Ambos os lobos então se encaminharam ao riacho, mais especificamente, a sua parte mais baixa, Roca parecia extremamente cabisbaixo a cada passo, dando suspiros e olhando o caminho a frente como se olhasse o caminho para a morte.
-Roca, vamos, é só cortar o pelo, não é tudo isso. - Dante disse de maneira cautelosa, dando tapinhas amigáveis no ombro de seu parceiro.
-Não, Dante, não é só cortar o pelo, é acabar com anos de trabalho duro e dedicação que eu pûs para ele ficar desse jeito... - O lobo de olhos diferentes retrucou tristonho.
-Mas, veja bem, ao menos sem ele, o calor vai passar, acho que compensa, não é?
-Nem tanto...
-Vamos, ele vai crescer de novo, e aí, a gente cuida bastante dele para ele ficar tão, se não melhor que esse aqui.
-...tem certeza?
-Sim, tenho plena certeza, eu deixo até você cuidar do meu.
-Ehehehe, aí eu vi vantagem. - O lobo branco riu, parecendo recuperar plenamente o ânimo, até andando mais alegremente, algo que foi correspondido com um beijo na bochecha.
-Aí, aí o Roca que eu conheço e amo. - E então o virou e o beijou.
-Está animado, não é, querido? - O lobo branco disse enquanto envolvia o seu pescoço.
-Sim, te ver animado me deixa assim também.
-Pelo amor dos ancestrais...
-IGH!! - Roca exclamou, se assustando e se deixando ficar nos braços de Dante. - QUE SUSTO, DAINAN!!
-Eu estava aqui...o tempo todo...
-Eu...não percebi... - Roca disse com as orelhas baixas e meio corado.
-Tudo bem...estavam tão concentrados um com o outro que não se importariam comigo. - Disse com desgosto e passando por nós, ficando a frente do córrego. - Vamos logo com isso, quero comer e colher as minhas plantas do dia.
-Ok...- Roca disse deixando de corar e saindo dos braços de Dante, indo para o chão, indo para a água. - Pera aí...a gente vai ter que ficar pelado?
-Se quiserem perder todo o pelo... - Ele moveu a mão com a gilete.
-Agradecido, mas não somos bebês, queremos privacidade, por favor. - Ele disse, roubando a gilete das mãos de Dainan.
-Hu...eu vou estar colhendo raízes e frutas se precisarem de mim. -O canguru então se virou e saltitou para longe.
-Ah...obrigado, Dante. Já não me sinto confortável perto de estranhos...quem dirá, um estranho me vendo nu e me aparando todo. - O menino de olhos diferentes dizia se desfazendo das roupas.
-Por nada, querido, eu também não queria que ninguém além de mim visse a sua intimidade.
-Bem...em todo caso...vamos? - Ele indicou a água.
- Sim, Roca. - Dante falou com um sorriso, se despindo e entrando na água. - Por onde eu começo?
E assim, se iniciou a tosa completa desses dois lobos, que saíram daquele riacho completamente despidos de seus pelos corporais.
-Sinto que até piorou...- Roca falou com um desânimo palpável na voz, se erguendo do riacho enquanto se tocava.
-É...isso é estranho...- Dante disse pensativo. - Mas acho que não temos tempo para pensar nisso...vamos, temos que ajudar o Dainan.
-É...- Roca disse cabisbaixo, pondo as próprias roupas.
Dante olhou Roca as pôr devagar e quando o lobo branco acabou de vestir, Dante o deu um grande abraço.
-Ei! Vai molhar as minhas roupas!
-Sem problemas, se for para se animar, roupas molhadas não serão muito incômodas.
-Eu tô bem, Dante. Sério.
-Não, não está. - Deu um beijo na bochecha de Roca. - Você está tão para baixo que dá para sentir que você está triste.
-Nossa...eu estou tão abatido assim?
