subiram para o céu com uma velocidade absurda. Escutei o grito de Feyre xingando sem parar, olhei por cima do ombro vendo ela berrar escandalosa. Isso me fez esconder a diversão contra o ombro de Rhys.

As mãos dele cercaram minhas pernas quando subiu mais acima, o vento bateu suavemente meu rosto, a noite estrelada me deixando hipnotizada com seu brilho magnífico. E pensar que passei tanto tempo existindo sem isso.

O corpo quente e sólido contra o meu exalava um cheiro cítrico, chuva talvez. Ele desceu com rapidez me assustando, agarrei sua túnica, lançando um olhar repreensivo. Rhysand apenas riu, fazendo cócegas em minha orelha.

— Nenhum grito de clemência?

Ele não prestava. Quando dei por mim já estava resmungando:

— Você é um demônio ardiloso.

Um imenso alívio tomou meu peito, a emoção tremeluzindo pelo laço do acordo fortemente. Velejamos por aquele céu dando giros e fazendo curvas. Azriel não pegou leve com minha irmã, estava se vingando com vigor.

— PELA! MÃE! — Feyre gritou eufórica. Dava para notar que estava gostando, ela ria eufórica nos braços do encantador.

— Como é escandalosa. — Comentei observando.

— Vocês parecem melhor. — Rhys disse.

— Nós estamos no caminho.

Vê-la alegre me revigora a cada segundo, me peguei olhando para as estrelas e desejando finais felizes para todos nós, um final épico para essa ferrada e imensa jornada. Deitei no peito de Rhys desejando e desejando, até meus pensamentos se tornarem um mantra.

— Seus desejos serão atendidos, coisinha sonhadora. — Ele soprou contra minha orelha. — As estrelas ouvem você.

Assenti admirando o céu.

— Quando eu era menino — Continuou Rhys. — Saía escondido da Casa do Vento, saltando da minha janela, eu voava e voava a noite toda, apenas dando cambalhotas pela cidade, pelo rio, pelo mar. Às vezes ainda faço isso.

— Seus pais deviam ficar enlouquecidos com você.

— Meu pai jamais soube, e minha mãe... — Uma pausa. — Ela era illyriana. Em algumas noites, quando me pegava no momento em que eu saltava da janela, brigava comigo... depois, saltava também para voarmos juntos até o alvorecer.

— Sua mãe era incrível. — Admiti, imaginando o pequeno menino atentado bagunçando essa cidade, imaginando também como seria se mamãe tivesse sido presente e amorosa comigo e com minhas irmãs.

— Ela era. — Confessou Rhysand e acrescentou: — Agora me diga você, uma confidência por outra.

— Quando era pequena eu gostava de estudar constelações, sempre ficava em cima de uma árvore de madrugada, ás vezes desenhava elas na terra e sempre quis tatuar a minha preferida na pele. — Murmurei lembrando. — Tem algo que me fascina na constelação de Órion... Além de praticar arquearia e pintura, eu costumava desenhar vestidos.

Rhysand me olhou com nostalgia, um mine sorriso no canto dos lábios atraentes. Nós pousamos em cima da casa do vento, ele me colocou no chão enquanto fechava as asas, mas permaneceu próximo.

— Foram dois, estou lhe devendo uma confidência. — Ele disse e encarou Azriel quando o mesmo pousou com Feyre. — Viagem turbulenta, não?

As sombras correram em minha direção como uma estrela cadente, sussurrando o quanto tenho paciência para aturar essa irmã desesperada. Azriel me lançou um sorriso fechado, de quem sabia exatamente o que eu estava escutando.

— Vamos logo. — Rhys resmungou.

⚔️

O jantar com o círculo íntimo foi muito bom, cada um deles contou uma parte de sua história, e Feyre contou a nossa com tanta riqueza de detalhes, que até eu me surpreendi comendo. Eles tem um encanto único, que fez eu me sentir em casa pela primeira vez em meses. No fim de tudo, Cassian e Azriel se ofereceram para nos treinar, aceitamos o emprego e nossa vida pareceu entrar novamente no eixo.

Depois de muita insistência de Feyre, Rhysand quebrou o acordo removendo a tatuagem do braço dela, não sabia que tinha como fazer isso, mas novamente, observei em tempo real os desenhos sumindo.

— Finalmente, agora ele não tem mais desculpas para xeretar minha mente. — Ela cantarolou aliviada, se aconchegando em meu ombro. O quarto ficou silencioso por pouco tempo, então eu me lembrei de um certo raposo.

Ainda estou chateada por ele ter escolhido ficar na mansão da primavera, Rhysand e Lucien não são amigos propriamente dito, mas Rhys deixou claro que estava disposto a recebê-lo em sua Corte. Eles escondem um segredo. Algo tão importante que os fez esquecer a pequena rixa que existe entre eles. De repente começaram a se entender, porquê?

— Você quer dizer que não corre mais risco de ser pega pensando no ruivo. — Corrigi recebendo um beliscão agressivo. — Vai me dizer que não sente falta dele?

Me sentei na cama, encarando seu rosto ruborizado, mas carregando um sorriso contido.

— Não sei do que você está falando.

— Eu conheço a irmã que tenho, vocês ficaram muito próximos, vejo que gosta dele. Vai continuar mentindo para mim? — Sondei, já ciente da resposta.

— Depende de como você define mentir. — Ela tentou fugir da pergunta.

Feyre está no caminho certo para cair de amores por Lucien, isso é o que venho observando a tempos, mesmo distante. As sombras não deixam dúvidas também, me contavam de cada passeio que faziam juntos.

— Defino como não contar a verdade, Feyre, — Sua expressão era impagável. — E você como define?

— Defino como... — Pensou em uma resposta convincente. — Deuses! Pare me olhar assim, eu não gosto do Lucien dessa forma, somos apenas amigos.

— E eu sou uma rainha. — Bufei apontando o topo da minha cabeça com sarcasmo. — Está vendo a coroa de fogo?

— Seu sarcasmo é sinal de boa saúde, muito bom ter você de volta, irmãzinha. — Ela sorriu sincera, mas notei sua tática sentimental.

— Você é uma malandra. — Baguncei seus cabelos, negando com a cabeça. — Nós duas sabemos que essa amizade só é uma amizade, porque você quer.

Me levantei para pegar um dos livros que guardei na cômoda, coletânea de poesias escrita por uma famosa aventureira humana.

— Amigos... — Feyre sussurrou baixinho. — Amigos?

×

Rhys e Lucien com suas parceiras:


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