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By NeAproject

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Os macabros acontecimentos de 1983, na atรฉ entรฃo tranquila e pacata cidade de Hawkins, haviam abalado profund... More

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By NeAproject

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Residência Byers - Hawkins, Indiana.
6:30 PM.

Era uma noite tranquila na cidade de Hawkins. Não havia muita movimentação nas ruas, com exceção de poucos carros que passavam de vez em quando, pois grande parte das pessoas estavam em suas casas, se preparando para o Halloween.

Mas aquele não era o caso de Will Byers, ou de seus amigos. Os garotos haviam planejado uma noite no Arcade, onde iriam jogar até "perderem os dedos". No momento, Will vasculhava avidamente o sofá de sua casa, a procura de moedas que pudesse usar no fliperama.

Do lado de fora da casa de Will, dentro de um carro verde-musgo, que pertencia a Joyce Byers, havia uma jovem chamada Rosália, ou só Rosa, como preferia ser chamada. Impaciente, os dedos da garota batucavam freneticamente o volante, indicando uma certa pressa.

Há pouco mais de um mês, Rosa havia sido contratada por Joyce para cuidar de seu filho mais novo, Will, que, por conta dos ocorridos traumatizantes de 1983, não podia de maneira alguma ficar sozinho. E, desde então, o garoto estava sobre sua responsabilidade.

Enquanto a morena ajustava o espelho retrovisor do carro, observando seu próprio reflexo, o pequeno Will Byers saiu de sua casa com um sorriso estampado em seu rosto e algo em sua mão esquerda, correndo em direção ao carro.

- Finalmente, Will! Se me fizesse esperar mais alguns minutos, eu juro que iria desistir de te levar.- Resmungou Rosa, ao ver Will se sentar no banco da frente, respirando de forma ofegante, ainda com o punho esquerdo cerrado firmemente.

- Desculpa Rosa, podemos ir agora.- Disse sorrindo, enquanto colocava o cinto de segurança.

- Sua mãe já te deu o dinheiro, ou quer que eu dê um pouco pra você? - Perguntou a morena. Então, Will a fitou por alguns instantes, e, esticando sua mão, mostrou as moedas pelas quais vasculhou o sofá inquietamente.

- Obrigado, mas não vai precisar, achei um monte de moedas! - Respondeu o menor.

- Tá bom então, senhor riqueza! - Disse a morena, rindo. - Já está de cinto? Certo, então vamos nessa! - Rosa acelerou o carro pela estrada escura.

O caminho até o Arcade estava bastante tranquilo. Como dito antes, não havia muita movimentação nas ruas da cidade naquela noite, e, por isso, era possível escutar apenas a música que tocava baixinho na rádio do carro. "Billie Jean", do Michael Jackson.

Will passou o caminho todo observando pela janela, apreciando as paisagens que, a medida em que o carro avançava, iam ficando pra trás. Hora ou outra, o garoto comentava algo sobre seu jogo predileto, D&D, e como era decepcionante que sua babá não fizesse a menor ideia do que era isso. Já Rosa cantarolava feito uma maluca, provocando algumas risadas no pequeno Byers, que afirmava que ela seria a próxima Cyndi Lauper.

Apesar de não se conhecerem há muito tempo, Will e Rosa adoravam a companhia um do outro. O pequeno Byers sempre encantava Rosália com seu jeito meigo e sonhador, e a morena tinha todo o tipo de ideia mirabolante, que fazia com que Will a enxergasse como a melhor adolescente na face da terra.

Ao se aproximarem da grande e brilhante placa com a inscrição "Arcade" gravada no centro, os olhos de Will brilharam no mesmo instante. Vê-lo tão contente em sair com seus amigos era reconfortante. Rosália parou o carro na calçada, dando algumas buzinadas ao notar as outras três crianças colocando suas bicicletas encostadas. Ao vê-la, os meninos sorriram e acenaram.