-A ponto de eu sentir o cheiro da tristeza. - Dante disse com um sorriso e o dando um carinho na cabeça. - Impressionante o quão...estranho esse cheiro fica em você...já que quase sempre está com cheiro de ervas ou de rosas. - Deu uma risadinha.
-É...e você... - Ele abraçou Dante e o cheirou o seu pescoço. - Hu...alegria?
-Huhuhuhu, nunca vi um lobo não saber distinguir os sentimentos de outros pelo cheiro, não sabia dessa sua característica.
-Ehehehehe...eu quase nunca fiquei no vilarejo, quando eu ficava com os meus pais, eu estava sempre doente e não conseguia sentir cheiros sutis, e...quando começamos a ficar juntos, comecei a lidar com cheiros muito fortes, nunca aprendi a lidar com cheiros sutis. - O lobo de olhos diferentes dizia com um sorriso que dizia "acontece hehehe".
-...então, acho que posso te ensinar uma coisa ou outra. - O deu um beijo. - Por causa das ervas e da solidão, eu também esqueci um pouco de como sentir esses cheiros...mas acho que posso reaprender.
-É...e eu, aprender.
-Sim. - O lobo marrom sorriu e esfregou ambos os focinhos. - Está melhor?
-Sim...um pouco. - Roca deu um sorrisinho enquanto o dizia.
-Então vamos, sei que você funciona melhor quando está animado.
-Hu...obrigado então. - O deu um beijinho no focinho antes de o largar e fungar o ar. - O cheiro do Dainan segue para o sul, vamos seguir.
-Sim...só deixa eu por a minha roupa que a gente já vai.
-Pera...então... - Roca corou, olhando para baixo e vendo o negócio dele.
-Não precisa se conter, hein? O meu corpo é seu também, pode olhar o quanto quiser. - Dante dizia em tom meio seduzente
-... - Roca, ainda corado, trouxe Dante para perto, passando a mão pelo corpo dele. - Sua pele...é bem fofa...
-Obrigado. - O tom ficou levemente mais seduzente, descendo a mão de Roca para uma das nâdegas dele. - Se quiser...a gente pode demorar um pouco mais...você está no controle aqui. - O membro de Dante começou a sair, cutucando Roca.
-É...- Roca estava corando ainda mais, engolindo saliva. - Eu...acho que...quero sim... - Corado, ele logo sentiu seu amigo se erguendo também, sentindo Dante acariciar sua ereção, só a aumentando.
-Então...- Ele fez a mão entrar na calça de Roca e o dando carinho ali enquanto baixava a calça de Roca. - Você pôs a roupa rápido demais.
-É...acho que sim... - Ele disse em um suspiro excitado enquanto levava a mão ao pênis de Dante, que o conteve.
-Não...eu que faço desta vez.
-Se diz... - Roca beijou Dante, deixando o lobo marrom descer a sua calça, o acariciando. - Vamos para a água.
-Tá...- Dante disse retirando a blusa de Roca e o levando (aos beijos) para o riacho.
Ambos se sentaram dentro do riacho, ainda aos beijos, Roca trouxe para o próprio colo e o deixou sobre o seu membro, cutucando sua entrada, mas sendo impedido.
-Eu quero...provar primeiro. - Dante disse, depois do beijo.
Roca só assentiu, se erguendo até deixar sua cintura fora d'água, olhando Dante com um olhar paciente.
Dante só se aproximou, passando suavemente a mão pelas coxas de Roca enquanto mirava sua parte íntima com um sorriso perverso, acompanhando o olhar com uma lambida nos lábios.
As mãos dele seguiram até o membro de Roca, o massageando levemente sob o olhar do corado lobo branco.
Dante olhava para Roca com um sorriso travesso, aproximando o rosto de Roca enquanto descia a mão para os testículos do menino de olhos diferentes, os massageando junto do pênis, ao som dos tímidos gemidos de Roca.