- Eai, pirralhos! - Rosa acenou para os garotos com um sorriso, e então se virou para Will, fitando-o com seus olhos amendoados. - Olha só, eu venho te buscar em duas horas. As nove em ponto e nenhum minuto a mais, estamos entendidos?- O garoto concordava rapidamente com a cabeça, ansioso para sair do carro e ir brincar com os seus amigos.

- Está bem, pode deixar!- Respondeu novamente enquanto sorria de forma animada.

-Se algum dos otários da escola aparecer pra mexer com você, lembre do que eu te ensinei, é só fechar o punho e socar bem no meio do nariz! - Will soltou uma risada e concordou.- Caso precise de mim, peça para usar o telefone e me ligue! E o mais importante, não...-

-Não vai andando nem pedalando. Eu sei. - Aquela não era a primeira vez que Rosália fazia esse mesmo discurso, então Will já havia praticamente decorado as regras de sua babá.

- Se algo acontecer com você, a sua mãe me mata. Então se cuida, seu babaquinha! - Suas mãos afagaram o cabelo de Will, o bagunçando em demonstração de afeto.

-Pode deixar Rosa! Até mais! - Will ajeitou sua jaqueta e saiu do carro, se aproximando dos outros meninos que o esperavam na entrada do Arcade.

Assim que a porta do carro se fechou, a morena acelerou pela estrada novamente.

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Arcade - Wawkins, Indiana.
7:00PM.

Já no arcade, Will, Mike e Lucas gritavam a plenos pulmões em frente a uma das máquinas de jogo, torcendo por Dustin, que apertava os botões com uma certa brutalidade na tentativa de se sair melhor. O que, no final das contas, foi em vão.

- Não. Não. Não! eu odeio essa merda, cara, pra cacete, filho da mãe, troço inútil!- Dustin chutava agressivamente a máquina, cercado por olhares de reprovação de seus amigos, devido a sua derrota.

- Falta agilidade. Você chega lá um dia, Mas, até lá, a princesa Daphne ainda é minha.- O sinclair sorriu, se gabando. A imagem da princesa passava na tela do jogo enquanto Dustin ainda encarava com o olhar derrotado.

- Não. Corta essa. Ainda sou o melhor em Centopeia e Dig dug.- Respondeu com certeza em relação aos outros jogos que haviam ali.

- Tem certeza?- Era Keith dessa vez, um cara que trabalhava no arcade. Ele comia um pacote de salgadinhos fedorento. Os quatro olharam para o rapaz instantaneamente.

-Certeza de quê?- Perguntou, mas não recebeu resposta alguma. Keith apenas o encarava com um sorriso, enquanto comia seu salgadinho fedido.

Dustin encarou seus amigos por um instante e, rapidamente, correu até a maquina do jogo "Dig dug", chegando a esbarrar em Will no processo. Desesperadamente, o cacheado repetia coisas como "Sai, sai" ou "Dá licença", empurrando as crianças que estavam em seu caminho. Seus amigos o seguiam.

- NÃO!- Gritou Dustin, ao parar em frente a tela de records no jogo.

- 751.300 Pontos, isso é impossivel!- O byers gritou surpreso, ao ver a quantidade absurda de pontos acumulados pelo novo recordista.

Olhando para a tabela de jogadores, afim de descobrir quem havia realizado tal feito, os garotos se depararam com o nome "MadMax".

- Quem é Mad Max?- Dustin perguntou para Keith, fitando-o com uma expressão de curiosidade.

- Alguem melhor do que você.- Keith apenas tirava sarro da situação, recebendo como resposta de Dustin um dedo do meio.

-É você?- Will se virou ainda surpreso, encarando o rapaz com o pacote de Cheetos, que cheirava a meias sujas.

- Sabe que eu detesto Dig dug.- Disse colocando mais um salgadinho laranja em sua boca.

-Mas então quem é?- Dessa vez o Sinclair perguntou com um semblante de dúvida em seu rosto.

-Conta, Keith.- Disse Dustin, com certa acentuidade indevida ao pronunciar o nome do mais velho devido a sua falta de dentes, fazendo Keith sorrir ladino.

- Se quiserem informações, terão que me dar alguma coisinha em troca...- Keith sorriu encarando Mike, que, no mesmo instante, sacou quais eram as intenções do mais velho. Acontece que, desde que conheceu o grupo de crianças, Keith procurava por pretextos para conseguir uma aproximação com Nancy, a irmã mais velha do pequeno Wheeler.

- Não. Não! nem vem! Não vou arranjar um encontro com ela.- O rosto de Mike se fechou em sinal de reprovação, enquanto gesticulava com os braços, para reforçar ainda mais o quão contra a idéia ele era.

- Qual é? Só arranja um encontro! - Lucas poderia morrer de curiosidade se não soubesse logo quem era Madmax, e, em sua visão, um simples encontro não mataria ninguém.

- Eu não vou prostituir a minha irmã!- Retrucou Mike, recusando novamente a oferta.

- É por uma boa causa!- Sinclair estava prestes a se ajoelhar em frente ao Wheeler, e implorar para que conseguisse o encontro.

- Nada de encontro. Sabe por quê? Ele vai espalhar essa pereba para toda sua familia.- Dustin apoiou a decisão de Mike, e, de sobra, zombou do mais velho.

Profundamente ofendido, Keith limpou sua boca suja de salgadinho e encarou Dustin com uma expressão mortal.

-Acne não é pereba e não é contagiosa, seu pirralho debiloide!- Ambos se aproximaram um do outro, dando início a uma discussão acalorada.

- Legal, eu sou debiloide?- O cacheado retrucava. Mike, na tentativa de intervir e parar aquela briga, pronunciou um "Chega, Dustin", ao qual não recebeu resposta alguma. - Ela não iria querer sair com você. Você ganha quanto? 2,50 por hora? Ela vai detestar!

Em meio a briga não muito madura de Keith e Dustin, Will se afastou. Um som estranho que vinha do lado de fora do arcade o chamou atenção. Colocando suas mãos no bolso da jaqueta, Byers caminhou de forma despercebida até a porta de saida. Uma sensação estranha lhe tomou por inteiro, era diferente do que costumava sentir.

- Ei! Gente, estão vendo...- Ao se virar e encarar o seus amigos, tudo havia ficado silencioso. Eles não estavam mais lá. Na verdade, olhando com atenção, o garoto notou que apenas ele estava no arcade. Repentinamente, o ambiente havia ficado escuro. Will já havia estado em um lugar assim uma vez, e só esse pensamento o fazia tremer.

Ao passar pela porta, fez-se um barulho. Na verdade, foi o único som naquele ambiente sombrio. Olhando ao redor, o pequeno Byers notou que, assim como no arcade, as ruas da cidade se encontravam na mesma situação macabra. Will podia sentir sua boca seca, e seu coração batendo descompassado. Ele estava com medo.

Enquanto andava a passos lentos, Will sentia um frio descomunal. A placa do Arcade, antes iluminada e chamativa, agora quase não possuía brilho algum, piscando de maneira fraca uma vez ou outra.

Ao olhar pra cima, Will ficou perplexo: Em meio ao céu vermelho daquele lugar terrível, era possível enxergar a silhueta de uma criatura enorme, de proporções completamente desumanas, com diversos braços enormes, que se estendam por todo o céu.

Sem reação, Will apenas olhava para aquela criatura, incapaz de se mexer ou fazer qualquer coisa. Ele suava frio, e sentia como se estivesse sufocando, não importa quantas vezes ele tentasse respirar.

O garoto indagava a si mesmo o porquê de estar passando por aquilo de novo.

Ele achou que estivesse seguro.

Ele precisava de ajuda.

Mas não conseguia pedir por socorro.

De olhos esbugalhados, Will apenas fitava em silêncio a forma da criatura a sua frente. Completamente travado, o garoto apenas se conformou com o destino cruel que viria a seguir.

Porém, de súbito, em meio ao silêncio ensurdecedor do mundo invertido, o garoto escutou uma voz familiar.

- Will! - A voz de Mike o tirou do transe, fazendo com que o pequeno Byers recobrasse os sentidos. Will parou por alguns segundos, tentando processar o que havia acabado de acontecer. - Está Tudo bem? - Mike perguntou.