Dante aproximou a boca da ponta da grande ereção, adicionando lambidinhas aos estímulos impostos a Roca, que logo se viu gemendo levemente mais alto. O lobo marrom deu um leve sorriso ao perceber o aumento dos gemidos, dando vazão a essa alegria ao começar a chupar a glânde de Roca, fazendo um vai e vem bem leve com a cabeça, descendo mais a cada vez.
Roca, completamente corado, gemia mais forte a cada vez que Dante descia, a vergonha o tomou de tamanha forma que o lobo pôs uma mão sobre a boca para abafar os gemidos e, com a mão livre, ele dava carinho na cabeça de Dante.
-Dante...eu vou- O lobo de olhos diferentes gemia alto, mesmo com a mão abafando-os.
Dante chupava só, se deliciando com muito gosto ao mesmo tempo que sua mão tinha descido para o seu próprio membro, o dando certa atenção até Roca dar o aviso, parando tudo o que fazia com certo pesar, olhando o membro brilhante de Roca com desejo.
-Então...é melhor eu experimentar isso de outro jeito. - Dante disse, dando uma lambida lenta das bolas até a ponta, vendo pré gozo sair com o ato, este que foi consumido por Dante. - Melhor ser rápido...o seu "leite" é tão doce que dá vontade de ter mais na boca.
-A sua boca é confortável...quentinha. - O lobo branco disse calmamente, como se estivesse confortável ali, dando carinho em Dante. - Queria mais...mas... - Ele desceu para a água, ficando a altura de Dante e o beijando enquanto acariciava sua parte traseira. - Quero saber como é aqui atrás.
-E eu quero saber como é ter o seu garotão em mim... - Dante disse seduzente, ficando sobre o pênis de Roca, deixando a ponta dele tocar sua entrada.
-Então...- Ele tocou a outra nâdega de Dante, brincando com elas. - Pode saber. - E então o desceu lentamente até o nó. - Quando se acostumar...avisa.
-Tá...só um instante. - O lobo marrom dizia arfando.
Depois de uns instantes, Dante se ergueu, deixando o membro de Roca só o cutucar de novo, mas logo foi forçado por Roca a descer, gemendo durante todo o percurso até o nó de novo. O processo continuou, só que cada vez mais rápido e com gemidos mais rápidos e altos, ecoando pelas árvores (algo que foi prontamente resolvido por um beijo constante, que só parava quando o ar se fazia necessário).
-Roca...me dê a sua semente...por favor. - O lobo marrom disse embriagado de prazer, em uma das poucas pausas. - Eu...já tô... quase lá...
Roca, alheio a realidade, passava uma mão pelo corpo de Dante com muito carinho e cuidado, até por fim relembrar o pedido de Dante e o olhar.
-Então...rebole pra mim. - Ele disse sem muito pudor.
-...tá bem. - O lobo marrom disse com um sorriso perverso, se levantando até deixar só a ponta dentro de si, enfim, se apoiando em Roca com as mãos, ele rebolou, olhando diretamente para os olhos diferentes de Roca. - Lindo...
-Eu que o diga... - Disse em meio a névoa da irrealidade. - Eu vou... - Roca arfava, deixando a língua de fora.
-Faça...faça, por favor. - Rebolava mais rápido, suplicando por aquilo.
Roca então fez força e moveu Dante com força para contra a própria virilha, gozando dentro dele e se deixando pulsar no interior quente e apertado de Dante, o cansaço o fazendo se deitar no peito de Dante.
-Você...sente isso toda vez?
-Basicamente. - Dante disse com um sorriso e arfos, dando um abraço e carinho em Roca.
-Tem...energia...para ir atrás do Dainan?
-Seu pau...tá todo em mim...não consigo me mexer direito...e nem quero.
-Então...vamos ficar aqui por um tempinho...- E então, adormeceu nos braços de Dante.
-Tá...assim que eu me recuperar, eu te acordo. - Dizia em sua orelha, o ninando.