Will encarou novamente o céu a sua frente, aonde se encontrava aquela criatura. Porém, agora tudo estava normal.

-Sim, eu só...precisava de ar.- Mentiu, pois não sabia bem como explicar o que havia acabado de acontecer, ou sequer se havia realmente acontecido.

-Vem. É a sua vez no Dig dug. Vamos pegar nosso record de volta! - Mike passou seu braço em volta do ombro de Will, o guiando para dentro do arcade.

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Galpão abandonado - Pittsburg, Pensilvânia.
11:30 PM.

A centenas de milhas de distância da pequena cidade de Hawkins, em Pittsburg, vivia uma garota. Seu nome era Kali, Kali Prassad. Porém, por muitos anos, ela viveu sobre o manto de "008". Uma vítima das circunstâncias e da crueldade humana, Kali sempre precisou lutar para sobreviver.
Mas ela não era a única.

Nos lugares por onde passou, a jovem encontrou aliados; Pessoas que, assim como ela, haviam sido mastigadas e cuspidas fora pela sociedade. Seus nomes eram Axel, Mick, Funshine e Dote. Aquela era a sua turma. E, juntos, eles buscavam vingança contra as pessoas que lhe fizeram mal no passado, ao mesmo tempo em que tentavam sobreviver em meio as adversidades.

Por isso, naquela mesma noite, enquanto as crianças brincavam felizes no Arcade, Kali e sua gangue haviam acabado de voltar de mais uma de suas encrencas.
Dessa vez, um roubo. O grupo havia estacionado sua van em frente a um galpão abandonado, que era, para eles, como sua casa. Kali foi a primeira a entrar, trazendo consigo algumas sacolas de mantimentos, enquanto os outros ficaram para trás.

- Chegamos! - Disse a morena, indicando que havia mais alguém no galpão. - Escuta, eu trouxe um daqueles achocolatados nojentos que você gosta. Isso aqui tem açúcar o suficiente pra matar um boi, mas...Quem sou eu pra julgar, não é? - Kali falava enquanto desembrulhava suas "compras", e as colocava sob a mesa. - Sebastian? - Chamou a garota, revelando o nome da pessoa com a qual estava conversando. Porém, ela não recebeu resposta alguma.

Quase que no mesmo instante, uma aflição tomou conta de Kali, que, rapidamente, largou as sacolas restantes, e passou a procurar por Sebastian em todos os cantos. Enquanto buscava pelo garoto, a morena imaginava todo o tipo de coisas ruins que poderiam ter lhe acontecido. Ele não estava no térreo.

Então, desesperada, a garota subiu as escadas, abrindo uma a uma as portas dos quartos improvisados (Antes, alguns deles eram laboratorios). Ao chegar ao último quarto, o dela mesma, Kali pôde respirar aliviada ao ver Sebastian sentado em sua cama.

- Sebastian!- Kali se aproximou do garoto, que se jogou em seus braços em um abraço demorado. Ao se afastar, a morena notou que seus olhos transmitiam medo. Seus cabelos loiros estavam bagunçados, e seu rosto, normalmente pálido, bastante vermelho. Sebastian estava chorando. - Ei, o que houve?

- Os pesadelos, eles voltaram...- Disse Sebastian, com um tom choroso. - E eu vi mais uma vez.

- O que você viu? - Indagou Kali.

- Tinha uma sombra...Eu não sei muito bem como explicar, mas não era humano! E...E tinha um garoto também. Ele estava em perigo! - Sebastian balbuciava de forma confusa, mas era evidente para Kali que ele estava com medo. Muito medo.

Então, a mais velha apenas o envolveu num abraço protetor, acariciando suas costas. Se Mick, Funshine, Dote e Axel eram sua turma, Sebastian era sua família, e Kali sempre protegeria sua família a todo custo.

- Fique calmo, certo? Vai ficar tudo bem, foi só um pesadelo...- Disse a morena.

Porém, ambos sabiam que aquilo não era verdade.

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